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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Capítulo – 04 – Levantamentos de carga instalada das instalações elétricas, divisão de circuitos de


iluminação, força e divisão de cargas:

04.1 – OBJETIVOS:
Cada aparelho de utilização que consuma energia elétrica como lâmpadas, de aquecimento e
eletrodomésticos em geral solicitada da rede elétrica, uma determinada potência. O objetivo da previsão
de cargas é a determinação de todos os pontos de utilização de energia (pontos de carga) que farão parte
da instalação. Ao final da previsão de cargas, estarão definidas a potencia, quantidade e a localidade de
todos os pontos de consumo de energia elétrica da instalação
instalação.

04.2 – ESTIMATIVAS PRELIMINARES


PRELIMINARES:
A estimativa preliminar consiste em um dado preliminar que poderá ser utilizado para consultas
prévias às concessionárais e também para subsidiar anteprojetos e orçamentos preliminares para definir
a viabilidade da obra. A estimativa preliminar de cargas é feita com base na utilização da instalação
residencial, comercial ou industrial ou na densidade de carga (W/m2). Abaixo apresentamos as tabela
01 e 02 que servirão como bases para futuros levantamentos preliminares. Os valores são estatísticos e
referem-see às cargas de iluminação e tomadas de uso geral não sendo inlcusas as tomadas de uso
específico como chuveiros, torneiras elétricas e aparelhos ou centrais de ar condicionados, bem como
motores de elevadores, bombas d`água etc.

Alternativamente os levantamentos
tamentos podem ser resumidos para a seguinte forma:
04.3 – PONTOS DE ILUMINAÇÃO:
A norma brasileira NBR-5410/2005 estabelece as condições mínimas que devem ser adotadas
para a quantificação, localização e determinação das potências dos pontos de iluminação e tomadas em
habitações sejam casas, apartamentos áreas comerciais.
Condições:

1. Prever pelo menos um ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por interruptor de
parede;
2. Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo 60cm do limite do boxe;
3. Para recintos com área igual ou inferior a 6m² atribuir um mínimo de 100VA;
4. Para recintos com área superior a 6m², atribuir um mínimo de 100VA para os primeiros 6m²
acrescidos de 60VA para cada 4m² interiros;
5. A NBR-5410-2005 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residências,
caberá tal definição ao projetista e cliente.

04.4 – PONTOS DE TOMADAS:


Condições para se estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso geral (TUG´s) dedicadas
à ligação de aparelhos eletrodomésticos como televisores, som , ventiladores aspiradores de pó, ferro de
passar etc.

1. Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², no mínimo uma tomada ;
2. Cômodos ou dependências com área superior a 6m², no mínimo uma tomada para cada 5m ou
fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível;
3. Cozinhas e copas, uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, independente da área;
4. Banheiros com no mínimo uma tomada junto ao lavatório, com uma distância mínimoa de 60cm
do boxe, independente da área;
5. Subsolos, varandas, garagens ou sótãos, no mínimo uma tomada independente da área.

04.5 – POTÊNCIAS MÍNIMAS:


As condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral (TUG´s):

1. Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviços e lavanderias, atribuir 600VA por tomada para as
três primeiras tomadas e 100VApara cada uma das tomadas excedentes;
2. Demais cômodos ou dependências, atribuir 100VA por tomada.

As condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso específico (TUE´s):

1. A quantidade de tomadas de uso epecífico (TUE) é estabelecida de acordo com o número de


equipamentos de utilização;.
2. Atribuir para cada TUE a potência nominal do equipamento a ser alimentado.
04.6 – POTÊNCIAS TÍPICAS DE EQUIPAMENTOS ELETRODOMÉSTICOS:
FLUXOGRAMA DE ELABROAÇÃO DE PROJETOS
04.7 – SIMBOLOGIA:
Todo projeto de instalação requer a adoção de uma simbologia que represente os diversos materiais
adotados. Existem várias normas nacionais e estrangeiras que apresentam os símbolos representativos
dos materiais elétricos utilizados em instalações correspondentes. Os símbolos mais empregados
atualmente são os da ABNT, apresentados nas tabelas baixo, no entanto a literatura de fabricantes de
equipamentos e dispositivos oriundos de outros países conserva, em geral, a simbologia de origem
(alemã, francesa, etc.)

• Tabela 01 – Conversão de diâmetros nominais dos condutores (PVC, ferro etc.)

Obs.: Para medidas mais precisas e tolerâncias consultar o catálogo do fabricante.


• Tabela 02 - Dutos e distribuição
• Tabela 03 – Quadros de distribuição:

• Tabela 04 – Interruptores.
• Tabela 05 – Luminárias:
• Tabela 06 – Tomadas:
• Tabela 07 – Motores:
• Tabela 08 – Baterias e acumuladores

04.8 – CIRCUITOS ELÉTRICOS:


O conjunto dos condutores de alimentação, com suas ramificações, constituem o circuito elétrico
terminal. O circuito terminal alimenta, portanto, diretamente os pontos de utilização, pontos de
iluminação, os equipamentos e as tomadas de corrente; partem dos quadros de distribuição designados
por quadros terminais. Um circuito de distribuição alimenta um ou mais quadros de distribuição,
partindo do quadro geral (conforme Figura abaixo). Divide-se em “alimentador principal” e
“subalimentador”, quando ha quadros intermediários.
04.9 – ESQUEMAS FUNDAMENTAIS DE LIGAÇÕES:
A seguir veremos as formas de ligações dos vários tipos de interruptores as respectivas
lâmpadas, bem como a ligação de tomadas. O condutor neutro sempre será ligado a lâmpada, e o
condutor-fase sempre será conectado ao interruptor, existindo o condutor retorno interligando o
interruptor a lâmpada. Para as tomadas, sempre irão os condutores fase e neutro.

04.9.1 – INTERRUPTOR SIMPLES E VARIAÇÕES:


04.9.2 – INTERRUPTOR PARALELO(THREE WAY) E :
• EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO>:
01) A figura abaixo, representa um projeto elétrico residencial, de acordo com os circuitos
apresentados faça o diagrama unifilar do quadro de distribuição, bem como a lista de materiais a
ser utilizados as instalações. Em qual tipo de padrão este projeto se encaixa?
02) A figura abaixo representa a planta baixa de um apartamento, com as dimensões representadas em
mm. Aplicando os conceitos de distribuição de cargas da NBR-5410/2005, realize os devidos
levantamentos de carga dos ambientes. Considerar ainda a instalação de um ar condicionado na sala com
capacidade de 24.000BTU/H, outro de 12.000BTU/H no quarto principal (suíte), e de 9.000 BTU/H em
cada quarto, um chuveiro em cada banheiro, além de uma torneira elétrica na cozinha, considerar
também na cozinha a instalação de forno elétrico. Microondas e na área de serviços uma lavadora e
secadora de roupas. Em qual classe de consumidor este projeto se encaixa?
04.10 – Grupos e Modalidades Tarifárias :

Grupos Tarifários

Para o faturamento do fornecimento/prestação de serviço de distribuição de energia elétrica, as unidades


consumidoras podem ser enquadradas em dois grupos tarifários, conforme características a seguir
descritas:
• Grupo A: Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual
ou superior 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema
subterrâneo de distribuição e optantes pelo enquadramento neste Grupo, caracterizado pela
estruturação tarifária binômia, e subdividido nos seguintes subgrupos:

a) Subgrupo A1- tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;


b) Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV;
d) Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
f) Subgrupo A5 - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV atendidas a partir de sistema
subterrâneo de distribuição e enquadradas neste Grupo em caráter opcional.

Grupo B: Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3
kV, ou, ainda, atendidas em tensão superior a 2,3 kV e faturadas neste Grupo por opção, desde que
atendidos os critérios definidos na legislação, caracterizado pela estruturação tarifária (ANEEL).

Modalidades Tarifárias

As modalidades tarifárias disponíveis às unidades consumidoras enquadradas no Grupo A são:

• Modalidade tarifária convencional;


• Modalidade tarifária horo-sazonal verde;
• Modalidade tarifária horo-sazonal azul.

Modalidade tarifária convencional: estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de


energia elétrica (kWh) e/ou de demanda de potência (kW) independentemente das horas de utilização do
dia e dos períodos do ano.

Modalidade tarifária horo-sazonal: estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de


consumo de energia elétrica e de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia(a) e
dos períodos do ano(a).

Modalidade tarifária horo-sazonal verde: é aplicada uma única tarifa de demanda (kW) e as tarifas de
consumo (kWh) variam conforme o horário do dia e o período do ano.
Modalidade tarifária horo-sazonal azul: as tarifas de demanda (kW) variam de acordo com as horas de
utilização do dia e as tarifas de consumo (kWh) variam conforme o horário do dia e o período do ano.

(a) Horário de Ponta e Horário Fora de Ponta:


Horário de Ponta (p): Período definido pela Celesc Distribuição e composto por até 3 (três) horas
diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de Carnaval, sexta-feira da
Paixão, Corpus Christi, Finados e os demais feriados definidos por lei federal, considerando as
características do seu sistema elétrico.

A Celesc Distribuição adota como Horário de Ponta o período compreendido entre 18h30 e 21h30.
Horário Fora de Ponta (fp): Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta.

(b) Período Úmido e Período Seco:


Período Úmido (U): Período de 5 (cinco) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos
abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano seguinte.
Período Seco (S): Período de 7 (sete) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos
pelas leituras de maio a novembro.

04.11 – TARIFAS :
04.12 – Condições Gerais de Fornecimento:
Sera atendida em baixa tensão a unidade consumidora com carga instalada igual ou inferior a 75kW.
Poderá ser atendida carga superior a 75kW quando a condição técnica da rede de distribuição permitir.

04.12.1. Classificação dos Tipos de Fornecimento

04.12.1.1. Tipo Monofásico a Dois Fios


Unidade consumidora com carga instalada ate 11kW.

04.12.1.2. Tipo Monofásico a Três Fios


Unidade consumidora que possua equipamento que necessite da tensao
de 440V, com carga instalada ate 35kW.

04.12.1.3. Tipo Bifásico a Três Fios


Unidade consumidora com carga instalada acima de 11 e ate 22kW ou
que possua equipamento bifasico.

04.12.1.4. Tipo Trifásico a Quatro Fios


Unidade consumidora com carga instalada acima de 22 e ate 75kW ou
que possua equipamento trifásico. Poderá ser atendida carga superior a
75kW quando a condição técnica da rede de distribuição permitir.
Nesse caso, o consumidor devera apresentar o estudo do calculo da
demanda por profissional habilitado, acompanhado da ART pertinente.
04.13 – Critérios para o dimensionamento da seção mínima do condutor fase:
A seção mínima dos condutores elétricos devem satisfazer, simultaneamente, aos três critérios
seguintes:
• Capacidade da condução de corrente, ou simplesmente ampacidade;
• Limites de queda de tensão;
• Capacidade de condução de corrente de curto-circuito por tempo limitado.

Durante a elaboração de um projeto, os condutores são inicialmente dimensionados pelos dois


primeiros critérios. Assim, quando do dimensionamento das proteções, baseado, entre outros
parâmetros, nas intensidades das correntes de falta, é necessário confrontar os valores destas e os
respectivos tempos de duração com os valores máximos admitidos pelo isolamento dos condutores
utilizados a serem consultados principalmente pela tabela de dimensionamentos do fabricante.

TABELA DE TEMPERATURAS MÁXIMAS NO CONDUTOR


TABELA PARA SIMPLES REFERENCIA DE QUEDA DE TENSÃO:

OBS> Atentar que as dimensões sofrerão modificações para casos de condutores agrupados e formas de
instalação.

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