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Chamo me Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón, mundialmente conhecida como Frida

Kahlo, nascei em 6 de julho de 1907 no México. A minha vida foi preenchida com paixões,
muita dore sofrimento mas fui sempre preserverante. Olha as minhas cores , leveia-as para o
mundo, são vibrtantes e têm a energia do povo mexicano..

Sempre sofri,

Aos 6 anos, tive poliomielite, doença que me deixou sem uma das pernas e por isso fui muito
desprezada pelos colegas de escola, chamavam-me “Frida da perna de pau”. Então, acabei por
usar toda a minha vida as longas e coloridas saias. Mesmo assim, pratiquei desportos como
o futebol, lutas e natação, considerados até então masculinos. Sempre fui diferente.

Foi na minha infância que comecei a interessar-me pelas artes. O meu pai era fotógrafo
alemão e o Meu avô também, para mim a fotografia é uma forma de retratar o mundo.

Com parte da infância vivida entre tiroteios e disputas entre camponeses na Revolução
Mexicana de 1910, Frida denominava-se como “filha da revolução”. Já sua adolescência foi em
meio às festas populares e a uma efervescência cultural que chegava ao México.

Estudei na Cidade do México e lá tive contato com grupos estudantis de diferentes áreas e
assim fiquei mais próxima das Artes e da Filosofia.

Mas a minha vida congelou aso 18 anos. Um caminhão bateu no bonde em que Frida estava,
acidente no qual uma barra de ferro atravessou seu corpo, atingindo a barriga e a pelve da
jovem.

Esse acidente deixou Frida de cama por muito tempo. Com o corpo imóvel e totalmente
engessado, passando por mais de 30 cirurgias para minimizar os danos causados pelo
ferimento, a mexicana achou na pintura um modo de passar o tempo e expressar seus
sentimentos.

Problemas de saúde

Frida desejava ser mãe, mas sofreu três abortos espontâneos por causa das perfurações que
teve no acidente. A pintora carregava para as telas o sofrimento em não poder levar uma
gestação adiante, como é o caso do quadro “Hospital Henry Ford”, obra que retrata a perda de
seu segundo filho no hospital de mesmo nome, localizado nos Estados Unidos.
Frida retratou a dor de perder seu segundo filho no quadro “Hospital Henry Ford”. Obra
exposta no Museo Dolores Olmedo, no México.

Com problemas em seu casamento, resultando em várias idas e voltas, Frida passou a abusar
do álcool, o que a deixou debilitada. Ao longo de sua vida adulta, ela teve várias infecções,
precisou usar diversos remédios para a dor e acabou tendo que conviver com o uso do colete
ortopédico para a coluna.

Em 1953, o estado de saúde da pintora agravou-se. Seus pés tiveram gangrena e precisaram
ser amputados. Apesar da tristeza com a situação, esse momento eternizou uma de suas mais
famosas frases e que representa toda a vida de Frida: “Pés, para que os quero, se tenho asas
para voar?”.

Frida morreu em 13 de julho de 1954, no México, por embolia pulmonar.

Relacionamentos

O grande amor de Frida, como ela mesmo descrevia, foi o muralista mexicano Diego Rivera.
Eles se conheceram quando, após retomar os movimentos do corpo, a jovem decidiu mostrar
suas pinturas ao já famoso pintor.

Frida e Rivera casaram-se quando ela tinha 21 anos e ele, 41. Eles se tornaram parceiros não só
afetivamente, mas também na política, já que os dois faziam parte do Partido Comunista
Mexicano.

Apesar da paixão entre os artistas, Rivera foi infiel durante todo o seu casamento, inclusive
envolvendo-se com a irmã de Frida, Cristina, com quem teve vários filhos. Com as traições
constantes, Frida também passou a sair com outros homens e mulheres.

A pintora mexicana teve relacionamentos com diversos nomes das artes e política, sendo um
dos mais famosos o caso com Leon Trotsky. Ele foi hóspede de Frida, juntamente com sua
mulher, por cerca de dois anos.

Por causa das traições constantes, em especial o caso com Cristina, Frida divorciou-se de
Rivera, período em que focou na carreira e aumentou sua produção de quadros. No entanto,
os dois acabaram casando-se novamente, apesar das constantes brigas. Permaneceram juntos
até o fim da vida de Frida.

Pinturas

O início da carreira de Frida começou com seu acidente, aos 18 anos. Ela pintava autorretratos
com base na visão que tinha a partir de um espelho em sua cama, pois dizia que queria pintar
o que via com os próprios olhos, ou seja, algo que ela conhecia totalmente. Frida retratava sua
vida em suas telas sempre com cores fortes e traços marcantes, características únicas das
obras de Kahlo.

O primeiro quadro foi o Autorretrato em vestido de veludo, de 1926, obra que fez para
presentear seu então namorado, o jovem Alejandro Gómez Arias.

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Já adulta, seu relacionamento conturbado com o muralista Diego Rivera passou a ser um dos
temas presentes em sua pintura. Em um de seus rompimentos, Frida cortou as suas
características tranças, que seu marido gostava, e fez um autorretrato com os cabelos curtos,
com várias mechas jogadas no chão, para mostrar a mudança que viria em sua vida.

“Autorretrato com cabelo cortado”, de 1940, é uma resposta ao rompimento com Diego
Rivera. Obra exposta no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.

Apesar das brigas de Rivera e Frida, assim como as idas e vindas, Kahlo sentia grande
admiração por seu marido. Ela retratou a importância de Diego em sua vida no quadro “Diego
e eu”, de 1949, no qual o muralista aparece como um terceiro olho na testa da artista
mexicana.

Sua obra ficou mundialmente conhecida após morar fora do México. No entanto, somente
próximo a sua morte é que Frida conseguiu presenciar uma exposição sua no país que tanto
amava e ajudava a divulgar pelo mundo.
Figura feminina

Frida trouxe para as artes algo que até então não era abordado pelos pintores: as questões
íntimas femininas. Abortos, partos e feminicídio foram alguns dos assuntos presentes em suas
obras.

Uma de suas obras mais chocantes é “Unos Cuantos Piquetitos”, de 1937. Na tela, é possível
ver uma mulher nua e ensanguentada em uma cama e um homem ao seu lado, segurando
uma faca. A pintura veio de um caso que Frida teve conhecimento, o qual se tratava de um
marido que matou a esposa por ciúme e disse ao juiz que foram “apenas uns cortes
pequenos”, na tentativa de ser absolvido.

Violência contra mulher foi algo presente nas obras de Frida, como em “Unos Cuantos
Piquetitos”. Obra exposta no Museo Dolores Olmedo, no México.

A sua própria fragilidade física era exposta em suas pinturas. Frida não tinha medo de revelar
ao mundo as consequências do acidente que sofreu, como pode ser visto no quadro “A coluna
partida”, de 1944. Nele, a pintora aparece com sua coluna exposta e toda quebrada, além de
pregos por todo o corpo. Isso retrata as dores sofridas por ela durante a vida.

Frida transportava para as telas as suas próprias cicatrizes e problemas de saúde. Obra exposta
no Museo Dolores Olmedo, no México.

A exposição da sua vulnerabilidade física em contraponto com sua força como mulher, da
persistência que teve e na luta contra as dores, as dificuldades no relacionamento com Rivera
e a tristeza de não ser mãe são motivos que levaram à identificação de mulheres em todo o
mundo, o que chamou a atenção dos movimentos feministas.

Frida não se intitulou feminista em sua vida, mas isso não impediu que sua importância no
meio político e artístico fizesse com que ela se tornasse referência para a luta feminista.
Leia também: O que é feminismo?

Figura marcante

Frida chamou a atenção pela peculiaridade de seu visual. Sempre manteve suas sobrancelhas
grossas e marcantes, abusava das cores e estampas florais e étnicas em seu vestuário, usava
grandes bijuterias de influência mexicana, além de levar consigo a atmosfera do México em
seus móveis, enfeites e demais objetos, independentemente do local onde fosse morar.

Essa excentricidade de Frida fazia com que ela fosse uma mulher notada por todos, deixando-a
no centro das atenções. No entanto, o mesmo artifício para ser marcante também era usado
para encobrir sua fragilidade física. As roupas coloridas e amplas tapavam as diversas cicatrizes
e também a perna da qual mancava.

Frida levou seu estilo único inclusive para seus coletes ortopédicos, os quais enfeitava com
flores, demais adereços e até mesmo pinturas. Ela incomodava-se com o colete, mas teve de
se conformar com o uso, então levou para a peça os seus traços artísticos.

Memória

A memória de Frida Kahlo está presente em livros, filme e outras obras, além de estar viva no
imaginário popular. A casa em que cresceu e viveu a maior parte de sua vida, a chamada “Casa
Azul”, foi transformada no Museu Frida Kahlo em 1958.

A Casa Azul abriga o museu de Frida Kahlo desde 1958**

A Casa Azul é a oportunidade dos fãs e curiosos conhecerem de perto o local onde Frida
passou sua vida, ver os objetos e adereços da pintora, assim como algumas de suas obras. A
atmosfera festiva e colorida da mexicana permanecem na residência localizada em Coyoacán,
no México.
Frida foi popular em sua conturbada vida e permanece em voga ainda hoje. A figura da mulher
forte, decidida e à frente do seu tempo serve de inspiração para a moda, por exemplo, o que a
mantém viva para as novas gerações.

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