Como somos o último grupo à apresentar, e sabendo que todos os grupos
estão estudando diferentes obras de um mesmo autor, não ficaremos em apresentações sobre o mesmo – como por exemplo datas de nascimento e de morte (10/02/1898 – 14/08/1956), manteremos esse formato para não repetimos o que já foi dito, e para melhor complementar os trabalhos. Em nosso trabalho, buscamos mostrar os pontos altos e qualificativos do grande poeta, diretor e dramaturgo alemão, Bertolt Brecht. E ficamos para comentar suas poesias. Brecht nasceu em berço nobre, porém se revoltou com sua classe, com sua posição de senhor e se uniu com o povo (o proletário) para denunciar as injustiças da burguesia, e as contradições do capitalismo. No teatro épico, Brecht trás para o palco o cotidiano, o homem comum, e seus problemas do dia-a-dia. A grande “sacada" é a maneira poética em retratar as frivolidades da vida, que são mostradas para além de só emocionar, mas elevar as emoções para uma finalidade maior, o raciocínio, para o alcance catártico. Seu conteúdo não era algo para apenas digestão do espectador, mas é um conteúdo nutritivo. Os poemas não são tão diferentes, com forte cunho político e 9social. Sempre vinculando e denunciando as injustiças de uma maneira facilitada, clara. Ele faz em seus poemas tal como em suas peças, compreender a realidade, mostrando que todos temos nosso lugar e nosso papel na sociedade, mostrando que entre indivíduo e sociedade a um elo que é afetado reciprocamente um pelo outro. Deixando claro que se não entendermos nossa realidade, nossa política, seremos facilmente enganados. “Por outro lado, ele era um materialista, acentuadamente pessimista, visceralmente desconfiado em face das mistificações conformistas patrocinadas pelos pregadores da resignação, representantes das religiões organizadas; por outro lado, esse inconformado diante de uma sociedade atomizada, amesquinhada, tinha sua sensibilidade marcada pela leitura da Bíblia. Imagens bíblicas alimentavam sua revolta contra o mundo dos indivíduos privados de valores reais, incapazes de transcender seus horizontes particulares, carentes de universalidade” (MARSCH, Edg8ar, 1974, p. 157).