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FILOSOFIA DE SEGURANÇA

Automação
Universidade Potiguar (UnP)
44 pag.

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Nº:
DIRETRIZES DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO E&P DR-ENGP-T-I-1.3 – R.0
CLIENTE: FOLHA:
E&P 1 de 44

GESTOR:
Gerência Executiva de Engenharia de Produção do E&P

ÁREA:
Instalação de Produção Terrestre

TÍTULO:
Filosofia de Segurança

VOLUME:
I – REQUISITOS CORPORATIVOS DE PROJETO

PARTE:

CAPÍTULO:

FILOSOFIA DE SEGURANÇA

APROVAÇÃO ENGP Gerência Executiva de Engenharia de Produção


Aprovado
VERIFICAÇÃO IPP Gerência Geral de Instalações de Processamento e Produção
03/04/2012
EXECUÇÃO EISA Gerência de Engenharia de Instalações de Superfície e Automação

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DIRETRIZES PARA PROJETOS DE INSTALAÇÕES TERRESTRES DE PRODUÇÃO Rev.0
VOLUME I – REQUISITOS CORPORATIVOS DE PROJETOS
Seção 1.3. – Filosofia de Segurança PÁGINA: 2 de 44

ÍNDICE

ÍNDICE ...............................................................................................................................................................2
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................................4
1.1 OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 4
1.2 DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................... 4
1.3 REGULAMENTAÇÕES APLICÁVEIS ...................................................................................................................... 4
2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO.....................................................................7
2.1 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................................................................... 7
2.2 SUPRIMENTO, TIPO E QUALIDADE DE ÁGUA ...................................................................................................... 7
2.3 VAZÃO DE ÁGUA.............................................................................................................................................. 7
2.3.1 Resfriamento de Unidades de Processamento ..................................................................................... 8
2.3.2 Resfriamento de Tanques Atmosféricos................................................................................................ 8
2.3.3 Aplicação de Espuma a um Tanque e Resfriamento dos Vizinhos ....................................................... 8
2.3.4 Resfriamento de Esferas que Armazenam Gases Liquefeitos de Petróleo........................................... 9
2.3.5 Resfriamento de Estações de Compressão ........................................................................................ 10
2.3.6 Resfriamento de Coletor de Condensado............................................................................................ 10
2.4 REDE DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO ................................................................................................... 10
2.4.1 Projeto.................................................................................................................................................. 10
2.4.2 Material ................................................................................................................................................ 11
2.4.3 Bloqueio ............................................................................................................................................... 11
2.4.4 Pressão................................................................................................................................................ 11
2.4.5 Dimensionamento ................................................................................................................................ 12
2.4.6 Interligação........................................................................................................................................... 12
2.4.7 Proteção Catódica ............................................................................................................................... 12
2.4.8 Cor de Identificação ............................................................................................................................. 12
2.5 HIDRANTES E CANHÕES-MONITORES ............................................................................................................. 13
2.6 SISTEMA FIXO DE ASPERSÃO DE ÁGUA .......................................................................................................... 13
2.6.1 Sistemas para Resfriamento de Esferas que Armazenam Gases Liquefeitos de Petróleo................. 14
2.7 SISTEMAS DE ESPUMA................................................................................................................................... 15
2.7.1 Proteção Manual de Tanques .............................................................................................................. 15
2.7.2 Proteção Manual de Outras Áreas....................................................................................................... 15
2.7.3 Sistema Dosador ................................................................................................................................. 15
2.7.4 Estoque de LGE................................................................................................................................... 16
2.7.5 Sistemas de Espuma para Tanques de Teto Fixo............................................................................... 17
2.7.6 Sistemas Fixos de Dosagem ............................................................................................................... 18
2.8 BOMBAS DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................................................................................ 18
2.9 SISTEMAS DE INUNDAÇÃO POR GÁS CARBÔNICO (CO2) .................................................................................. 19

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VOLUME I – REQUISITOS CORPORATIVOS DE PROJETOS
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2.10 SISTEMA POR ÁGUA NEBULIZADA (WATER MIST).......................................................................................... 19


2.11 SISTEMA DE PROTEÇÃO DO HELIPONTO ....................................................................................................... 20
2.12 EXTINTORES DE INCÊNDIO ........................................................................................................................... 20
2.13 ARMÁRIOS .................................................................................................................................................. 20
2.13.1 Armários de Equipamentos para Combate a Incêndio ...................................................................... 20
2.13.2 Armários para Roupas de Combate a Incêndio................................................................................. 20
2.13.3 Armário dos Equipamentos do Heliponto........................................................................................... 20
2.14. PROTEÇÃO PASSIVA CONTRA INCÊNDIO ...................................................................................................... 21
2.14.1 Definições .......................................................................................................................................... 21
2.14.2. Condições Gerais ............................................................................................................................. 21
2.14.3 Elementos a serem Protegidos e Extensão do Revestimento contra Fogo....................................... 22
2.14.4 Material .............................................................................................................................................. 23
3 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO E GÁS ............................................................................................25
3.1 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO................................................................................................. 26
3.1.1 Seleção dos Detectores de Fogo......................................................................................................... 26
3.2 SISTEMA DE DETECÇÃO DE GASES...................................................................................................... 29
3.2.1 Geral .................................................................................................................................................... 29
3.2.2 Detectores de Metano (CH4)................................................................................................................ 30
3.2.3 Detectores de Gás Sulfídrico ............................................................................................................... 30
3.2.4 Detectores de Hidrogênio .................................................................................................................... 30
4 AVALIAÇÃO DE RISCOS E ESTUDOS DE SEGURANÇA ..............................................................................32
4.1 TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DOS RISCOS ....................................................................................................... 32
4.2 CRITÉRIOS QUALITATIVOS DE TOLERABILIDADE DE RISCOS ............................................................................ 33
4.3 ESTUDOS DE SEGURANÇA ............................................................................................................................. 33
5 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA SISTEMAS ELÉTRICOS ...................................................................37
5.1 FONTE DE ENERGIA ELÉTRICA DE EMERGÊNCIA.............................................................................................. 37
5.2 FONTE TRANSITÓRIA DE ENERGIA ELÉTRICA DE EMERGÊNCIA......................................................................... 37
5.3 CONSUMIDORES ESSENCIAIS PARA SEGURANÇA............................................................................................. 37
5.4 CONSUMIDORES DE EMERGÊNCIA .................................................................................................................. 38
5.5 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................................................................................................ 38
6 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA SISTEMA DE VENTILAÇÃO E DE AR-CONDICIONADO ................39
7 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA ARRANJO ..........................................................................................40
8 MISCELÂNEA ....................................................................................................................................................41

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1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
O objetivo desse documento é estabelecer Requisitos Obrigatórios, que deverão ser adotados por
todas as disciplinas envolvidas no projeto, visando à proteção da Vida, do Meio-ambiente, do
Patrimônio e da Imagem da Companhia.

1.2 Disposições Gerais


Em caso de divergência entre o descrito nesta Filosofia de Segurança e quaisquer outros
documentos nela mencionados, deve prevalecer o disposto nesta Filosofia de Segurança.
Soluções e desvios, para os casos não mencionados neste documento, devem ser submetidas à
aprovação da PETROBRAS.

1.3 regulamentações aplicáveis


As normas listadas neste item devem ser consideradas durante a execução de todas as fases de
projetos de Unidades.

1.3.1 Legislação Brasileira


As normas listadas neste item devem ser seguidas durante a execução de projetos de todos os
tipos de Unidades.
• Regulamentações do Ministério do Trabalho (MTE) – Normas Regulamentadoras – NRs.
• Resoluções do Ministério do Meio Ambiente – CONAMA.
• Portarias normativas do CORPO DE BOMBEIROS do Estado onde o projeto será
implantado.
• Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Integridade Estrutural das
Instalações Terrestres de Produção de Petróleo e Gás Natural (RTSGI) - ANP

1.3.2 Outras Regulamentações


1.3.2.1 Normas ABNT, sempre que aplicável
1.3.2.2 API RP – American Petroleum Institute – Recommended Practice
API RP 505: Recommended Practice for Classification of Locations for Electrical Installations at
Petroleum Facilities Classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2.
API RP 55: Recommended Practice for Oil and Gas Producing and Gas Processing Plant
Operations Involving Hydrogen Sulfide.
API RP 521: Guide for Pressure-Relieving and Depressuring Systems
API STD 650: Welded Tanks for Oil Storage

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API PUBL 2004: Inspection for Fire Protection


API STD 2015: Requirements for Safe Entry and Cleaning of Petroleum Storage Tanks
API PUBL 2030: Guidelines for Application of Water Spray Systems for Fire Protection in the
Petroleum Industry
API PUBL 2201: Safe Hot Tapping Practices in the Petroleum & Petrochemical Industries
API PUBL 2207: Preparing Tank Bottoms for Hot Work
API PUBL 2217A: Guidelines for Work in Inert Confined Spaces in the Petroleum and
Petrochemical Industries
API PUBL 2218: Fireproofing Practices in Petroleum and Petrochemical Processing Plants
API STD 2508: Design and Construction of Ethane and Ethylene Installations at Marine and
Pipeline Terminals, Natural Gas Processing Plants, Refineries, Petrochemical Plants, and Tank
Farms
API STD 2510: Design and Construction of LPG Installations
API PUBL 2510A: Fire-Protection Considerations for the Design and Operation of Liquefied
Petroleum Gas (LPG) Storage Facilities Second Edition

1.3.3.3 IEC e ABNT – Relativas à Eletricidade


ABNT NBR IEC 60079-0: Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas Parte 0:
Equipamentos- Requisitos Gerais
ABNT NBR IEC 60079-10: Atmosferas Explosivas Parte 10: Classificação de Áreas – Atmosferas
Explosivas de gás
ABNT NBR IEC 60079-14: Atmosferas Explosivas Parte 14: Projeto, Seleção e Montagem de
Instalações Elétricas
ABNT NBR-8222: Execução de Sistemas de Prevenção contra Explosão e Incêndio, por
Impedimento de Sobrepressões Decorrentes de Arcos Elétricos Internos em Transformadores e
Reatores de Potência
ABNT NBR-12232:Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás
carbônico (CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante
ABNT NBR-13231: Proteção contra incêndio em subestações elétricas de geração, transmissão e
distribuição
ABNT NBR-13418: Cabos Resistentes ao Fogo para Instalações de Segurança – Especificação
ABNT NBR-5410: Instalações Elétricas em Baixa Tensão
ABNT NBR-5419: Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas
ABNT NBR-14039: Instalações Elétricas de Média Tensão (de 1,0 a 36,2kV)
IEEE Std 80: Guide for Safety in AC Substation Grounding

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IEEE Std 81.2: Guide for Measurement of Impedance and Safety Characteristics of Large,
Extended or Interconnected Grounding Systems

1.3.3.4 NFPA – National Fire Protection Association


NFPA-11: Standard for Low, Medium and High-Expansion Foam
NFPA-12: Standard for Carbon Dioxide Extinguishing Systems
NFPA-15: Standard for Water Spray Fixed Systems for Fire Protection
NFPA-16: Standard for the Installation of Foam-Water Sprinkler and Foam-Water Spray Systems
NFPA-20: Standard for the Installation of Stationary Pumps for Fire Protection
NFPA-25: Standard for the Inspection, Testing and Maintenance of Water-Based Fire Protection
Systems
NFPA-45: Standard on Fire Protection for Laboratories Using Chemicals
NFPA-72: National Fire Alarm Code
NFPA-750: Standard for Water Mist Fire Protection Systems
NFPA-70: National Electrical Code (NEC Artigo 505)
NFPA-70E: Standard for Electrical Safety in the Workplace
NFPA 77: Recommended Practice on Static Electricity
NFPA 780: Standard for the Installation of Lightning Protection Systems

1.3.3.5 Normas de Testes de Incêndio


ASTM E 119: Standard Test Methods for Fire Test of Building Construction and Materials

1.3.3.6 Norma Internacional OSHA


OHSA 1910.38 Employee Emergency Plans and Fire Prevention Plans
OHSA 1910.110 Storage and Handling of Liquefied Petroleum Gases
OHSA 1910.119 Process Safety Management of Highly Hazardous Chemicals
OHSA 1910.120 Hazardous Waste Operations and Emergency Response
OHSA 1910.132 Personal Protective Equipment
OHSA 1910.147 Control of Hazardous Energy (Lockout/Tagout)
OHSA 1910.156 Subpart L—Fire Brigades
OHSA 1910.252 Subpart Q—Welding, Cutting and Brazing

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2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO


2.1 Conceitos Básicos
Para o projeto dos sistemas de proteção consideram-se 2 conceitos fundamentais:
a) dimensionamento pelo maior risco isolado;
b) não-simultaneidade de eventos, isto é, o dimensionamento deve ser feito baseando-se na
ocorrência de apenas um incêndio.

Independentemente das facilidades de combate ao fogo, grupos de vasos com espaçamento


horizontal inferior a 7,5 m devem ser considerados como risco isolado.
Cada quadra de unidade de processo constitui um risco isolado; nos parques de armazenamento,
cada tanque constitui um risco isolado.
Conforme a ABNT NBR 17505-7, todo o sistema de combate a incêndio deve ser periodicamente
inspecionado, ensaiado e mantido de acordo com a NFPA 25.

2.2 Suprimento, Tipo e Qualidade de Água


O Tipo e Qualidade de água deverão atender a ABNT NBR-17505-7.
Deverá ser estudada no Projeto Básico a hipótese do uso de água pluvial para armazenamento e
uso para combate a incêndio.
O tempo de suprimento de água de combate a incêndio deve atender aos requisitos da norma
ABNT NBR 17505-7, complementados por:

a) 3 h para parques de armazenamento de Gases Liquefeitos de Petróleo (GLP) sob pressão


ou refrigerado e Gás Natural Liquefeito (GNL) refrigerado, com qualquer capacidade e em
qualquer tipo de instalação;
b) 3 h para Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) ou outra instalação de
processo, afastados de outros riscos;
c) 1 h para estações de compressão;
d) 1 h para estações de bombeamento sem tancagem.

2.3 Vazão de Água


A vazão de projeto do sistema de combate a incêndios deve ser aquela exigida pelo maior risco.
Para o cálculo da vazão deve ser adotado o valor correspondente ao maior risco para:
a) resfriamento de um tanque atmosférico em chamas e dos tanques vizinhos;
b) aplicação de espuma a um tanque e resfriamento dos tanques vizinhos;
c) resfriamento do parque de armazenamento de GLP e GNL;

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d) resfriamento das estações de compressão;


e) resfriamento de coletor de condensado (“slug-catch”).

Notas:
1) Em função de análise de risco para as comunidades vizinhas, as estações coletoras de
áreas de produção, com tanques de petróleo de capacidade individual inferior a 200 m3,
podem ser dispensadas de sistemas fixos de água ou espuma, devendo ser protegidas por
sistemas móveis de geração de espuma.
2) Em função de análise de risco para as comunidades vizinhas, as estações de
compressão, bem como as estações de bombeamento sem tancagem (intermediária),
podem ser dispensadas de sistemas fixos de água e espuma.
3) É dispensado o cálculo da vazão de água de combate a incêndio em estações de
bombeamento sem tancagem (intermediária), devendo-se adotar a vazão de 4000 L/min.

2.3.1 Resfriamento de Unidades de Processamento


As unidades de processamento de gás e petróleo devem ser protegidas por meio de hidrantes e
canhões-monitores fixos.
Notas:
1) A vazão do sistema deve ser determinada em função da área definida pelo limite de
bateria da unidade de processamento, multiplicada pela taxa de 3 L/min.m2, devendo-se
adotar como vazão mínima 4.000 L/min e como vazão máxima 20.000 L/min.
2) Em casos de utilização de canhões-monitores de alta vazão (igual ou maior 11.355
L/min) para resfriamento em partes altas de unidades de processo o valor de vazão
máxima 20.000 L/min pode ser ultrapassado.

Como alternativa ao sistema de canhões-monitores fixos podem ser utilizados sistemas fixos de
aspersão de água dimensionados conforme a norma NFPA 15.

2.3.2 Resfriamento de Tanques Atmosféricos


Nos tanques para armazenamento, deve ser prevista a aplicação de água para resfriamento do
tanque em chamas, de acordo com o especificado na norma ABNT NBR 17505-7.

2.3.3 Aplicação de Espuma a um Tanque e Resfriamento dos Vizinhos


Deve ser prevista água para a produção de espuma mecânica de acordo com os critérios
estabelecidos:

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a) no item 2.7 desta Filosofia e,


b) de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 17505-7, deve ser prevista água
para o resfriamento dos tanques vizinhos.

2.3.4 Resfriamento de Esferas que Armazenam Gases Liquefeitos de Petróleo


A vazão de água destinada a cada esfera, por meios fixos, deve ser a soma dos valores
correspondentes a:
a) resfriamento de toda a superfície, calculada multiplicando-se a taxa de 5 L/min.m2 pela
superfície total;
b) complementação do resfriamento definido na alínea a), com a colocação de um aspersor
para a região da junção do costado com cada coluna de suporte; a vazão de cada aspersor
corresponde a 10 % do valor determinado na alínea a), dividido pelo número de colunas;
c) proteção, por aspersores, da válvula de bloqueio, curva e válvula de retenção da linha de
enchimento, quando esta penetra na esfera pelo topo; o número de aspersores e a
respectiva vazão devem ser calculados para que o conjunto receba, pelo menos, 10,2
2
L/min.m , mas o total não deve ser inferior a 100 L/min.

A vazão de água destinada a cada cilindro, por meios fixos, deve ser a soma dos valores
determinados conforme os critérios abaixo:
2
a) resfriamento segundo a taxa mínima de 10,2 L/min.m , uniformemente distribuídos por
aspersores sobre toda a superfície;
b) proteção, por aspersores, da válvula de bloqueio, curva e válvula de retenção da linha de
enchimento, quando a válvula de retenção penetra no cilindro pelo topo; o número de
aspersores e a respectiva vazão devem ser calculados para que o conjunto receba, pelo
menos, 10,2 L/min.m2, mas o total não deve ser inferior a 100 L/min.

Considerando-se uma esfera submetida a fogo, deve ser previsto o seu resfriamento, bem como
das esferas e baterias de cilindros cuja distância, costado a costado da esfera em chamas, seja
inferior a 30 m.
Deve-se somar à maior vazão estabelecida, o valor correspondente ao uso de 2 canhões-
monitores fixos, cada qual com 2000 L/min, lançando água sobre o bocal de saída do vaso em
chamas, mais a vazão correspondente à injeção de água prevista no item 4.2.1.2 da DR-ENGP-T-
II-1.1, se for decidido que o suprimento deve sair da rede de água de incêndio.

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2.3.5 Resfriamento de Estações de Compressão


Deve ser prevista a aplicação de água para resfriamento das casas de compressores com taxa de
2
10 L/min.m , aplicada, por meio de hidrantes e canhões, na área correspondente à projeção
horizontal da área destinada aos equipamentos, não necessitando ultrapassar 8000 L/min.
Os canhões-monitores fixos podem ser substituídos por sistema de aspersão de acordo com o
item 2.1.4.

2.3.6 Resfriamento de Coletor de Condensado


Deve ser prevista a aplicação de água para resfriamento dos coletores de condensado com a taxa
de 10,2 L/min.m2, aplicada, nas extremidades do coletor e nas regiões onde existir possibilidade
de vazamento. Para efeito de cálculo considera-se a área equivalente a 1/3 da área total
projetada do coletor.

2.4 Rede de Água para Combate a Incêndio


2.4.1 Projeto
A rede de incêndio deve ser independente de outras redes de água e abranger toda a área
industrial, com ramais que atendam as necessidades de água de combate a incêndio das áreas
administrativas. Uma vez que tanto as quadras das unidades de processo como as destinadas
aos tanques de armazenamento de produtos devem ser totalmente contornadas pela rede de
incêndio, o sistema nestas quadras deve se constituir de malhas completas.

Nota: No caso de proteção contra incêndio em prédios administrativos adotar os critérios


descritos na norma ABNT NBR 13714 e o código do Corpo de Bombeiro local.

Para facilitar a inspeção e manutenção, recomenda-se que as tubulações da rede de combate a


incêndio, sempre que possível, sejam aéreas, seguindo, de preferência, o traçado das ruas. Nas
áreas críticas, nos acessos e no interior das unidades de processo, por exemplo, recomenda-se
que as linhas sejam subterrâneas.
As tubulações de materiais alternativos não metálicos, especificados na Diretriz DR-ENGP-I-1.1,
devem ser enterradas.
Os ramais de alimentação de consumidores localizados em pontos altos devem ser providos de
dispositivos de modo a evitar golpe de aríete, na partida das bombas de combate a incêndio.

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2.4.2 Material
As tubulações e válvulas da rede de água e espuma para combate a incêndio devem estar de
acordo com o estabelecido na diretriz DR-ENGP-I-1.1.
As válvulas de bloqueio da rede de hidrantes situadas em locais sujeitos a fogo próximo (trechos
aéreos no interior de unidades de processo, trechos sobre canalizas de águas oleosas) devem
ser de aço.

2.4.3 Bloqueio
Devem existir válvulas de bloqueio localizadas de tal maneira que, pelo menos, 2 lados de uma
malha, que envolva quadras de processamento ou armazenamento, possam ficar em operação
no caso de rompimento ou bloqueio de um dos outros 2 lados. As válvulas de bloqueio devem
ficar em condições de rápido e fácil acesso para sua operação, inspeção e manutenção.
Os ramais derivados de malha fechada, destinados a consumidores específicos, por exemplo:
linha de combate a incêndio na área de “flare”, devem possuir válvula de bloqueio próximo ao
ponto de conexão com a malha.
Todas as válvulas de bloqueio do anel de incêndio devem ser devidamente identificadas, de
forma que possa ser facilmente visualizadas, ter fácil acesso, e ser operáveis de um mesmo nível
da Unidade.
Os ramais derivados de malha fechada, destinados a consumidores específicos, por exemplo,
linhas de combate a incêndio na área do sistema de queima, devem possuir válvula de bloqueio
próximo ao ponto de conexão com a malha.

2.4.4 Pressão
Em condições de vazão nominal, a pressão mínima de trabalho deve ser:
a) nos locais onde haja carro de combate a incêndio, com bomba d’água - 690 kPa (7
kgf/cm2), medida no hidrante;
b) nos demais casos - 690 kPa (7 kgf/cm2), medida no esguicho.

Para o cálculo da perda de carga entre o hidrante e o esguicho deve ser considerado o
comprimento das mangueiras como múltiplo de 15 m, não devendo o comprimento total exceder
90 m.
Quando fora de uso a rede deve ficar permanentemente pressurizada com o mínimo de 99 kPa (1
2
kgf/cm ) no ponto mais desfavorável da linha.
2
A pressão de projeto da rede deve ser limitada a 1370 kPa (14 kgf/cm ).

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2.4.5 Dimensionamento
As vazões de água, para cada malha da rede, devem ser determinadas para o caso mais crítico
de operação de combate a incêndio, considerando-se os parâmetros estabelecidos no item 2.1.3
e admitindo-se toda a rede em operação. Para o cálculo das perdas de carga, usa-se a fórmula
de “Hazen-Williams” e o método de “Hardy-Cross”. Os valores de C a serem considerados na
fórmula de “Hazen-Williams” são: C = 100 para tubulações sem revestimento interno e C = 120
para tubulações com revestimento interno.

2.4.6 Interligação
A rede de incêndio de um órgão operacional pode ser interligada à de outro órgão, desde que as
características dos projetos permitam, haja aprovação do órgão local de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde (SMS) e aprovação da Corporação de Bombeiros local.
Não são permitidas ligações permanentes da rede de incêndio para outras finalidades que não as
de SMS, admitindo-se, entretanto, uma interligação com o sistema de selagem da tocha (“flare”),
face às pequenas quantidades de água necessárias. Neste caso, essas ligações adicionais
devem ser levadas em conta na pressurização permanente da rede, bem como no caso do seu
funcionamento em emergência, com pressões elevadas. Tais ligações não devem exigir
funcionamento das bombas principais, de modo rotineiro.

2.4.7 Proteção Catódica


No caso de ser prevista a proteção contra corrosão interna por anodos de sacrifício, estes anodos
devem ser instalados de modo a não comprometer o fluxo de água e não serem arrastados em
caso de desprendimento.

2.4.8 Cor de Identificação


Todos os componentes da rede de água para combate a incêndio, bem como dos sistemas de
espuma, devem ser pintados na cor vermelho-segurança.
Excluem-se da exigência de pintura os seguintes equipamentos: aspersores, chuveiros
automáticos, válvulas angulares de hidrantes e outros equipamentos acabados cuja pintura
prejudicaria sua operação.

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2.5 Hidrantes e Canhões-Monitores


Nas áreas de processamento, armazenamento, transferência e outras áreas de unidades
industriais, devem ser adotados hidrantes com 4 saídas (número máximo de saídas), exceto nos
seguintes casos:
a) quando a vazão total da instalação for igual a 2000 L/min, caso em que devem ser
adotados hidrantes com 2 saídas;
b) quando o hidrante se destinar a proteção de áreas administrativas, caso em que devem
ser adotados hidrantes com 2 saídas.

Nota: Na área de armazenamento, podem ser adotadas conexões especificas para


alimentação de canhões de água e espuma de combate a incêndio de alta vazão,
motobombas e caminhões de combate a incêndio. Estas conexões devem ser compatíveis
com a rede de combate a incêndio, tais como: pressão, vazão e material.

A pressão máxima de operação do hidrante, em qualquer área, deve ser de 1370 kPa
(14kgf/cm2).
Todos os hidrantes devem ser equipados com conexões "STORZ".
Deve ser adotada para os hidrantes uma vazão estimada de 1000 L/min por saída. Os canhões-
monitores devem ser especificados para permitir uma vazão mínima de 2000 L/min na pressão de
690 kPa (7 kgf/cm2), um giro horizontal de 360° e u m curso vertical de 80° para cima e de 15°
para baixo da horizontal. Para efeito de projeto, deve ser considerado o alcance máximo, na
horizontal, de 45 m, quando em jato.
O espaçamento entre hidrantes nas áreas de tanques atmosféricos deve seguir os critérios
descritos na norma ABNT NBR 17505-7.
Para as áreas operacionais a distância máxima entre hidrantes deve ser de 60 m e devem ser
posicionados de tal modo que os comprimentos máximos de mangueira, para se atingir qualquer
ponto a se proteger nessas áreas, sejam de 90 m.

2.6 Sistema Fixo de Aspersão de Água


O projeto do Sistema Fixo de Aspersão de Água deve atender a ABNT NBR-17505-7.
O sistema fixo de aspersão de água de combate a incêndio para os parques de GLP, GNL e
unidades de processo devem atender a NFPA 15 e complementados por esta Filosofia.
O sistema de aspersão de água deve ser projetado de modo a permitir que os aspersores
localizados nos pontos mais desfavoráveis operem adequadamente, atendendo aos requisitos
das normas aplicáveis e às especificações do fabricante.

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As taxas de resfriamento para bombas, compressores e vasos, citadas na norma NFPA 15, é de
10,2 L/min.m2. Para outros equipamentos consultar a norma NFPA 15.
A abertura da válvula que aciona o sistema fixo de aspersão pode ser manual ou automático,
sempre por meio de válvula hidráulica de abertura rápida. O sistema, quando automático, deve
ser intertravado com o sistema de detecção e alarme de incêndio, quando houver. O dispositivo
de acionamento e a válvula hidráulica de abertura rápida devem ser instalados em local seguro e
distante da área protegida. No projeto, devem ser previstos meios de se manter as linhas secas e
desobstruídas (declividade adequada, drenos, etc).
O modelo, tamanho, ângulo de abertura, distância às superfícies a proteger, distribuição e
espaçamento dos bicos aspersores devem ser especificados para cada caso, em função do
projeto.
O sistema fixo de aspersão deve estar conectado ao anel da rede de incêndio da unidade.
Deve ser realizado o balanceamento hidráulico do sistema considerando que o bico aspersor
2
instalado no ponto mais desfavorável tenha a pressão mínima de 1,4 kgf/cm .

2.6.1 Sistemas para Resfriamento de Esferas que Armazenam Gases Liquefeitos de


Petróleo
2.6.1.1 Esferas
O resfriamento de esferas de armazenagem à temperatura ambiente deve ser feito através da
aplicação de água no topo, por meio de um defletor de jato, complementada, na junção dos
suportes com o costado, através de um anel com bicos aspersores abertos.
O resfriamento de esferas semi-refrigeradas deve ser feito através da aplicação de água no topo,
por meio de um anel de bicos aspersores abertos, de baixa velocidade, complementada na junção
dos suportes com o costado por meio de outro anel de aspersores abertos.
O piso da plataforma de topo e para tomadas de amostra deve ser de material vazado, de modo a
permitir uma uniforme distribuição de água de resfriamento para incêndio.
A área da válvula automática da linha única de transferência deve ser protegida por meio de
canhões-monitores fixos, dotados de esguicho regulável para jato pleno e neblina. O
posicionamento dos canhões deve permitir alcançar esta área de 2 direções diferentes.
A distância dos canhões às esferas deve ser fixada em função do alcance do modelo adotado e,
no mínimo, igual a um diâmetro da esfera.
As válvulas de bloqueio dos sistemas fixos de resfriamento de esferas devem se localizar fora do
parque, junto à interligação com a rede de água de incêndio, a uma distância do costado da
esfera, no mínimo, igual a um diâmetro, ou 15 m, o que for maior.

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2.7 Sistemas de Espuma


O Sistema Fixo de Espuma deve atender os requisitos das normas ABNT NBR-17505-7, NFPA-
11 e NFPA-16.
O LGE para uso na PETROBRAS deve atender à norma ABNT NBR-15511. A dosagem do LGE
em água deve ser feita na concentração recomendada pelo fabricante.
São obrigatórios sistemas de espuma para proteção de todas as áreas onde seja possível o
derrame ou vazamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis ou onde esses líquidos já estejam
normalmente expostos à atmosfera.

2.7.1 Proteção Manual de Tanques


São obrigatórios sistemas de aplicação dotados de câmara de espuma, nos casos previstos na
norma ABNT NBR 17505-7, que também contempla os tanques de teto fixo
com selo flutuante interno.
Para os tanques de teto flutuante dotados de selo tipo “PW”, é dispensável a utilização de
sistemas de aplicação de espuma.
Não devem ser instalados sistemas de aplicação de espuma em tanques que armazenem
produtos com temperatura maior ou igual a 100 °C.
Devem ser atendidos os critérios de dimensionamento da norma ABNT NBR-17505-7 para
tanques de teto fixo. Para tanques de teto fixo com selo flutuante interno devem ser atendidos os
critérios da ABNT NBR-17505-7 e da NFPA-11.
Para a proteção da Bacia de Contenção de Tanques Verticais, devem adotados os critérios da
norma ABNT NBR-17505-7.

2.7.2 Proteção Manual de Outras Áreas


As unidades de processamento, parques de bombas, estação de carregamento, braços de
carregamento, coletores de condensado ou em áreas com superfície livre exposta, separadores
de água e óleo e caixas coletoras devem ser protegidos por sistema móvel de aplicação de
espuma atendendo os critérios da norma ABNT NBR 17505-7 e com autonomia mínima de 30
minutos de operação. Quando o sistema de geração de espuma for fixo, devem ser previstos
para estas áreas pelo menos, 2 hidrantes de solução de 2 saídas para aplicação de espuma por
meio de esguicho.

2.7.3 Sistema Dosador


O sistema deve ser constituído por:

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a) carros de combate a incêndio: nos órgãos operacionais que possuam arranjo físico e
pessoal adequado à sua operação;
b) sistemas fixos de proporcionamento: nos órgãos operacionais onde seja inviável a
adoção de carros de combate a incêndio.

Nas instalações de pequeno porte, dependendo da aprovação do órgão local de SMS, pode ser
adotado o suprimento e dosagem de LGE por meio de carretas rebocáveis com edutores, de tipo
e capacidade aplicáveis.

2.7.4 Estoque de LGE


O estoque mínimo de LGE deve ser fixado de modo a permitir a operação contínua do sistema de
combate a incêndio com espuma para o maior risco a cobrir.
Para tanques de teto fixo, o estoque do sistema móvel deve permitir a operação contínua do
sistema de combate ao fogo no tanque pelo tempo fixado na TABELA 1 e a operação dos
esguichos para extinção do fogo na bacia pelo tempo fixado na norma ABNT NBR 17505-7.

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TABELA 1 - TEMPO DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE COMBATE A


INCÊNDIO COM ESPUMA EM TANQUES
Tempo Mínimo de Operação (Min.)
Tanques de Teto Fixo, Esguichos e
Sistema Fixo
Contendo Canhões Lançadores
Câmaras de Espuma
de Espuma
Óleos lubrificantes e outros
produtos com ponto de fulgor 25 35
acima de 93,3 °C.
Querosene e outros produtos
com ponto de fulgor entre 30 50
37,8 °C e 93,3 °C
Gasolina, nafta, óleo diesel,
álcool e outros líquidos com
55 65
ponto de fulgor abaixo de
37,8 °C.

Petróleo 55 65

2.7.5 Sistemas de Espuma para Tanques de Teto Fixo


O sistema para proteção por espuma dos tanques de teto fixo deve ser composto das seguintes
partes:
a) ponto de alimentação de solução de espuma (conexões para caminhões de combate a
incêndio ou válvulas de bloqueio na saída da central dosadora de espuma);
b) tubulação de alimentação de solução de espuma;
c) aerador e câmara de espuma;
d) defletor de espuma;
e) hidrante de solução, no caso de sistemas fixos de proporcionamento.

Os pontos de alimentação devem ficar fora da bacia de contenção e a uma distância superior a um
diâmetro do tanque ou 15 m, o que for maior, do costado do tanque respectivo. Na localização do
ponto de alimentação deve-se levar em conta a direção predominante dos ventos, de modo a
protegê-lo da radiação das chamas.
Cada tubulação de alimentação deve servir exclusivamente a uma câmara de espuma.

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Recomenda-se que no interior das bacias essas tubulações sejam aéreas, podendo transpassar o
dique, se julgado conveniente, no caso de terrenos com taxas de recalque desprezíveis.
Quando as taxas de recalque não forem desprezíveis, as tubulações devem passar sobre os
diques. Nos pontos baixos, essas tubulações devem dispor de dreno. Deve ser mantido um
caimento na linha, sempre que possível, em direção ao dique. O traçado dessas linhas desde o
tanque até a conexão de rua deve seguir o menor trajeto, não havendo necessidade de traçados
paralelos aos diques ou às tubulações de transferência.
Para câmaras de espuma, além do estabelecido na NFPA-11, devem ser adotadas as seguintes
premissas:

a) o número de câmaras é determinado em função do diâmetro do tanque, conforme a


norma ABNT NBR-17505-7;
b) as câmaras devem ser fixadas ao costado do tanque por meio de flanges de pescoço.

O defletor de espuma, colocado no interior do tanque, deve dirigir o jato de espuma de encontro
ao costado.
Quando são adotados sistemas fixos de dosagem, deve ser prevista a colocação de, no mínimo,
1 hidrante de espuma com 2 saídas ou 4 saídas, próximo ao tanque e fora da bacia de contenção,
para aplicação de espuma na bacia por meio de esguichos de espuma. Qualquer ponto da bacia
de contenção deve ser alcançado por até 6 lances de mangueiras de 15 m.

2.7.6 Sistemas Fixos de Dosagem


Estes sistemas devem ser constituídos de estações centrais fixas para dosagem ou bombeio do
LGE que substituem os carros de combate a incêndio e demais equipamentos móveis.
O cálculo hidráulico das linhas de líquido gerador de espuma deve ser feito utilizando-se a
fórmula de “Hazen-Williams” (C = 100) e o método de “Hardy-Cross”. No caso de líquidos
geradores não-newtonianos, o dimensionamento requer o estabelecimento de reograma
específico.
O sistema dosador deve ser localizado na proximidade da área a ser protegida, em local seguro.
No caso de proteção de tanques, o sistema deve ficar fora da bacia de contenção.
As estações centrais devem ser localizadas fora de áreas de risco.

2.8 Bombas de Combate A Incêndio


As bombas de combate à incêndio devem atender os requisitos das ABNT NBR-13714 (item 5.6 e
anexo B) e NFPA-20.

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As bombas de combate a incêndio devem ser específicas e exclusivas para combate a incêndio.
As bombas de combate a Incêndio devem estar protegidas das intempéries e ser instaladas em
local seguro e afastadas da área de processo.
O sistema de partida deve ter acionamento automático, manual local e manual remoto. O
desligamento deve ser sempre com acionamento manual local.
Cada bomba de água de combate a incêndio deve ter autonomia mínima de 8 horas de acordo
facilidades para testes conforme previstos nas normas NFPA-20.
A sinalização de estado da bomba de combate a incêndio apresentada no supervisório da Sala de
Controle deve incluir a indicação de “bomba operando/parada”, “bomba selecionada para
local/remoto”, sinal resumo de mau funcionamento e parada.
A pressão de descarga das bombas de combate a incêndio deve atender as necessidades do
consumidor localizado na posição mais desfavorável.
No cálculo da pressão do sistema de combate a incêndio, os seguintes critérios devem ser
considerados:
a) nos locais onde haja carro de combate a incêndio, com bomba d’água - 690 kPa (7
kgf/cm2), medida no hidrante;
2
b) nos demais casos - 690 kPa (7 kgf/cm ), medida no esguicho.

O nível da pressão da rede de água de incêndio deve ser tal, que a abertura de qualquer
consumidor cause uma queda de pressão que um transmissor de pressão detecte e acione
automaticamente as bombas de água de combate a Incêndio.
A pressurização do anel poderá ser feita através de bomba jóquei ou castelo d´água.

2.9 Sistemas de Inundação por Gás Carbônico (CO2)


No caso de uma subestação ser desabitada, deverá ser avaliado o uso de sistema de inundação
por CO2 e o mesmo deverá ser especificado conforme a NFPA-12 e ABNT NBR 12232.

2.10 Sistema por Água Nebulizada (Water Mist)


Alternativamente ao uso do sistema de inundação por CO2, poderá ser considerada a utilização de
um sistema de inundação de água nebulizada a alta pressão. A definição deve ser feita pela UO, e
deve ser aplicável a ambientes fechados.

Nota: A definição do tipo de inundação (local ou total) deve ser condicionada ao nível IP dos
equipamentos elétricos instalados na sala a ser protegida.

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O sistema de água nebulizada de alta pressão deve ser projetado conforme NFPA-750 e ABNT
NBR 8222.

2.11 Sistema de Proteção do Heliponto


o
Deverá ser prevista proteção para a guarnição de heliponto, conforme Portaria n 18/GM5 do
Ministério da Aeronáutica - Instruções para Operação de Helicópteros e para Construção e
Utilização de Helipontos ou Heliportos e conforme as normas dos Corpos de Bombeiros do Estado
onde será implementado o Projeto.

2.12 Extintores de Incêndio


Devem ser distribuídos extintores de incêndio por toda a Unidade, para combate manual a
princípios de incêndios, segundo necessidade de cada área, conforme definido na NR-23 e
requisitos da ABNT NBR 12693 – Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio.
Os extintores localizados em áreas abertas devem ser protegidos contra intempéries.

2.13 Armários
Sempre que necessário, as Unidades devem ser providas de armários contendo equipamentos de
apoio e combate a incêndio.
Os armários feitos de fibra de vidro não devem ser instalados em ambientes fechados.

2.13.1 Armários de Equipamentos para Combate a Incêndio


As Unidades devem ser equipadas com armários para equipamentos de combate a incêndio,
instalados próximos aos hidrantes.

2.13.2 Armários para Roupas de Combate a Incêndio


Deverão ser previsto armários para guarda das roupas de combate a incêndio em local a ser
definido durante o Projeto Básico pela UO.

2.13.3 Armário dos Equipamentos do Heliponto


As Unidades devem estar equipadas com armários para equipamentos do heliponto, instalados
próximo aos acessos, atendendo ao disposto no DAC ou no Código de Corpo de Bombeiros.

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2.14. Proteção Passiva Contra Incêndio


2.14.1 Definições
O Revestimento de Proteção contra Fogo tem por objetivo, durante um incêndio, evitar o colapso
de elementos estruturais, considerados vitais para operação e segurança de instalações industriais
terrestres, durante o tempo de proteção contra fogo.
O Tempo de Proteção contra Fogo é o período de tempo durante o qual o revestimento
submetido a um fogo padrão é capaz de manter a temperatura da superfície da estrutura que se
quer proteger a valores definidos nas normas API PUBL 2218 e ANSI/UL 1709.
As Áreas Sujeitas a Incêndios são aquelas obtidas aumentando-se radialmente de 6 m, dentro de
unidades de processo, ou 3 m fora de unidades de processo, a projeção do equipamento sujeito a
incêndio, sobre o plano do solo ou sobre o mais alto pavimento contínuo e com uma altura de 8 m.

2.14.2. Condições Gerais


O tempo de proteção contra fogo, deve atender aos requisitos definidos na Tabela 2 da norma API
PUBL 2218 e norma ANSI/UL 1709.
O revestimento contra fogo não deve ser considerado um substituto para os equipamentos e
técnicas de combate a incêndio.
Estruturas de concreto são consideradas suficientemente resistentes ao fogo.
Caso se verifique a necessidade de aplicação de revestimento contra fogo na maior parte da
estrutura metálica, recomenda-se uma avaliação econômica de seu custo comparado com o da
estrutura de concreto armado equivalente.
As dimensões indicadas no item 2.14.1.3 podem ser menores, desde que exista alguma estrutura
que é considerada limitante para as áreas sujeitas a incêndio, tais como:

a) paredes e tetos de construção à prova de fogo;


b) paredes de alvenaria ou de concreto armado.

Os seguintes elementos estruturais não necessitam ser isolados contra fogo:

a) elementos projetados somente para cargas de vento;


b) vigas de pontes rolantes;
c) escadas e plataformas;
d) berço de vaso horizontal e de trocador de calor.

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Os desenhos estruturais dos elementos revestidos contra fogo devem ser marcados com as letras
“PCF”, indicativo de proteção contra fogo.

2.14.3 Elementos a serem Protegidos e Extensão do Revestimento contra Fogo


2.14.3.1 Suporte Elevado de Tubulação (“Pipe Rack” e Outros)
A proteção contra fogo deve ser contada a partir do nível do solo, ou a partir do pavimento contínuo
mais próximo e atender ao critério descrito na TABELA 2.

TABELA 2 - EXTENSÃO DO REVESTIMENTO EM SUPORTE


ELEVADO DE TUBULAÇÃO

Altura da Estrutura (h) Extensão do Revestimento

h < 8000 mm Toda a extensão do suporte

h > 8000 mm 8000 mm máximo

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2.14.3.2 Resfriador a Ar (“Air Cooler”)


A proteção contra fogo deve se estender até 200 mm acima da última viga horizontal da estrutura
de sustentação do resfriador, limitada a uma altura de 8000 mm contados, a partir do nível do
solo ou do pavimento contínuo mais próximo.

2.14.3.3 Estrutura Metálica Suportando Equipamentos


A proteção contra fogo deve se estender até 200 mm acima da última viga horizontal da estrutura
de sustentação do equipamento, limitada a uma altura de 8000 mm, contados a partir do nível do
solo ou do pavimento contínuo mais próximo.

2.14.3.4 Estrutura de Forno e Caldeira


A proteção contra fogo deve se estender até um nível de 300 mm abaixo da primeira viga
horizontal, limitada a uma altura de 8000 mm, contados a partir do nível do solo ou do pavimento
contínuo mais próximo.

2.14.3.5 Saia de Vaso Vertical


A proteção contra fogo deve ser aplicada externamente e internamente, para vaso
com diâmetro superior a 1500 mm. Saia de vaso com diâmetro inferior a 1500 mm não
necessita ser protegida internamente.
A proteção contra fogo de saia de vaso deve se estender desde o anel da base até a
região (do tampo ou costado) onde haja circulação de produtos.

2.14.3.6 Perna de Esfera e Vaso de Pressão


A proteção contra fogo deve se estender até 200 mm abaixo da solda da perna com a chapa de
reforço do costado.

2.14.4 Material
2.14.4.1 Argamassa
Aplicável em elementos estruturais metálicos de equipamentos e tubulações, com exceção dos
equipamentos listados no item 2.14.4.2.
Devem ser mantidas as seguintes relações no preparo da argamassa:
a) areia x cimento - 3:1 (em volume);
b) cimento x água - 10:7,35 (em peso).

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A areia deve ser classificada como Agregrado Miúdo de acordo com a norma ABNT NBR 7211,
com granulometria máxima de 4,8 mm, não podendo apresentar substâncias nocivas, tais como:
argila, matérias orgânicas, materiais pulverulentos e outros.
Somente deve ser utilizada areia natural quartzosa. O cimento deve ser do tipo “portland” comum,
classe 250 ou 320, de acordo com a norma ABNT NBR 5732, não podendo ser utilizado cimento
com início de hidratação ou empedramento.
A argamassa deve ter uma resistência mínima à compressão de 5,0 MPa (50 kgf/cm2), logo após
72 horas.
A espessura do revestimento contra fogo deve ser de 50 mm.

2.14.4.2 Concreto Refratário


Aplicável em elementos estruturais metálicos de equipamentos e tubulação.
Uso obrigatório nos seguintes equipamentos:

a) pernas de esferas;
b) vasos categorizados como classe I da NR-13.

Nota: Após a aplicação do concreto refratário nas pernas de esferas, deve ser aplicada
“Tinta Poliuretano Acrílico”.

Devem ser utilizados concretos refratários, exceto os isolantes os que possuam composição
acima de 12% de CaO e 8,0% de Fe2O3.
O concreto refratário deve ter uma resistência mínima à compressão de 2,5 MPa (25 kgf/cm2),
logo após 24 horas de secagem ao ar.
A espessura do revestimento contra fogo deve ser de 50 mm.

2.14.4.3 Outros Materiais


Admite-se a utilização de outros materiais para a proteção contra fogo. Devem ser efetuados por
meio do teste de fogo estabelecido pelas normas API PUBL 2218 e ANSI/UL 1709 e, durante o
tempo de proteção, a temperatura média dos termopares instalados no elemento metálico não
deve exceder 538 °C e nenhum ponto ser maior que 64 9 °C. Além deste teste, deve ser efetuado
o teste de jato de água de combate a incêndio, estabelecido no item 11 da norma ASTM E-119.

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DIRETRIZES PARA PROJETOS DE INSTALAÇÕES TERRESTRES DE PRODUÇÃO Rev.0
VOLUME I – REQUISITOS CORPORATIVOS DE PROJETOS
Seção 1.3. – Filosofia de Segurança PÁGINA: 25 de 44

3 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO E GÁS


O sistema de detecção de incêndio e gás deverá monitorar continuamente a presença de fogo ou
gases a fim de alertar o pessoal e permitir ações de controle a serem iniciadas manual ou
automaticamente para minimizar a possibilidade de disseminação do fogo, explosão e a
probabilidade de exposição de pessoal.
A identificação de uma condição anormal no sistema de detecção e alarme, seja pelo mau
funcionamento, seja pela ocorrência de um incêndio ou acúmulo de gases ou vapores, deve ser
feita através de sinais sonoros e visuais na estação de operação.
No caso de detecção confirmada de gás ou incêndio, deve ser feita também a anunciação na área
envolvida ou áreas adjacentes (alarmes de emergência sonoros ou visuais).
Os circuitos elétricos dos dispositivos de acionamento, alarme e sinalização dos sistemas de
segurança descritos abaixo devem possuir monitoração contínua, que indique no console do
operador da área envolvida, abertura do circuito, curto-circuito, defeito dos detectores, falta de
energia etc.:
a) botoeiras manuais de acionamento de alarme de emergência;
b) botoeiras manuais de acionamento de disparo e bloqueio de sistema de descarga de
CO2;
c) detectores de incêndio, gases inflamáveis e tóxicos;
d) alarmes sonoros;
e) alarmes visuais.

Os sistemas de detecção e alarme devem estar interligados ao sistema de alimentação de


energia elétrica de emergência, de forma a manter o sistema operacional com uma autonomia de,
no mínimo, 2 horas.

Notas:
1) Em edificações, conforme ABNT NBR 17240, os sistemas de detecção e alarme devem
ser dimensionados de modo que a fonte de alimentação seja constituída de unidade
retificadora e bateria de acumuladores elétricos, ambos compatíveis entre si, com o sistema
e com o local de instalação.
2) Para o caso descrito na NOTA 1, a fonte de alimentação deve ser controlada e
dimensionada para a capacidade instalada do sistema, tendo a bateria autonomia de 24
horas de funcionamento do sistema, em regime de supervisão, incluídos neste período, 15
minutos em regime de alarme de fogo, com acionamento simultâneo de todas as indicações
sonoras e visuais externas à central da maior área supervisionada até as saídas externas

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da edificação, sem alimentação em corrente alternada na menor temperatura que a área


pode atingir durante o ano.

Devem ser previstas facilidades para teste, calibração e manutenção periódica dos detectores e
alarmes, tais como: conexões para teste, iluminação e acessos de manutenção para aqueles de
difícil acesso.

Notas:
1) É recomendada a utilização de equipamentos cuja calibração seja do tipo autocalibrável.
2) Quando necessária a intervenção para calibração, a mesma deve ser feita de forma não
intrusiva, ou seja, através de dispositivos (infravermelho, chave magnética, botão selado
etc.) que não requeiram a abertura do invólucro.

As redes elétricas e eletrônicas dos sistemas de detecção e alarme, que sejam dispostas em
sistemas de bandejamento para cabos, devem atender os requisitos da diretriz DR-ENGP-T-II-3.1

3.1 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO


3.1.1 Seleção dos Detectores de Fogo
A locação e configuração dos detectores de fogo devem atender ao disposto na Tabela 3.

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TABELA 3
ÁREA DE INSTALAÇÃO TIPO DO DETECTOR

- Salas de Painéis Elétricos Essenciais


- Salas do Painel Principal e Transformadores

- Salas de Controle e Equipamentos Elétricos (painéis,


bateria, carregador de bateria)
- Salas de Telecomunicação e de Rádio
- Espaços confinados por pisos e/ou forros falsos de
salas de controle
- Alojamentos
- Rouparia
Fumaça (tipo Ótico)
- Escadas
- Refeitório
- Sala de Ginástica
- Escritórios
- Salas de Estar e Jogos
- Auditórios
- Cabine de Guindastes
- Tomadas de ar de ventilação das salas de controle e
dos pontos de reunião
- Almoxarifados
- Despensas
- Oficinas
- Lavanderia
Termovelocimétrico
- Laboratórios
- Enfermaria
- Paióis de Tintas
- Cozinha
- Invólucros de Acionadores de Geração Elétrica e/ou
de Compressão de Gás
Chama e Temperatura Fixa (tipo
- Ambientes fechados que contenham motores de Elétrico)
combustão interna ou tanques diários de diesel

Não deve ser prevista a instalação de detectores de incêndio nas unidades de processo, a menos
que estas unidades tenham sido identificadas em estudo de análise de risco. Nas unidades de
processo, devem ser previstos botoeiras de alarmes manuais.

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Nota: Para as unidades identificadas em estudo de análise de risco é recomendado que os


detectores sejam restritos aos equipamentos que operem com produto em temperatura
acima ou próxima a de autoignição (até 27 ºC abaixo da temperatura de autoignição).

Os detectores de incêndio devem atender às seguintes condições:


a) após serem acionados, devem permitir o restabelecimento das suas condições normais
de operação, sem necessidade de reposição de qualquer componente;
b) devem ter indicação visual e sonora no console da área envolvida, para mostrar que
foram operados e de tal forma a permitir a identificação do local ou zona afetada; a
indicação visual deve permanecer até que o sistema tenha sido restabelecido
manualmente.

Deve ser avaliada a necessidade de instalar sistema de detecção de incêndio em poços produtores
de petróleo localizados próximos de comunidades.
Caso requerido por exigência de legislação local ou indicação de análise de risco, sistemas de
detecção e alarme de incêndio em outros ambientes além daqueles especificados nesta Filosofia,
deverão ser instalados.
Os detectores de incêndio devem ser do tipo endereçáveis, de modo a permitir a identificação
remota do ponto ou ambiente onde ocorre a detecção.
Os detectores e alarmes de incêndio devem ser localizados e instalados conforme recomendações
dos fabricantes e conforme as ABNT NBR 17420, ABNT NBR 11836 e NFPA 72H. No
posicionamento dos detectores devem ser considerados, em especial, os seguintes fatores que
possam afetar sua sensibilidade e funcionamento:
a) geometria da área de instalação;
b) presença de obstáculos à propagação de calor ou fumaça;
c) ventilação do local;
d) fontes de interferência à detecção.

As ações indicadas pelo sistema de detecção e alarme de incêndio dependem da área de risco
considerada e devem incluir, no mínimo, as seguintes medidas:
a) interrupção do fluxo de ventilação e isolamento da área com fechamento de “dampers”
nos dutos de ventilação;
b) alarme de incêndio no console da área envolvida e alarme de emergência no local.

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Os alarmes manuais de incêndio devem atender a ABNT NBR 13848 e devem ser do tipo
“QUEBRE O VIDRO E APERTE O BOTÃO”.

Para Cozinhas, devem ser atendidos os requisitos de proteção ativa e passiva contra incêndio da
ABNT NBR 14518.

3.2 SISTEMA DE DETECÇÃO DE GASES


3.2.1 Geral
Devem ser instalados sistemas que permitam monitorar continuamente as instalações para
detectar e alarmar vazamentos de gases inflamáveis e tóxicos nos locais definidos em estudo de
análise de riscos (APR) e nesta Filosofia (Tabela 4).
Sensores pontuais ou de visada, do tipo Infravermelho (IR), devem ser utilizados para monitoração
de vazamentos de gás inflamável (CH4). Estes sensores devem ser adequados para operar em
áreas classificadas como “Grupo IIA, T3”.
Sensores de visada não podem ser utilizados em áreas congestionadas que não permitam a
adequada cobertura das mesmas, bem como em áreas com elevado nível de vibração.
Sensores do tipo eletroquímico devem ser utilizados para monitoração de vazamento de gás tóxico
(H2S). Estes sensores devem ser adequados para operar em áreas classificadas como “Grupo IIB,
T3”.
Sensores do tipo catalítico devem ser utilizados para monitoração de vazamentos de gás inflamável
(H2). Estes sensores devem ser adequados para operar em áreas classificadas como “Grupo IIC,
T1”.

A quantidade e a localização dos detectores de gases inflamáveis e tóxicos, instalados em áreas


abertas, devem ser definidas considerando:
a) pontos definidos em estudo de dispersão de gases, tais como:
• áreas com deficiência de ventilação natural, onde existam fontes potenciais de
vazamento de gases ou vapores inflamáveis na atmosfera e nos pontos de provável
acúmulo destes vapores;
b) áreas de processo definidas em estudo de análise de riscos, tais como:
• pátios cobertos de bombas;
• casas de compressores;
• parques de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);
c) tomadas de ar exterior dos sistemas de ventilação forçada e ar condicionado.

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Os detectores de gases inflamáveis e tóxicos devem ser adequados para operar em área
classificada.

Nota: Para o caso de utilização de equipamentos de calibração no campo, também devem


ser atendidas as exigências para uso em áreas classificadas.

3.2.2 Detectores de Metano (CH4)


No caso de detectores de gás metano, devem ocorrer alarmes no console do operador da área
envolvida para inicio das ações de segurança, sempre que forem detectados níveis de
concentração de gás de 20 % (alerta) e 60 % (alto) do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) para
detectores pontuais ou um e dois LII metros lineares para detectores de visada.

3.2.3 Detectores de Gás Sulfídrico


No caso de detectores de gás sulfídrico, devem ocorrer alarmes no console do operador da área
envolvida para inicio das ações de segurança, sempre que forem detectados níveis de
concentração de gás de 8 ppm (alerta) e 20 ppm (alto).

3.2.4 Detectores de Hidrogênio


Em salas de baterias, devem ser instalados detectores de gás hidrogênio, considerando na sua
localização a influência do sistema de exaustão.
O alarme na sala de controle deverá ser iniciado quando um detector de gás (um detector @ 10%
LII) for ativado.
Gás detectado @ 10% do LII deve iniciar as ações de controle, tais como:
• Alarme na sala de controle;
• Partida do exaustor reserva.

Adicionalmente, a confirmação de gás @ 15% (por dois sensores @ 15% do LII na mesma zona)
deve iniciar as ações de controle, tais como:
• Inibir a carga profunda das baterias.

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TABELA 4

TIPO DE DETECTOR APLICÁVEL ÁREA DE INSTALAÇÃO


CH4
Áreas de processo e dos poços
Pontual

OU
Tomadas de ar
CH4
Pontual ou de Visada (IR)

Áreas que contenham equipamentos


ou tubulações com estagnação
prolongada de água produzida
H2S
(Eletroquímico)
Áreas de processo e das cabeças dos
poços
Tomadas de ar
H2
Sala de Bateria
(Tipo Catalítico)

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4 AVALIAÇÃO DE RISCOS E ESTUDOS DE SEGURANÇA


Os Estudos de Avaliação de Riscos devem possuir enfoque na Segurança de Pessoal, Bens
Patrimoniais, Meio Ambiente e a Imagem da Companhia, com recomendações para a redução da
frequência de cenários de acidentes e/ou para redução dos danos associados.
Durante a fase de Identificação dos Riscos de Processo deve ser considerada a aplicação do
conceito de um projeto intrinsicamente seguro. Este conceito deve ser aplicado para os cenários
com grandes conseqüências e deve ser a opção prioritária para os demais cenários.
Neste item estão definidos os requisitos e premissas mínimas para a elaboração da Avaliação de
Riscos e dos Estudos de Segurança da Unidade.
Para todos os estudos especificados, medidas propostas de redução de riscos devem ser
previamente aprovadas pela Petrobras.

4.1 Técnicas para Avaliação dos Riscos


Devem ser aplicadas técnicas de Avaliação de Riscos nas diversas fases da Unidade, conforme
definidas na Tabela 5, bem como a efetiva incorporação dos resultados provenientes dos estudos
realizados.

TABELA 5 – Técnicas Aplicáveis

FASES DO APR HAZOP Análise de


EMPREENDIMENTO Consequências
(*)
EVTE X
Projeto Conceitual X
(a)
Projeto Básico X X X
(b)
Projeto FEED X X X
Projeto de
(c) X X X
Detalhamento
Descomissionamento X

(*) Análise de consequências (Propagação de Incêndio, Dispersão de Gases, Explosão, BLEVE,


etc).
Dois anos após a partida da Unidade, deverão ser realizados Hazop e APR, contemplando este
período de fase operacional. Após estes estudos, deverão ser realizadas revisões durante a vida
operacional com periodicidade de cinco anos.
A elaboração de HAZOP e APR deve contar com a participação de especialista na técnica da
PETROBRAS.

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a) Projeto Básico
Devem ser realizados HAZOP e APR dos sistemas no Projeto Básico. As análises de
consequências devem ser iniciadas nesta fase.

b) FEED
Deve ser realizado HAZOP e APR para os sistemas não desenvolvidos no Projeto Básico. As
alterações em sistemas já definidos no Projeto Básico devem seguir os procedimentos da Gestão
de Mudanças definida pelas Diretrizes de Saúde Corporativa, Segurança, e Meio Ambiente da
PETROBRAS. Sempre que necessário, o HAZOP executado na fase de Projeto Básico deve ser
reavaliado.

c) Projeto de Detalhamento
Devem ser realizados novos HAZOP e APR somente para os sistemas que não tenham sido
contemplados nas fases anteriores, tais como, unidades pacotes.
Alterações nos sistemas definidos no Projeto Básico e FEED devem seguir a sistemática de
Gestão de Mudanças definida pelas Diretrizes Corporativas de Saúde, Segurança, e Meio
Ambiente (Diretriz 6) da PETROBRAS. Sempre que necessário, deverão ser reavaliados o HAZOP,
a APR e as Análises de Consequências, elaborados nas fases anteriores.

4.2 Critérios Qualitativos de Tolerabilidade de Riscos


Deve ser utilizada a Matriz de Tolerabilidade /Tolerância de risco apresentada na tabela 10, Anexo I,
bem como os meios para análise presentes neste documento. Dentro dos princípios de melhoria
contínua, cabe a utilização do conceito ALARP.

4.3 Estudos de Segurança


4.3.1 Geral
Devem ser realizados Estudos de Segurança objetivando avaliar as conseqüências de incêndios,
dispersão de gases e explosões. Os estudos devem considerar os cenários de riscos acidentais
identificados na APR e classificados como Não-toleráveis ou Moderados, de acordo com a Matriz
de Tolerabilidade/Tolerância de Riscos apresentada no Anexo I.
Os estudos realizados devem considerar aqueles previamente realizados (caso existam) e ser
revisados ou complementados, quando necessário, utilizando sempre a última revisão dos
documentos de referência.

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Os estudos contidos nas Análises de Conseqüência devem considerar, além da planta de


processamento e/ou produção, os seguintes locais:
• Sala de Controle;
• Rotas de Fuga;
• Prédios Administrativos;
• Estacionamentos;
• Ponto de Encontro

Os efeitos de incêndio e explosões devem ser avaliados considerando:


• Estrutura de suporte de equipamentos que manuseiam hidrocarbonetos;
• Piperack central;
• Impedimento dos equipamentos de segurança (bomba de combate a incêndio, gerador
de emergência, anel de água de combate a incêndio ADVs);
• Estrutura e tubulação do Flare.

A frequência de vazamento para cada equipamento deve ser obtida através de bancos de dados
especializados, tais como: LEAK (DNV), Internacional Association of Oil & Gas Producers (OGP),
AIChE ou HSE (GB). A utilização de qualquer outro banco de dados deve ser previamente
aprovada pela PETROBRAS.
Os estudos devem ser integrados entre si, e o projeto de detalhamento deve apresentar um
relatório final contendo todas as recomendações que provem tal integração. Este relatório deve ser
aprovado pela PETROBRAS.

4.3.2 Estudos de Propagação de Incêndio


Deve ser realizado um estudo de Propagação de Incêndio, considerando os cenários possíveis de
incêndio e a possibilidade de escalonamento, bem como as suas consequências para a integridade
estrutural de suportes e a locação dos equipamentos de segurança.
O Estudo de Propagação de Incêndio deve atender, no mínimo, as etapas definidas abaixo:
a) Considerações dos ventos
Deve ser utilizada a frequência relativa de ocorrência da velocidade do vento, com 8
direções em relação ao norte verdadeiro.
b) Seleção de cenários de incêndio
Esta seleção deve levar em consideração a APR.
c) Determinação das características das chamas

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Identificação das principais características termo-físicas de cada incêndio gerado,


analisando-se as características distintas das chamas provenientes de gases e óleos
combustíveis, conforme a seguir:
• Jato de Fogo: A análise deve ser baseada em simulações de CFD das dispersões, que
deve indicar a distribuição da concentração de gás em 3-D, para cada cenário
considerado. A ignição imediata também deve ser considerada.
• Incêndio em Poça: Para a análise de poça, não será necessário o uso de simulação por
CFD.

d) Determinar a radiação incidente


Para cada cenário de incêndio selecionado, deve-se calcular o fluxo de calor incidente em
cada elemento da estrutura e equipamentos vizinhos, em função do tempo.

e) Calcular a distribuição da temperatura na estrutura


Para cada cenário de incêndio selecionado, as temperaturas resultantes deverão ser
calculadas, chegando-se a uma distribuição da temperatura em cada ponto da Unidade
em momentos diferentes de tempo.
O estudo deve identificar o fluxo total de calor nos seguintes pontos: elementos estruturais
(incluindo pipe-racks e outros elementos estruturais principais de suportação) e as
Funções Principais de Segurança.

f) Análise da propagação de incêndio


Deve-se verificar a possibilidade de ocorrência de propagação de incêndio para outros
equipamentos ou tubulações e consequente escalonamento. As análises devem ser
consideradas com e sem a atuação dos sistemas de aspersão de água o e/ou
despressurização.

4.3.3 Estudo de Dispersão de Gases


Deve ser realizado Estudo de Dispersão de Gases objetivando a otimização dos sensores de gás
instalados em áreas confinadas, indicadas pela APR.
Na realização do estudo devem ser considerados os cenários de vazamento (APR), bem como a
lógica de votação e o tipo de sensor a ser utilizado, conforme definido no item 3.

O Estudo deve considerar, entre outros, os seguintes aspectos:


• Pontos de vazamento de gás;

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• Frequência de ocorrência de vazamentos;


• Inventários e condições do gás liberado;
• Simulação computadorizada do processo de dispersão do gás.

Esse Estudo deverá considerar, no mínimo, as etapas descritas abaixo:


a) Quantidades e propriedades dos gases
Levantamento do inventário e das características termodinâmicas e físico-químicas dos
gases perigosos presentes na Unidade.
Os cenários acidentais a serem considerados na análise devem ser aqueles oriundos de pequenos
vazamentos, conforme definido na especificação PETROBRAS DR-ENGP-M-I-1.4 – Requisitos
para Estudos de Segurança.
Caso a composição do gás apresente quantidade significativa de componentes mais pesados que
o ar, dois gases devem ser considerados para simulação: um, considerando todos os componentes
mais leves que o ar, e a outro, considerando a porção mais pesada.
Como primeira tentativa, dois pontos de vazamento devem ser considerados para cada cenário
identificado, cada um com 4 direções de jato. A quantidade de cenários pode ser reduzida caso
adequadamente justificada e submetida à aprovação da PETROBRAS.

b) Dados meteorológicos
A frequência e a intensidade dos ventos deve ser considerada para, no mínimo, 8 direções
(incluindo calmaria). A especificação técnica de dados ambientais da PETROBRAS deve
ser considerada.

c) Modelo de dispersão de gases


Estas análises devem considerar o uso de ferramenta de CFD adequada conforme
definido na especificação PETROBRAS DR-ENGP-M-I-1.4 – Requisitos para Estudos de
Segurança.

d) Critérios do projeto
A quantificação e posicionamento dos sensores de gás devem ser embasados na
utilização de modelagem tridimensional, para concentrações dos gases. Os sensores
devem ser posicionados de forma a permitir a detecção de todos os casos selecionados.

O Estudo de Dispersão de Gases também deve verificar, se a posição dos vent atmosféricos pode
interferir com a localização final dos sensores de gás e caso necessário, propor solução.

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4.3.4 Estudo de explosão e BLEVE


Deve ser realizado um Estudo de Explosão e BLEVE considerando os cenários de vazamento
identificados na APR como moderados ou não-toleráveis.
O objetivo do estudo será calcular o nível de sobrepressão nas áreas habitadas e vizinhanças,
definindo, quando necessário, medidas mitigadoras para manter sua integridade.

5 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA SISTEMAS ELÉTRICOS


5.1 Fonte de Energia Elétrica de Emergência
5.1.1 Geral
Deve ser prevista fonte de Energia Elétrica para operação em condições de emergência (Gerador
de Emergência), após perda de energia normal. Deve ser, dimensionada para atender aos
serviços essenciais à segurança (Consumidores Essenciais e de Emergência).
O conjunto gerador de emergência deve atender os requisitos do item 6.3 da DR-ENGP-T-II-3.1 –
REQUISITOS PARA PROJETO DE SISTEMA ELÉTRICO.
A fonte transitória e o painel de serviços essenciais não devem estar localizados em áreas
classificadas ou em compartimentos contíguos àquele ocupado por áreas classificadas para
instalações elétricas.
Providenciar que medidas adequadas sejam tomadas para salvaguardar operações de emergência
independentes sob todas as circunstâncias.

5.2 Fonte Transitória de Energia Elétrica de Emergência


A fonte transitória de energia elétrica deve atender os requistos do item 6.3 da DR-ENGP-T-II-3.1
– REQUISITOS PARA PROJETO DE SISTEMA ELÉTRICO.
A fonte transitória de energia elétrica de emergência deverá manter permanentemente
energizados todos os consumidores essenciais de emergência, que não podem sofrer interrupção
em sua alimentação por ocasião da falha da fonte normal. Deve também alimentar os
consumidores que devem permanecer energizados após a parada da geração de emergência.

5.3 Consumidores Essenciais para Segurança


São associados diretamente à segurança do pessoal e do patrimônio da Unidade, que devem ser
mantidos energizados durante uma parada de emergência.

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5.3.1 Consumidores Essenciais de Segurança


Estes consumidores devem permanecer energizados enquanto funcionar o gerador de emergência,
conforme listado abaixo:
• Iluminação essencial;
• Iluminação de heliponto;
• Iluminação de obstáculo aéreo;
• Insuflamento / exaustão das salas que abriguem serviços essenciais (CA e CC);
• Painel de ignição do flare;
• Carregadores de baterias;
• Sistemas de controle e auxiliares dos consumidores essenciais tais como: controles de
poços, bombas de combate a incêndio (água e espuma), geradores de emergência,
compressores de ar e outros);
• Bomba de combate a incêndios – água e espuma (quando aplicável);
• Sistema de Energia Ininterrupta (UPS);
• Sistema reserva de ar condicionado da Sala de Controle, rádio e telecomunicações;
• Nitrogênio para purga fechada do flare.

5.4 Consumidores de Emergência


São os consumidores diretamente associados à segurança do pessoal e do patrimônio da Unidade,
que não podem sofrer interrupção em sua alimentação quando houver queda da geração principal
e posterior entrada da geração de emergência. Estas cargas devem permanecer energizadas
mesmo após falha da geração de emergência, sendo alimentadas pela fonte transitória da energia
elétrica, conforme DR-ENGP-T-II-3.1 – REQUISITOS PARA PROJETO DE SISTEMA ELÉTRICO.

5.5 Classificação de Áreas


A classificação de áreas deve atender aos requisitos das normas ABNT NBR IEC 60079-10 e
API-RP-505. Nos itens onde as normas apresentarem soluções diferentes, a solução mais restritiva
deve ser adotada. Em outras palavras, aquela solução que resultar em maior área classificada com
o maior grau de risco (zona).
Estes itens devem ser claramente identificados na FD de Classificação da Área (Anexo II).
Para casos onde uma área seja constituída de vários recortes de áreas classificadas, a mesma
deve ser considerada como uma única área classificada.
Interiores de áreas fechadas com fontes de risco, mesmo quando tem um sistema de ventilação
forçada dimensionado para impedir que a concentração de gases alcance os níveis de

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inflamabilidade devem ser consideradas como áreas classificadas. Esta recomendação deve ser
aplicada apesar da classificação atenuada do item ventilação permitida pelos Padrões IEC.

6 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA SISTEMA DE VENTILAÇÃO E DE AR-


CONDICIONADO
Os Requisitos dos itens 4 e 5 da DR-ENGP-T-II-7.1 – DIRETRIZES PARA SISTEMAS DE HVAC
devem ser atendidos além dos descritos neste capítulo.
A entrada de ar da sala de baterias deve ser localizada junto ao piso do compartimento e a
exaustão deve ser localizada junto ao teto, de modo a evitar a formação de “bolsões” de gás
hidrogênio no teto da sala.
Em caso de perda da ventilação principal de áreas classificadas, a ventilação reserva deverá ser
acionada automaticamente.
A ventilação para salas de serviços essenciais deverá ser fornecida mesmo em caso de falha ou
desligamento dos sistemas normais de ventilação.
Os sistemas de ventilação não devem interligar os seguintes compartimentos:
• Sistema de exaustão de salas de baterias e laboratórios com risco de contaminação
com outros compartimentos;
• Áreas de diferentes classificações para instalação de equipamentos elétricos.

Os compartimentos fechados que tenham aberturas a menos de 3 m do limite de áreas


classificadas para instalações elétricas devem ser providos de pressurização positiva monitorada.
As condições operacionais da ventilação mecânica e do ar condicionado devem ser continuamente
monitoradas, e qualquer falha deve causar sinalização remota na Sala de Controle.
As áreas fechadas que abriguem fontes de gases ou vapores combustíveis devem ser providos de
pressão inferior as áreas adjacentes.
Todas as tomadas de admissão de ar externo devem ser providas de dispositivos que previnam a
admissão de gás, para o interior de áreas protegidas. Esses dispositivos podem ser eliminadores
de gotículas com filtro e/ou dampers corta-fogo ou de estanqueidade, conforme requerido.
O ar externo aspirado para o sistema de VAC deve ser tomado de área segura, localizada a no
mínimo, a 3 metros de distância de área classificada, e 4,5 metros da exaustão dos sistemas de
ventilação, da descarga dos gases de combustão e dos vents.
As áreas protegidas por CO2 devem possuir dampers estanques/ gas tight dampers para assegurar
a estanqueidade nos dutos e/ou nas aberturas de ventilação das salas, a fim de prevenir
vazamento de CO2.

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7 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA ARRANJO


7.1 Geral
O arranjo deve considerar entre outros aspectos:
• Separação de áreas perigosas de áreas não-perigosas;
• Maximizar a instalação de equipamentos em áreas abertas com ventilação natural;
• Minimizar as consequências de incêndio ou explosão;
• Prover facilidades para fuga, evacuação e abandono;
• Os resultados do Estudo de Propagação de Incêndio e Explosão, previsto no item 4.
Deve ser minimizada a utilização de conexões nas linhas de gás.

7.2 Rotas de fuga


A Unidade deve ser suprida de rotas de fuga principais e secundárias. Estas devem ser livres de
quaisquer obstáculos, e atender às seguintes especificações:
• Rota Principal: deve ter largura mínima de 1,2m e altura mínima de 2,1m.
• Rota Secundária: deve ter largura mínima de 1,0m e altura mínima de 2,1m.
• Deverão ser providenciadas pelo menos duas rotas de fuga distintas para qualquer área
da Unidade.
• Devem existir, no mínimo, duas rotas de fuga inteiramente distintas, das áreas de
serviço para as acomodações ou para os postos de abandono.
• As portas que tenham abertura para os passadiços externos da Unidade ou para outras
rotas de fuga devem abrir para o exterior. Sob nenhuma circunstância essas portas devem
obstruir as rotas de fuga.

O compartimento que abrigar a bateria central de cilindros de CO2 deve ser provido de duas
saídas, devendo uma delas possuir abertura para área externa.

As salas protegidas por CO2 devem ser providas de duas saídas, devendo uma delas possuir
abertura para área externa e a outra, para uma sala não protegida por CO2.
Salas que sejam providas de apenas uma saída devem possuir abertura para uma área externa ou
para outra sala não protegida por CO2.
Todas as saídas devem ser equipadas com iluminação de emergência.

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Lâmpadas de iluminação de emergência devem ser previstas ao longo de toda rota de fuga,
inclusive escadas, de modo a permitir sua utilização no caso de interrupção total do fornecimento
de energia elétrica.

8 MISCELÂNEA
A instalação de chuveiros de segurança e lava-olhos deve ser definida pela UO. Como uma
primeira abordagem, as seguintes áreas podem ser protegidas: área de injeção de produtos
químicos, laboratórios, áreas de armazenamento de LGE, áreas de processo, sala de baterias e
depósito de tintas.
O isolamento para a Proteção do Pessoal deve assegurar uma temperatura abaixo de 60°C em
superfícies externas. Deve ser instalado em equipamentos ou em tubulações localizados a menos
de 2m do piso ou em uma distância lateral de 1m de escadas ou plataformas destinadas ao trânsito
de pessoas.

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Anexo I

MATRIZ DE TOLERABILIDADE DE RISCO

Freqüência do cenário (por ano) 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 1

A C
B D E
Descrição / características Extremamente Pouco
Remota Possível Freqüente
remota provável

Não
Pouco
esperado
provável de Possível de
ocorrer, Possível de
ocorrer ocorrer
Conceitualmente apesar de ocorrer uma
Patrimônio / durante a muitas
Meio ambiente possível, mas haver vez durante
Pessoas continuidade Imagem vida útil de vezes
(ver Nota 1) sem referências referências a vida útil
operacional um durante a
na indústria em da
conjunto de vida útil da
instalações instalação
unidades instalação
similares na
similares
indústria
Múltiplas Danos severos
Catastrófica

fatalidades Danos catastróficos em áreas


intramuros podendo levar à sensíveis ou se Impacto
M M NT NT NT
V

ou fatalidade perda da instalação estendendo internacional


extramuros industrial para outros
locais
Até 3
Categorias de Severidade das Consequências

fatalidades
Danos severos a Danos severos
Crítica

intramuros Impacto
sistemas (reparação com efeito T M M NT NT
IV

ou lesões nacional
lenta) localizado
graves
extramuros
Lesões
graves
Média

intramuros Danos moderados a Danos Impacto


T T M M NT
III

ou lesões sistemas moderados regional


leves
extramuros
Marginal

Danos leves a
Lesões Impacto
sistemas / Danos leves T T T M M
II

leves local
equipamentos

Sem lesões
Danos leves a
Desprezível

ou, no
equipamentos sem
máximo, Danos Impacto
comprometimento da T T T T M
I

casos de insignificantes insignificante


continuidade
primeiros
operacional
socorros

NOTA 1 A análise dos Riscos Ambientais deve atender aos requisitos dos órgãos ambientais competentes.
NOTA 2 As categorias de frequência apresentadas visam permitir uma avaliação da frequência do cenário acidental. A
avaliação deve ser estimada considerando a atuação das salvaguardas preventivas existentes ou previstas em
projeto.Os valores apresentados não devem ser utilizados como limites de risco individual ou social em
Análises Quantitativas de Riscos (AQR). A matriz de tolerabilidade de riscos é aplicada para determinar risco
para um cenário.
NOTA 3 As categorias de severidade apresentadas visam permitir uma avaliação da magnitude das consequências dos
efeitos físicos de interesse (sobrepressão, concentração tóxica, radiação térmica etc.).

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CATEGORIAS DE RISCO

Categoria de
Descrição do Nível de Controle Necessário
Risco
Não há necessidade de medidas adicionais. A monitoração é
Tolerável (T)
necessária para assegurar que os controles sejam mantidos.

Controles adicionais devem ser avaliados com o objetivo de obter-se


Moderado (M) uma redução dos riscos e realizar aqueles considerados praticáveis
(conceito “ALARP”)

Os controles existentes são insuficientes. Métodos alternativos devem


Não Tolerável ser considerados para reduzir a probabilidade de ocorrência e,
(NT) adicionalmente, as consequências, de forma a trazer os riscos para
regiões de menor magnitude de riscos (níveis “ALARP” ou toleráveis).

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Anexo II

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