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Dezembro 2018 | Ano IV | N.º 39

Couro Azul
reforça capacidade
de produção com
10 milhões de euros
de investimento

Lar de S. Mateus certifica sistema

de gestão da qualidade Leia esta edição
com o QR Code
 ÍNDICE

14

Dezembro 2018 | Ano |V | N.º 39

20
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
04 Notícias
08 Poder Local
14 Caima: 130 anos de história em exposição
Couro Azul reforça capacidade de produção com 10 milhões de euros
22 16 de investimento
20 Marca cristal entregou 7 mil euros à Casa Acreditar de Coimbra
22 Mendes Gonçalves considerada uma das melhores empresas para trabalhar

INFORMAÇÃO E APOIO
35 24 Formação Modular Certificada para Desempregados de Longa Duração (DLD)
26 A importância da proteção do conhecimento e informação nas empresas
29 IFRRU 2020: Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas
31 Vida Ativa QUALIFICA + 2018/2019

VIVER O TEJO
40 32 Rota das Judiarias

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
34 Notícias
35 Celebrado contrato de empreitada para a Startup Ourém

46 40 Inscrições abertas para o 3.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende

42 Lar de S. Mateus certifica sistema de gestão da qualidade
46 Empreendedorismo da região no mundo: Elisabete Reis recebe prémio no Qatar
48 petMaxi renova a certificação IFS com 98,54%

INTERNACIONALIZAÇÃO
48 50 Notícias
Renova foi uma das 13 distinguidas pelo Prémio Bartolomeu
54 de Gusmão
56 TrimNW: Um negócio sobre rodas
58 Font Salem vai investir 40 milhões de euros em Santarém

56

FICHA TÉCNICA Publicidade: Periodicidade:

Maria João Rodrigues Mensal
Diretora: maria.joao@nersant.pt
Maria Salomé Rafael Tiragem:
Propriedade: 250 exemplares
NERSANT, AE.
Conselho Redatorial: Várzea de Mesiões - Apartado 177
Cláudia Monteiro 2354-909 Torres Novas
Sandra Pereira Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto
ribatejo.invest@nersant.pt www.nersant.pt regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 3

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

TRISCA CONVIDADA PARA FEIRA

DO MONTADO 2018

Editorial
Ribatejo Invest

N
Depois de na edição anterior os assentos revestidos em cortiça
a edição de dezembro da Ribatejo Invest terem feito sucesso junto dos visitantes, a organização da Feira do
damos a conhecer vários projetos de investi- Montado 2018 decidiu ampliar o espaço dedicado à TRISCA, ofe-
mento e inovação que algumas das maiores recendo a esta empresa do Entroncamento um lugar de destaque
empresas da região, muitas delas líderes no pavilhão dos produtos em cortiça.
nacionais nos respetivos setores de ativi- Durante a edição deste ano, decorrida em Portel de 29 de novem-
dades, estão a desenvolver. bro a 2 de dezembro, estiveram expostos alguns dos artigos da
Com o ano a chegar ao fim, importa também refletir linha ecológica em cortiça da empresa, com especial destaque
sobre algumas questões essenciais que marcaram a agenda para um dominó com figuras do montado alentejano, concebido
especialmente para a ocasião, e ainda os jogos tradicionais com
e que, certamente, continuarão a merecer toda a nossa
materiais amigos do ambiente. Ainda de acordo com a TRISCA, os
atenção nos meses que se seguirão.
assentos para espaços públicos revestidos a cortiça continuaram
A reprogramação do Portugal 2020, já aprovada por
a ser o produto mais requisitado.
Bruxelas e recentemente apresentada pelo Governo, é
um destes temas prioritários. Há muito que as empresas
esperam (e desesperam) pela concretização das intenções
anunciadas pelo Governo, de reforçar financeiramente o
ÁGUAS DO RIBATEJO RECEBE SELO DE QUALIDADE
apoio à inovação e atividade empresarial. O reforço das
verbas destinadas aos Sistema de Incentivos é fundamental
para que muitos projetos que estão em carteira possam,
finalmente, começar a ver a luz do dia. O ideal seria que
fossem integralmente respeitados os prazos de abertura de
concursos, e cumpridos os prazos para a análise dos proje-
tos. Em época natalícia, a abertura, nas próximas semanas,
dos novos concursos no âmbito das áreas reprogramadas,
tal como prometido pelo governo, seria um verdadeiro
presente no sapatinho para milhares de empresas, capaz de
fazer esquecer, por instantes, o agravamento de impostos
indiretos que vamos ter de enfrentar em 2019.
Com a instabilidade social, política e económica que se
A Águas do Ribatejo recebeu dia 22 de novembro, o selo de
vive a nível internacional, e que promete marcar o próximo qualidade de serviço atribuído pela Entidade Reguladora dos
ano, precisamos de empresas sólidas, inovadoras e compe- Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). A cerimónia integrada
titivas. Empresas que consigam transformar os obstáculos na 13ª Expo Conferência da Água decorreu em Lisboa com a
em novas oportunidades de negócio. presença do Ministro do Ambiente.
O selo premeia as entidades gestoras do abastecimento de água
Votos de um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. que se evidenciam no cumprimento de um conjunto de critérios,
previstos no regulamento criado pela ERSAR.
A Águas do Ribatejo promove cerca de 8500 análises certifi-
Maria Salomé Rafael cadas para garantir a qualidade e a segurança no abastecimento
Presidente da Direção da Nersant de água a 150 mil consumidores nos concelhos de Almeirim,
Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos
e Torres Novas.

4 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

OLITREM RENOVA ESTATUTO PME LÍDER
A Olitrem S.A. - Indústria de Refrigeração,
dedicado à construção e reparação de equi-
pamentos de frio, acaba de ver renovado o
estatuto de PME Líder, na sequência da qua-
lidade do seu desempenho e perfil de risco.
O estatuto PME Líder é um selo de reputa-
ção de empresas criado pelo IAPMEI - Institu-
to de Apoio às Pequenas e Médias Empresas
e à Inovação para distinguir o mérito das PME
nacionais com desempenhos superiores e
é atribuído em parceria com o Turismo de
Portugal, um conjunto de bancos parceiros
e as Sociedades de Garantia Mútua, tendo
por base as melhores notações de rating e
indicadores económico-financeiros.
O estatuto tem associado um conjunto de
benefícios, como o acesso em melhores con-
dições a produtos financeiros e a uma rede
de serviços, a facilitação da relação com a
banca e um certificado de qualidade para as
empresas na sua relação com o mercado.
Faz ainda parte dos objetivos deste programa
estimular a eficiência do processo de interme-
diação bancária e potenciar o alargamento do
mercado de capitais a empresas de dimensão
intermédia.
De referir que a Olitrem se dedica essen-
cialmente ao setor do Frio Comercial e Indus- experiência acumulada ao longo de muitos
trial, para a Indústria Hoteleira, Restauração anos de atividade. A Marecos é a marca da
e Bebidas, transportando consigo a vasta empresa.

FRAVIZEL NA EDIÇÃO BIENAL DAS JORNADAS TÉCNICAS DA ANIET

A Fravizel, empresa de Engenha-
ria Metalomecânica situada em Pé da
Pedreira, Alcanede, esteve presente na
edição bienal das Jornadas Técnicas da
ANIET - Associação Nacional de Indústria
Extrativa e Transformadora, no dia 21
de novembro no Centro de Congressos
de Aveiro.
Na ocasião, a empresa teve a oportu-
nidade de assistir às várias palestras e
comunicações, que abordaram temas de
interesse sobre a importância dos recur-
sos minerais, nomeadamente conhecer,
preservar e sobretudo valorizar.

NOVA LOJA BRICOMARCHÉ DO ENTRONCAMENTO: INVESTIMENTO DE 3 MILHÕES RESULTA EM 20 NOVOS

POSTOS DE TRABALHO
O Bricomarché, insígnia do Grupo Os
Mosqueteiros, abriu no passado dia 22 de
novembro uma nova loja no Entroncamento,
criando assim 20 novos postos de trabalho.
Com uma superfície comercial de 2.600 m2,
o novo espaço comercial é fruto do inves-
timento de 3 milhões de euros. Esta é a
segunda loja do Bricomarché no distrito de
Santarém e espelha o novo conceito que
otimiza a organização do espaço e ajuda o
cliente a encontrar, mais facilmente, o que
precisa, dentro dos cinco universos: decora-
ção, construção, bricolage, jardim e pet-shop.
No dia 22 de novembro a inauguração da
nova loja do Entroncamento foi comemorada
com os clientes da região. Para celebrar a
abertura, a loja entregou vales de 250€ aos
primeiros 30 clientes que no dia 22 de novem-
bro fizeram compras iguais ou superiores a
500€. Por cada 100€ em compras, os clientes
foram premiados com vales de 20€.
Natália Rodrigues e João Carlos Rodri- acrescentam ainda: “com a nova loja preten- A loja do Entroncamento é a 39ª da insígnia
gues, aderentes do novo Bricomarché do demos levar aos clientes do Entroncamento no país. A inauguração integrou o plano de
Entroncamento, explicam: “estamos muito os melhores serviços e produtos aos melho- expansão 2015-2020 que prevê a abertura
orgulhosos do projeto agora finalizado e que- res preços. O Bricomarché está assim a con- de 15 lojas até 2020 e um investimento de 60
remos dar as boas-vindas aos nossos clientes tribuir para o desenvolvimento da comunidade milhões de euros. O novo espaço comercial
da melhor forma: com grandes preços!”. Os e da economia local e também a aumentar a contou com um investimento de 3 milhões
responsáveis pelo novo espaço comercial oferta deste segmento na região”. de euros.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 5

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

ECODEAL interveio no 1º encontro internacional sobre amianto

Realizou-se nos dias 15 e 16 de
novembro, o 1º Encontro Internacio-
nal sobre Amianto, que teve lugar no
Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Com o objetivo de consciencializar
os presentes sobre os riscos e conse-
quências da exposição ao amianto, a
ECODEAL interveio com o tema “A
identificação e acondicionamento dos
resíduos contendo amianto”, dando
ênfase à importância da correta gestão
e manuseamento dos mesmos. Manuel
Simões, o responsável pela empresa,
foi o orador neste evento.
De acordo com a empresa, esta ini-
ciativa organizada pela Quercus foi
um sucesso e todas as entidades pre-
sentes puderam contribuir de forma
construtiva.

Vícios celebra três anos com a criação do cartão cliente

A celebrar três anos na Cova da Iria, família, como os aniversários e os casa- A Vícios tem disponíveis produtos para
em Fátima, a Vícios criou o Cartão Clien- mentos. uso pessoal e familiar, como canecas,
te Vícios (CCV), com o qual pretende pre- “Descobri a vocação da Vícios: con- chávenas, carteiras, bolsas e produtos
miar os clientes mais regulares pela sua seguir prendas e cabazes, com os mais de beleza; e artigos mais específicos para
fidelização ao estabelecimento comercial diversos conteúdos, formatos e tama- decoração e utilidades domésticas, como
e às marcas e produtos disponibilizados nhos, que respondam às exigências de jarras, vasos, mealheiros e caixas decora-
e, em simultâneo, atrair novos clientes. cada cliente, que primem sempre pela tivas, nos mais diversos materiais.
“Inaugurámos a Vícios em outubro qualidade e que surjam apresentados de “Tal como há três anos atrás, os nos-
de 2015, pretendemos agora dar-lhe um forma bonita e elegante. Também já esta- sos biscoitos e os chocolates continuam
novo impulso, por isso, criámos o Cartão mos preparados para distribuir a nível muito apreciados”, conclui Sónia Costa
Cliente Vícios que, estamos certos, vai nacional”, explica Sónia Oliveira Costa. Oliveira.
agradar”, explica Sónia Oliveira Costa,
proprietária da Vícios.
Com o CCV, por cada 10 euros de com-
pras efetuadas, o cliente recebe 1 ponto,
que equivale a 1 euro e que pode ser des-
contado na compra seguinte ou acumu-
lado e usado em outra oportunidade.
“Além disso, porque já conhecemos
melhor o que cada cliente espera de nós
e dos nossos produtos e serviços, proce-
demos a uma reestruturação do projeto”,
acrescenta a empresária.
Volvidos três anos, a Vícios mantém
a venda de produtos gourmet e regio-
nais, como vinhos, bolos, biscoitos, doces
e bombons, afirmando-se agora mais
como loja especializada em presentes,
para clientes individuais ou para even-
tos, como festas de empresas ou de ins-
tituições - como os habituais cabazes
de Natal, por exemplo - ou as festas de

6 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Disterm está a contratar

A Disterm - Distribuição de climatiza-
ção, empresa com sede em Fátima, está
neste momento a admitir dois colabora-
dores para as funções de coordenador
de compras e assistente administrativo.
No caso do coordenador de compras,
que reportará à Direção Comercial da
empresa, o admitido terá como funções
a prospeção de novos produtos e forne-
cedores, a gestão de compras e fornece-
dores, a análise estatística das vendas,
programação, gestão e manutenção de
stocks, a negociação de preços, condi-
ções de pagamento e prazos de entrega.
Quanto ao assistente administrativo,
este profissional reportará ao Departa-
mento Financeiro, e terá como princi-
pais responsabilidades a análise, clas-
sificação e lançamento de documentos
contabilísticos, reconciliações bancárias
e contas correntes, o apoio na prepara-
ção dos fechos mensais e anuais, bem
como no controle de crédito a clientes,
apoio ao expediente geral administrati-
vo e ainda ao departamento de Recursos
Humanos.
Para mais informações sobre as espe-
cificações de cada uma das admissões,
os interessados deverão contactar a Dis-
term através do e-mail rh@disterm.pt.
Clínicas Primedente
são agora Clínicas
Dentistas4you
A Clínica Primedente mudou a sua denomi-
nação e imagem, para Clínica Dentistas4you.
Apesar da necessidade de renovação, a empre-
sa continua a apostar na qualidade dos seus
serviços.
Dedicada à prestação de cuidados médicos
no âmbito da saúde oral, a renovada Clínica
Dentistas4you, continua a apostar na qualida-
de e satisfação dos clientes. Apesar da empre-
sa ter um novo nome a uma nova imagem
gráfica, todo o corpo clínico e assistentes se
mantêm, salvaguardando-se, assim, o históri-
co e trabalho da empresa até aos dias de hoje.
As clínicas da empresa, com instalações no
Pingo Doce, em Riachos (Torres Novas) e no
Continente em Santarém, continuam assim a
estar abertas todos os dias - de segunda-feira a
domingo - das 9h00 às 21h00. O atendimento
continua a ser feito através dos contactos
249 813 233 (Torres Novas) e 243 325 292
(Santarém).

RioGráfica celebrou 22.º aniversário

Dedicada ao negócio das artes grá-
ficas, a RioGráfica comemorou no dia
19 de novembro, mais um ano de vida.
A apagar as velas do 22.º aniversário,
a empresa teve consigo toda a equipa
de colaboradores.
Apesar do seu início de atividade
remontar a 1980, a empresa integrou
a sociedade de Sérgio Lopes e João
Santos, adotando, à data, a denomi-
nação social de Tipografia Santos &
Marques, Lda..
Certificada ao abrigo da norma ISO
9001:2015, toda a atividade é orientada
pela qualidade do serviço prestados
aos clientes, pela melhoria contínua
dos produtos, pelo envolvimento e
satisfação dos nossos colaboradores
e parceiros, assim como pela susten- não ficou indiferente à celebração, mas principalmente por continuar a
tabilidade enquanto organização. decidindo dar os parabéns à empre- “criar boa impressão” na comunidade
Por este motivo, a Ribatejo Invest sa, não só por mais este aniversário, onde se insere.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 7

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Cartaxo propõe alteração do PDM em prol do desenvolvimento económico
O Município do Cartaxo deu início
ao período de discussão pública da 8.ª
Alteração ao Plano Diretor Municipal
(PDMC), cujo Relatório de Fundamen-
tação e Parecer da CCDR-LVT pode ser
consultado junto dos serviços municipais
ou no site do Município.
Promover o desenvolvimento econó-
mico, permitindo a criação de novas
empresas e negócios, neste caso ligados
à atividade turística, é o principal objetivo
da alteração proposta pelo Município.
O relatório de Fundamentação indica
que a alteração que propõe foi suscitada,
por um lado, “pela existência de dinâmi-
cas económicas empreendedoras locais
que traduzem a vontade de se instalar
em áreas estruturadas e apresentando
características para o efeito, e pela inca-
pacidade do PDMC vigente (publicado e
ratificado em 1998 e em processo de revi-
são desde 2002) em permitir desenvolver
a sua implantação e reestruturação”.
Conduzida pela Divisão de Planea-
Ourém capta investimento empresarial
A promessa eleitoral da Coligação
Ourém Sempre tem vindo a ser cumprida,
com o Município de Ourém a trabalhar
na revitalização das zonas industriais do
município (Casal dos Frades, Freixianda,
Chã, Vilar dos Prazeres). Os resultados
estão à vista, anunciou o Presidente Luís
Albuquerque em conferência de imprensa.
No encontro com os jornalistas, o Pre-
8 DEZEMBRO 2018
mento e Administração Urbanística do
Município (DPAU), a proposta de altera-
ção prevê a adaptação da figura do Plano
Diretor Municipal a “esta nova realidade,
tendo em vista acolher e potenciar uma
oportunidade de desenvolvimento e de
criação de novas dinâmicas. A solução
proposta não implica uma reclassifica-
ção do solo, mas permitirá enquadrar
no PDMC, a curto prazo, um conjunto de
unidades empresariais que serão, certa-
mente, uma mais valia para o território,
pretendendo-se que aquela solução se
alicerce no que se encontra já previsto
em sede de revisão do plano”.
Entre os objetivos estratégicos, o Rela-
tório elenca o facto de a alteração permi-
tir o enquadramento urbanístico de um
conjunto de atividades económicas, ao
nível do turismo; modernizar e tornar
mais competitivo o tecido empresarial
local; promover e apoiar a dinâmica
empresarial e a criação de emprego à
escala local; e indica como mais valia, o
sidente da Câmara Municipal de Ourém
informou a plateia de que o trabalho do
Município junto das áreas empresariais
está já a dar frutos, tendo o concelho já
seis empresas a quererem investir na zona
industrial de Casal dos Frades, com ins-
talações de raiz ou ampliações. No total,
referiu Luís Albuquerque, trata-se de
um investimento global na ordem dos 10
facto dos empreendimentos, essencial-
mente ligados ao turismo, pretenderem
implantar-se em edifícios já existentes,
que se encontram em avançado estado de
degradação, pelo que esta alteração “irá
permitir a sua reabilitação, contribuindo
assim para uma melhoria da paisagem
dos locais onde estes empreendimentos
se irão localizar”.
O período de discussão pública iniciou-
-se a 6 de novembro e decorre até 17 de
dezembro.
milhões de euros e que vai criar mais de
250 postos de trabalho.
Entre as empresas que vão investir no
concelho, foi destacada a Interlog, grupo
que trabalha na área da logística e consul-
toria com sede em França, e que está, neste
momento, já em processo de recrutamen-
to de quadros qualificados para as novas
instalações que vão nascer em Ourém.
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Vila Nova da Barquinha: inaugurado Centro de Interpretação Templário
de Almourol
É o primeiro do género em Portugal. Dis-
põe de uma sala de exposição permanente,
espaço de exposições temporárias e de uma
sala de projeção de filmes sobre a temática
dos templários. No mesmo edifício funciona
também a Biblioteca – Arquivo Templário,
que dispõe de um vasto acervo literário
dedicado a este tema, fruto das doações
de Teresa Furtado e de Manel J. Gandra.
O novo Centro de Interpretação Templá-
rio de Almourol (CITA) permite a afirmação
da rota templária no território, através da
criação de elementos físicos e expositivos
que possibilitam ao visitante contactar com
a história e com as lendas indissociáveis
do Castelo de Almourol. O monumento
nacional é uma das mais fortes heranças da
Ordem do Templo em Portugal, facto que Cultural de Vila Nova da Barquinha, a anti- Linha de Apoio à Valorização Turística
contribui fortemente para a sua visitação ga sala da Biblioteca Infantil, de modo a do Interior do Turismo de Portugal, que
por turistas nacionais e estrangeiros. O receber uma exposição temporária e per- comparticipou em 90% do investimento
novo espaço cultural permite incluir Vila manente, com peças, manequins, fotogra- total da intervenção - 152.219,88 euros. O
Nova da Barquinha nas rotas turísticas fias, ilustrações, infografia e textos. Na sala Programa Valorizar tem por objetivo pro-
nacionais e internacionais associadas à de projeção é possível visionar diversos mover a contínua qualificação dos destinos
questão templária. Ao mesmo tempo que filmes alusivos ao tema. com a valorização do património cultural
possibilita capitalizar o Castelo de Almou- Para a criação dos conteúdos do Centro e natural do país.
rol como item de marca templária, con- de Interpretação, foram elaborados estu- O CITA pode ser visitado, com entrada
tribui para a permanência de visitantes dos do património imaterial templário e gratuita até ao final de 2018, no edifício
no concelho, através da criação de fluxos da idade média, que contribuem para o do Centro Cultural de Vila Nova da Bar-
entre o Castelo e a Vila, sobre a temática aprofundamento do conhecimento sobre quinha, durante os dias úteis, das 09h00
do turismo cultural e religioso. esta temática. O CITA irá acolher três expo- às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Em breve
O projeto inaugurado ao público no pas- sições anuais, com conteúdos associados será divulgada informação sobre os horá-
sado dia 18 de novembro transformou um aos Templários e à sua história. O projeto rios de visita ao fim de semana, ingressos
espaço já existente no 1.º piso do Centro foi candidatado ao Programa Valorizar, e visitas guiadas.

Tomar promoveu
os seus produtos
em Lisboa
Decorreu no dia 10 de novembro, no
Mercado de Alvalade, uma festa tomarense
com produtos nabantinos, iniciativa da
CCT - Casa do Concelho de Tomar, com
a colaboração da Junta de Freguesia de
Alvalade. No evento foram apresentados
alguns dos melhores produtos que Tomar
tem para oferecer.
Este evento teve como objetivo divulgar
e promover produtores tomarenses, entre
eles mel, azeite, enchidos, vinho e licores, projeto familiar, veio o João Simões Mou- da Quinta de Cezal também marcaram
frutos vermelhos e doçaria tradicional. De rão, com a “Charolinha”, um vinho lico- presença, assim como o Azeite São Dor-
entre os produtores tomarenses, estiveram roso que pode ser Rubi (tinto) ou Gold ninho e o Fumeiro Tradicional Fernando.
presentes, entre outros, os vinicultores do (branco). Afonso Raposo, da Apisraposo, Também o artesanato esteve presente,
Casal das Freiras, do Solar dos Loendros, trouxe o mel e alguns produtos feitos a com peças artesanais de grande qualidade
e da Herdade dos Templários. partir do mel, como o própolis e a tintura e originalidade, levadas por Idília Basílio
Ainda nos vinhos, mas apenas como de própolis. Os frutos vermelhos e licores e pela Drisarte.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 9

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Torres Novas: Ministro do Ambiente assinou protocolos do Fundo

Ambiental no Convento do Carmo
O Ministro do Ambiente e da Transição
Energética, João Pedro Matos Fernandes,
esteve presente na cerimónia de assina-
tura de contratos do Fundo Ambiental
“Logística descarbonizada e economia
circular para mercados tradicionais de
frescos” que se realizou a 20 de novembro
no Convento do Carmo, em Torres Novas.
A sessão iniciou-se com as intervenções
do Presidente da Câmara Municipal de
Torres Novas, Pedro Ferreira, e do Secre-
tário de Estado Adjunto e da Mobilida-
de, José Gomes Mendes, e contou com
a assinatura de 22 contratos do Fundo
Ambiental, no valor de 862 mil euros, que
têm como objetivo a redução de impactos
ambientais e a diminuição de desperdício
alimentar.
No que se refere ao Município de Torres
Novas, a candidatura ao Fundo Ambien- os Municípios de: Espinho, Oliveira do e tem como objetivo principal “apoiar
tal contempla despesas para contentores Hospital, Portalegre, Albergaria-a-Velha, políticas ambientais para a prossecução
para a separação de resíduos a colocar no Esposende, Arcos de Valdevez, Oliveira do dos objetivos do desenvolvimento susten-
mercado municipal, sistema de secagem Bairro, Almodôvar, Tondela, São João da tável, contribuindo para o cumprimento
de mãos ECO a colocar nas instalações Madeira, Arouca, Idanha-a-Nova, Chaves, dos objetivos e compromissos nacionais
sanitárias do mercado municipal e sacos Fornos de Algodres, Mértola, Vila Nova de e internacionais relativos às alterações
de compras reutilizáveis. Poiares, Ílhavo, Proença-a-Nova, Câmara climáticas, aos recursos hídricos, aos
Nesta cerimónia estiveram ainda pre- de Lobos, Tábua e Montemor-o-Velho. resíduos e à conservação da natureza e
sentes para a assinatura de protocolos O Fundo Ambiental foi criado em 2016 biodiversidade.”

OE 2019 aprova dispensa do Pagamento Especial por Conta de forma

automática
No dia 29 de novembro, foi aprova-
do no âmbito do Orçamento de Estado
para 2019, a dispensa do pagamento
do PEC de forma automática. Assim,
os contribuintes, desde que cumpram
os requisitos, não precisam de efetuar
o pagamento, nem de solicitar a escusa.
Esta mudança resulta da aprovação
de uma proposta do PCP de alteração
ao Orçamento do Estado para 2019, que
contou com os votos favoráveis do PCP,
Bloco de Esquerda, PSD, CDS e PEV. O
PAN absteve-se e o PS, isolado, votou
contra.
Inicialmente, o Governo previa que
deixariam de estar obrigados ao paga-
mento do PEC os sujeitos passivos que períodos de tributação imediatamente ções à medida avançada pelo Executivo
solicitassem “a sua dispensa no Portal anteriores. Para além disso, esta dispen- de Costa: de acordo com a proposta,
das Finanças, até ao final do terceiro sa só seria válida por três períodos de deixou de ser preciso que a empresa vá
mês do respetivo período de tributação”. tributação. Passado esse tempo, seria ao Portal das Finanças e faça o requeri-
Como requisito obrigatório, teriam de necessário solicitar nova dispensa. mento a pedir a dispensa do pagamento
assegurar que tinham cumprido as suas O Parlamento, contudo, formou uma do PEC; e a dispensa “temporária” por
obrigações fiscais declarativas nos dois maioria negativa e apresentou altera- três anos também foi rejeitada.

10 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 11
 DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Primeiro-Ministro faz balanço de três anos de Governo
O Primeiro-Ministro apresentou o
balanço dos três anos de Governo em
conferência de imprensa, no Porto. Antó-
nio Costa recordou que “o Programa do
Governo prevê que anualmente o Gover-
no proceda a uma avaliação pública da
sua atividade”.
Nos dois anos anteriores, este aba-
lanço foi feito “através do sistema uni-
versitário”, mas “sentimos ao longo
destes anos que a comunicação social
tem sentido curiosidade que possamos
fazer também este balanço a partir da
comunicação social”, razão para a con-
ferência de imprensa.
O Primeiro-Ministro afirmou que a
primeira ideia que queria transmitir era
que, “se tivesse de sintetizar numa frase
o balanço da atividade destes três anos,
diria que o Governo contribuiu para a
recuperação da confiança dos portugue-
ses, através de mais crescimento, mais
e melhor emprego, e maior igualdade,
tendo contas certas e tendo recuperado
a credibilidade internacional do País”.
“Aquilo que temos agora de fazer é dar
continuidade às boas políticas que têm
dado bons resultados, para podermos
12 DEZEMBRO 2018
continuar a melhor os rendimentos das
famílias, a melhorar as condições de
investimento por parte das empresas
e a melhoria da qualidade dos servi-
ços públicos em Portugal”, acrescentou
António Costa.
SOLUÇÃO POLÍTICA DINAMIZOU DEMOCRACIA
Uma segunda ideia é que “esta solução
política que foi possível construir há três
anos dinamizou a nossa democracia,
deu-lhe mais vida, alargou o leque de
opções dos portugueses e a representa-
ção dos portugueses na ação governati-
va, e isso contribuiu decisivamente para
afirmar uma alternativa e demonstrar
que é possível governar de uma forma
diferente, tendo melhores resultados”.
O Primeiro-Ministro acrescentou que
“isto reforçou decisivamente a confiança
dos portugueses nas instituições demo-
cráticas. Entre 2013 e 2018, de acordo
com os dados do Eurobarómetro, sobre
a satisfação dos portugueses, vimos uma
evolução francamente positiva de 15
para 75%”.
E, referiu ainda que houve, “ao mes-
mo tempo, um reforço da confiança dos
portugueses na União Europeia. Hoje
somos o segundo país da Europa com
maior confiança na União Europeia (só
a Lituânia nos ultrapassa), com uma
evolução entre 2013 e 2018 dos 20% para
valor próximo dos 57%”.
EURO SEM AUSTERIDADE
António Costa sublinhou que a ideia
“que muitos afirmavam há três anos de
que não era possível virar a página da
austeridade sem sair do Euro, ou que
não era possível sairmos do Euro e virar
a página da austeridade, revelou ser uma
ideia errada”.
“Pelo contrário, era possível virar
a página da austeridade, com respon-
sabilidade, com equilíbrio, mantendo
contas certas, e tendo assegurado o défi-
ce mais baixo da nossa democracia ao
mesmo tempo em que, pelo segundo ano
consecutivo, estamos a crescer acima
da média da União Europeia, somos o
segundo país com mais acentuada redu-
ção do desemprego e o terceiro país na
atração de investimento direto estran-
geiro”, disse.
O Primeiro-Ministro disse ainda que
www.nersant.pt

“julgamos que estamos no bom cami-
nho, demonstrámos que tínhamos boas
políticas e, sobretudo, os resultados
demonstram que as políticas foram
escolhas acertadas”.
REFORMA DO ESTADO
Respondendo às perguntas dos jor-
nalistas, o Primeiro-Ministro referiu as
duas fases da descentralização, que é
uma das principais reformas do Estado.
A primeira fase “foi a passagem para
as câmaras municipais do Porto e de
Lisboa das competências em matéria de
fiscalização de trânsito das respetivas
polícias municipais e a municipaliza-
ção dos transportes públicos” nas duas
cidades.
Foi também “ter permitido às duas
áreas metropolitanas, hoje verdadei-
ras autoridades nos transportes, terem
apresentado uma proposta, que será
seguramente uma das maiores revolu-
ções que tivemos no domínio dos trans-
portes públicos, que é o novo regime
dos passes sociais que poderá entrar
em vigor com o Orçamento do Estado
para 2019 antes do final do primeiro
semestre do próximo ano”.
Um segundo aspeto é “o programa
geral de descentralização: a lei-quadro
foi publicada e está em vigor desde
agosto; a nova lei das Finanças Locais
foi publicada e está em vigor desde
agosto; e dos 21 diplomas sectoriais,
19 já estão publicados e em vigor, e os
últimos dois foram aprovados em Con-
selho de Ministros da semana passada
e estão neste momento a aguardar a
sua promulgação”.
“Agora iremos durante os próximos
anos, à medida que os municípios
forem assumindo essas responsabi-
lidades, procedendo à transferência
dessas competências”, disse o Primeiro-
-Ministro.
Este “será o maior salto de descen-
tralização que o País teve desde segu-
ramente os anos de 1980 e isso permi-
tirá que nós, que éramos dos países
mais centralizados da Europa, onde o
nível de participação dos municípios
na despesa pública não excedia 14,4%
(enquanto a média europeia é 25%), se
os municípios aproveitarem plenamen-
te as novas competências, o novo pacote
financeiro e a nova Lei das Finanças
Locais, possamos chegar aos 19%”.
www.nersant.pt
Governo apresenta novo sistema de apoio
do PT 2020 às empresas
O Governo apresentou aos bancos a
operar em Portugal a proposta de um
novo Sistema de Incentivos à Inovação
(apoios às empresas) a vigorar após a
reprogramação do Portugal 2020, que se
encontra em fase final de aprovação pela
Comissão Europeia.
O objetivo é manter a dinâmica de apoio
ao investimento empresarial, através de
um instrumento de apoio às empresas
que combinará a atribuição de subsídios
(fundos da União Europeia) com a con-
cessão de empréstimos bancários.
Este novo sistema foi apresentado à
Associação Portuguesa de Bancos e aos
Conselhos de Administração dos maiores
bancos a operar em Portugal, numa reu-
nião em que participaram os Ministros
Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira,
e do Planeamento e das Infraestruturas,
Pedro Marques, e o Secretário de Estado
do Desenvolvimento e Coesão, Nelson
de Souza.
“No âmbito da reprogramação do Por-
tugal 2020, uma das prioridades foi rea-
locar mais dinheiro às empresas, mas,
face à enorme procura que temos tido,
fixámos o objetivo de não diminuir o nível
de apoio”, afirmou o Secretário de Estado
do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de
Souza, no final da reunião.
PROCESSO MANTÉM-SE IGUAL PARA AS
EMPRESAS
Com o novo sistema, mantêm-se os
níveis de incentivo dos fundos europeus,
sendo que parte dessa comparticipação
será realizada através de crédito bancário
no qual o PT 2020 assume as despesas
(juros e administrativas).
Para o beneficiário, mantém-se a esti-
pulação de objetivos para uma redução
do reembolso. Aos bancos é dada uma
garantia monetária.
Durante a reunião com os bancos, foi
acordado que a candidatura aos incen-
tivos europeus será única, ou seja, não
haverá uma ao PT 2020 e outra à banca.
O domínio da Competitividade e da
Internacionalização representa uma das
vertentes de maior prioridade no Portugal
2020: dos cerca de 13,8 mil milhões de
euros de fundos até agora aprovados, 48%
foram destinados a este domínio e dos 4,9
mil milhões já pagos aos beneficiários, 42
% situam-se nesta área.
PT2020 É MOTOR DO INVESTIMENTO EMPRE-
SARIAL
No âmbito do Portugal 2020, os apoios
direcionados para a competitividade
repartem-se entre os apoios à envolvente
centrada na promoção de bens públicos
ou semipúblico de suporte indireto à ativi-
dade empresarial e, uma outra dimensão,
claramente dominante, de incentivação
financeira direta dos investimentos das
empresas, os designados sistemas de
incentivos.
A aceleração da execução dos fundos
estruturais, componente relevante do
programa do Governo na dinamização do
investimento e da economia, foi materia-
lizada sobretudo através destes Sistemas
de Incentivos às empresas.
Foi lançado, logo no início do Governo,
o Plano 100 (pagamento de 100 milhões
de euros dos fundos às empresas nos pri-
meiros cem dias de Governo), tendo sido
complementado com metas sucessiva-
mente mais ambiciosas de pagamentos
de incentivos às empresas, que foram
sendo cumpridos.
Os sistemas de incentivos do Portugal
2020 ganharam credibilidade junto dos
empresários, o que, aliado à melhoria
contínua dos seus níveis de confiança na
economia, permitiu acumular procuras e
aprovações de incentivos a um ritmo sem
precedentes desde há três anos.
Estamos na presença de uma carteira
de projetos financiados pelo PT 2020 de
elevado volume e perfil em termos de
contributo para a melhoria do potencial
de produto na economia portuguesa:
cerca de dez mil projetos com um valor
global de investimentos de cerca de 9 mil
milhões de euros, financiado a 53 % com
fundos do PT 2020, que atingem 4,7 mil
milhões de euros.
DEZEMBRO 2018 13
 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Caima: 130 anos de história

em exposição
A Caima nasceu no reinado de D. Luís I, a 17 de maio de 1888, atravessou a monarquia, a primeira
República, uma ditadura militar, o Estado Novo, a Revolução dos Cravos, a adesão à então CEE,
chegando até à nova era da globalização. Para comemorar mais um aniversário, a empresa - a
primeira fábrica de produção de pasta química em Portugal - organizou e tem patente em
Constância, uma exposição sobre a sua história e a sua importância na sociedade portuguesa
e europeia.

E
stá patente desde o dia 24
de novembro, na Casa-
-Memória Camões em
Constância, a exposição
temporária “De Alberga-
ria a Constância”, que percorre os
130 anos que separam a fundação da
Caima, em 1888, até aos nossos dias.
De facto, divulgou a Altri, grupo do
qual faz parte a Caima, no seu portal,
tem vindo a ser desenvolvido um tra-
balho de investigação no âmbito da
arqueologia industrial relativamente à
importância desta empresa, instalada
em Constância desde 1888. “A possibi-
lidade de estudar uma empresa que
esteve presente em todos os momen-
tos mais significativos da transforma-
ção da sociedade portuguesa desde
o fim do século XIX é de uma grande
relevância. A Caima começou a existir
durante o reinado de D. Luís, cresceu
durante a Primeira República, esteve
sempre ativa na I Guerra Mundial, na
ditadura militar, na II Guerra Mun-
dial, no 25 de Abril de 1974, na inte-
gração de Portugal na Comunidade
Económica Europeia (CEE) - agora
União Europeia -, na adoção da moe-
da única e no fim do escudo”, refere
o grupo empresarial, justificando a
pertinência desta exposição.
Na génese da Caima estão empresá-
rios londrinos que resolveram inves-
tir numa fábrica de pasta de papel
de processo químico para abastece-
rem, sobretudo, o mercado britânico
e europeu de uma matéria-prima para
o fabrico de papel e de consumo asse-
gurado no último quartel do século
XIX e durante todo o século XX.
Para construir uma fábrica para
produzir pasta de papel, por proces-
so químico inovador, no interior de
Portugal, nos finais do século XIX,

14 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

 foi necessário trazer o equipamento
completo e uma equipa da Alemanha
para montar a fábrica. “Imagine o que
era constituir uma fábrica em Portu-
gal, têxtil ou metalomecânica, para
as quais a formação técnica era bai-
xa nessa época e não existia mão-de-
-obra especializada. Quanto mais não
seria quando esta unidade era uma
indústria química à base de bissulfito
de cálcio”, afirmou Jorge Custódio,
arqueólogo industrial e investigador
do Instituto de História Contemporâ-
nea, responsável pela coordenação do
trabalho de investigação sobre a Caima
e curador da exposição.
Inaugurada a 24 de novembro, a
exposição dá conta deste processo de
montagem da unidade industrial, mas
também apresenta as treze décadas
da empresa e do seu enquadramento
político, económico, social e cultural
em Portugal e na Europa. Através de
vários núcleos, a exposição convida
www.nersant.pt
o visitante a mergulhar na história
industrial portuguesa. Mostra tam-
bém como a organização industrial
e comercial resistiu às duas Grandes
Guerras, quando as dificuldades se
acentuaram dramaticamente, com a
proibição estatal de exportação dos
seus produtos.
Atualmente, a Caima é a única
empresa em Portugal que produz pasta
solúvel, exportando a totalidade da sua
produção para os mercados externos,
nomeadamente para a China, para
ser utilizada na indústria têxtil, far-
macêutica e tecnológica. A empresa,
nos seus 130 anos, “mostra-se como
exemplo do que foi, do que é e do que
pretende ainda ser enquanto institui-
ção empresarial, centro de trabalho,
compromisso social e legado históri-
co”, refere nota de imprensa remetida
às redações.
Inaugurada a 24 de novembro, a
exposição pode ser visitada aos sába-
dos e domingos entre as 14h30 e as
18h00. A exposição desenrola-se ao
longo de vários pisos da Casa-Memória
de Camões e está disponível até 17 de
maio de 2019.
LIVRO CIENTÍFICO E ARQUIVO
INDUSTRIAL
Para além desta exposição, o
trabalho que está a ser desenvol-
vido em torno da Caima, vai ainda
resultar na produção de um livro
de matriz científica que conte a
história da empresa e que será a
síntese de tudo o que foi encontrado
e analisado ao longo do trabalho
de investigação. Em Constância vai
ainda nascer um arquivo industrial,
para que a empresa possa conservar
o seu próprio espólio, até de uma
forma digital e assim preservá-lo
no futuro.
DEZEMBRO 2018 15
 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Couro Azul
reforça
capacidade
de produção
com 10 milhões
de euros de
investimento
A empresa de curtumes Couro Azul está a investir 10
milhões de euros na ampliação da zona de acabamento da
pele e numa nova área de corte de couro, visando reforçar a
capacidade de produtiva. O anúncio aconteceu no dia 16 de
novembro, aquando da visita do Primeiro-ministro, António
Costa.

O
Primeiro-Ministro, Antó-
nio Costa, visitou, na manhã
do dia 16 de novembro, a
empresa Couro Azul, em
Alcanena, acompanhado
pelo Ministro-adjunto e da Economia,
Pedro Siza Vieira, e pelos Secretários de
Estado da Internacionalização, Eurico
Brilhante Dias, e Adjunta do Primeiro-
-Ministro, Mariana Vieira da Silva.
O chefe do Governo foi recebido pelo
Presidente do Conselho de Administração
da Couro Azul, Pedro Carvalho, e pela Pre-
sidente da Câmara Municipal de Alcanena,
Fernanda Asseiceira, que o acompanha-
ram numa visita às instalações da empre-
sa, onde a comitiva ficou a conhecer as
várias fases do processo produtivo de uma
das maiores indústrias de curtumes do
concelho e do país. A Presidente da Dire-
ção da NERSANT, Maria Salomé Rafael,
assim como o Presidente da Comissão
Executiva da NERSANT, António Campos,
integraram também a listagem de restri-
tos convidados a participar na receção ao
Primeiro-Ministro na Couro Azul.
Na visita, a empresa anunciou o investi-
mento de 10 milhões de euros na amplia-
ção da zona de acabamento da pele e numa
nova área de corte de couro, visando refor-
çar a capacidade produtiva.
Nos discursos que finalizaram a visita,
Pedro Carvalho, Presidente do conselho de
administração da Couro Azul, disse que a
nova área de corte se insere na estratégia
de acrescentar valor à produção, sendo
que 70% do couro é fornecido “em ‘kit’,
como peça cortada”. A necessidade de dar
resposta aos clientes, entre os quais se
encontram marcas de prestígio do setor
automóvel, mas também da aeronáutica
e da ferrovia, tinha obrigado já ao aluguer
de um pavilhão com 5.000 metros quadra-
dos, adiantou.
Concluídas as obras no próximo ano, o
equipamento será transferido para a zona
de produção da unidade principal, “para
ganhar em termos de eficiência, de eficá-
cia, para poder ganhar valor e aumentar a
capacidade de corte”, referiu ainda.
O responsável pela empresa, situada na
Gouxaria, Alcanena, revelou ainda que a
Couro Azul exporta 87% da sua produção
para 25 países, não obstante “as condicio-
nantes com que as empresas exportadoras
se deparam, nomeadamente em termos
logísticos e de licenciamento industrial”.
Reconhecendo a existência de medidas
de apoio à indústria, nomeadamente para
a internacionalização e o refinanciamento,

16 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

“A Couro Azul foi uma
startup em 1939”
António Costa, Primeiro-Ministro

o empresário pediu “reformas de fun-

do” em áreas de interesse geral para
a sociedade, “mas que condicionam o
desenvolvimento empresarial”, como a
Justiça, a burocracia, os custos de con-
texto e a escassez de trabalhadores, já
não apenas de quadros intermédios, mas
também de operadores não qualificados.
Em particular, lamentou que os

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 17

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Deveria investir-se na
ferrovia, nos portos, para
facilitar o escoamento dos
nossos produtos. Fruto do
grande esforço empresarial
conseguimos ser
competitivos, mas depois,
em questões logísticas,
não podemos esquecer
que estamos numa ponta,
longe do centro da Europa,
onde estão os principais
mercados”
Pedro Carvalho, Presidente do conselho
de administração da Couro Azul

empresários “não saibam quem os

tutela em termos de licenciamento
industrial” e que não sejam resolvidas
questões de logística que afetam as
empresas exportadoras.
“Deveria investir-se na ferrovia, nos
portos, para facilitar o escoamento
dos nossos produtos. Fruto do grande
esforço empresarial conseguimos ser
competitivos, mas depois, em questões
logísticas, não podemos esquecer que
estamos numa ponta, longe do centro
da Europa, onde estão os principais
mercados”, salientou.
No discurso perante o Primeiro-
-Ministro e o Ministro da Economia, o
empresário pediu que, a nível europeu,
seja “defendida a denominação couro e
a sua autenticidade, contra o uso abu-
sivo do termo na comercialização de
produtos não naturais”.
Pedro Carvalho recordou ainda que o
grupo, que assinala em 2019 os 80 anos
da sua criação, se baseou no conheci-
mento e na tradição, tendo demonstra-
do ao longo dos anos capacidade de se
adaptar às “mudanças de paradigma
tecnológico através da inovação e da
qualidade” e de antecipação estraté-
gica das evoluções do mercado, como
fizeram o seu pai e o seu tio em 1989

18 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

com a entrada no setor automóvel, ante-
cipando a crise do calçado que tanto
afetou o setor.
Por sua vez, a Presidente da Câmara
Municipal de Alcanena, Fernanda Assei-
ceira, falou da importância da indústria,
em geral, e da indústria de curtumes em
particular, para o concelho de Alcanena,
sobre o empenho da autarquia no reco-
nhecimento e na valorização do setor,
nomeadamente através da certificação,
com a criação da Marca “Alcanena Capi-
tal da Pele” e da necessidade de todo o
crescimento salvaguardar a sustenta-
bilidade ambiental e social.
A autarca aludiu também ao processo
de revisão do PDM, que se encontra
em fase de conclusão e que permitirá
a criação de um Parque Empresarial
junto ao nó da A1/A23, com cerca de
140 hectares.
Na sua intervenção, António Costa
considerou a visita à Couro Azul como
uma homenagem a uma empresa de
sucesso, que tem contribuído para o
crescimento económico do país e que,
mesmo em tempos de crise, conseguiu
crescer, destacando como principal
fator de sucesso a aposta constante na
inovação. Aludindo ao empreendedoris-
mo da empresa, o Primeiro-Ministro fez
www.nersant.pt
uma afirmação curiosa no seu discurso,
a que a Ribatejo Invest não ficou indi-
ferente. “A Couro Azul foi uma startup
em 1939”, marcou António Costa.
O governante fez também referência à
conquista, pela Couro Azul, do primeiro
concurso para fornecer volantes à Volks-
wagen, em 1996, a que se seguiu a Volvo
e várias outras marcas de automóveis
da Europa, chegando, igualmente, à
indústria aeronáutica e ferroviária.
COURO AZUL FORNECE PELE PARA
PRIMEIRO AUTOMÓVEL ELÉTRICO DA
PORSCHE
Fornecedora das principais
marcas de automóveis europeias,
a Couro Azul foi recentemente,
nomeada pela Porsche para for-
necer os interiores do primeiro
modelo totalmente elétrico da
marca, o Taycan, à semelhança
do que já acontece com outros
modelos. Para já, revelou a empre-
sa, são cinco as cores a fornecer
para este modelo, que chegará
aos concessionários europeus no
final de 2019.
DEZEMBRO 2018 19
 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

André Sardet apadrinhou ação solidária

Marca cristal entregou 7

mil euros à Casa Acreditar
de Coimbra
A marca de vinagres Cristal promoveu uma iniciativa solidária junto dos seus
consumidores, com vista a apoiar a Acreditar, resultando numa entrega de sete
mil euros, € 0,01 por cada garrafa de ½ litro vendida entre junho a outubro deste
ano, permitindo que um quarto da Casa Acreditar de Coimbra esteja à disposição
das famílias que dela necessitarem durante aproximadamente um ano.

Para assinalar este momento, a Cris-
tal e a Acreditar - Associação de Pais
e Amigos de Crianças com Cancro,
promoveram em novembro, na Casa
Acreditar de Coimbra, um convívio e
atividades para os mais novos, com a
presença de André Sardet, que apadri-
nhou a iniciativa e levou a sua música
às crianças e famílias da Casa.
Durante o evento, as crianças foram
desafiadas para um atelier de ilustração
intitulado “Desenha o teu Sonho num
rótulo”, servindo de mote à continuação
desta iniciativa solidária da Cristal, ao
propor-se colocar no mercado uma edi-
ção limitada com os rótulos ilustrados
pela imaginação e pelos sonhos das
crianças da Casa. A Cristal estendeu
ainda o apoio à Acreditar oferecendo
produtos da marca às quatro Casas exis-
tentes em Portugal (Porto, Coimbra,

20 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

 Lisboa e Funchal), para que as famílias
apoiadas possam melhor saborear as
suas refeições diárias, temperando-as
com a mestria da marca, que em 2019
celebra oitenta anos de atividade.

SOBRE A MARCA CRISTAL

A Cristal integra o portfólio de mar-
cas da Comtemp - Companhia dos
Temperos, empresa do Entroncamento
pioneira no desenvolvimento do vina-
gre industrial para conserveiras e para
a indústria alimentar. Para além dos
vinagres ditos “clássicos”, a marca tem
vindo a desenvolver e a aperfeiçoar
novos produtos como os cremes bal-
sâmicos, os sumos de limão e de lima,
os molhos vinagretes, o vinagre de figo
e de frutos vermelhos e os molhos do
mundo. Nesta jornada de quase oitenta
anos, a Cristal granjeou vários prémios
de inovação e qualidade, sendo o mais
recente o “New Product Expo 2018” do
International Council da Private Label
Manufacturers Association, atribuído
ao Vinagre Seleção Cristal Balsâmico
de Romã Biológico.

SOBRE A ACREDITAR
Desde 1994 e em quatro núcleos
regionais: Lisboa, Coimbra, Porto e
Funchal, a Acreditar está presente em
todos os ciclos da doença e desdobra-se
nos planos emocional e social. Com a
experiência de quem passou pelo mes-
mo, enfrenta com profissionalismo os
desafios que o cancro infantil impõe
a toda a família. Momentos difíceis
tornam-se possíveis de viver quando
nos unimos.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 21

 DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Mendes Gonçalves considerada uma

das melhores empresas para trabalhar
A Mendes Gonçalves, a
empresa detentora da
Paladin, entrou no top 100
das “Melhores Empresas para
Trabalhar” de 2018 no estudo,
realizado pela revista EXAME,
que avaliou a satisfação dos
colaboradores nas empresas.

A
empresa sediada na Golegã,
que conta atualmente com
mais de 200 colaboradores,
defende que a satisfação de
quem trabalha com eles é
reflexo da política interna, cujo principal
valor é a Família. Alexandra Mendes Gon-
çalves, CEO da empresa, considera que “o
segredo são as pessoas! Se toda a nossa
família Mendes Goncalves estiver bem,
se sentir feliz, conseguimos pessoas mais
comprometidas a fazer do impossível o
seu desafio, não fosse esse o nosso lema:
“se é impossível é para nós”.
Para promover essa mesma satisfação,
a empresa apresenta algumas práticas,
como várias atividades para os filhos dos
funcionários – “a última foi uma viagem a
um parque temático no Alentejo”, refere
Alexandra, ou o incentivo à natalidade,
com um kit de produtos e um cheque
presente. Também o desenvolvimento
profissional é um dos focos da empre-
sa, que privilegia a promoção interna à
contratação de pessoas externas. a sociedade. desenvolvimento, procura inovar, conce-
Alexandra Mendes Gonçalves acres- A Mendes Gonçalves já tinha estado o ber novas receitas e levar o “nosso gosto,
centa que “na Mendes Gonçalves, pro- ano passado no “Top 10 Empresas Mais criatividade e inovação” às cinco partes
curamos simplificar a gestão, os pro- Felizes em Portugal”, da Happiness do mundo. A aposta em produtos portu-
cessos e as práticas. Não queremos que Works, e os produtos Mendes Gonçal- gueses, de sabor português e feitos em
o crescimento da empresa e respetiva ves já foram também distinguidos com Portugal, tornou a Paladin na primeira
hierarquização afaste as pessoas e crie alguns prémios, como Gulfood Inova- marca certificada com o selo PORTUGAL
barreiras. Queremos que a empresa cres- tion Awards, Sial Innovations e Prémios SOU EU.
ça, mas que cresça com a mesma identi- AHRESP.
dade de sempre e espírito de entreajuda, SOBRE A MENDES GONÇALVES
companheirismo e proximidade que nos SOBRE A PALADIN A Mendes Gonçalves é uma empresa
distingue”. À Portuguesa é Paladin. A marca, deti- familiar, sediada na Golegã desde 1982,
Este estudo foi desenvolvido em par- da pela empresa Mendes Gonçalves, foi dedicada à produção de temperos, vina-
ceria com a consultora everis e a AESE relançada em 2013 em Portugal e para gres e molhos. Com a motivação de ir
Business School, que fizeram uma análise todo o mundo e já está presente em mais sempre para além do óbvio, a empresa
multidimensional a algumas empresas de 30 países, com mais de 60 referências, rege-se pelo respeito, inovação e orgulho
em Portugal, relativamente à satisfação algumas adaptadas aos países aonde está de ser português, cuja especialidade é a
dos colaboradores, bem como ao grau presente. A Paladin, criada a partir do criação, produção e comercialização de
de atuação da própria empresa perante forte investimento em investigação e temperos de excelência.

22 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

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Formação Certificada
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www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 23

 INFORMAÇÃO E APOIO
Formação Modular
Certificada para
Desempregados
de Longa Duração
(DLD)
Plano 2018/2019
A
NERSANT – Associação
Empresarial da Região
de Santarém, está a
dinamizar na região do
Ribatejo, o projeto For-
mação Modular Certificada, que per-
mite a realização de ações de forma-
ção gratuita. Para os desempregados,
este projeto visa promover a inclusão
de públicos que se encontram há mais
tempo afastados do mercado de tra-
balho e que, por serem detentores
de baixas qualificações, passam por
processos de desmotivação e de perda
de competências que dificultam a par-
ticipação na vida ativa e a integração
em medidas ativas de emprego para
desempregados, em particular em
processos sustentados de qualifica-
ção profissional, potenciadores de um
regresso mais célere e sustentado ao
mercado de trabalho.
DESTINATÁRIO ELEGÍVEIS
• Desempregados de Longa
Duração (DLD);
24 DEZEMBRO 2018
• Desempregados não DLD
(Desempregados longa Duração),
com habilitações inferiores ao ensino
secundário.
De referir que se considera
Desempregado de Longa Duração
(DLD), qualquer trabalhador sem
emprego, disponível para o trabalho
e à procura de emprego há 12 meses
ou mais, contando este prazo a partir
da data de inscrição nos centros de
emprego. Por Desempregados não
DLD (Desempregados longa Duração),
considera-se qualquer trabalhador
sem emprego, disponível para o traba-
lho e à procura de emprego há menos
de 12 meses, contando este prazo a
partir da data de inscrição nos centros
de emprego.
HABILITAÇÕES ESCOLARES
• Iguais ou superiores ao 4º
ano de escolaridade para formações
modulares integradas em percursos
de nível 2, e igual ou superior ao 9º
ano de escolaridade para formações
modulares integradas em percursos
de nível 4;
• Os Desempregados não DLD
devem ser detentores de habilitação
inferior ao 12.º ano.
CUSTOS DE PARTICIPAÇÃO
As ações constantes do plano de
Formação Modular Certificada não
terão qualquer custo para os partici-
pantes pois são financiadas pelo Fun-
do Social Europeu e Estado Português.
Os formandos poderão ter direi-
to a:
• Bolsa de formação: apoio atri-
buído a desempregados que não sejam
beneficiários de subsídio de desem-
www.nersant.pt

prego, subsídio social de desemprego
e rendimento social de inserção;
• Subsídio de refeição de 4,77€
por dia de presença, apenas se con-
cluírem a formação com aproveita-
mento, nos dias em que o período
de formação seja igual ou superior a
três horas.
HORÁRIO DE REALIZAÇÃO
As ações podem realizar-se no
período da manhã, da tarde, em horá-
rio misto ou em horário pós-laboral,
realizando-se aquele que for mais
escolhido.
LOCAIS DE REALIZAÇÃO
Com o objetivo de aproximar a
formação dos interessados nos vários
www.nersant.pt
pontos da região, as ações realizar-
-se-ão nas localidades de:
• Alferrarede
• Benavente
• Cartaxo
• Ourém
• Santarém
• Torres Novas
INSCRIÇÕES
As inscrições são efetuadas
exclusivamente no site da NERSANT.
Para que a formação cumpra o calen-
dário previsto, as inscrições devem
ser realizadas com antecedência. O
número de vagas é limitado, sendo no
entanto necessário existir um mínimo
de 15 formandos para que cada ação
se realize. Os formandos inscritos
serão contactados até 5 dias antes
do início da ação, quando se verifi-
quem as condições necessárias para
a realização da mesma.
BENEFÍCIOS
• Certificado de qualificações
(desde que com aproveitamento e
mínimo 90% assiduidade);
• Seguro de acidentes pessoais,
para desempregados;
• Bolsa de formação: apoio
atribuído a desempregados que
não sejam beneficiários de subsídio
de desemprego, subsídio social de
desemprego e rendimento social de
inserção;
• Subsídio de refeição de 4,77€
por dia de presença, apenas se con-
cluírem a formação com aproveita-
mento, nos dias em que o período de
formação seja igual ou superior a três
horas;
• Formação 100% financiada.
DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA
• Certificado de Habilitações
concluídas (não podem ser aceites
certificados de frequência);
• Prova de desemprego: decla-
ração do Serviço Público de Empre-
go (IEFP); declaração da Segurança
Social; declaração do próprio, quando
não está registado no Serviço Público
de Emprego, devidamente acompa-
nhada de uma cópia dos descontos
realizados para a Segurança Social
no último ano;
• Comprovativo bancário onde
conste o NIB/IBAN e nome do forman-
do da conta de que seja titular.
NOTA: Apenas são elegíveis os Desem-
pregados não DLD (desempregados há
menos de 1 ano), detentores de habili-
tações inferiores ao ensino secundário.
MAIS INFORMAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO
E QUALIFICAÇÃO
dfq@nersant.pt | 249 839 500
www.nersant.pt
DEZEMBRO 2018 25
 INFORMAÇÃO E APOIO
Espionagem económica
A importância da proteção
do conhecimento e informação
nas empresas
Artigo ao cargo de SIS - Serviço
de Informações de Segurança
www.sis.pt
A
espionagem é uma das mais
antigas profissões do mun-
do. As primeiras civilizações
conhecidas já tinham a fun-
ção de espião, elementos
encarregues de recolher informações sen-
síveis e assuntos estratégicos do inimigo.
Um dos textos mais antigos e célebres
escritos sobre o papel da espionagem -
“A Arte da Guerra” - do sábio chinês Sun
Tzu, escrito entre os séculos V e III a.C.,
assumia que a profissão de espião era
fundamental para um Estado e que não
deveria ser negligenciada por nenhum
líder que desejasse ser bem-sucedido.
Ao longo dos anos, as práticas de
espionagem espalharam-se pelo mundo,
registando-se diversas inovações, nomea-
damente a nível tecnológico, para aceder
a informação sensível ou classificada.
Contudo, a essência continua a mesma,
através de séculos, em técnicas e em
objetivos.
Antes e durante a Guerra Fria, a afir-
mação dos Estados estava associada ao
poder político e militar. A parte económi-
ca estava subjacente, mas não era o foco e
não lhe era dada primazia. As informações
económicas serviam como suplemento
das informações políticas e militares. O
No presente, as atividades de
espionagem tendentes à apro-
priação de intelligence económica
e industrial figuram entre as que
mais apreensões suscitam na
comunidade internacional. Tal facto
encontra justificação no contexto do
necessário crescimento económi-
co, na salvaguarda dos interesses
fundamentais dos Estados e na
respetiva afirmação internacional
26 DEZEMBRO 2018
fim da Guerra Fria direcionou as preo- das ameaças que colocam em causa a
cupações dos Estados para os assuntos soberania nacional. Neste contexto, cabe
económicos, afirmando a sua influência aos Serviços de Informações, não só a pro-
e o seu poder político de acordo com o dução de informações de segurança eco-
nível de desenvolvimento económico, con- nómica, como a sensibilização, com vista
correndo pelo acesso aos recursos e aos à prevenção, de ameaças de espionagem
mercados e competindo pela captação de económica, junto de empresas, centros
Investimento Direto Estrangeiro. de investigação, organismos públicos e
Neste contexto, e fruto do aprofunda- outros atores nacionais.
mento do fenómeno da globalização e Neste contexto, e para aumentar e pro-
da revolução tecnológica, a espionagem mover os níveis de cultura de segurança
económica tem vindo a revelar-se uma no nosso país, o Serviço de Informações de
das principais áreas de atuação dos ser- Segurança relançou o Programa de Segu-
viços de informações, a nível global, com
crescente alocação de recursos.
Nos países com posição dominante
nos mercados mundiais, a proteção dos
sectores estratégicos e a promoção da
segurança económica são, há mais de
duas décadas, domínios indissociáveis das
funções do Estado, cabendo a estruturas
interministeriais um papel relevante na
proteção do conhecimento e da informa-
ção classificada com valor económico.
Em Portugal, o Conceito Estratégico
de Defesa Nacional de 2013, ao definir os
aspetos fundamentais da estratégia global
a adotar pelo Estado para a consecução
dos objetivos da política de segurança,
estabelece o nexo entre segurança nacio-
nal e economia, como essencial à estabi-
lidade e prosperidade sociais, bem como
à própria existência do Estado e das suas
instituições, condições essenciais à salva-
guarda de três elementos fundamentais:
soberania, independência económica e
proteção da estrutura e interesses eco-
nómicos. A assunção de que as ameaças
e riscos de natureza económica podem
prejudicar os interesses vitais do Estado
confere aos Serviços de Informações a
tarefa de os antecipar e avaliar, bem como
lhes reconhece a vertente da exploração
das oportunidades na projeção dos inte-
resses económicos nacionais.
A abertura dos serviços de informações
à sociedade é um mecanismo de alerta e
uma forma de prevenção e de antecipação
www.nersant.pt
rança Económica e Proteção do Conhe-
cimento para sensibilizar três públicos-
-alvo em Portugal: Classe Empresarial;
Administração Pública; Universidades e
Centros de Investigação, com a missão de
sensibilizar e alertar para o fenómeno de
furto do “conhecimento” e da importância
de proteger a informação e tecnologia,
sensível ou classificada, das organiza-
ções que operam em Portugal, com vista
à prevenção da ameaça de espionagem,
essencialmente económica, científica e
tecnológica.
A espionagem é transversal a
todas as áreas e departamentos
dentro das organizações.
Entende-se por espionagem económica
o conjunto de ações clandestinas que visa
conferir a entidades ou Estados estrangei-
ros o acesso ilegítimo a informação classi-
ficada ou sensível com valor económico.
No mundo moderno, o conhecimento
www.nersant.pt
tornou-se um ativo intangível de cria-
ção de riqueza para muitos países. O
conhecimento passa a agregar um valor
estratégico para aprimorar a qualidade
de produtos, processos e serviços no meio
organizacional e industrial, gerando ino-
vação e desenvolvimento de uma nação.
A importância do conhecimento e da ino-
vação no desenvolvimento humano e no
desenvolvimento económico e social no
mundo atual levou à criação do conceito
de “Sociedade do Conhecimento”.
Se num passado não muito distante se
vivia numa sociedade industrial em que
a valorização de uma empresa era dada
em função da dimensão do seu parque de
maquinaria, a nova realidade é um socie-
O conhecimento é um ativo estraté-
gico e um fator de competitividade e
de independência económica. Neste
âmbito, os países que detêm mais
conhecimento são aqueles mais
cobiçados, potenciando ações de
espionagem económica.
dade de informação e do conhecimento,
onde o valor de uma empresa é medido
pelo número de ativos de informação e
conhecimento que possui. Nesta nova
realidade, a informação e o conhecimento
tornam-se a força motriz para o desen-
volvimento, seja ele social ou económico.
As empresas tornam-se cada vez mais
dependentes das informações e dos seus
conhecimentos estratégicos para conse-
guirem manter-se nos seus mercados,
razão pela qual há uma necessidade
extrema de proteção da informação e do
conhecimento.
As empresas mais bem-sucedidas são
aquelas em que cada um dos seus colabo-
radores faz da gestão do conhecimento
parte efetiva do seu trabalho. O processo
de gestão de conhecimento envolve um
conjunto crescente de ideias, técnicas e
tecnologias.
As organizações deverão criar
mecanismos institucionais e não
depender de uma estrutura assente
no indivíduo, sob pena de perder o
conhecimento gerado numa organi-
zação quando determinado indivíduo
migra para outra empresa
Todas as empresas, independentemen-
te do seu core business ou segmento de
mercado, necessitam de proteger a sua
informação operacional, tática e estratégi-
ca, seja para manter a sua produtividade,
reduzir custos, aumentar a sua quota de
mercado, conseguir a otimização de pro-
cessos, competitividade ou apoio à tomada
de decisão. As organizações estão cada vez
mais dependentes da informação, pelo
que protegê-la é fundamental.
Neste cenário, torna-se necessário ana-
lisar a forma como as empresas gerem e
protegem a sua informação e o seu conhe-
cimento para criar e manter a competiti-
vidade. Nesta realidade, a concorrência
entre organizações baseia-se na sua capa-
cidade de adquirir, tratar, interpretar e
utilizar a informação de forma eficaz.
Torna-se necessário questionar se não
OUTUBRO 2018 27
 INFORMAÇÃO E APOIO
Podem ser identificados três estágios
de fluxo do conhecimento dentro de
uma organização: 1) criação ou aqui-
sição do conhecimento; 2) Análise e
armazenamento do conhecimento 3)
Transferência, partilha e dissemina-
ção do conhecimento
estamos, nós próprios, a facilitar o acesso
de outros países ao precioso acervo de
produção científica das nossas univer-
sidades, I&D, estudos e pesquisas das
empresas.
As empresas devem investir em meto-
dologias de atração e retenção de talen-
tos, manutenção e proteção do conhe-
cimento, visando obter a memória ins-
titucional do conhecimento e inovação.
Entre os mecanismos defensivos a usar,
a proteção jurídica através de contratos
específicos de transferência tecnológi-
ca quando há segredos industriais ou
comerciais envolvidos, é crucial desig-
nadamente com a exigência de contratos
de confidencialidade.
Conhecimento sensível é todo o
conhecimento, sigiloso ou estratégi-
co, cujo acesso não autorizado pode
comprometer a consecução dos ob-
jetivos das organizações nacionais
e resultar em prejuízos para o país,
necessitando de medidas especiais
de proteção
As organizações deverão proteger o seu
conhecimento crítico. Deverão identificar
o conhecimento que está diretamente
ligado ao negócio e que para ele está a
contribuir. A organização tem que decidir
qual o conhecimento que tem de per-
manecer dentro do seu próprio domínio
privado e também como assegurar que
ele é realmente protegido.
As organizações trabalham, cada vez
mais, em rede, onde o sistema produti-
vo, através de procedimentos que são
complementares, cria uma cadeia onde
Os pilares da segurança da infor-
mação sensível ou classificada
– confidencialidade, integridade
e disponibilidade - têm de ser
garantidos
28 DEZEMBRO 2018
uma empresa participa do processo de
produção da outra, formando assim uma
rede. Neste ambiente em rede, que tem
como principal requisito a partilha de
conhecimentos, as empresas que fazem
parte da rede, podem ser tanto parcei-
ras como concorrentes, dependendo da
situação. Neste contexto, a informação e
o conhecimento, que são fatores cruciais
para a competitividade da empresa, são
compartilhados, explorados e aplicados
para que toda a rede alcance os seus
objetivos.
Esta estrutura suscita, ainda mais,
uma necessidade de criar políticas para
a proteção do conhecimento organiza-
cional. Num sistema em rede, as empre-
sas têm de enfrentar o duplo desafio
de aproveitar e usar os novos conheci-
mentos oferecidos pelos parceiros e, ao
mesmo tempo, assegurar que os seus
conhecimentos estratégicos, que cons-
tituem as suas competências essenciais,
não sejam transferidos para essas redes.
A construção da segurança numa
organização faz-se em camadas
ou fases
O Serviço de Informações de Segurança
tem constatado um aumento de casos de
apropriação indevida de conhecimento
intangível focados nos setores empresa-
rial e académico, que é posteriormente
aplicado economicamente em países
terceiros, prejudicando a economia
nacional.
As ações de espionagem levam a prejuí-
zos económicos e financeiros nos setores
industrial e empresarial, no que respeita
a danos emergentes e lucros cessantes
e em virtude de ser colocada em cau-
sa a credibilidade pública das próprias
O Programa de Proteção do Conhe-
cimento resulta não só da necessi-
dade de reforçar a segurança nas
organizações-chave nos sectores
estratégicos da economia nacional,
como também de mitigar os efeitos
nefastos resultantes do aumento
da espionagem económica, que
se dirige não apenas àquelas mas
também, cada vez mais, a peque-
nas e médias empresas portugue-
sas com grande potencial ao nível
da investigação e desenvolvimento
empresas. A viabilidade económica de
unidades empresariais que tenham rea-
lizado esforços de relevo em projetos de
I&D depende, diretamente, do sucesso da
inovação conseguida e da sua aplicação
no mercado. Se o fruto do investimento
em inovação e desenvolvimento for ile-
galmente subtraído, a favor de empresas
concorrentes, que assim recolhem o bene-
fício sem, no entanto, suportar o custo, as
condições concorrenciais degradam-se, as
perdas não são compensadas e a empre-
sa investigadora perde capacidade para
suportar os encargos da sua atividade
económica. Consequentemente, unidades
fabris, empresas e centros de investigação
fecham e o desemprego cresce.
Nas Pequenas e Médias Empresas
(PME), muitas vezes com lacunas na
área de gestão e de consciencialização
dos riscos, é mais suscetível a possibili-
dade de apropriação coerciva do know-
-how tecnológico e do modelo de negó-
cio. As PME nacionais, nomeadamente
as que operam em áreas tecnológicas de
vanguarda, têm de estar alertadas, de
forma a evitar furtos de conhecimento
ou processos de aquisição hostis perpe-
trados por grupos internacionais que
visem apoderar-se dos seus principais
ativos, nomeadamente dos seus proces-
sos de produção, patentes e marcas.
O Programa de Proteção do Conhe-
cimento aborda:
• O contexto da realidade nacional
relativamente a questões de segu-
rança e de espionagem.
• Atores e métodos da espionagem
económica.
• Casos concretos recentes que
visaram entidades nacionais.
• Sugestões para reforço dos ní-
veis de segurança nas organizações
nacionais.
O Programa de Proteção do Conhe-
cimento, do Serviço de Informações de
Segurança, visa reforçar a segurança
das organizações nacionais perante
a ameaça da espionagem económica,
sensibilizando-as para os riscos e as
ameaças que enfrentam. A criação de
uma cultura de segurança económica
elevará a eficiência e “inteligência eco-
nómica” das organizações em Portugal.
www.nersant.pt
 a que acresce que 28% do consumo deinteressados
energia que pretendem investir e que não eficiência energética
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primária é do sector residencial e de serviços, os financiamento no mercado para o seu
em Portugal Empréstimos
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• períodos de carência equivalentes ao período seu
sposta a todos os edifícios, incluindo soluções integradas de projeto.
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o IFRRU 2020 é um •
instrumento financeiro que conjuga recursos
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PORTUGAL 2020, empréstimos do BEI e do CEB e, próprios para aceder ao financ
rentabilidade do projeto em igual montante, recursos da banca comercial.
Tem o objetivo de contribuir para a revitalização
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em igual montante, recursos da banca comercial. • colaterais negociáveisdoscom o banco sendo em

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empréstimos do BEI e do CEB e, em igual guês de Garantia Mútua, destinam-se a
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montante, recursos da banca comercial. projetos de empresas que não dispõem de
financeiro que conjuga recursos
Tem o objetivo de contribuir para a para investimentos da mesma natureza garantia bastante para aceder ao finan-
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dos centros urbanos em todo • sem exigência de um mínimo de capitais ciamento.
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banca comercial. colaterais negociáveis com o banco sendo em
atraindo novos residentes, e da expansão regra a hipoteca do imóvel a reabilitar.
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todo o território
e de riqueza.
Garantias
avés da promoção da habitação,
Concedidas através do Sistema Português de
pulação e atraindo novos residentes, Garantia Mútua, destinam-se a projetos de
ão das atividades económicas, empresas que não dispõem de garantia bastante
emprego e de riqueza. para aceder ao financiamento.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 29

 INFORMAÇÃO E APOIO

BENEFICIÁRIOS São financiáveis todas as despesas articulará internamente este pro-

necessárias à reabilitação, incluindo cesso com o processo de licencia-
Empresas (ENI, PME e não PME), a aquisição do imóvel a reabilitar e mento urbanístico
Empresas (ENI, PME e não PME), entidades O edifício tem de estar localizado numa Área de
Empresas
entidades
públicas e (ENI,
públicas
entidadesPME eprivadas
e não PME),
entidades as
com entidades
medidas
ou sem
de eficiência energética.
O edifício tem de estar localizado numa Área de
privadas com ou sem fins lucra-
públicas e entidades privadas com ou sem Reabilitação Urbana (ARU). • Lista de pontos focais
Empresasfins lucrativos
tivos (ENI, PME e não PME), entidades USO A O DAR AO IMÓVEL
edifício tem deREABILITADO Reabilitação
estar localizado numa Área de Urbana (ARU). disponível em https://
finselucrativos
públicas entidades privadas com ou sem Reabilitação Urbana (ARU). www.portaldahabitacao.
finsPessoas
lucrativos singulares
Pessoas singulares • Exploração direta deSe o edifício for de habitaçãopt/pt/portal/
atividades social, temreabilitacao/
de estar
Pessoas singulares Se o edifício
localizado em forARUde ouhabitação
em área social, tem depelo
delimitada estar
Pessoas singulares Se o edifício for de habitação social, tem de estar
económicas ifrru/08Contatos.html
com título que confira ao candidato poderes• para
com título que confira ao candi- localizado em ARU ou em
Arrendamento
localizado
Município em ARU
pelo ou
no Plano
área delimitada deemAçãoárea delimitada
Integrado parapelo
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com
dato
com
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título
poderes
realizar
realizar
a
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que confira
que confira
intervenção
para
intervenção
a intervenção
ao candidato
realizar
(seja direito
ao poderes
(seja
a
(seja
candidato
direito
intervenção
direito
para poderes para
de propriedade,
de
de
propriedade,
•
propriedade,
Município
Venda
Comunidades
no Plano de Município
Ação Integrado
Comunidades
Desfavorecidas
2
(PAICD).
no Plano
para as de Ação Integrado
Certificação
Desfavorecidas (PAICD). para
Energética as
realiza-
arrendamento,
(seja direito de
Empresas
arrendamento, (ENI,
usufruto, usufruto,
propriedade,
PME concessão, concessão,
e não arrendamen-
PME), entidades
ou qualquer ou qualquer
• Habitação própria Comunidades Desfavorecidas (PAICD).
da por perito qualificado pela
arrendamento, usufruto, O edifício tem de estar localizado numa Área de
to, outro
outro em direito
usufruto,
públicas
em direito concessão,
epermitido)
entidades permitido) ouconcessão,
privadas com ou semou qualquer
qualquer ADENE, para caraterizar o nível
Reabilitação Urbana (ARU).
outro
outro emem
fins direito
lucrativos
direito permitido)
permitido) de desempenho energético do
Pessoas singulares TERRITÓRIOS ABRANGIDOS
Se o edifício for de habitação social, tem de estar imóvel e o nível esperado após a
OPERAÇÕES A FINANCIAR localizado em ARU ou em área delimitada pelo intervenção e, em conjunto com o
Investimento máximo ao de 20 milhões Sem períodos de candidatura pré-definidos,
com título que confira
Investimento máximocandidato 20 de
depoderes euros
para
milhões O edifício
Município
sem tem no de
restrições estar
Plano
ao de Ação
número localizado
Integrado
de pedidos para
de as projetista, identificar as medidas
por operação
realizar a intervenção (seja direito de propriedade,
deInvestimento
euros por operação máximo de 20 milhões denuma euros Área de Reabilitação
Comunidades Desfavorecidas
Sem períodos de candidatura
Urbana
(PAICD).
pré-definidos,
de eficiência energética que cons-
financiamento Sem períodos
sem restrições ao número de candidatura pré-definidos,
Investimento máximo de 20 milhões de(ARU). euros tituemde pedidos de
arrendamento, usufruto, concessão, ou qualquer
por
outro emoperação
Reabilitação
direito permitido) integral* de edifícios com sem restrições ao número
as melhores
de pedidos
soluções
de
para
por operação
Reabilitação
idade > 30 anos integral*
(ou, no de casoedifícios
de idade 1 Parecer de enquadramento
Se o edifício for de habitação social, financiamento
emitido pelo aumentar o nível de desempenho
cominferior,
idade com> 30 umanos
nível (ou,
de conservação
no casode edifícios tem de Município, junto do ponto
estar localizado financiamento
em focal IFRRU
ARU ou 2020, do edifício e que serão objeto de
Reabilitação integral* com
de< idade
2 (DL 266-B/2012,
Reabilitação
idadeinferior, com
> 30deanos
de 31/12),
integral*
um nível de
(ou,socialde
no caso edifícios
em área
de idade
interlocutor
com delimitada 1
privilegiado
pelo designado
Parecer
Município por cada
de enquadramento
financiamento emitido pelo
incluindo
conservação
Investimento máximo idade
edifícios
de>2030
< 2 (DL
habitação
anos
milhões de(ou,
266-B/2012,
eurosno
e
caso de
no Município
Sem
idade
Plano períodos
de para
Ação 1
de ocandidatura
IFRRU 2020
Integrado para
Município,
queas
Parecer articulará
de
pré-definidos,enquadramento
junto de
emitido pelo
do ponto focal IFRRU 2020,
por operação inferior,decom
equipamentos um coletiva
utilização nível de conservação internamente
sem restrições ao este processo
número de com o processo
pedidos de
de 31/12), incluindo edifícios de Comunidades Desfavorecidas (PAICD).
Município,
interlocutorjunto do ponto focal IFRRU por 2020,
* Tipos de obras <
habitação
seguida deReabilitação
inferior,
2 (DL
RJUE:
reconstrução;
social
<incluindo
2 (DL
com
obras266-B/2012,
de
integral*
obras
um nível
demolição desde
e equipamentos
266-B/2012,
dede edifícios
reconstrução
dede
de
com
conservação
31/12),
que financiamento
31/12), social e
com
licenciamento urbanístico
interlocutor
3 privilegiado
privilegiado
designado
Pedido cadaa reali-
de financiamento
designado por cada
de utilização edifícios
coletiva de habitação 1• Parecer
Lista depontos
enquadramento Município emitido para
empelo
o IFRRU zar2020
num que articulará
balcão da rede comer-
manutenção idade da> estrutura
30 anos (ou,
incluindo
obrasequipamentos
da nofachada;
caso dede
edifícios de
obras
idade de
habitação
utilização social
coletiva e deIFRRU focais disponível
Município para o IFRRU 2020 que articulará
ampliação;inferior, decomalteração; obras de
um nível de conservaçãoconservação CANDIDATURAS
Município, 2020
junto do ponto internamente
focal IFRRU 2020,
https://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/ este processo com o processo de
cial de qualquer um dos Bancos
desde
* Tipos quede
< com (DLequipamentos
2obras aumento
RJUE:
266-B/2012, deobras
2 de
níveis
dedeno
31/12), utilização
estado de
demoli- coletiva interlocutor privilegiadointernamente
designado por cada
licenciamento
reabilitacao/ifrru/08Contatos.html
este processo com o processo de
selecionados
urbanístico
ção* Tipos
conservação
desde de
queobras
incluindo RJUE:
edifícios
seguida de obras desocial
de reconstrução;
habitação demolição
e desde
Sem que para
Município
períodos o IFRRUlicenciamento
de candidatura 2020 que articularáurbanístico
pré-
*seguida
Tiposequipamentos
de
deobras RJUE:
reconstrução;deespaçosobras
utilizaçãoobras de dedemolição
coletiva desde
reconstrução que
com
internamente este processo com o processo de
obras de Reabilitação
reconstrução de com manutenção
e unidades -definidos, sem restrições
2 Certificação Energética aorealizada
número por perito
seguida
manutenção de reconstrução;
da estrutura obras da de reconstrução com • Lista de pontos focais disponíveldisponíveis
em
*da estrutura
Tipos industriais
de obras da
RJUE: abandonadas
fachada;
obras deobras desdefachada;
de amplia-
demolição que deobras
pedidos dede financiamento
licenciamento
qualificado
urbanístico
pela ADENE, para caraterizar Mais
o nível informações em:
manutenção
ampliação;
seguida obras
de reconstrução; da obrasestrutura
de alteração; daobras
de reconstrução fachada; obras de
com de conservação • Lista de pontos focais disponível em
ção; obras de alteração; obras de conser- de desempenho energéticohttps://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/
www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/
1
São financiáveis todas as despesas necessárias à do imóvel e o nível
ampliação;
manutenção
desde obras
da estrutura
que com dedaalteração;
fachada; 2obras
obras de deno conservação
• Lista de enquadramento
pontos focais disponível em
https://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/
vação desde
reabilitação, que
incluindo com aaumento
aumentodode
aquisição de níveis
2 níveis
imóvel a estado
Parecer dede
esperado após a intervenção emiti-
e, em conjunto com reabilitacao/ifrru
ampliação;
desde
conservação
reabilitar
obras
e que
as
de
com
medidas
alteração;
aumento
de
obras
eficiência
dede conservação
2 níveis
energética. no estado de reabilitacao/ifrru/08Contatos.html
https://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/
no estado de conservação
desde que com aumento de 2 níveis no estado de
conservação
do o projetista,
pelo identificar
Município, juntoas
reabilitacao/ifrru/08Contatos.html
doreabilitacao/ifrru/08Contatos.html
medidas
ponto de eficiência
conservação energética
focal IFRRUque constituem
2020, as melhores soluções
interlocutor Em caso de dúvida, contacte-nos
ReabilitaçãoReabilitaçãode espaços de espaços
e unida- e unidades para aumentar
privilegiado 2 o nível de por
designado desempenho
Certificação
cada do edifício
Energética
através do email: por perito
realizada
des
Reabilitação
Reabilitação de espaçosde
industriais
industriais
espaços e unidades
e unidades
abandonadas
abandonadas
2e Certificação
que serão
Município para 2Energética
objeto
o
realizada
de financiamento
IFRRU 2020 que
por perito
Certificação Energética realizada
ifrru@ifrru.ihru.pt por perito
• Exploração industriais
diretaabandonadas
de atividades económicas
industriais abandonadas qualificado pela ADENE,qualificado para caraterizar pela ADENE, para caraterizar o nível
o nível
de3à desempenho energéticoqualificado
de desempenho
doaimóvel pela ADENE, para
o nívelenergético docaraterizar
imóvel e oonível
nível
• São
São financiáveis
financiáveis
Arrendamento todas as todasdespesasas despesas
necessárias à necessárias Pedido de financiamento realizarenum
• São financiáveis
reabilitação,
reabilitação,
incluindo a todas as
aquisição
incluindo
do despesas necessárias
imóvel
a aquisição
a à da rede comercial
esperado após a de
intervenção desempenho
e, em conjunto energético
com do imóvel e o nível
energética. do imóvel o abalcão esperado após a intervenção e, em conjunto com
Venda de qualquer um dos
reabilitar e as medidas de eficiência projetista, identificar as medidas de eficiência
reabilitação,
• reabilitar incluindo a aquisição
e as medidas de eficiência energética. do imóvel a Bancos selecionados esperado após a intervenção e, emde conjunto com
Habitação própria o projetista,
energética que constituem as melhores soluções identificar as medidas eficiência
reabilitar e as medidas de eficiência energética. o projetista,que identificar as medidas de eficiência
para aumentar o nível de energética
desempenho do constituem
edifício as melhores soluções
Mais informações disponíveis em e que energética
serão objeto de financiamento que
www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/reabilitacao/ifrru constituem
para aumentar o nível de desempenho do as melhores soluções
edifício
• Exploração direta de atividades económicas
e que serãonum para aumentar o nível de desempenho do edifício
Em caso de dúvida, contacte-nos através do email: ifrru@ifrru.ihru.pt
objeto de financiamento
• Arrendamento Pedido de financiamento3 a realizar
• Exploração direta de atividades económicas e que serão objeto de financiamento
• Venda balcão da rede comercial de qualquer um dos
• Exploração direta de atividades económicas
Bancos selecionados
• •Habitação
Arrendamento
própria 3
Pedido de financiamento a realizar num
•
•
Arrendamento
Venda
3 Pedido de financiamento a realizar num
balcão da rede comercial de qualquer um dos
• Venda balcão
Bancosda rede comercial de qualquer um dos
Mais informações disponíveis em www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/reabilitacao/ifrru
selecionados
• Habitação própria Em caso de dúvida, contacte-nos através do email: ifrru@ifrru.ihru.pt
Bancos selecionados
30 • HabitaçãoDEZEMBRO
própria2018 www.nersant.pt
Vida Ativa QUALIFICA + 2018/2019
A Medida Vida Ativa QUALIFICA +, finan-
ciada pelos fundos europeus e dinamizada
pela NERSANT - Associação Empresarial da
Região de Santarém, vai permitir aumen-
tar os níveis de qualificação e melhorar a
empregabilidade dos ativos, dotando-os de
competências ajustadas às necessidades do
mercado de trabalho.
Este projeto é constituído por uma fase
de formação inicial, complementada com
estágio, sem qualquer custo para as empre-
sas e / ou instituições.
DESTINATÁRIOS
• Adultos desempregados inscritos nos
centros de emprego do IEFP, IP, e, cumula-
tivamente, inscritos num Centro Qualifica;
• Com habilitações escolares iguais ou
superiores ao 4.º ano e inferiores ao 9.º
ano.
HABILITAÇÕES ESCOLARES
• Adultos com o 4.º ano, mas que não
concluíram o 6.º ano de escolaridade;
• Adultos detentores do 6.º ano, sem
conclusão do 9.º ano de escolaridade.
CURSOS A REALIZAR
• Operador/a de Logística;
• Assistente Administrativo/a;
• Agente em Geriatria;
• Cuidador/a de Crianças e Jovens.
www.nersant.pt
Todos os cursos têm a duração de 300
horas (cerca de 3 meses).
FORMAÇÃO PRÁTICA EM CONTEXTO DE TRABALHO
(FPCT)
Após a formação em sala, no sentido de
complementar e reforçar a aquisição de
competências tecnológicas, potenciando,
desta forma, a empregabilidade, será rea-
lizada a FPCT, com duração aproximada
de 3 meses.
HORÁRIOS E CARGA HORÁRIA emprego, bem como o certificado de habi-
A formação decorrerá em regime laboral,
a tempo parcial, com uma carga horária
semanal máxima de 28 horas.
APOIOS SOCIAIS E FINANCEIROS
Os participantes poderão ter direito a:
• Bolsa de formação;
(A atribuir a pessoas em situação de
desemprego com idade igual ou superior a
23 anos. Não é atribuída a desempregados
beneficiários de subsídio de desemprego,
subsídio social de desemprego e rendimento
social de inserção);
• Encargos com alimentação;
• Encargos com transportes;
• Seguro de acidentes pessoais;
NOTAS:
• Os apoios a atribuir são calculados em
função da assiduidade à formação;
• O somatório dos apoios atribuídos a
título de despesa ou subsídio de transporte
e subsídio de alimentação não pode ultra-
passar o valor de 75% do IAS (321,68€) por
formando.
INSCRIÇÕES
Para a formalização da inscrição deverá
ser preenchida a ficha de inscrição e entre-
gue juntamente com a declaração do Serviço
Emprego comprovativa da situação face ao
litações concluídas.
DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA
• Certificado de Habilitações concluídas
(não podem ser aceites certificados de fre-
quência);
• Prova de desemprego: declaração do
Serviço Público de Emprego (IEFP); decla-
ração da Segurança Social.
• Prova de inscrição num Centro Qualifica;
• Comprovativo bancário onde conste o
NIB/IBAN e nome do formando da conta de
que seja titular.
MAIS INFORMAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO
E QUALIFICAÇÃO
dfq@nersant.pt | 249 839 500
www.nersant.pt
DEZEMBRO 2018 31
 VIVER
VIVER OO TEJO
TEJO
Rota das Judiarias
Os Judeus foram uma das mais impor-
tantes comunidades da Península Ibérica
durante a Idade Média. Esta rota irá levá-
-lo aos pontos mais notáveis da herança
judaica, como por exemplo Belmonte,
Trancoso, Guarda, Coimbra e Tomar.
Este será também o local para evocar
a memória intemporal de Aristides de
Sousa Mendes, o cônsul português em
Bordéus que salvou 30.000 pessoas do
horror do Holocausto. Um homem sim-
ples com um coração tão imenso como
a Humanidade!
Quando em 1497 D. Manuel, seguindo a
política dos Reis Católicos, deu ordem de
expulsão aos judeus portugueses, caso
não quisessem converter-se ao catoli-
cismo, muitos foram os que tentaram
abandonar o país, para não abandonarem
a sua religião. Porém, uma grande parte
destes judeus refugiou-se nas terras junto
à fronteira com Espanha. Uma vez que
haviam sido forçados ao batismo e que
se mantinham judeus, estes homens e
mulheres formaram comunidades fecha-
das, que praticavam os cultos judaicos
em segredo e não tinham qualquer con-
tacto com o exterior. Nasciam assim os
cripto-judeus portugueses.
Para além das cidades que mantêm a
memória das judiarias medievais, como
Guarda, Castelo Branco e Covilhã, muitas
são as povoações raianas da Beira que
conservam vestígios de núcleos cripto-
judaicos. Trancoso, Penamacor e, sobre-
tudo, Belmonte foram localidades onde
o judaísmo sobreviveu nos últimos 500
anos, por força do secretismo com que a
religião judaica foi mantida viva.
SINAGOGA DE TOMAR
Raríssimo exemplar dos templos judaicos
medievais e da arte pré-renascentista
portuguesa, a Sinagoga de Tomar é a
única, dessa época, integralmente con-
servada ainda existente em Portugal.
Foi construída em meados do século XV
propositadamente para
a função religiosa, o que revela a dis-
ponibilidade financeira da comunidade
judaica aqui residente, a sua pujança
e a sua prosperidade. A arquitetura do
edifício, simples e com influências orien-
tais (de planta quase quadrangular com
abóbadas de arestas assentes em quatro
colunas, capitéis decorados com motivos
geométricos e vegetalistas e doze mísulas
adossadas às paredes), está carregada de
simbolismo: as mísulas representam as
Doze Tribos de Israel; as colunas assina-
lam as quatro Matriarcas de Israel – Sara,
mulher de Abraão, sua sobrinha Rebeca,
esposa de Isaac, Lea e Raquel, irmãs,
filhas de Labão; e os capitéis apontam os
parentescos das Matriarcas – dois iguais
para as irmãs e os restantes, diferentes,
para a tia e sobrinha.
Em cada canto superior, existem dois
orifícios que correspondem aos bocais
de bilhas de barro colocadas dentro das
paredes, viradas para baixo, para melho-
ria da acústica do templo; uma delas está
parcialmente visível, para melhor com-
preensão.
Além da função para que foi edificada,
serviu também como escola, assembleia
e tribunal da comunidade judaica toma-
rense. Foi encerrada em 1496, aquan-
do do édito manuelino de expulsão dos
Judeus, após o que foi convertida em
prisão; no século XVII é referida como
Ermida de S. Bartolomeu; no século XIX,
foi palheiro, celeiro, armazém de mer-
cearias, adega e arrecadação. Em 1921,
na sequência de uma visita (1920) de
membros da Associação de Arqueólogos
Portugueses, viria a ser classificada como
Monumento Nacional.
Em 1923, Samuel Schwarz, um judeu
polaco engenheiro de minas chegado
a Portugal seis anos antes, adquiriu a
Sinagoga de Tomar, recuperando-a do
estado de abandono em que se encontra-
va, e doou-a ao Estado Português (1939)
para aí ser instalado um museu: o Museu
Luso-Hebraico de Abraão Zacuto.
O acervo do Museu é constituído por
lápides funerárias provenientes de vários
locais de Portugal. Escavações na sala
anexa deram a conhecer moedas do tem-
po do reinado de D. Afonso V (1448-1481)
– confirmando, assim, a data provável
de construção da Sinagoga –, cerâmica
de uso doméstico e o sistema de aque-
cimento de água para o banho ritual de
purificação: Mikvah.
Há ainda objetos relacionados com a
cultura judaica, alfaias religiosas, lem-
branças de visitantes e um fundo docu-
mental. O patrono do Museu, Abraão Ben
Samuel Zacuto (1450-1515), natural de
Salamanca, foi astrónomo, matemático,
médico e rabi.
A sua origem judaica obrigou-o a refu-
giar-se em Portugal, em 1492, onde o rei
D. João II o colocou ao seu serviço. Foi
autor das Tábuas Astronómicas, precioso
instrumento para o empreendimento
das Descobertas. Também D. Manuel I
o manteve ao serviço de Portugal até à
expulsão dos Judeus (1496).
Duas vezes ostracizado, veio a falecer
na Turquia, após ter passado por Tunes,
onde escrevera uma História do Povo
Judeu.
NÚMERO RECORDE DE VISITANTES
O templo judaico, localizado no centro
histórico de Tomar, bateu em 2016 um
número recorde de visitantes, tendo
recebido perto de 60 mil turistas, 70%
dos quais estrangeiros, provenientes
maioritariamente de Israel.
A sala de culto, recentemente aberta,
encerra às segundas-feiras e está aberta
das 10h00 às 17h00, com interrupção
para almoço das 12h00 às 14h00, no
horário de Inverno. O horário de Verão
estende-se até às 18h00, com interrupção
para almoço entre as 13h00 e as 14h00.
Paredes meias com a sinagoga decor-
rem as obras onde vai nascer o espaço
museológico.
Fonte: http://www.centerofportugal.com/
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Padaria Manuel Carlos Silva Pereira & Filhos, Lda. pratica economia circular
A empresa Manuel Carlos Silva Pereira &
Filhos, Lda., uma panificadora de Abrantes
com uma dezena de padarias espalhadas
por toda a região, está a colocar em prá-
tica os conceitos associados à economia
circular. A empresa está a aproveitar os
desperdícios dos pães que não se vendem
para produzir ração para animais.
De acordo com Manuel Pereira, o res-
ponsável pelo negócio, “as sobras dos pães
são transformados em farinha e adicio-
nados a outros produtos, que assim são
transformados em comida para dar aos
bovinos que possuímos, numa quinta des-
tra mesma empresa”, contou o empresário,
acrescentado que, desta forma, se “evitam
desperdícios”. E a Ribatejo Invest acres-
centa: evitam-se desperdícios e evitam-se
custos.

Tomar acolheu
seminário sobre
Geografia Económica
e Dinâmicas Territoriais
de Competitividade
Decorreu no dia 16 de novembro, no Ins-
tituto Politécnico de Tomar, o Seminário
GEDITC - Geografia Económica e Dinâ-
micas Territoriais de Competitividade.
Este seminário teve como principais
objetivos a apresentação pública do pro-
jeto GEDITEC e os principais resultados
obtidos neste primeiro ano de investiga-
ção, bem como reunir um conjunto de
especialistas que contribuem para a dis-
cussão sobre a relação entre a localização
empresarial, as dinâmicas económicas
territoriais e a política pública e, assim
iniciar um processo de discussão sobre a
construção de um modelo de governância
partilhado dos processos de localização
empresarial.
O Projeto GEDITEC - Geografia Econó-
mica e Dinâmicas Territoriais de Competi-
tividade tem como espaço de intervenção
prioritário a cidade de Tomar e a região
envolvente e como objeto de investigação dos principais canais e mecanismos de localização empresarial.
a empresa Softinsa-IBM (o seu ecossis- enraizamento territorial das dinâmicas Esta ação integrou-se nas atividades do
tema) que se localizou em Tomar, em empresariais, procurando maximizar os GEDITEC - Geografia Económica e Dinâ-
2013. Parte de um facto: a localização benefícios dos processos de localização micas Territoriais de Competitividade,
empresarial que está associada a dinâ- empresarial e minimizar as desvanta- projeto cofinanciado do POCI, Portugal
micas socioeconómicas insubstituíveis na gens de uma potencial deslocalização/ 2020 e União Europeia através do Fundo
criação de valor para os territórios e tem encerramento, e a criação de um modelo Europeu de Desenvolvimento Regional
como principais objetivos a identificação de governância partilhado dos processos (FEDER) e coordenado pelo CIAEGT.

34 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Nexlys, de Marinhais, é uma das sete PME portuguesas distinguidas pelo
Programa Horizonte 2020
A Comissão Europeia divulgou no final de
outubro os últimos resultados do Instrumen-
to PME (Fase 1) do programa de Investiga-
ção Horizonte 2020, que contemplou mais
246 pequenas e médias empresas (PME) de
24 países europeus, entre os quais Portu-
gal, com sete PME distinguidas. Para além
deste prémio, os beneficiários têm também
direito a formação gratuita e a serviços de
aceleração de negócios.
A empresa Nexlys, com sede em Mari-
nhais, concelho de Salvaterra de Magos, que
desenvolve uma ferramenta de realidade
aumentada para dar apoio a agricultores, foi
uma das únicas sete empresas distinguidas
pelo Programa Horizonte 2020 e a única do
Ribatejo a consegui-lo.
Foram ainda distinguidas as PME,
WATGRID, de Aveiro, que potencia a
monitorização remota e em tempo real
de informação fundamental para o pro-
Celebrado contrato de empreitada para a Startup Ourém
A Câmara Municipal de Ourém cele-
brou na manhã do dia 7 de novembro, o
contrato de empreitada de obras públicas
referente ao início dos trabalhos para a
criação da Startup Ourém, parceria entre
a NERSANT - Associação Empresarial da
Região de Santarém, e o Município.
A NERSANT e o Município de Ourém
assinaram no dia 20 de junho um protoco-
lo de colaboração para a criação da Startup
Ourém, estrutura de apoio ao empreen-
dedorismo que terá como objetivo atrair
e instalar neste concelho, novos projetos
www.nersant.pt
cesso vinícola, a FuncionalST, de Braga,
pela utilização de ressonância eletromag-
nética com o fim do tratamento de águas,
a IMPROVEAT Lda., de Braga, que com a
tecnologia Impearl promete revolucionar a
indústria alimentar, a Delox, de Cascais, que
desenvolve uma formulação do peróxido de
hidrogénio vaporizado que baixa os custos
da descontaminação hospitalar, a FLANER,
de Lisboa, pelo desenvolvimento de uma
plataforma software que torna mais eficaz
a recolha de informação de um conteúdo
informático e ainda a Mercurius Health,
de Lisboa, que com a plataforma Mercuris
Connect, permite que pacientes oncológicos
acedam a profissionais de radioterapia mais
especializados.
O Instrumento PME é parte do projeto-
-piloto Conselho Europeu de Inovação, que
apoia inovadores, empreendedores, peque-
nas empresas e cientistas de excelência com
empresariais.
No dia 7 de novembro, a parceria
ganhou novo fôlego, com o Município
a assinar o contrato de empreitada que
marca o avanço das obras de adaptação
ao primeiro andar do edifício que foi sede
do CRIO - Centro de Recuperação Infantil
Oureense, onde ficará situada a infraes-
trutura.
A Startup Ourém pretende acompanhar
e apoiar o crescimento do tecido empresa-
rial da região, oferecendo um espaço com
boas condições a todos os empreendedores
oportunidades de financiamento e serviços
de aceleração.
Desde o lançamento do programa, a 1 de
janeiro de 2014, foram selecionadas 3.115
PME para financiamento ao abrigo da Fase
1 do Instrumento PME. Dessas empresas,
87 são portuguesas e receberam um finan-
ciamento total de 10,25 milhões de euros.
que necessitem. A infraestrutura terá a
capacidade para cerca de 30 empresas que,
para além de usufruírem do espaço cedido
pela Câmara Municipal de Ourém, pode-
rão receber apoio por parte das equipas
técnicas de apoio ao empreendedorismo
da NERSANT.
No local, ficará ainda sediado o Núcleo
NERSANT de Ourém, atualmente locali-
zado no Centro de Negócios desta cidade.
Espera-se que a Startup Ourém esteja ao
serviço do tecido empresarial oureense
em breve.
DEZEMBRO 2018 35
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Rio Maior recebeu delegação da América do Sul presente na Web Summit…

Um grupo de empreendedores da
América do Sul que estiveram em Por-
tugal para participar no Web Summit,
que decorreu de 5 a 8 de novembro, em
Lisboa, visitou a cidade de Rio Maior.
Esta foi a primeira de seis visitas
realizadas durante o evento à cidade,
e fez parte da iniciativa Lisbon Startup
Circuit, levada a cabo pela organização
da Web Summit.
A Presidente da Câmara Municipal de
Rio Maior, Isaura Morais, acolheu e deu
as boas-vindas à delegação no CNIRM
- Centro de Negócios e Inovação de Rio
Maior.

… E acolheu, com
Santarém, a Rede
Peninsular Aberta
de Inovação
Decorreu em Rio Maior, no dia 25 de
outubro, um encontro da Rede Peninsular
Aberta de Inovação. No dia seguinte o
encontro decorreu em Santarém. Esta
rede de transferência de conhecimento,
da qual o Centro de Negócios e Inovação
de Rio Maior é parceiro, visa promover
a inovação e a transferência de conhe-
cimento do mundo académico para a
sociedade e empresas.
Estiveram presentes no encontro repre- de do Algarve e do Polo Tecnológico de mizado pela primeira vez um encontro
sentantes da Universidade de Málaga, Lisboa - LISPOLIS, da Universidade de de estudantes das instituições de ensino
do Parque Tecnológico de Andalucía, Évora e ainda do Parque do Alentejo de superior, envolvidas, os quais estiveram a
da Universidade de Aveiro e do Creative Ciência e Tecnologia. desenvolver ideias inovadoras e projetos
Science Park de Aveiro, da Universida- Para além da reunião da rede, foi dina- comuns desde uma perspetiva peninsular.

Paladin é Best Sauce no Wabel Grocery Awards

Este ano duas empresas portugue-
sas foram distinguidas nos Wabel
Grocery Awards, iniciativa que visa
premiar o melhor da inovação no
design de produtos alimentares.
A Mendes Gonçalves (Paladin), da
Golegã recebeu a distinção “Best Sau-
ce”, com o Beetchup - um ketchup
vegan à base de beterraba, e a Citrus
(The Gin Box) viu a sua mistura de
especiarias ser galardoada com a dis-
tinção “Best Spice”.
Esta iniciativa foi realizada no
âmbito do “Wabel Grocery Summit”,
certame que decorreu entre 6 e 7 de
novembro, em Paris.

36 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 37
38 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Lisbon Beyond Summit 2018 duplicou número
de participantes
O IAPMEI - Instituto de Apoio à
Pequena e Média Empresa e à Inova-
ção organizou no dia 7 de novembro, o
Lisbon Beyond Summit 2018, um broke-
rage event organizado à margem da
Web Summit para dinamização de reu-
niões B2B e networking entre startups
e investidores.
Esta, que foi a segunda edição da ini-
ciativa, duplicou o número de partici-
pantes (120), metade deles portugueses
e a outra metade oriundos de outros oito
países, entre empreendedores, empre-
sários, investidores, incubadoras, enti-
dades públicas, entre outros. Quanto às
reuniões B2B, se em 2017 se realizaram
74 encontros, este ano o Lisbon Beyond
Summit sentou à mesa de negociações
os seus participantes por 117 vezes.
O Lisbon Beyond Summit, que este
ano contou com um ciclo de workshops
dinamizado pelo IAPMEI com vista à
preparação dos seus participantes tanto
para o evento, como para a Web Sum-
mit, regista cada vez mais procura por
parte dos vários atores do ecossitema
empreendedor nacional e internacional,
refletindo a sua crescente relevância
como ponto de encontro e de dinami-
zação de negócios paralelo à maior
conferência de inovação e tecnologia
da Europa.
Tech Visa chega em 2019
A medida Tech Visa, inscrita na Estratégia
Nacional para o Empreendedorismo StartUP
Portugal, arranca já no próximo dia 1 de janeiro
de 2019. O Tech Visa foi criado com o objetivo
de garantir que quadros altamente qualificados,
especialmente da área tecnológica, de fora da
União Europeia, possam aceder aos empregos
criados pelas empresas nacionais, de forma
simplificada.
Este programa dirige-se a empresas tecnoló-
gicas e inovadoras, inseridas no mercado global,
que pretendam atrair para Portugal quadros
altamente qualificados e especializados oriundos
de países não inseridos no Espaço Schengen.
O IAPMEI será responsável pela análise da
elegibilidade e do mérito das empresas can-
didatas, envolvendo várias entidades, como o
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e
a Direção-Geral dos Assuntos Consulares no
processo de atribuição de vistos de residência
para os profissionais contratados pelas empresas
certificadas. A avaliação será baseada no poten-
cial, grau de inovação tecnológica e na orienta-
ção para a internacionalização das empresas,
não podendo estas possuir mais do que 50% de
trabalhadores contratados em simultâneo ao
abrigo do Tech Visa, sendo esse limite de 80%
para empresas do interior.

Primeiro-Ministro na abertura do Web Summit 2018

“Portugal é o melhor ponto de encontro para criarmos o nosso futuro juntos”
O Primeiro-Ministro António Costa des-
tacou que “ligar pessoas de todo o mundo
está no ADN de Portugal” durante a inter-
venção na sessão de abertura da edição
de 2018 da Web Summit.
“Portugal é o melhor ponto de encontro
para criarmos o nosso futuro juntos”, refe-
riu, sublinhando o País gosta de receber
pessoas de todo o mundo, numa tendência
que começou há 600 anos e que “valoriza
a liberdade e acredita na inovação como
motor do trabalho”.
António Costa sublinhou que Portu-
gal tem sido, desde então, “um ponto de
encontro entre pessoas e culturas, um
centro de migração e um ponto de parti-
da para o comércio global”, respeitando
sempre as crenças e os valores de todos, e abrir a era do conhecimento e da infor- todo o lado e um ecossistema vibrante de
sabendo que “apenas a liberdade permite mação a todos. startups” que o País possui.
a criatividade, a inovação tecnológica e o “Portugal está muito satisfeito por vos António Costa expressou também o dese-
empreendedorismo”. receber a todos. Não apenas na Web Sum- jo de que as empresas portuguesas possam
O Primeiro-Ministro referiu que a huma- mit mas também para viver em Portugal, “encontrar novos parceiros, mais capital
nidade “enfrenta novos desafios globais trabalhar em Portugal ou investir em Por- e mais recursos humanos”. “Tenham uma
que só podem ser ultrapassados através tugal”, disse António Costa, sublinhando grande semana e façam aqui um excelente
do conhecimento e da inovação” e realçou “os grandes talentos, as universidades trabalho”. O evento realizou-se em Lisboa,
a necessidade de reduzir as desigualdades de classe mundial, a internet rápida em de 5 a 8 de novembro.

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 39

 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Inscrições abertas para o 3º Concurso de Ideias
de Negócio do projeto AgriEmpreende
Desde dia 19 de novembro que é pos-
sível submeter candidaturas para o 3º
Concurso de Ideias de Negócio do projeto
AgriEmpreende, que potencia a geração
de novas ideias de negócio, a criação
de novos produtos e a concretização de
novas empresas da fileira agroalimentar
no Ribatejo e na região Centro. A inicia-
tiva, que nas duas anteriores edições
recebeu 39 candidaturas, prevê prémios
monetários e incubação física para os
vencedores. O projeto tem como entidade
líder o Agrocluster e como copromotor
o InovCluster.
O concurso, direcionado a pessoas indi-
viduais com ideias de negócio nas temáti-
cas Novos produtos agro-industriais, Valo-
rização de subprodutos agro-industriais,
Saúde e Bem-estar e Agro-turismo, tem
como objetivos fomentar o empreende-
dorismo inovador e criativo junto dos
jovens qualificados, utilizar exemplos
de boas práticas a nível internacional,
explorar as características distintivas
das regiões, apoiar novas empresas numa
lógica de aceleração do negócio e apostar
na geração de spin-offs nos setores mais
competitivos da região.
Desenvolve-se em 3 fases: 1) Lançamen-
to da “Call” e receção de candidaturas;
2) Avaliação dos Projetos; 3) Divulgação
dos resultados.
Os prémios a atribuir pelos vencedores
dividem-se por: Pré-incubação física para
desenvolvimento do projeto em sistema
de co-working por um período de 3 meses
40 DEZEMBRO 2018
na Startup Santarém ou no Cei – Centro
de Empresas Inovadoras; Incubação física
pós início de atividade em sistema de
co-working reservado por um período
de 6 meses na Startup Santarém ou no
Cei - Centro de Empresas Inovadoras;
prémios monetários para os 3 projetos
vencedores (5000€ para o primeiro clas-
sificado, 3000€ para o segundo e 1000€
para o terceiro).
Os interessados em submeter a sua
candidatura podem fazê-lo até dia 21 de
dezembro através do portal www.agriem-
preende.pt, onde podem ser encontradas
todas as informações.
O projeto AgriEmpreende visa a criação
e dinamização de uma estrutura técni-
ca de apoio ao empreendedorismo que
potencia a geração de ideias de negócio, a
criação de novos produtos e novas empre-
sas na fileira agroalimentar, especial-
mente ao nível do empreendedorismo
qualificado e criativo.
Tem como objetivos gerais reforçar a
competitividade das PME, a promoção do
espírito empresarial (nomeadamente faci-
litando o apoio à exploração económica
de novas ideias e incentivando a criação
de novas empresas, inclusive através de
viveiros de empresas), o empreendedo-
rismo qualificado e criativo, a identifi-
cação de novas ideias de negócio a nível
internacional, a criação de metodologias
de co-criação a implementar nas infraes-
truturas de incubação e o estímulo de
novos processos de criação de negócios.
IAPMEI e IFD
assinam acordo
de financiamento
para o Portugal
Tech
O IAPMEI e a IFD - Instituição
Financeira de Desenvolvimento
assinaram dia 15 de novembro o
acordo de financiamento para a
implementação do programa de
coinvestimento Portugal Tech.
Este novo instrumento conta
com 140M€ em Capital de Risco,
disponibilizados através de uma
parceria entre a IFD, o Fundo
Europeu de Investimento (FEI) e
investidores privados, que asse-
guram pelo menos 30% do coin-
vestimento global.
O Portugal Tech tem como obje-
tivo atrair para Portugal fundos de
capital, privados e institucionais,
para investimento em empresas
de base tecnológica, entre outras,
visando também a capitalização
de fundos de Capital de Risco e o
financiamento de investimentos
de Venture Capital, em startups,
PME e midcaps, maioritariamente
sedeadas em Portugal.
Esta parceria entre a IFD e o
FEI é fruto da experiência do FEI
na seleção e acompanhamento de
fundos de capital de risco aliada
ao conhecimento da IFD do tecido
empresarial português e das suas
necessidades específicas.
www.nersant.pt
Disponível guia para quem quer “abraçar” o caminho da indústria 4.0
A NERSANT - Associação Empresarial
da Região de Santarém e o IP Santarém
- Instituto Politécnico de Santarém dis-
ponibilizam um estudo de benchmarking
onde elencam um conjunto de boas prá-
ticas internacionais para a implemen-
tação eficaz de processos no âmbito da
indústria 4.0.
A competitividade à escala global cons-
titui uma meta ambicionada pela indús-
tria, estando todos os países europeus
empenhados em garantir a moderniza-
ção do seu tecido empresarial, recorren-
do a todos os meios ao seu dispor para
reposicionar o setor industrial como
motor do crescimento e da estabilidade
social, colocando nos avanços tecnoló-
gicos dos últimos anos, que compõem
a quarta revolução industrial, todas as
expetativas e os meios para atingir esta
ambição.
A transição para um mundo digital não
é simples e são vários os percursos que
as empresas podem seguir para fazerem
parte e tomarem a dianteira da mar-
cha da indústria 4.0. Neste momento há
empresas que já conseguiram aumentar
substancialmente as formas de obtenção
de valor, a partir dos novos conceitos de
produção inteligente.
Analisando globalmente o que de
melhor se faz nestas empresas de topo,
que são, pelo seu pioneirismo e inovação,
Está aberta a convocatória para a 12ª edição
dos Prémios Empreendedor XXI!
No passado dia 30 de outubro, no primei-
ro DayOne Innovation Summit, um evento
que pretende reunir todo o ecossistema
inovador, tecnológico e empreendedor do
território, foi lançada a décima segunda
edição dos Prémios Empreendedor XXI.
Como novidade, este ano os prémios são
organizados pelo CaixaBank DayOne e são
entregues no âmbito dos DayOne Inno-
vation Summits, um novo programa em
Espanha e Portugal que pretende reunir
os principais players do território durante
o primeiro trimestre de 2019, através de
workshops, masterclasses, apresentações e
mesas redondas, em que serão explicadas
as novas tendências do setor, específicas
de cada zona, e serão apresentados casos
de sucesso.
Nesta edição, serão galardoadas as
www.nersant.pt
os líderes tecnológicos desta revolução,
consegue-se observar denominadores
comuns no seu percurso de adaptação
e transformação, que constituem, pelas
evidências de sucesso que têm vindo
a apresentar, boas práticas para todas
as empresas que queiram abraçar este
caminho, sendo sugeridas como reco-
mendações para atingir a digitalização
no contexto da indústria 4.0.
Neste alinhamento, a NERSANT e o IP
Santarém, com o objetivo de alavancar
processos de adoção e implementação
das novas tecnologias, por parte do
tecido industrial e de apoiar as PME
da região, na incorporação dos princí-
pios e fundamentos da quarta revolução
industrial, em linha com as orientações
das melhores práticas de inovação e
produtividade, assim como incentivar
o desenvolvimento de soluções tecnoló-
gicas inovadoras, realizaram um estudo
de benchmarking internacional de boas
práticas para a implementação eficaz de
princípios da indústria 4.0, por parte das
empresas da região.
O referido documento dá conta dos
principais resultados de um exercício de
benchmarking internacional que visou
a sistematização de conhecimento atua-
lizado sobre práticas na implementação
da indústria 4.0 em diferentes países -
Portugal, Alemanha, Espanha e França -
melhores empresas dos setores Agro-
Tech, TravelTech, CommerceTech,
Fin&InsurTech, ImpacTech e HealthTe-
ch, aproximando assim as empresas tec-
nológicas às diferentes áreas de negócio
da entidade. Os vencedores de cada setor
receberão 25.000 euros.
Além disso, serão entregues 19 prémios
às empresas com maior impacto na sua
área de proveniência: 17 em Espanha (um
por comunidade autónoma) e dois em Por-
tugal (zona norte-centro e Lisboa-sul e
Ilhas). Os vencedores territoriais recebem
5000 euros.
Todos os vencedores terão acesso a um
programa de acompanhamento em Silicon
Valley, organizado pela Esade, em cola-
boração com a Singularity University, ou
participarão num curso internacional de
que apresentam potencial demonstrador
e capazes de estimular as empresas para
a definição das suas opções estratégicas
em matéria de inovação tecnológica.
O objetivo do estudo é, assim, esclare-
cer, desmistificar e incentivar a indústria
da região para a inovação, alinhando
estratégias de crescimento e adapta-
ção aos novos modelos de organização
industrial, com o caminho traçado por
outros países europeus, partilhando os
constrangimentos e desafios como forma
de antecipar as decisões de investimento
associadas ao trajeto da indústria 4.0.
De referir que o estudo foi realizado
ao abrigo do projeto Get Innovation - A
Caminho da Indústria 4.0, projeto finan-
ciado no âmbito do Sistema de Apoio a
Ações Coletivas, do Programa Operacio-
nal Regional Alentejo 2020.
Os interessados em aceder ao mesmo
podem fazê-lo gratuitamente através da
área do Get Innovation, disponível no
menu “Projetos Financiados pela UE”, do
portal da NERSANT, em www.nersant.pt.
crescimento empresarial, o Ignite Fast
Track, da Universidad de Cambridge (Rei-
no Unido).
No total, a convocatória de 2018 distri-
buirá cerca de 525.000 euros em prémios, o
torna os Prémios EmpreendedorXXI numa
das iniciativas para empreendedores com
maior impacto económico em Espanha e
em Portugal. Se tens uma startup inovado-
ra, não percas a oportunidade e participa,
antes de 12 de dezembro!
DEZEMBRO 2018 41
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Lar de S. Mateus
certifica sistema
de gestão da
qualidade

Há muito que o Lar de São Mateus, situado na freguesia de

Junceira, concelho de Tomar, dá nas vistas pelos melhores
motivos. Desta vez, a entidade da economia social concretizou o
trabalho que tem vindo a desenvolver com o apoio da NERSANT
- Associação Empresarial da Região de Santarém, certificando, em
novembro, o seu sistema de gestão da qualidade.

U
“ m lar tem um funciona-
mento semelhante a uma
empresa normal e como tal
tem de ser gerida da mes-
ma forma em termos de
critérios, mas com objetivos diferentes”,
fez questão de dizer Rui Lopes, Diretor
Geral do Lar de São Mateus, em entrevista
à Revista Ribatejo Invest, justificando a
decisão de implementar na instituição
a certificação do sistema de gestão da
qualidade. E continuou: “num setor de
atividade em que os recursos financei-
ros não abundam, a certificação assume
grande importância, porque através dela
podemos fazer uma gestão mais realista,
ao mesmo tempo que incrementamos
qualidade no serviço que prestamos”.
Ao longo de todo o processo de imple-
mentação do sistema de gestão da quali-
dade, o Lar de São Mateus contou com o
apoio da NERSANT, através do seu pro-
duto Gesinov Social, Sistema Integrado de
Gestão Empresarial que tem como objeti-
vo fomentar a utilização das Tecnologias
de Informação e Comunicação na região
de Santarém, através da disponibilização
de ferramentas de gestão, de contacto com
os clientes e de suporte à qualidade e de
inserção na economia digital, baseadas na
utilização das TIC. “Apesar de já utilizar-
mos algumas ferramentas informáticas
desenvolvidas internamente, estamos a
também a utilizar o Gesinov em áreas não
cobertas pelos instrumentos já existen-
tes”. Com a utilização deste produto da
NERSANT, a Instituição está atualmente
a tratar toda a informação necessária,
“utilizando os Planos Individuais informa-
tizados” para cada um dos utentes. Dessa
informação, onde constam entre outras,
registos clínicos, registo de atividades,
registo de deslocações, entre outros, o sendo também registados todos os custos
que significa que “qualquer colaborado- inerentes á área, “o que permite controlar
ra sabe sempre toda a informação sobre no momento o custo de cada refeição bem
determinado utente”. como os seus valores nutricionais”, disse
Para além da área pessoal do utente, o Diretor Geral do Lar de São Mateus.
também a gestão de frotas e a gestão da A implementação do sistema de gestão
cozinha passou a utilizar ferramentas da qualidade – auxiliado pela ferramenta
desenvolvidas internamente, permitindo informática Gesinov – revela-se, assim,
assim a gestão racional da frota da Insti- como mais um passo da instituição rumo
tuição, alertando quanto à necessidade de à prestação de um melhor serviço ao uten-
inspeções, revisões e seguros por exemplo. te, cumprindo assim os seus objetivos
Na área da cozinha, existe agora uma estatutários de prestação de um serviço
“despensa informática”, onde são regis- de apoio social de qualidade, virado para
tadas as entradas e saídas de alimentos, a pessoa como centro da sua atividade.

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www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 43
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Todo o trabalho de preparação para a Certificação

da instituição foi desenvolvido, com a NERSANT,
desde 2016 com forte empenho por parte da dire-
ção do lar e de todos os colaboradores. Trabalho
este que culminou este verão, com a auditoria de
certificação a acontecer nos dias 30 e 31 de agosto.
Em novembro último, a instituição recebeu o
seu certificado de entidade certificada pela Nor-
ma ISO 9001:2015, tendo realizado uma cerimónia
para celebrar o acontecimento. Na mesma, foram
hasteadas as bandeiras com o símbolo da certifi-
cação e afixado o Diploma de entidade certificada.
O âmbito da certificação pela ISO 9001:2015 é de
prestação de serviços para estrutura residencial
para idosos, serviço de apoio domiciliário e centro
de dia. O âmbito da certificação pela Segurança
Social - NAQRS - NÍVEL C - é estrutura residencial
para idosos, serviço de apoio domiciliário e centro
de dia.
Para além da direção do Lar de São Mateus e
demais convidados, a NERSANT, pelo apoio prestado
ao longo de todo este processo, foi convidada de
honra. Pelo dinamismo e empreendedorismo desta
Entidade da Economia Social, a Ribatejo Invest não
lhe poderia deixar de prestar continência, da melhor
maneira que sabe: a registar o facto.

LAR DE SÃO MATEUS - JUNCEIRA

O Lar de São Mateus resulta de uma asso-
ciação de proteção e assistência a pessoas de
terceira idade fundada a 18 de novembro de
1979, por iniciativa de um grupo de homens
da freguesia de Junceira, concelho de Tomar.
Graças ao seu forte empenho, eventos, apoio
dos associados e amigos e pequenos subsídios
sociais, concretizou-se esta beneficente obra,
tão importante no auxílio dos seus conterrâ-
neos e cujo nome, São Mateus, fora inspirado
no santo padroeiro da Junceira, terra mãe
desta Instituição.
A 4 de setembro de 1985 começou a laborar
com os primeiros utentes. Um ano depois, a 6
de setembro de 1986, dá-se a inauguração ofi-
cial. Em 1988, surgia a resposta social Centro
de Dia com a inserção do primeiro casal. Mais
tarde em 1990 chega o Apoio Domiciliário.
Em maio de 2010 inauguraram-se as obras
de requalificação, fulcrais à melhoria das já
existentes condições.
O Lar de São Mateus tem à disposição do
utente suites, quartos individuais, duplos e
triplos, ginásio e sala de estar, pátio interior
coberto, cabeleireira e barbeiro, médico, enfer-
meira e animadora sociocultural permanen-
tes, fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista,
professora de Gerontomotricidade, além de
outro tipo de serviços que são contratados
pontualmente, consoante as necessidades dos
utentes e funcionários.

44 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 45
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Empreendedorismo da região no mundo:

Elisabete Reis recebe prémio no Qatar
A empresária portuguesa Elisabete Reis, fundadora e diretora-geral do projeto internacional Glam
Your Image, recebeu dia 5 de novembro, o Editor’s Choice Award - Fashion Game Changer, atribuído
na gala Grazia Style Awards, evento anual realizado no Qatar que premeia projetos e personalidades
ligados à área da moda e das marcas.

O
prémio Editor’s Choice Award GLAM YOUR IMAGE Imagem, Etiqueta e Protocolo, tendo-se
– Fashion Game Changer é O projeto Glam Your Image nasceu em expandido nos últimos anos para áreas
atribuído diretamente pela 2008 no Qatar, onde Elisabete Reis resi- correlacionadas, como a representação
diretora do projeto editorial de desde 2006, e é a partir deste país que de marcas de roupa, assessórios, makeup e
Grazia Qatar (revista men- se afirma internacionalmente. Começou outros produtos e na produção de eventos
sal e web site), sem nomeação ou votação por trabalhar as áreas da consultoria de de moda/sociais.
antecipadas.
Em declarações ao gabinete de Comuni-
cação da Glam Your Image, Bianca Brigitte
Bonomi explica o sentido do prémio Fashion
Game Changer: “Na moda sempre falamos
sobre quem muda/altera o jogo, aqueles
indivíduos ou marcas que, através de sua
criatividade, conhecimento e visão, nos
ajudam a ver a moda de novas maneiras”.
A participar na Gala Grazia Style Awar-
ds em representação de uma das marcas
de que é embaixadora, a Debaj Collection,
Elisabete Reis foi apanhada de surpresa
no momento da atribuição do prémio. Na
ocasião, agradeceu em especial à diretora
Bianca Brigitte Bonomi a decisão pessoal
de lhe atribuir o prémio e a toda a equipa
da Grazia Qatar.
“Elisabete Reis faz exatamente isso, altera
o jogo. Através dos seus workshops, pales-
tras, consultoria de imagem e sessões de
estilo, ajuda as mulheres a entenderem
melhor as cores, as silhuetas e a vestirem-
-se e a aprenderem a amar o seu corpo”,
sublinha Bianca Brigitte Bonomi.
“Reconheço que o prémio me ajudará a
aumentar o impacto do meu trabalho e da
Glam Your Image, uma vez que é um galar-
dão reconhecido em todo o mundo árabe
pelo prestígio associado à marca e ao projeto
Grazia Qatar”, sublinha Elisabete Reis.

ELISABETE REIS
Elisabete Reis é portuguesa, nasceu em
Maputo, os seus pais são naturais de Fáti-
ma e de Ourém. A sua infância e juventude
foram vividas entre Fátima, Mafra e Lisboa.
O seu percurso profissional começou em
Macau, aos 23 anos, onde viveu e conheceu
o seu marido. Casada com Miguel Heitor
é mãe de três filhos: o Diogo, o Duarte e
a Sofia.

46 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 47
 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
petMaxi renova a certificação IFS com
98,54%
A empresa petMaxi, fabricante de alimentos secos para cães e gatos, situada em Ferreira do Zêzere,
renovou a certificação IFS com 98,54%, o mais alto valor conhecido atribuído a uma fábrica de
rações para animais de companhia, a nível mundial.
A
ntes de avançarmos, con-
vém esclarecer de que tipo
de certificação é a IFS. A
certificação IFS Food -
International Feature Stan-
dards é um referencial de Qualidade e
Segurança Alimentar reconhecido mun-
dialmente para auditar fabricantes de
alimentos. Pretende, assim, certificar
a segurança e qualidade dos produtos
alimentares e processos de produção,
com a vantagem de ter reconhecimento
internacional, o que permite a criação
de uma imagem de marca no setor ali-
mentar.
De facto, foi esta certificação, que ates-
ta a qualidade alimentar dos produtos
das empresas, que a petMaxi viu renova-
da recentemente. O facto de a empresa
produzir alimentos para cães e gatos e
ter esta certificação, já é, também, notá-
vel. “Em todo o mundo existem apenas
23 fábricas de rações para cães e gatos
que possuem esta certificação exigen-
te de qualidade”, fez saber a empresa,
48 DEZEMBRO 2018
acrescentando que “é com orgulho que
informamos que após uma auditoria
internacional de três dias às nossas
instalações e produtos, obtivemos uma
classificação de 98,54% em 100%, o que
demonstra todo o nosso esforço para
que os nossos amigos de quatro patas
tenham as melhores e mais seguras
marcas do mercado”. Ainda de acordo
com a petMaxi, esta foi, até à data, a
melhor pontuação conhecida em todas
as fábricas mundiais que obtiveram esta
certificação.
“Estar certificado pela IFS Food
representa a certificação da segurança
e qualidade dos nossos produtos e pro-
cessos de produção. Demonstra o nosso
compromisso com a qualidade de todo
o processo produtivo”, referiu ainda a
empresa, visivelmente orgulhosa pela
recertificação.
Inaugurada em fevereiro de 2015, a
petMaxi está vocacionada para o fabrico
de alimentos premium e superpremium,
para animais de companhia. É um pro-
jeto pioneiro em Portugal, com tecnolo-
gia de vanguarda a nível mundial, com
capitais e sócios 100% nacionais. Com
apenas 3 anos no mercado, já exporta
para mais de 20 países e conta com 36
colaboradores. Já está também em fase
de arranque a elaboração da 2ª linha
de produção, para conseguir satisfazer
as necessidades do mercado nacional e
internacional, em contínuo crescimento.
Perto de 40% da produção atual é
destinada ao mercado externo. Com o
slogan “Feeding Happiness”, a petMaxi
tem como principal preocupação aju-
dar a garantir a saúde e bem-estar dos
animais e dos seus donos.
Detentora das marcas happyOne
MEDITERRANEUM, happyOne Pre-
mium pet Food, happyOne, Domus, Cam-
peão e Rufia, a empresa de Ferreira do
Zêzere lançou recentemente o happyOne
premium pet food, novo produto para
gato adulto esterilizado, com carne fres-
ca e para cão adulto com carne fresca,
salmão e arroz e grain free. Contêm
www.nersant.pt
 ingredientes naturais, permitindo que
o animal de estimação desfrute de uma
refeição mais saborosa e saudável.
Para além do lançamento deste novo
produto, um dos mais recentes sucessos
da empresa foi ainda o alcance, “com
apenas três anos no mercado”, do esta-
tuto PME Líder 2018, selo de reputação
de empresas criado pelo IAPMEI para
distinguir o mérito das PME nacionais
com desempenhos superiores.
1ª DOAÇÃO DE RAÇÃO PETMAXI SHOP
A petMaxi tem vindo a dinamizar um
projeto solidário, a petMaxi Shop, loja
online - www.loja.petmaxi.pt - onde os
interessados podem encontrar alimentos
para cães e gatos fabricados na empresa.
A inovação da loja é a conversão das
compras efetuadas (KG) em refeições
para doar às associações escolhidas pelos
compradores. O primeiro objetivo defini-
do pela empresa era atingir 10.000 kg de
ração vendida, sendo que em que cada
quilo convertia numa refeição a uma
www.nersant.pt
associação escolhida no ato da compra.
Atingidos os 10.000 kg vendidos, a
petMaxi distribuiu, em novembro, as
refeições pelas associações que foram
indicadas pelos compradores, nomeada-
mente: Quatro Patas e Focinhos (Anadia);
Focinhos e Bigodes (Lisboa); União Zoó-
fila (Lisboa); Pravi (Santarém), Bianca
- Associação (Sesimbra); Casa Amarela
(Setúbal); Plataforma Proanimal (Vila
Real) e Aparr (Tomar). A próxima meta,
avançou a empresa, é atingir 25.000 kgs.
Também em novembro, de 23 a 25, a
empresa marcou presença na primeira
edição do Dog Summit, que se realizou
no LX FACTORY, em Lisboa.
Promovido pelo Andromeda Group, o
Dog Summit teve como objetivo propor-
cionar a todos os amantes de cães um
fim-de-semana repleto de atividades que
abrangem quatro áreas cuidadosamente
arquitetadas para permitir ao público
espelhar-se, informar-se e desenvolver-
-se. O dia 23 foi dedicado ao setor pro-
fissional.
PETMAXI S.A. SUCEDE A MAXIPET
LDA.
A empresa por trás da pet-
Maxi, designação comercial
até então, tem sido a Maxipet.
No entanto, a empresa infor-
ma que a designação social vai
agora alterar-se, em consonân-
cia com a imagem corporativa
já utilizada.
Assim, a empresa intercede
junto de todos os que com ela
se relacionam, a atualizar a
sua designação social de Maxi-
pet Lda. para petMaxi S.A.. À
exceção do nome, informa a
empresa, toda a restante infor-
mação se mantém, incluindo
contactos e número de con-
tribuinte.
DEZEMBRO 2018 49
 INTERNACIONALIZAÇÃO

Vinhos do Tejo a bordo da TAP

A CVR Tejo - Comissão Vitivinícola
Regional do Tejo aderiu à iniciativa
“TAP Wine Experience”, convidando
os seus produtores a juntarem-se à
mesma, com o objetivo de levarem os
seus néctares para consumo a bordo
dos aviões TAP e, assim, reforçarem
a sua estratégia de promoção e inter-
nacionalização.
Desta forma, ao longo dos próximos
três meses, são onze as referências de
vinhos do Tejo que vão voar com a
TAP, em rotas selecionadas por cada
produtor. Os produtores do Tejo pre-
sentes nesta iniciativa são a Adega
do Cartaxo (Cartaxo), Herdade dos
Templários (Tomar), Pinhal da Torre
(Alpiarça), Quinta da Alorna (Almei-
rim) e Quinta da Lagoalva (Alpiarça).
A TAP pretende, com a iniciativa
“TAP Wine Experience”, o propósito
de ser o maior canal de comunicação
e experimentação de vinho português.
Uma aposta que assenta na formação
vínica dos seus tripulantes - minis-
trada e certificada pela ViniPortugal
-, que assim ficam aptos a ser embai-
xadores dos vinhos portugueses. A
TAP tem hoje quase quatro mil tri-
pulantes de cabina. Destes, 400 já
frequentaram a formação de nível
1 e, desse grupo, 58 fizeram e con-
cluíram o nível 2, recebendo agora o
diploma e o reconhecimento de Wine
Advisor. O objectivo é que todos – os
cerca de 4000 – venham a fazer a
formação, pelo menos de nível 1, e
estimular a que muitos façam a de
nível 2. A TAP proporciona aos seus
clientes uma ampla variedade e qua-
lidade de vinhos portugueses a bordo
– espumantes, brancos, rosés, tintos,
moscatéis e vinhos do Porto -, criando
uma verdadeira “Wine Experience”.
Esta é uma forma de reforçar o seu
compromisso na promoção do que
melhor se faz em Portugal.

Embaixador da Moldávia recebido em Santarém

Ricardo Gonçalves, Presidente da Câma-
ra Municipal de Santarém e Nuno Serra,
Vereador da autarquia scalabitana, recebe-
ram dia 13 de novembro, Dumitru Socolan,
Embaixador da República da Moldávia,
no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Este encontro teve como intuito identi-
ficar eventuais possibilidades de intensi-
ficação da cooperação bilateral moldavo-
-portuguesa. Neste sentido, foram convi-
dados alguns empresários do concelho
de Santarém, entre os quais a Olitrem, a
Valsabor, a Inducol/Indutan e a Fravizel
para apresentarem as suas empresas e
conhecerem as eventuais possibilidades
de negócios na Moldávia.
Para além dos empresários estiveram
também presentes o Instituto Politécnico
de Santarém, que descreveu a importân-
cia do ensino e a NERSANT - Associação
Empresarial da Região de Santarém que, com a Ucrânia e com a Roménia e a sua está numa fase de crescimento e a maior
através da exibição de dois filmes, apre- economia está muito dependente da agri- atração turística são as minas de Crico-
sentou o Ribatejo e os negócios existentes cultura, produzindo frutas, produtos hor- va cujo complexo subterrâneo de túneis
nesta região. tícolas, tabaco e vinho, sendo este último alberga a maior adega do mundo, com
A República da Moldávia faz fronteira o produto de maior exportação. O turismo mais de 120 km de armazéns de vinho.

50 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Portugal abriu 50 novos
mercados para 190
produtos agrícolas em
três anos
O Ministro da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas San-
tos, destacou que nos últimos três anos
Portugal abriu 50 novos mercados para
190 produtos agrícolas. Em Castelo Branco,
durante uma das sessões comemorativas do
Centenário do Ministério da Agricultura, o
Ministro referiu que estão ainda em nego-
ciação mais 50 mercados para 200 produtos
diferentes. Capoulas Santos sublinhou que
a agricultura está muito diferente do que
era há 100 anos e mesmo do que era antes
da integração europeia: “É um setor que O Ministro aproveitou o tema da Polí- Capoulas Santos apontou ainda o regadio
se requalificou, que se soube reestrutu- tica Agrícola Comum para afirmar que a e as floretas como outras áreas prioritárias
rar. É óbvio que tivemos apoios financeiros pequena agricultura “é um segmento muito para este Governo. “A água e o regadio são
continuados. Tivemos, depois da adesão esquecido”, considerando ser “fundamental fundamentais para os desafios que temos
europeia, políticas continuadas indepen- para a coesão social e territorial do país”, pela frente, as alterações climáticas e a
dentemente da mudança dos governos. A devendo “coexistir com a agricultura com- necessidade de aumentar o nosso autoa-
trave mestra da Política Agrícola Comum petitiva e empresarial”, só podendo subsistir bastecimento e até de promover as expor-
(PAC) manteve-se”. “se for positivamente discriminada”. tações”, disse.

Olitrem apresentou produtos em França

A Olitrem, empresa de Tremês, San-
tarém, dedicada à representação, cons-
trução e reparação de equipamento de
frio, esteve em França a apresentar os
seus produtos. A empresa participou na
Equiphotel 2018, que se realizou de 11 a
15 de novembro, em Paris.
De facto, a aposta em mercados interna-
cionais tem vindo a ser uma constante por
parte da empresa, que é já uma referência
a nível europeu, com presença em mais
de 20 países, em 3 continentes.
Sendo a EquipHotel, de Paris, um
certame de referência ao nível dos equi-
pamentos para a indústria hoteleira, e
sendo os equipamentos de frio industrial,
nomeadamente para indústria hoteleira,
restauração e bebidas um dos mercados
da empresa, a Olitrem marcou, natural-
mente, presença no certame.
De referir que esta empresa familiar
surge como continuação de uma anterior
empresa, a Marecos Lda., cuja origem
remonta ao ano de 1964, na cidade de
Luanda, fundada por Armando Marecos
Ferreira.

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www.nersant.pt DEZEMBRO 2018 51

 INTERNACIONALIZAÇÃO

Estudo para promover internacionalização das empresas do Ribatejo disponível

Deseja exportar para a Austrália?

A NERSANT - Associação Empresa-

rial da Região de Santarém, ao abrigo
do projeto financiado Exportintelligence,
realizou diversos estudos de mercado
com o objetivo de promover a interna-
cionalização das empresas da região. A
Austrália é um dos países analisados e
para o qual a associação faculta dicas
para quem pretende iniciar o processo
de exportação para este mercado.
O estudo começa por dar a conhecer o
país, a sua relação económica e comer-
cial com Portugal bem como a política
nacional de comércio internacional e
caráter fiscal do país. “A Austrália é um
país com uma economia muito dinâmica,
caracterizada por uma grande facilida-
de e segurança de fazer negócios e por
se encontrar em expansão há 23 anos
consecutivos. As exportações de bens
de Portugal para a Austrália cresceram
13,2% em 2016, face a 2015, para 122,5
milhões de euros, enquanto as impor-
tações decresceram 62,8% para 13,5
milhões de euros, o que representa um
saldo da balança comercial positivo de
109 milhões de euros. Em 2015, segundo
dados do Instituto Nacional de Estatística
(INE), havia 821 empresas portuguesas
a exportar para o território australiano,
contra 792 um ano antes. Em 2016, a
Austrália era o 41.º cliente de Portugal e o
seu 88.º fornecedor. As exportações para
a Austrália têm sucessivamente vindo a
subir, sinal de que existe aqui um mer-
cado por explorar e que pode ser muito
atrativo para as empresas portuguesas”,
começa por abordar o documento, pro-
duzido pela NERSANT, debruçando-se,
de seguida, sobre “como exportar” para
a Austrália.
A apresentação da documentação lização da Região de Forma Inteligente cedimentos (e eventuais barreiras) de
necessária, regimes aduaneiros, proibi- para a Austrália”, está disponível gratui- acesso a mercados, para facilitação do
ções e procedimentos especiais, certifica- tamente no portal www.exportribatejo. acesso das empresas da região, dando-
ções e vistorias necessárias, requisitos de com, ou mediante solicitação, junto do -lhes ferramentas de prévia análise e
embalagem e rotulagem, principais cus- Departamento de Apoio Técnico, Ino- preparação antes de se abordarem esses
tos associados às exportações e regime vação e Competitividade da NERSANT, novos mercados (disponíveis em www.
pautal da Austrália, são apenas algumas através dos contactos datic@nersant.pt. exportribatejo.com).
das informações que constam do estudo, Para além do mercado da Austrália, O presente projeto, pretende assim,
que refere que as oportunidades de negó- existem estudos para a promoção das apoiar as empresas no acesso a novos
cio - o top das importações - deste país exportações do Ribatejo para outros mer- mercados e no aumento das suas expor-
são “petróleo, veículos de passageiros a cados, tais como Canadá, Chile, Colômbia, tações através da disponibilização de
motor, petróleo refinado, equipamentos Gana, Marrocos, México, Moçambique, informação relevante e estratégica, bem
de telecomunicações, medicamentos, Polónia e Turquia. Todos estes estudos como da promoção internacional dos
computadores e componentes para auto- foram realizados ao abrigo do projeto setores e produtos da região. Trata-se de
móveis”. Exportintelligence, que tinha por obje- um projeto financiado pelo COMPETE
O estudo “Promoção da Internaciona- tivo o levantamento dos principais pro- 2020, no âmbito do SIAC.

52 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Relações entre Portugal e Angola encontram-se “no seu melhor nível”
O Primeiro-Ministro António Costa
afirmou que as relações entre Portugal
e Angola se encontram “no seu melhor
nível”, no encerramento do Fórum Econó-
mico Portugal-Angola, no Porto, no qual
esteve também presente o Presidente da
República de Angola, João Lourenço, no
seu segundo dia de visita a Portugal.
O Primeiro-Ministro referiu que as rela-
ções políticas bilaterais se encontram no
melhor nível, exemplificando com a visi-
ta de Estado do Presidente angolano e o
agendamento para o próximo ano da visita
do Presidente português, Marcelo Rebelo
de Sousa.
António Costa afirmou que há uma rela-
ção de confiança entre os dois países, que
“assenta na franqueza com que ambas as
partes assumiram as consequências das
dificuldades das graves crises económicas
que as atingiram”.
O Primeiro-Ministro afirmou também
que “o investimento hoje em Angola não se
destina apenas a investimento no grande
capital intensivo ou de grandes grupos
empresariais e financeiros. A aposta na
diversificação da economia é um convite
direto aos pequenos e médios empresários
que são imprescindíveis na diversificação
da economia angolana”.
António Costa referiu a linha de crédi-
to de 1.500 milhões de euros, destinada a
empresas que queiram investir ou ampliar
projetos em Angola, e o Programa Estra-
tégico de Cooperação, e lembrando que o
Orçamento do Estado para 2019 inclui 400
milhões de euros de garantia para recurso
aos instrumentos do Banco Africano para
o Desenvolvimento.
DESENVOLVER O AGROALIMENTAR
“Um país como Portugal que nas últimas
décadas tanto progresso fez no desenvolvi-
mento da sua indústria agroalimentar não
pode deixar de olhar para um país cujo
território é o triplo do território da França
e só tem 6% da sua área arável plenamente
aproveitada”, disse.
O Primeiro-Ministro acrescentou que
“isto é uma oportunidade enorme de
investimento para as empresas do setor
agroalimentar”, referindo que o Institu-
to Nacional de Investigação e Inovação
Agrária “em três meses colocou em fun-
cionamento efetivo o programa de forma-
ção de técnicos que podem ajudar Angola
no desenvolvimento do enorme potencial
agrícola” angolano.
www.nersant.pt
António Costa disse que o “melhor sinal
de uma relação única” entre dos dois países
é a presença no seminário de mais de 800
empresas: “Não me lembro de um semi-
nário com a dimensão destas quando em
causa estão perspetivas de investimento e
desenvolvimento da atividade comercial
num país estrangeiro”.
“É muito claro que quando se trata de
Angola é muito fácil mobilizar o interesse
e o entusiasmo dos empresários portugue-
ses”, concluiu.
PRODUZIR EM ANGOLA
O Presidente angolano exortou os empre-
sários portugueses a investirem em áreas
como a agricultura, as pescas, a indús-
tria e o turismo. João Lourenço afirmou
pretender que o relacionamento entre os
dois países “não se restrinja apenas ao
comércio”, desejando “investimentos de
médio e longo prazo em setores chaves
da economia”.
O Governo de Angola definiu o turismo,
a agricultura e a indústria como os setores
a desenvolver prioritariamente no período
2018-2022 e “Angola tem hoje uma nova
visão sobre o papel e a importância do setor
empresarial privado e do investimento
estrangeiro” na sua economia.
Referindo que os dados do seu Governo
mostram a “existência de 5 600 empre-
sas portuguesas a exportar para Angola,
metade das quais tem Angola como destino
exclusivo», o Presidente afirmou que «pre-
tendemos ver num futuro, não muito lon-
gínquo, maior investimento de empresas
portuguesas a produzir em Angola aquilo
que hoje exportam como produto acabado”.
“Se conseguirmos converter o atual fluxo
de exportações em investimento na produ-
ção de bens em Angola, transferindo parte
das capacidades que Portugal possui para
impulsionar a economia angolana, pode-
remos retirar resultados muito positivos
e obter ganhos recíprocos, abastecendo,
não só o mercado angolano, mas também
o regional”, acrescentou.
DESENVOLVER AS DUAS ECONOMIAS
“Temos consciência que o grau de evo-
lução e competência de vastos e variados
setores da sociedade portuguesa, seja no
domínio tecnológico, de gestão, de forma-
ção académica e de investigação, podem e
muito potenciar um maior envolvimento
ente as duas economias”, acrescentou.
Angola precisa “de parcerias criativas”,
que permitam “gerar mais empregos”,
“superar as enormes carências ainda exis-
tentes” e “dinamizar o progresso
social e o desenvolvimento”».
O Presidente João Lourenço referiu
como novas oportunidades o lançamento
de concursos públicos para os caminhos-
-de-ferro e para o novo aeroporto interna-
cional de Luanda.
“No setor das telecomunicações está a
decorrer o concurso público para novas
licenças de telefonia móvel para novas
operadoras e a privatização da parte da
Angola Telecom” e “estudos estão em curso
para privatização do todo ou em parte de
empresas públicas, incluindo algumas do
setor petrolífero, industrial e agrícola, da
banca e seguros”, disse.
DEZEMBRO 2018 53
 INTERNACIONALIZAÇÃO

Renova foi
uma das 13
distinguidas pelo
Prémio Bartolomeu
de Gusmão
Treze empresas e personalidades portuguesas foram distinguidas
com o novo Prémio Bartolomeu Gusmão, uma iniciativa do
Governo que pretende celebrar a capacidade inovadora dos
portugueses, nos domínios tecnológico e comercial, e sensibilizar
para o papel da Propriedade Industrial na sociedade e na
economia do país. A Renova foi uma das empresas premiadas, na
categoria de internacionalização.

N
esta que foi a edição piloto
deste prémio, a cerimónia
de distinção dos premia-
dos decorreu em Lisboa
e contou com a presença
do Primeiro- Ministro, António Costa, e
da Ministra da Justiça, Francisca Van
Dunem, que afirmou que a iniciativa
tem “o objetivo de reconhecer o mérito
de pessoas e instituições que em Portugal
se destacam no domínio da Propriedade
Industrial”.
Nesta edição foram homenageadas figu-
ras e entidades em cinco categorias - Ino-
vação Tecnológica, Inovação nas Marcas e
no Design, Internacionalização, Startups
Inovadoras e Prémio de Excelência - e
cuja aposta nos direitos de Propriedade
Industrial teve um impacto significativo
na vida quotidiana dos cidadãos.
Os homenageados foram seccionados
por um júri com reconhecida competência
no domínio da propriedade industrial,
composto por António Campinos (Presi-
dente do EPO), António Saraiva (Presiden-
te da CIP), António Fontaínhas Fernandes
(Presidente do Conselho de Reitores das
Universidades Portuguesas), Pedro Nor-
ton de Matos (Empreendedor) e Leonor
Trindade (Presidente do INPI).
Na categoria da internacionalização
- cuja finalidade é distinguir as marcas
portuguesas que, através do desenvolvi-
mento de produtos inovadores e de uma
estratégia de crescimento, revelaram
especial capacidade de expandir os seus
mercados e de obter sucesso e reconhe-
cimento internacional - veio um prémio
para o Ribatejo, para a empresa Renova,
de Torres Novas, que de resto já habituou
a região à sua excelência.
“A qualidade da Renova abriu-lhe as
portas para o mundo. O primeiro passo
surgiu com a criação da Renova España,
S.A. Seguiu-se o mercado francês e, pas-
sados alguns anos, o belga. Atualmente,
está presente em mais de 60 países. Em
2005, a fama obtida no Salão “Maison &
Object” em Paris, com o primeiro papel
higiénico preto do mundo, motivou um
alargamento da gama e, sobretudo, uma
rápida expansão da notoriedade da mar-
ca no mundo. A Renova continua hoje a
diversificar-se, apostando nas “Boutiques
Renova”, inseridas em espaços comerciais
de sucesso, seguindo o conceito “Pop Up
Store” e marcando presença em espaços
como o Museu do Louvre”. Foi esta a jus-
tificação encontrada pelo Governo para
atribuir a esta empresa do Ribatejo, o
Prémio Bartolomeu de Gusmão.
Para além da Renova, foram ainda dis-
tinguidas na área de internacionalização
outras entidades, nomeadamente “The
Navigator Company” (Setúbal), desde 2016
a nova marca herdeira do património do

54 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

Paulo Pereira da Silva, administrador da Renova, em baixo, junto à apresentadora Filomena Cautela
ex-grupo Portucel Soporcel e a Silampos
(S. João da Madeira), empresa inovadora
especializada na produção de louça em
aço inoxidável.
Na categoria de inovação tecnológica
- que premeia instituições ou personalida-
des que se destacaram na área do desen-
volvimento tecnológico, em particular no
domínio da tecnologia patenteada - foram
premiados Patrício Manuel Vieira Araújo
Soares da Silva, Professor Catedrático da
Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto e que dirige a equipa da BIAL,
a Hovione (Loures), multinacional por-
tuguesa da área farmacêutica que tem o
segundo maior portfólio internacional de
patentes, e o Laboratório Ibérico Interna-
cional de Nanotecnologia (Braga), orga-
nização intergovernamental criada para
fomentar a investigação interdisciplinar
em Nano-tecnologia e Nano-ciência.
Na categoria de inovação nas marcas
www.nersant.pt
e no Design - que homenageia empresas
portuguesas que, pela capacidade cria-
tiva que aplicaram ao desenvolvimento
das suas marcas ou design e instituíram
formas inovadoras de colocar os seus pro-
dutos ou serviços no mercado - foram
premiados a Corticeira Amorim (Mozelos,
Santa Maria da Feira), líder mundial na
produção cortiça, a Vista Alegre (Ílha-
vo), dedicada à produção de porcelana e
o CEIIA - Centro de Engenharia e Desen-
volvimento (Matosinhos).
Na categoria de start ups inovadoras
- que visa premiar novas empresas cuja
capacidade inovadora e desenvolvimento
tecnológico patenteado lhes permitiram
atingir uma rápida e consistente posição
nos respetivos mercados - foram premia-
das a Perceive 3D (Coimbra), dedicada
ao desenvolvimento de tecnologia de
imagem computorizada, para apoio em
procedimentos cirúrgicos pouco invasi-
vos, a Feedzai (Lisboa, Coimbra e Porto),
plataforma de inteligência artificial que
cria soluções de segurança informática, de
combate à fraude e à lavagem de dinheiro
e a BioPremier (Lisboa), dedicada à produ-
ção e comercialização de kits de biologia
molecular que permitem, por exemplo,
a deteção de substâncias em produtos
alimentares. Foi ainda atribuído o prémio
de mérito e excelência ao comendador Rui
Nabeiro, empresário líder no mercado
dos cafés.
De referir que, após esta primeira edi-
ção dos Prémios Bartolomeu de Gusmão, o
Governo vai lançar à sociedade a abertura
de candidaturas para o Prémio de 2020.
Serão definidas as categorias e os candi-
datos terão de submeter os seus projetos.
Em todas as edições existirá um vencedor
do Prémio de Mérito e Excelência na Pro-
priedade Industrial que surge apenas da
escolha do júri.
DEZEMBRO 2018 55
 INTERNACIONALIZAÇÃO

TrimNW: Um negócio sobre rodas

Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. É o que diz o ditado popular e que bem se aplica à
empresa de Santarém - TrimNW. Um conjunto de quatro trabalhadores da Ipetex decidiram agarrar o
negócio na área dos componentes automóveis e fundaram esta empresa, que exporta a totalidade da
sua produção.

Foi em 2015 que quatro colaboradores

da Ipetex, decidiram arriscar a sua sorte e
comprar o negócio da área automóvel desta
empresa, fundando assim a TrimNW. “A
Ipetex encerrou a atividade no final de feve-
reiro de 2015 e no início de março iniciou-
-se a atividade como TrimNW”, começou
por dizer o diretor-geral da TrimNW, Rui
Lopes, acrescentando que “a produção não
chegou a parar e em momento algum foram
colocadas em risco as entregas aos clientes”.
A revigorada empresa, nascida do espí-
rito aventureiro - empreendedor, diríamos
nós - destes quatro colegas de trabalho,
contou, por isso, com o apoio dos clientes
que a antecessora já tinha. “Tudo foi feito
com o conhecimento dos clientes, que nos
apoiaram desde a primeira hora”, revelou
Rui Lopes, que reconheceu, no entanto, que
ingressaram nesta “aventura um pouco às
escuras. Quando percebemos que a empresa
ia fechar, decidimos avançar com a proposta
de negócio”, disse.
Mas, se na altura esse investimento foi
um risco, hoje Rui Lopes tem a certeza de
que esta foi uma aposta acertada. O negócio
corre, literalmente, sobre rodas. Com a aqui-
sição destes negócios na área automóvel,
a TrimNW acumulou e absorveu mais de
quatro décadas de know-how especializado,
perpetuando uma cultura de competência
na utilização dos recursos e tecnologias,
que permitem apresentar aos seus clientes,
espalhados por todo o mundo, nas mais
exigentes aplicações, produtos e soluções
de excelência.
Mas… que produtos são estes? Tratam-se
de componentes têxteis moldados para a mobilidade, a TrimNW procura, juntamente peleiras, etc.
mobilidade auto e de não-tecidos industriais, com os seus clientes, as melhores soluções A TrimNW é ainda especializada na
para o mesmo setor. integrantes de modo a acrescentar valor produção de não-tecido industrial com a
Quanto à área de componentes para a ao nível do conforto e design, e ao mesmo tecnologia thermalbonded, material que
tempo apresentar produtos que otimizem apresenta diversas vantagens na hora da
o processo produtivo. Os seus pontos for- aplicação dos componentes nos veículos. Os
tes são a introdução de diferentes tipos de não-tecidos industriais que produzem são,
materiais de acabamento, e a capacidade assim, principalmente desenvolvidos para
técnica e tecnológica para moldar diferentes a produção de peças têxteis moldadas de
materiais. No âmbito desta área, a TrimNW insonorização, de tri-laminados para produ-
O foco da TrimNW é o mercado fornece uma variada gama de produtos, tais ção de tejadilhos, pilares, chapeleiras, etc,
como tejadilhos, pilares, revestimento de sendo uma barreira eficaz à migração dos
das pequenas e médias séries chão, tapetes, painéis laterais interiores, diversos componentes utilizados e facilitan-
de viaturas.” medalhões de porta, cavas das rodas, cha- do a desmoldagem das peças dos respetivos

56 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt

A TrimNW arrancou em
2015, imediatamente após o
fecho da Ipetex, assumindo
os compromissos para com
os clientes daquela empresa.
A empresa arrancou com 28
trabalhadores da sociedade
extinta.”
moldes. “As características técnicas, entre
as quais se destaca a resistência e alonga-
mento, são uma vantagem deste tipo de
produto, podendo ainda ser-lhe atribuído
características adicionais de retardante ao
fogo, repelência a água ou óleos, para além
de integrarem vantagens no que ao acaba-
mento e aspeto diz respeito”, fez saber Rui
Lopes, diretor-geral da empresa.
Como se pode perceber, a empresa dedica-
-se ao setor automóvel. Mas não ao setor
automóvel dito “tradicional”. “Estamos foca-
dos em nichos de mercado, nas pequenas e
médias séries. Um dos nossos clientes são
os produtores de carros para os quais não é
necessária carta de condução”, revelou Rui
Lopes, que afirmou ainda que a empresa
vende para todos os produtores, “que são
franceses e italianos”. Para além disso, a
empresa entrou, há cerca de 2 anos, noutro
nicho de mercado, os veículos de luxo, em
Inglaterra. “Estamos a falar do mercado de
pequenas quantidades, para a Aston Martin,
Bentley, London Taxi, etc.”.
O setor das máquinas agrícolas - que tem
grande potencial de crescimento graças às
recentes preocupações com as condições
de conforto e segurança do habitáculo - é a
última aposta da empresa, paralelamente à
aposta no desenvolvimento de componentes
para os novos veículos elétricos citadinos,
Dedicada à produção de
componentes automóveis
e não-tecidos industriais, a
empresa exporta a totalidade
da sua produção. O seu
principal mercado é França.”
www.nersant.pt
EUV (Electric Urban Vehicle), no âmbito do
qual tem vindo a conquistar clientes. Em
suma, concluiu Rui Lopes, “o foco da Trim-
NW é o mercado das pequenas e médias
séries de viaturas”.
O negócio desta empresa dita que a sua
produção seja absorvida, quase na sua tota-
lidade, pelos mercados internacionais. Para
além da venda direta dos componentes têx-
teis moldados aos produtores automóveis,
a empresa tem também como clientes, os
principais fornecedores de peças de inso-
norização da indústria automóvel. “O nosso
principal mercado é França, que absorve
cerca de 60% das nossas vendas. Forne-
cemos também para Espanha, Inglaterra,
Itália, Polónia, República Checa, Alema-
nha, Roménia e Turquia, sendo que esta-
mos neste momento a entrar no mercado
russo”, contou Rui Lopes à Ribatejo Invest,
acrescentando ainda que, no âmbito desta
indústria, “a empresa vende para um dos
maiores produtores de peças de insonoriza-
ção, que tem fábricas espalhadas por todo
o mundo”. “O mercado é bastante abran-
gente”, afirmou.
Focado essencialmente nos mercados
europeus, a TrimNW não está desatenta
às oportunidades deste tipo de negócio em
todo o globo. Neste sentido, a empresa está
neste momento a preparar caminho para
entrar no México - “mercado muito grande
para este tipo de produtos” - mas também
em Marrocos e na Tunísia. “Mas também
continuamos a crescer no mercado euro-
peu”, revelou.
Embora saiba que “este é um trabalho
que demora muito tempo para atingir resul-
tados”, Rui Lopes mostra-se confiante no
negócio ao referir que “o tempo de desen-
volvimento de 1 ou 2 anos para ganhar um
cliente compensa, uma vez que depois de
estar connosco, a relação profissional que se
cria torna difícil a procura de alternativas”
e atribuiu esta vantagem à particularidade
do seu negócio. “O facto de nos dedicarmos a
nichos de mercado, a volumes relativamente
baixos, - estamos a falar de volumes de 100
viaturas por semana, permite-nos ter um
processo de fabrico mais versátil, persona-
lizado e mais próximo das necessidades dos
nossos clientes”. Para continuar a alavancar
este crescimento, a empresa vai, nos próxi-
mos anos, continuar a investir na sua área
comercial, nomeadamente através da pre-
sença em feiras e certames internacionais
do setor, mas também em visitas e contactos
regulares com os mercados e clientes. O
Portugal 2020 tem sido essencial no apoio ao
processo de internacionalização da empresa,
através do financiamento da sua presença
em stands conjuntos em algumas feiras
internacionais onde já marcou presença.
TRIMNW PARTICIPOU NO MOVE PME
Assumidamente uma aventura,
a criação da TrimNW foi apoiada
pelo projeto de formação-ação para
empresários financiado pelo Portu-
gal 2020, o Move PME - Moderni-
zar, Otimizar e Valorizar Empresas.
“Todos engenheiros de formação”,
os sócios da empresa necessitaram
de algumas bases ao nível da gestão
empresarial, que foram, à data, facul-
tadas pelo projeto dinamizado pela
NERSANT - Associação Empresarial
da Região de Santarém. A empre-
sa está neste momento a integrar
nova ação de formação do Move
PME, desta vez com o objetivo de
preparar a empresa para a certifica-
ção IATF:16949, específica do ramo
automóvel.
DEZEMBRO 2018 57
 INTERNACIONALIZAÇÃO

Investimento prevê aumentar negócio nos mercados externos

Font Salem vai investir 40

milhões de euros em Santarém
O Governo aprovou em Conselho de Ministros, no dia 8 de novembro, a minuta do contrato fiscal
entre o Estado e a Font Salem Portugal S.A., que atribui um crédito de imposto, em sede de IRC, até 17%,
isenção de IMI durante 10 anos e isenção do imposto do selo, para um projeto de investimento de 40,1
milhões de euros e que prevê a criação de 51 postos de trabalho.

A Font Salem Portugal, de origem
espanhola, que detém em Santarém uma
unidade fabril de dedicada à produção de
cerveja e refrigerantes, tem em curso um
projeto de investimento, com apoios do
Portugal 2020, para inovar na diversifica-
ção e flexibilidade operacional do setor,
aumentando a sua capacidade de produção
para 2.200.000 hectolitros.
A empresa vai, assim, investir 40,1
milhões de euros na fábrica de Santarém,
incluindo na criação de uma nova linha
de produção - sétima da fábrica -, preven-
do, para o efeito, a criação de 51 postos
de trabalho.
Neste momento, o Governo já deu a sua
bênção ao projeto de investimento, tendo
decidido em Conselho de Ministros do dia 8
de novembro, atribuir um crédito de impos-
to, em sede de IRC, até 17%, isenção de IMI
durante 10 anos e isenção do Imposto do
Selo à empresa.
A Font Salem espera agora que a expan-
são da fábrica de Santarém se traduza
também no aumento da produção para
o mercado externo, onde a empresa quer
crescer acima dos 25% nos próximos anos.
América do Sul, África e Ásia são os mer-
cados identificados com maior potencial
de desenvolvimento.
A fábrica de Santarém tem uma área
total de 290.725 m2 distribuídos em dife-
rentes áreas, tais como a receção de maté-
rias-primas, sala de malte, brassagem, fer-
mentação, guarda, xaroparia, enchimento
e armazéns. De referir que a unidade de
Santarém da Font Salem produz mais de
300 referências para 70 países. Em 2017
a fábrica dedicou mais de 65% da sua pro-
dução ao mercado externo.
A EMPRESA
A Font Salem é líder espanhol em Mar-
cas de Distribuição (MDD) e co-packing
especializado, não só em diferentes tipos
de cerveja, como também numa ampla
variedade de refrigerantes com/sem gás e
água. Trabalha com todos os revendedores
de distribuição de Espanha e de Portu-
gal, bem como com diversos operadores
internacionais.
A Font Salem está inscrita em asso-
ciações como a ANFABRA (Associação
Nacional de Fabricantes de Bebidas Sem
Álcool) e APCV (Associação Portuguesa
dos Produtores de Cerveja), produzindo
anualmente mais de 700 milhões de litros.

58 DEZEMBRO 2018 www.nersant.pt