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CEDTEC – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TÉCNICO

Curso: TÉCNICO DE MECÂNICA


Disciplina: Tratamentos térmicos

ALBERT MOHALLEM JÚNIOR

TRATAMENTOS TÉRMICOS

SERRA
2020
TRATAMENTOS TERMICOS

Trabalho apresentado à disciplina de Tratamentos


térmicos, do Curso Técnico de mecânica do Centro
de Desenvolvimento Técnico, como requisito
parcial para a formação em Técnico de mecânica.

Professor: Felipe Pimentel Pertel

SERRA
2020
1. Introdução.....................................................................................................
2. Desenvolvimento..........................................................................................
3. Conclusão......................................................................................................
4. Referencias bibliográficas...........................................................................
1. Introdução: Explique o processo e como foi desenvolvido o processo
de ensaio por líquidos penetrantes:

É um método de ensaio não destrutivo (END) para a detecção de descontinuidades


abertas na superfície de materiais sólidos e não porosos. O ensaio por líquido
penetrante (LP) é utilizado para detectar descontinuidades superficiais e que sejam
abertas, tais como: trincas, poros, dobras, etc., podendo ser aplicado em todos os
materiais sólidos e que não sejam porosos ou com superfície muito grosseira.

Histórico
Utilizado no século XIX pela indústria ferroviária que inspecionava peças como
rodas e eixos da seguinte maneira:
- Limpeza, fervendo as peças numa solução de soda cáustica;
- Secagem;
- Imersão das peças em tanque de óleo diluído com querosene;
- Remoção do excesso com solvente;
- Secagem;
- Aplicação de pó de giz com álcool;
- Martelamento para se provocar uma vibração;
- Inspeção.

Evidentemente, o método utilizado deixava muito a desejar. Entretanto, inúmeras


trincas foram detectadas, mas o método era totalmente inadequado para a
detecção de trincas finas e rasas, tais como as de fadiga. A partir da década de
40 (II Guerra Mundial) começaram a surgir os “kits” de líquido penetrante (LP)
que até hoje são utilizados.

2. Desenvolvimento: Explique o passo-a-passo, como executar esse


ensaio.

Existem 5 etapas essenciais no emprego deste método de ensaio:

1 – Preparação da superfície;
2 – Aplicação do líquido penetrante;
3 – Remoção do excesso de
penetrante;
4 – Aplicação do revelador;
5 – Inspeção.

2.1 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

Na preparação da superfície antes da aplicação do LP é necessário remover:


água, óleo, graxa, tinta, carepa solta, ferrugem e todo e qualquer material
estranho que possa interferir ou mascarar o ensaio.
A remoção deve ser feita através de escovas de aço (manuais ou rotativas),
solventes, desengraxantes, ou outros meios apropriados e adequados. Nesta
etapa é conveniente atentar- se para os seguintes detalhes:
a – o uso de escovas de aço carbono ou lixadeira, que tenha sido utilizada em
aço carbono, em aço inoxidável austenítico provoca a contaminação deste
último;
b – a limpeza por jateamento abrasivo pode obstruir as descontinuidades; se o
jateamento for imperativo, recomenda-se um esmerilhamento antes da aplicação
do penetrante.

Se a preparação for mecânica, é sempre recomendável complementar a limpeza


com algum solvente, não só para a remoção de traços de óleo ou graxa, como
também de poeira. Neste caso, recomenda-se um tempo de secagem do
solvente.

2.2. - APLICAÇÃO DO PENETRANTE

Consiste na aplicação de um líquido chamado penetrante, geralmente de cor


vermelha, de tal maneira que forme um filme sobre a superfície e que por ação
do fenômeno chamado capilaridade penetre na descontinuidade.

O penetrante pode ser aplicado por: imersão, pincelamento, derramamento ou


por aspersão, em toda a superfície de interesse.

O penetrante deverá permanecer em contato com a superfície pelo menos


durante o tempo mínimo de penetração. Pela norma da Petrobrás N-1596, o
tempo de penetração deve ser suficiente para que haja completa penetração nas
descontinuidades. Recomenda-se adotar o tempo mínimo de penetração,
indicado pelo fabricante dos “kits” de LP, porém nunca inferior a 10 minutos, e
nem superior a 60 minutos.

2.3 - REMOÇÃO DO EXCESSO DE PENETRANTE

Consiste na remoção do excesso do penetrante da superfície, através de


produtos adequados, condizente com o tipo de LP aplicado, devendo a superfície
ficar isenta de qualquer resíduo na superfície. A remoção do excesso deve ser
cuidadosa.

2.4 – APLICAÇÃO DO REVELADOR

Consiste na aplicação de um filme uniforme de revelador sobre a superfície. O


revelador é usualmente um pó fino (talco) branco. Pode ser aplicado seco ou em
suspensão, em um líquido. O revelador age absorvendo o penetrante das
descontinuidades e revelando-as. Deve ser previsto um determinado tempo de
revelação para sucesso do ensaio.

2.5 - INSPEÇÃO

Esta é a etapa onde se procuram as indicações das descontinuidades que


podem variar em função do tipo de penetrante utilizado.
Como o revelador atua como um mata-borrão, as indicações serão sempre
maiores do que o tamanho real das descontinuidades. Quanto maior a
descontinuidade, mais penetrante dentro da mesma e maior o tamanho da
indicação. Pelo mesmo motivo, as descontinuidades pequenas, fechadas ou
rasas, apresentam uma indicação bastante suave, muitas vezes de coloração
rosada (no caso de penetrante vermelho).

A inspeção deve ser feita sob boas condições de luminosidade, se o


penetrante é do tipo visível (cor contrastante com o revelador) ou sob luz
negra, em área escurecida, caso o penetrante seja fluorescente.

A interpretação dos resultados deve ser baseada no Código de fabricação da


peça ou norma aplicável ou ainda na especificação técnica do cliente.

2.6 – REGISTRO DOS RESULTADOS

Os resultados do ensaio devem ser registrados por meio de um sistema de


identificação e rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado
com o relatório e vice-versa.

Devem ser emitido um relatório contendo:


a – nome do emitente (órgão ou empresa
executante); b – identificação numérica;
c - identificação da peça, equipamento ou
tubulação; d – número e revisão do
procedimento;
e – materiais penetrantes
utilizados; f – registro dos
resultados;
g - normas e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
h – laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de ensaio
complementar; i – data;
j – identificação e assinatura do inspetor/operador
responsável; k – número do lote de material
penetrante.

– LIMPEZA FINAL

Deve ser executada quando o penetrante e/ou revelador residuais possam


interferir com o processamento subseqüente ou com as condições de serviço da
peça, podendo ser empregadas técnicas tais como: lavagem com água e
limpeza com solvente.
a – penetrante aplicado na superfície

b – remoção do excesso de penetrante

c – aplicação do revelador na superfície

d – indicação da descontinuidade

Figura 1 – Etapas do processo


3. Conclusão: Fale da importância desse ensaio para a área da soldagem
mundial:

Creio que sua importância se dá pela simplicidade do método, quando combinado


com a fotografia do defeito, fica mais fácil avaliar os resultados revelando
descontinuidades( trincas) extremamente finas nas peças que por sinal não existe
tamanho e forma para ensaiar visando assim defeitos nas peças antes mesmo das
mesmas serem instaladas, diminuindo assim o risco de acidentes e/ou defeitos.

4. Referencias bibliográficas:
https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-mecanicos-
livros-senai/217-ensaio-nao-destrutivo-liquidos-penetrantes
https://magnaflux.com.br/ensaios-nao-destrutivos/o-que-e-ensaio-por-liquido-penetrante/
https://revistaadnormas.com.br/2019/05/14/o-ensaio-por-liquidos-penetrantes

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