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14/08/2019 Tecnologia SCSI (Small Computer Systems Interface)

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Tecnologia SCSI (Small Computer


Systems Interface) (scsi.php)
Introdução
Os computadores são formados por componentes que são aperfeiçoados com o passar do
tempo. A busca constante por melhor desempenho contempla várias características, sendo uma
delas a velocidade de transferência de dados entre dispositivos. Em relação a este aspecto, a
interface SCSI aparece como uma das tecnologias mais conhecidas e tradicionais para tornar
mais e ciente o tráfego de dados oriundo de um disco rígido (hd.php). Neste texto, o InfoWester
apresenta as principais características da interface SCSI e explica o básico de seu funcionamento.

Links diretos:

- O que é SCSI?;
- Como o SCSI funciona?;
- SCSI-1;
- SCSI-2 (Fast SCSI);
- SCSI-3 (Ultra SCSI);
- Ultra160 SCSI, Ultra320 SCSI e Ultra640;

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14/08/2019 Tecnologia SCSI (Small Computer Systems Interface)

- SAS (Serial Attached SCSI);


- iSCSI;
- Cabos e conectores SCSI.

O que é SCSI?
Sigla para Small Computer Systems Interface, SCSI é, basicamente, uma tecnologia criada para
permitir a comunicação entre dispositivos computacionais de maneira rápida e con ável. Sua
aplicação é mais comum em HDs (discos rígidos), embora outros tipos de aparelhos tenham sido
lançados tirando proveito desta tecnologia, como impressoras, scanners e unidades de ta
(geralmente usadas para backup).

Trata-se de uma tecnologia antiga. Sua chegada ao mercado aconteceu o cialmente em 1986,
mas seu desenvolvimento foi iniciado no nal da década anterior, tendo o pesquisador Howard
Shugart, considerado o criador do oppy disk (disquete), como principal nome por trás do
projeto.

Pronunciado como "iscãzi", esta tecnologia se mostrou extremamente importante nos anos
seguintes, especialmente porque os processadores passaram a car cada vez mais rápidos. Com
o SCSI, os HDs e outros dispositivos puderam, de certa forma, acompanhar este aumento de
velocidade.

A utilização do SCSI sempre foi mais frequente em servidores e aplicações pro ssionais que, de
fato, se bene ciam de maior velocidade. No que se refere ao ambiente doméstico e aos
escritórios de modo geral, a interface IDE (https://www.infowester.com/hd.php#ide) (atualmente
mais conhecida como PATA), que surgiu quase que na mesma época, dominou o mercado por
ser menos complexa e mais barata, apesar de oferecer menos recursos.

Como o SCSI funciona?


A tecnologia SCSI tem como base um dispositivo de nome Host Adapter, também conhecido
como controladora. Em outras palavras, trata-se do item responsável por permitir a comunicação
entre um dispositivo e o computador por meio da interface SCSI. A controladora pode estar
presente na placa-mãe ou ser instalada nesta a partir de um slot livre, por exemplo.

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Além da velocidade, a tecnologia SCSI também oferece a


vantagem de permitir a conexão de vários dispositivos a
partir de um único barramento. No entanto, apenas dois
dispositivos podem se comunicar ao mesmo tempo. Esta
limitação existe porque um dispositivo precisa fazer o
papel de "iniciador" (initiator) da comunicação, enquanto o
outro assume a função de "destinatário" (target).

Assim, é possível, por exemplo, ter cincos discos rígidos


ligados ao computador por meio de uma controladora
SCSI, mas a comunicação ocorre somente com um por vez.
Para que esta comunicação seja possível, cada dispositivo
recebe uma identi cação exclusiva (SCSI ID).

A quantidade máxima de dispositivos conectados depende da versão do SCSI, assunto que será
tratado mais à frente. No que é conhecido como SCSI-1, pode-se ter até oito dispositivos
conectados, sendo um deles o Host Adapter. Versões sucessoras do SCSI suportam até 16
dispositivos conectados.

A identi cação deve ser feita seguindo os números de 0 a 7 no SCSI-1 ou de 0 a 15 em outras


versões. Esta con guração pode ser feita manualmente a partir de chaveamento ou jumpers
(pequenas peças com interior de metal). Normalmente, o Host Adapter deve receber a
numeração 7. Obviamente, se dois ou mais dispositivos receberem a mesma SCSI ID, haverá
con itos na comunicação.

Apenas para efeitos comparativos, a tecnologia IDE permite a conexão de apenas dois
dispositivos em cada barramento, sendo um identi cado como master e o outro como slave. Esta
con guração também é feita por jumpers. Neste caso, a comunicação é realizada por meio de
cabos at que possuem três conectores: um é ligado à placa-mãe e os demais aos HDs (ou a
outros dispositivos que utilizam a interface, como leitores de CD/DVD).Pode-se utilizar um
esquema semelhante no SCSI - é possível encontrar cabos SCSI que suportam até quinze
dispositivos -, tudo depende da aplicação.

Há, entretanto, uma particularidade nas conexões SCSI: estas precisam de um sistema de
"terminação", que normalmente é ativado no último dispositivo conectado ao cabo. Este
mecanismo costuma ser formado por um conjunto de resistores que tem a função de impedir

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que os sinais da transmissão retornem pelo barramento, como se fosse um efeito de "bate e
volta".

Os sinais são transmitidos, basicamente, de três formas:

- Single-Ended (SE): neste modo, o sinal é emitido pela controladora para todos os dispositivos
conectados por meio de uma única via. Como o sinal se degrada ao longo do percurso, é
recomendável que a conexão toda não tenha mais do que 6 metros. Por ser de implementação
simples, este meio de sinalização é bastante utilizado;

- High-Voltage Di erential (HVD): neste modo, o sinal é transmitido por meio de duas via,
característica que o torna mais resistente a problemas de interferência, uma vez que é possível
identi car variações a partir do cálculo de diferenças das voltagens de ambas. Aqui, os
dispositivos conectados podem receber um sinal e retransmití-lo até chegar ao destino. Com
isso, este tipo de sinalização consegue ser mais rápido e pode ser utilizado em cabos mais
longos, com até 25 metros;

- Low-Voltage Di erential (LVD): este modo é semelhante ao HVD, mas utiliza voltagens
menores. Conexões LVD devem ter cabos de até 12 metros.

Vale frisar ainda que a tecnologia SCSI pode trabalhar com os modos de transmissão assíncrono
e síncrono. O primeiro permite ao iniciador enviar um comando e aguardar uma resposta em
todas as operações. O segundo funciona de maneira semelhante, mas é capaz de enviar vários
comandos antes de receber a resposta da solicitação anterior. Esta característica pode in uenciar
na velocidade de transmissão dos dados.

Versões do SCSI
Como informado anteriormente, a tecnologia SCSI passou por revisões ao longo do tempo que
resultaram em novas versões. A seguir, as principais características de cada especi cação
lançada.

SCSI-1

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O SCSI-1, ou seja, a primeira versão do SCSI, surgiu o cialmente em 1986. A sua taxa máxima de
transferência de dados é de 5 MB/s (megabytes por segundo), considerando uma frequência
(clock) de 5 MHz com 8 bits transferidos por vez. Aqui, é possível o uso de até oito dispositivos
em uma conexão.

SCSI-2 (Fast SCSI)


O SCSI-2 (ou Fast SCSI) é uma revisão lançada em 1990 para contornar algumas das limitações do
SCSI-1. Esta especi cação incluí recursos que, na primeira versão, não eram necessariamente
obrigatórios, gerando problemas de compatibilidade. Entre eles estão um conjunto de
aproximadamente vinte instruções chamado de Common Command Set (CSS).

A segunda versão do SCSI também se caracteriza por trabalhar com frequência de até 10 MHz e 8
bits, resultando em uma taxa de transferência máxima de 10 MB/s. Aqui, também só é possível
trabalhar com até oito dispositivos no mesmo barramento.

Há uma variação implementada em 1994 chamada de Wide Fast SCSI que também trabalha com
clock de 10 MHz, mas transferindo 16 bits por vez, resultando em uma velocidade de até 20
MB/s, além de suporte para até dezesseis dispositivos.

SCSI-3 (Ultra SCSI)


O SCSI-3 passou a ser reconhecido o cialmente em 1995, mas tem a característica de ser
formado por várias especi cações. A primeira delas, chamada apenas de SCSI-3 ou de Ultra SCSI,
trabalha com 8 bits e frequência de 20 MHz, podendo transmitir também 20 MB/s. Aqui, pode-se
conectar até oito dispositivos.

Na sequência surgiu o Wide Ultra SCSI, que também possui frequência de 20 MHz, mas transfere
16 bits por vez, fazendo com que esta versão tenha velocidade de 40 MB/s e suporte a até
dezesseis dispositivos.

Há ainda o Ultra2 SCSI, que também possui taxa máxima de transferência de dados de 40 MB/s,
mas trabalha com frequência de 40 MHz e 8 bits. Muitos conhecem esta versão como SCSI-4. A
quantidade dispositivos suportada é de oito.

Em seguida, aparece o Wide Ultra2 SCSI, que trabalha com 16 bits e frequência de 40 MHz,
resultando na velocidade máxima de 80 MB/s e suporte a dezesseis dispositivos.

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Ultra160 SCSI, Ultra320 SCSI e Ultra640


As versões Ultra160 SCSI, Ultra320 SCSI e Ultra640 SCSI surgiram posteriormente. Os números
nos nomes fazem referência à taxa máxima de transmissão de dados. Apesar disso, estas
versões também fazem parte da série de revisões do SCSI-3.

O Ultra160 SCSI também trabalha com frequência de 40 MHz e 16 bits, mas realiza duas
operações de transferência por ciclo de clock em vez de uma, fazendo com que a especi cação
tenha velocidade de 160 MB/s.

O mesmo acontece com o Ultra320 SCSI, com a diferença de que esta versão possui clock de 80
MHz, resultando em uma taxa máxima de 320 MB/s. Por m, aparece o Ultra640 SCSI, que se
diferencia por ter clock de 160 MHz, permitindo transferências de até 640 MB/s.

Como estas versões trabalham com 16 bits, toda permitem até dezesseis dispositivos na mesma
conexão.

Resumo das versões do SCSI


A tabela a seguir resume as principais características das versões do SCSI:

Versão Clock Bits Dispositivos Velocidade

SCSI-1 5 MHz 8 8 5 MB/s

SCSI-2(Fast SCSI) 10 MHz 8 8 10 MB/s


Wide Fast SCSI 10 MHz 16 16 20 MB/s

SCSI-3 (Ultra SCSI) 20 MHz 8 8 20 MB/s

Wide Ultra SCSI 20 MHz 16 16 40 MB/s

Ultra2 SCSI 40 MHz 8 8 40 MB/s

Wide Ultra2 SCSI 40 MHz 16 16 80 MB/s

Ultra160 SCSI 40 MHz 16 (2x) 16 160 MB/s

Ultra320 SCSI 80 MHz 16 (2x) 16 320 MB/s

Ultra640 SCSI 160 MHz 16 (2x) 16 640 MB/s

SAS (Serial Attached SCSI)

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É válido frisar que o SCSI ainda conta com outras variações. Uma delas é a Serial Attached SCSI
(SAS), que pode atingir velocidade de até 6 Gb/s (gigabits por segundo) e suporta a conexão de
até 128 dispositivos. Isso é possível, entre outros motivos, porque esta variação utiliza um
esquema de transmissão serial de dados (nas versões mostradas anteriormente, a transmissão é
feita de maneira paralela) combinado com frequências maiores.

O SAS se destaca por considerado, até certo ponto, um "rival" do padrão SATA (serialata.php). De
fato, ambos possuem recursos semelhantes, sendo em alguns casos até possível utilizar HDs
SATA em interfaces SAS, já que é comum o uso do mesmo conector nas duas tecnologias.

O uso de SAS é quase que exclusivo em servidores e computadores mais so sticados. HDs do
tipo podem não levar vantagem em termos de capacidade em relação ao SATA, por outro lado, é
comum encontrar unidades SAS focadas em desempenho que podem trabalhar com 10.000 ou
15.000 RPM (rotações por minuto), por exemplo.

iSCSI
Como você já sabe, o padrão SCSI pode ser utilizado em conjunto com outras tecnologias. O iSCSI
(Internet SCSI) entra neste contexto: trata-se de uma especi cação que permite a ativação de
comandos do SCSI a partir de redes IP (ip.php).

Com o iSCSI é possível, por exemplo, fazer com que determinado servidor acesse um sistema de
armazenamento de dados (storage) existente na mesma rede de maneira otimizada e con ável.
Assim, não é necessário interligar as duas máquinas diretamente, basta aproveitar uma rede já
existente.

Uma vez que possuem as vantagens de simpli car estruturas e economizar recursos, soluções
baseadas em iSCSI são bastante utilizadas até nos dias de hoje.

Cabos e conectores SCSI


Uma vez que a tecnologia SATA possui várias especi cações e pode atender a diversos tipos de
dispositivos, há, como consequência, diversos tipos de conectores. A seguir, alguns deles.

- Centronics-50: um dos conectores mais populares, possui 50 vias divididas em duas leiras.
Também para conexões de 8 bits;

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Conector Centronics-50 - Imagem por Wikipedia (http://de.wikipedia.org/w/index.php?title=Datei:Scsi-

1_extern_stecker.jpg& letimestamp=20060801192649)

- HD50: possui 50 pinos divididos em duas leiras. Começou a ser utilizado a partir do SCSI-2 e
trabalha com conexões de 8 bits;

Conector macho HD50 - Imagem por Wikipedia (http://de.wikipedia.org/w/index.php?

title=Datei:Scsi_extern_hd50_hd68_stecker.jpg& letimestamp=20060801193418)

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- IDC50: possui 50 pinos divididos em duas leiras. É bastante comum em HDs, unidades de CD e
outros dispositivos que normalmente são instalados no interior do computador;

Conector IDC50 - Imagem por Wikipedia (http://de.wikipedia.org/w/index.php?

title=Datei:Scsi_intern_ld50.jpg& letimestamp=20060801192331)

- HD68: conector de 68 vias divididas em duas leiras. É bastante encontrado e pode trabalhar
com conexões de 16 bits. Sua utilização é comum com as especi cações SCSI-3.

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Conector macho HD68 - Imagem por Wikipedia (http://de.wikipedia.org/w/index.php?

title=Datei:Scsi_intern_hd68.jpg& letimestamp=20060801193038)

Finalizando
A tecnologia SCSI perdeu espaço no mercado depois da chegada do padrão SATA em relação aos
discos rígidos, além de tecnologias como USB (usb.php), FireWire ( rewire.php) e Thunderbolt
(thunderbolt.php) em relação a HDs externos, scanners, impressoras (impressoras.php) e outros.
Não é por menos: são tecnologias menos complexas, relativamente mais baratas e que atendem
às expectativas em relação às suas funcionalidades.

No entanto, é um erro acreditar que o SCSI esteja "morto", a nal, ainda é possível encontrar
utilidade para esta tecnologia em uma série de aplicações. O mencionado padrão SAS é um
exemplo. Além disso, a SCSI Trade Association (http://www.scsita.org/), associação criada em
1996 para promover a tecnologia, continua em plena atividade. Na ocasião de fechamento deste
texto, a entidade trabalhava inclusive no desenvolvimento das especi cações do SCSI Express,
um padrão que busca tirar proveito da combinação das tecnologias SCSI e PCI Express (pci-
express.php).

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