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Alguns erros ao tentar compreender Deus

Muitos erros têm sido cometidos na tentativa de compreender Deus, alguns deles opostos em natureza. Um deles
é a análise excessiva, em que Deus é submetido quase a uma autópsia. Os atributos de Deus são expostos e
classificados de forma semelhante à abordagem adotada em um manual de anatomia. É possível tornar o estudo
de Deus um assunto excessivamente especulativo e, nesse caso, a própria conclusão especulativa, não o
relacionamento mais próximo com ele, torna-se o objetivo final. Não deveria ser assim. Antes, o estudo da
natureza de Deus deveria ser visto como um meio de se alcançar uma compreensão mais precisa e,
consequentemente, um relacionamento pessoal mais próximo com Deus. Assim, não seria necessário evitar a
investigação e a reflexão sobre como Deus é. E não haveria a tentação de escorregar no erro oposto: generalizar
de tal forma a concepção de Deus que nossa resposta se torne meramente um sentimento afetuoso para com
aquilo que J. B. Phillips chamou de “a mancha alongada” (Deus fora de foco), ou aquilo que alguns têm
denominado de “a crença no grande seja lá o que for”. Portanto, a investigação da natureza de Deus não deve
ser nem a imposição especulativa além do que Deus revelou, nem um salto místico sobre algo nebuloso e
indefinido.

ERICKSON, Millard J., Teologia Sistemática, São Paulo: Edições Vida Nova, 2015, p. 255.

Material didático do Seminário Martin Bucer | ead.martinbucer.com Página 1 de 1

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