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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECANICA – DEM

DANIEL SARMENTO DOS SANTOS

RICARDO SOARES GOMEZ

VÁLVULA DE SEGURANÇA

Campina Grande - PB

2014
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DANIEL SARMENTO DOS SANTOS

RICARDO SOARES GOMEZ

VÁLVULA DE SEGURANÇA

Trabalho apresentado à disciplina: Desenho de Máquinas


da Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica, do
Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade
Federal de Campina Grande em comprimento às
exigências da avaliação da referida disciplina.

Área de Concentração: Projetos Mecânicos

Professor: Dr. Juscelino de Farias Maribondo

Campina Grande - PB

09/09/2014
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GOMEZ, Ricardo; SARMENTO, Daniel. VÁLVULA DE SEGURANÇA. 14 f. Trabalho


referente à disciplina Desenho de Máquinas. (Graduação em Engenharia Mecânica).
Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, 2014.

RESUMO

O Objetivo deste relatório é realizar uma breve analise do dispositivo Válvula de


Segurança realizando uma revisão da literatura, enunciando os seus componentes, juntamente
com seus principais aspectos de funcionalidade e fabricação. A motivação para o
desenvolvimento do mesmo foi um trabalho proposto pelo professor da Disciplina Desenho
de Máquinas, com o intuito de fazer com que seus alunos desenvolvam um relatório técnico
sobre válvula de segurança, além de atualizar o desenho técnico da válvula de segurança que
se encontra no livro Desenhista de máquinas. Como resultado, fez-se uma abordagem técnica
de fácil entendimento além de refazer o desenho técnico de cada componente da válvula de
segurança de acordo com as novas normas da ABNT. A partir do estudo feito constatou-se
que Válvulas de Segurança são elementos importantíssimos em projetos de caldeiras, vasos de
pressão e tubulações e, por fim, conclui-se que esta experiência foi de grande proveito
atendendo todos os objetivos esperados.

Palavras-chave: Válvula de Segurança. Funcionamento. Componentes.


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GOMEZ, Ricardo; SARMENTO, Daniel. SAFETY VALVE. 14 f. Work relating to the


discipline of drawing machines. (Graduate Mechanical Engineering). Federal University of
Campina Grande, Paraíba, 2014.

ABSTRACT

The objective of this report is to conduct a brief review of the Safety Valve device
performing a literature review, outlining its components along with its main aspects of
functionality and manufacturing. The motivation for its development was one proposed by
Professor of the Department of Machine Design, in order to make their students develop a
technical report on the safety valve work, in addition to updating the technical design of the
safety valve that is the book designer of machines. As a result, he became a technical
approach easy to understand as well as redo the technical design of each component of the
safety valve according to the new rules of ABNT. From the study it was found that Safety
Valves are important elements in the design of boilers, pressure vessels and piping, and
finally, it is concluded that this experience has been of great advantage considering all
expected goals.

Keywords: Safety Valve. Operation. Components.


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SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................................3
ABSTRACT...............................................................................................................................4
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
2 REVISÃO DA LITERATURA.........................................................................................6
2.1 ELEMENTOS QUE COMPÕEM A VÁLVULA DE SEGURANÇA.............................7
2.1.1 CORPO...........................................................................................................................7
2.1.2 MOLA.............................................................................................................................7
2.1.3 PARAFUSO....................................................................................................................7
2.1.4 PORCA SEXTAVADA...................................................................................................8
2.1.5 PINO...............................................................................................................................8
2.2 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA...............................................................................8
2.3 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO...................................................................................9
2.3.1 CORPO............................................................................................................................9
2.3.2 MOLA...........................................................................................................................10
2.3.3 PARAFUSO..................................................................................................................10
2.3.4 PORCA.........................................................................................................................11
2.3.5 PINO.............................................................................................................................11
3 METODOLOGIA DE PESQUISA................................................................................12
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................12
5 CONCLUSÃO..................................................................................................................13
REFERÊNCIAS......................................................................................................................13
APÊNDICE A..........................................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

O transporte por dutos e tubulações é um tipo de transporte pelo qual o produto,


geralmente líquido ou gasoso, desloca de um determinado local para outro por meio de
tubulações. A infra-estrutura desse sistema é fixa, pode ser instalada sobre o solo, no subsolo
e submarina.
Os novos dutos operam com pressões de trabalho cada vez maiores devido ao
desenvolvimento tecnológico dos materiais e equipamentos de processo e por isso há a
necessidade de se utilizar elementos de segurança. Um elemento que é muito utilizado hoje
em dia com essa finalidade é da Válvula de Segurança, objeto de estudo deste trabalho.
No estudo desenvolvido a seguir apresenta-se um breve relatório sobre Válvulas de
Segurança, mostrando sua importância para o mundo da mecânica, além de apresentar e
descrever as funções de seus componentes.

2 REVISÃO DA LITERATURA

Entre os anos de 1905 e 1911 houve na região de New England nos Estados Unidos,
aproximadamente 1700 explosões de caldeiras e que resultou na morte de 1300 pessoas. Sem
dúvida uma das mais importantes falhas de caldeiras e que resultou em explosão e,
consequentemente, morte e ferimento de várias pessoas, ocorreu em 10/03/1905 na fábrica de
sapatos Brockton. Esta explosão resultou na morte de 58 pessoas e ferindo gravemente outras
117, acabando coma fábrica.
Hoje existem normas e padrões reconhecidos mundialmente que descrevem regras e
procedimentos quanto ao projeto, dimensionamento, inspeção, manutenção e instalação de
válvulas de segurança e/ou alívio em caldeiras e vasos de pressão nos processos industriais.
Toda válvula de segurança instalada em caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, em
processos industriais, tem como finalidade manter o sistema funcionando em perfeito estado
aliviando o excesso de pressão, devido ao aumento da pressão de operação acima de um
limite pré-estabelecido no projeto do equipamento por ela protegido.
Elas foram projetadas para atuar somente em último caso, quando, antes dela, outros
dispositivos para mostrar ou interromper o aumento de pressão, falharam, não sendo possível
ao operador tomar as ações necessárias para evitar o aumento da pressão. Caso ocorra um
bloqueio indevido do duto durante a operação que poderia submetê-lo a uma pressão interna
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acima da pressão permitida, a válvula de alívio é o dispositivo que evitará o rompimento do


duto e um possível vazamento do fluido no meio ambiente.

2.1 ELEMENTOS QUE COMPÕEM A VÁLVULA DE SEGURANÇA

2.1.1 CORPO
O corpo de uma válvula, independente do tipo, é sempre a parte inferior onde fica
situada a sede fixa (bocal), é considerado a estrutura da válvula de segurança, ou seja, aquilo
que une todos os elementos que compõe o sistema, além de suportar as pressões e
temperaturas proveniente do tubo ou vaso. Fazendo uma analogia com a edificação, são como
as vigas, as colunas de um prédio. É importante ressaltar que a união entre a válvula de
segurança e o tubo pode ser flangeada, rosqueadas e solda de topo, no nosso caso, é feito na
forma de rosca. O corpo, no nosso caso, tem um formato tronco-cone e apresenta seis furos
por onde o fluido escapa no momento em que a pressão no interior do tubo vence a pressão
imposta pela mola.

2.1.2 MOLA
Podemos definir uma mola como sendo qualquer que se deforma quando uma carga é
aplicada sobre ele e que volta ao seu estado original quando essa carga é retirada. Neste caso a
mola é feito a partir de um arame tubular confeccionado na forma de uma hélice. Molas
utilizadas em válvulas de segurança são molas de compressão que são aquelas que o passo é
maior que o diâmetro da espira. O espaçamento entre uma espira e outra é denotado de passo.
É importante que a mola seja planificada nas extremidades para que ela fique bem apoiada
para que não haja decomposição de forças (as forças atuem apenas no eixo desejado).

2.1.3 PARAFUSO
Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças,
isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar
os parafusos que as mantêm unidas. No caso da Válvula de Segurança, o Parafuso apresenta,
também, a função de pré-carga na mola. Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da
cabeça, da haste e do tipo de acionamento.
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Em geral, o parafuso é composto de duas partes: cabeça e corpo. O corpo do parafuso


pode ser cilíndrico ou cônico, totalmente ou parcialmente roscado. A cabeça pode apresentar
vários formatos; porém, há parafusos sem cabeça. Há uma enorme variedade de parafusos que
podem ser diferenciados pelo formato da cabeça, do corpo e da ponta. Essas diferenças,
determinadas pela função dos parafusos, permite classificá-los em quatro grandes grupos:
parafusos passantes, parafusos não-passantes, parafusos de pressão, parafusos prisioneiros.

2.1.4 PORCA SEXTAVADA


É uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo
roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto com um
parafuso, a porca é um acessório amplamente utilizado na união de peças. A porca está
sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vários formatos para atender a diversos
tipos de aplicação. Assim, existem porcas que servem tanto como elementos de fixação como
de transmissão. Ela é uma peça que age sobre pressão com o intuito de evitar movimentos de
um corpo A em relação a um corpo B. Se a área da porca não for grande o suficiente para
manter os corpos juntos, é necessário o uso de arruelas com o objetivo de aumentar a área.

2.1.5 PINO
O pino em uma válvula de segurança funciona como um cursor comprimindo a mola
no momento em que a pressão no interior da tubulação supera a pressão imposta pelo peso da
mola. O pino contém quatro rasgos cuja função é expelir os gases em alta pressão para fora do
sistema.

2.2 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

O principio básico de operação de uma válvula de segurança é que nenhuma força


externa é necessária, ela age automaticamente quando a pressão do processo fornece a força
requeria para abrir a válvula. Dessa forma, o funcionamento da válvula de pressão do modelo
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apresentado é baseado no equilíbrio de forças entre a pressão do processo e a pressão exercida


pela mola que atuam em sentidos contrários.

Assim que a pressão que a mola impõe ao sistema é superada pela pressão imposta
pelo fluído, o mecanismo do equipamento faz a válvula liberar a passagem do mesmo e por
conseqüência reduzir a pressão, enquanto a energia armazenada pela mola é mantida, quando
a pressão do fluído decresce até ser superada pela pressão da mola, a energia armazenada na
mola é convertida em energia cinética, movendo o dispositivo e levando o sistema novamente
ao estado inicial.

2.3 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

2.3.1 CORPO
Os corpos de válvulas são fabricados com diversos tipos de materiais com finalidade
atender as especificações conforme ASME. Os corpos normalmente são fabricados em aço
carbono, aço inox, latão, alumínio e bronze, cada uma seguindo suas características
especificadas em projeto.

No projeto aqui especificado, o material utilizado na fabricação foi o latão TM-Liga


“U” através do processo de torneamento mecânico. Processo esse, no qual uma ferramenta
chamada de tarugo fica no movimento de rotação e outra ferramenta de corte é responsável
pelo modelamento da peça. Para a construção do corpo da válvula na UFCG ( Universidade
Federal de Campina Grande) seria necessário os seguintes procedimentos:

!º. Inicia o processo pela parte externa, torneando um cilindro com o diâmetro igual ao
diâmetro externo da válvula.

2º. Inicia o processo na parte interna ajustando o torno com a conicidade desejada e torneia a
parte cuja inclinação é de 45°.

3º. Com a peça presa no torno coloca-se uma broca, com o diâmetro de 8 mm no cabeçote
móvel com comprimento de 19,5mm de profundidade.
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4º. Muda o posicionamento da peça no torno e faz um sangramento ( Corte ) no comprimento


total da válvula.

5º. Coloca-se uma broca com o diametro de 0,5” e faz um furo com a profundidade
especificada no desenho.

6º. Para fazer a rosca da parte interna, utiliza os machos de 5”/16 e 1”/2.

7º. Na confecção dos furos, precisamos implementá-los de 60 e 60 graus ao longo do eixo do


corpo visando obter eqüidistância entre eles. Com um pussão, marcam-se os locais desejados
e fazendo o uso de uma furadeira de bancada faz os furos desejados.

2.3.2 MOLA
As molas geralmente são feitas de aço temperado, que pode ser pré-endurecido antes
da formação da mola ou endurecido após a formação. Para molas helicoidais, tais como molas
de compressão, um fio longo é usado e alimenta um enrolador automático. O estoque de fio
pode ser enrolado em um torno mecânico para se fazer uma quantidade menor de molas, mas
há preocupações de segurança a serem consideradas. O fio da mola vai desenrolar
drasticamente se não for amarrado ou se o operador perder o controle do mesmo. Esse
comportamento de desenrolar pode ser extremamente perigoso especialmente se ele for um
fio de calibre pesado.

2.3.3 PARAFUSO
Neste projeto o material utilizado foi latão TM-Liga “U” seguindo os seguintes
procedimentos:

Parte externa:

I – Faz-se um torneamento deixando o diâmetro externo com dimensão adequado ao projeto;

II – No torno abre rosca correspondente com a rosca do corpo da válvula;

III – Ainda no torno faz-se a relação de avanço com deslocamento longitudinal para produzir
a parte superior do parafuso com raio especificado.

IV – Numa fresadora faz-se o rasco da parte superior do parafuso (adaptação para chave de
fenda).

Parte interna:
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I – Com uma fresadora abre-se um furo na parte inferior com profundidade e diâmetros de
acordo com o projeto.

2.3.4 PORCA
Neste projeto o material utilizado foi latão Latão D-18 liga "U" seguindo os
seguintes procedimentos:

Parte externa:

I – Com tarugo de ¾ e fazendo uso de uma fresadora ajusta o cabeçote divisor para dar os seis
cortes e avanços determinados,

II – Faz-se um furo central com diâmetro estabelecido, para posteriormente abrir rosca.

2.3.5 PINO
Nesse projeto, o material utilizado foi o latão TM-Liga “U” seguindo os seguintes
procedimentos:

Parte externa:

I - Faz um foceamento deixando o tarugo com diâmetro especificado.

II – Faz um foceamento com diâmetro e profundidade escificados.

III – Com uma relação “avanço e movimento longitudinal” faz-se um raio de dimensão
definida.

IV – Ajusta o torno em 45° e faz-se os chanfros na parte superior da peça.

V – Faz-se um sangramento no tamanho da peça.

VI – Muda o posicionamento da peça no torno e faz-se um foceamento com diâmetro e


profundidade escificados.

VII – Com ajuste de 45° no torno faz-se o segundo chanfro.

Parte interna:
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I – Posiciona a peça no torno e faz-se um furo com broca de diâmetro e profundidade


definidos.

II – Com uma fresadora faz-se os 4 rasgos laterais

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

A seguir é apresentada a Tabela 1 que mostra a metodologia de pesquisa empregada


para seleção dos melhores livros e artigos sobre o tema: Válvula de segurança.

Tabela 1 – Metodologia de pesquisa de artigos sobre o tema: Válvula de segurança.

LIVROS E
NUMERO DE ARTIGOS
SITE DE PALAVRA PÁGINAS TRABALHOS
TRABALHOS SELECIONADOS
BUSCA - CHAVE CONSULTADAS ESCOLHIDOS
ENCONTRADOS POR TÍTULO E
RESUMO

Periódicos Válvula de
46 Trabalhos Todas 1 Artigo 1 Escolhido
Capes Segurança

Google Válvula de
14.800 Trabalhos 3 Páginas 2 Artigos Nenhum
Acadêmico Segurança

Válvula de
Google 296.000 Trabalhos 3 Páginas 2 Livros 1 Escolhido
Segurança

Fonte - Autoria própria.

A tabela 1 mostra que foram aproveitados um artigo e um livro para a realização do referente
relatório.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O trabalho aqui apresentado teve por finalidade habituar o estudante de engenharia à


produção de um relatório técnico sobre uma peça mecânica já desenvolvida, no qual foi
apresentado além da parte escrita, o desenho das vistas explodida e ortográficas da referida
peça, vale ressaltar que todo o trabalho segue as normas e exigências da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), o que possibilita ao estudante elaborar um trabalho acadêmico
que simula de maneira bastante real o que este encontrará no mercado de trabalho.

5 CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho procurou-se desenvolver um relatório sobre Válvulas de


Segurança, para tanto foi estabelecido uma metodologia à ser seguida onde foi feita uma
revisão da literatura, identificando os elementos que compõe o sistema estudado,
descrevendo-os e mostrando que Válvulas de Segurança são elementos importantíssimos em
projetos de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Conclui-se, portanto, que esta
experiência foi de grande proveito atendendo todos os objetivos esperados, já que foi uma
excelente oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula das
disciplinas de desenho de máquinas, desenho técnico, materiais de construção mecânica.

REFERÊNCIAS

CARNEIRO, Leonardo Motta; AZEVEDO, Luis Fernando A.. Estudo do comportamento


dinâmico de válvula de mola para alívio de pressão em dutos. Rio de Janeiro, 2011. 177p.
Dissertação de Mestrado - Departamento de Engenharia Mecânica, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.

MATHIAS, Artur Cardozo. Válvulas: Industriais, Segurança e Controle, Artliber Editora –


2008 – 1ª edição – 464 páginas.

PROENZA, Francisco. Desenhista de máquinas. São Paulo. Editora F. Proenza – 1991 – 46ª
edição.
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APÊNDICE A

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