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O que é solo?
Corpo tridimensional formado por processos físicos, químicos e biológicos e agentes como
clima, fatores topográficos e comunidade biótica.
Camada viva que recobre a superfície da terra, em permanente evolução.
Material de origem: rocha matriz subjacente, embora possa ser constituído por partículas
provenientes de outras regiões, transportadas pela água, vento ou gelo.
É acima do solo que vivemos!
Composição do solo
Matéria Orgânica
Folhas, frutos, galhos e ramos, restos de
animais, excrementos e outros.
Água
Proveniente de precipitações,
degelo de neve e geleiras.
Elementos Minerais
Degradação de rochas desagregadas
localmente ou em locais distantes e
trazidas pela agua e/ou ar).
Ar
Proveniente da atmosfera e dos
gases da biodegradação de matéria
orgânica.
Funções do solo
O solo tem como funções sustentar o crescimento das plantas, determinar o destino da água na
superfície da terra (escoamento, infiltração, lagos, aquíferos etc.), reciclar nutrientes
(reincorporação e conversão em matéria orgânica ou húmus de plantas e animais mortos) e ser
o hábitat de inúmeros organismos (um punhado de solo pode conter bilhões de organismos
vivos e mortos), e proporcionam a fundação, a base para estradas, aeroportos, casas e edifícios.
Formação do solo
Os solos são formados pela decomposição da rocha. Como existem diferentes tipos de rochas
na crosta terrestre, também existem diferentes tipos de solos.
Obs.: A formação do solo é um processo extremamente lento. Cada centímetro de solo demora
de 100 a 400 anos! Os solos agricultáveis demoram de 3.000 a 12.000 anos para tornarem-se
produtivos.
Contaminação do solo
A contaminação do solo ocorre através de agentes químicos, lixos e resíduos industriais,
provenientes da ação humana. A contaminação pelo lixo é um dos principais problemas
mundiais e uma das maiores preocupações ambientais. Interfere no ambiente como um todo
(solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação).
Fontes de poluição:
• Substâncias químicas (fertilizantes, pesticidas etc.)
• Resíduos domésticos,
• Resíduos industriais,
• Resíduos hospitalares, etc.
Descarte
76 milhões de brasileiros, mais de 1/3 da população, ainda sofrem com a destinação
inadequada dos resíduos. A geração de resíduos sólidos no Brasil cresceu mais de 26% na
década de 2005-2015, e a gestão dos materiais descartados continua apresentando grande
deficiência.
30 milhões de toneladas foram depositadas em lixões ou aterros controlados, que do ponto de
vista técnico apresentam os mesmos problemas dos lixões, já que não contemplam o conjunto
de medidas necessárias para proteção do meio ambiente contra danos e degradações.
Lixo
Lixo pode ser visto como uma invenção humana, pois em processos naturais não há lixo.
Substâncias produzidas pelos seres vivos que são inúteis ou prejudiciais, tais como fezes, urina,
restos de organismos mortos são reciclados pelos decompositores da própria natureza.
Produtos resultantes de processos geológicos como a erosão e erupções vulcânicas podem
numa escala geológica de tempo, transformar-se em rochas sedimentares e comporem a
evolução do planeta.
Embora o termo lixo se aplique aos resíduos sólidos em geral, muito do que se considera lixo
pode e deve ser reutilizado ou reciclado, desde que adequadamente manipulados e tratados.
A reciclagem gera emprego e renda e diminui a pressão na demanda de matérias-primas e
energia, além de contribuir para o aumento da vida útil dos aterros sanitários.
Entretanto, há certos resíduos, felizmente poucos, que não podem ser reciclados, como resíduo
hospitalar e nuclear.
Nomenclatura
• ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
• ISWA - International Solid Waste Association.
• Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
• Resíduos de Construção e Demolição (RCD).
• Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).
Classe II B – Inertes
São quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa e submetidos a
contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade da água, excetuando-se aspectos de cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo
G da NBR 10.004/04.
Ex. materiais de construção civil (tijolo, pedra etc.)
Resíduos Especiais
Resíduos Orgânicos
O resíduo orgânico tem uma importância especial. De origem animal ou vegetal constitui-se do
resíduo doméstico, restos de alimentos, folhas, papel, sementes, restos de carne e ossos etc.
Quando disposto inadequadamente, pode tornar-se altamente poluente do solo, das águas e
do ar. Sua disposição inadequada cria um ambiente propício ao desenvolvimento de
organismos patogênicos. Entretanto, se tratado adequadamente, pode ser objeto de
compostagem para a fabricação de adubos ou utilizado para a produção de combustíveis
renováveis como biogás (biodigestor).
Resíduo Industrial
Resíduo industrial é gerado pela indústria, podendo ser altamente prejudicial ao meio ambiente
e à saúde humana. De um modo geral de responsabilidade da própria indústria.
Resíduo de Construção e Demolição
Resíduos de construção e demolição (RCD), são resíduos provenientes de obras civis,
construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação e demolição ou derrocada de
edificações, assim como o solo e lama de escavações.
Resíduo Hospitalar
Resíduo hospitalar é o resíduo perigoso produzido dentro de hospitais, como seringas usadas,
aventais etc.
Por conter agentes causadores de doenças, este tipo de resíduo é separado do restante dos
resíduos produzidos em hospitais (restos de comida etc.), e é geralmente incinerado.
Certos materiais hospitalares, como aventais que estiveram em contato com raios
eletromagnéticos de alta energia como raios X, são classificados como resíduos nucleares, e
recebem tratamento diferente.
Resíduo Portuários, Aeroportuários e de Outras Áreas Alfandegárias
Resíduos portuários, aeroportuários e de outras áreas alfandegárias provenientes de outros
países podem ser classificados como perigosos, pois são possíveis agentes contaminantes e
vetores de doenças endêmicas.
São incinerados com os mesmos cuidados utilizados na eliminação de resíduo hospitalar.
Resíduo nuclear
Resíduo nuclear é composto por produtos radioativos, como restos de combustível nuclear,
produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade (aventais, papéis etc.), enfim,
qualquer material que teve exposição prolongada à radioatividade ou que possui algum grau de
radioatividade.
Esses materiais continuam a emitir radioatividade por muito tempo, e precisam ser totalmente
confinados e isolados.
O resíduo nuclear é classificado em três tipos: os de alta, média e baixa radioatividade. De uma
gradação a outra, a radiação aumenta mil vezes. Os rejeitos de nível baixo e médio são
guardados em depósitos provisórios ou permanentes.
No Brasil, há depósitos provisórios em centros de pesquisa nuclear no Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais – o único depósito permanente fica em Goiás. O grande problema está mesmo
no lixo de alta radioatividade, como restos do combustível nuclear que move as usinas. Essas
FATEC SJC – Meio Ambiente e Saúde - PEA 12
pastilhas utilizadas de urânio vão sendo empilhadas em uma piscina de resfriamento ao lado do
reator onde são usadas.
A piscina da usina de Angra II, por exemplo, tem capacidade para armazenar lixo por mais de 40
anos, o mesmo tempo de vida útil do reator.
1. Reutilização
O aumento acelerado da população do planeta aliado ao consumo exagerado de produtos e ao
gerenciamento incorreto de resíduos tem contribuído para um grave problema ambiental: a
contínua produção de resíduos sólidos (lixo).
A Reutilização é uma forma de destinação de resíduos e é um dos caminhos que contribui para
minimização desse problema. Reutilização é a prática de usar um recurso repetidas vezes na
mesma forma (ex. garrafa retornável).
Reutilizar um produto significa aplicá-lo novamente na mesma função ou em outras
possibilidades de uso. Na reutilização, diferente do que ocorre na reciclagem, o material não é
reprocessado e transformado em um novo item, mas pode ser incorporado na criação de novos
produtos.
Dicas:
• Seja solidário: doe roupas, sapatos e aparelhos que não usa mais. Eles podem ser úteis para
outras pessoas.
• Conserte os eletroeletrônicos sempre que possível para evitar comprar novos e gerar mais
lixo.
• Procure comprar produtos que permitam a reutilização das embalagens com refil.
• Dê preferência a produtos fabricados com materiais reciclados. Desta maneira, você estará
reduzindo o uso da matéria-prima, gastando menos energia e ajudando o planeta.
• Guarde o lixo com você até encontrar um local adequado caso esteja na rua.
• Separe o lixo e mande-o para a reciclagem. Assim, você estará gerando emprego para
catadores e dando oportunidade a reciclagem de materiais.
• Utilize talheres, copos e pratos de louça. Os descartáveis geram lixo e demoram a se
decompor.
• Tenha em casa uma pequena composteira com restos orgânicos como cascas de frutas,
legumes e folhas. Ela produz adubo natural para o seu jardim e de seus vizinhos.
3. Aterros
É a tecnologia mais utilizada para disposição de resíduos sólidos no Brasil. Temos três tipos de
aterros em uso:
3.1. Aterro Lixão
É um espaço onde simplesmente se lançam os resíduos sólidos sem nenhum tratamento e sem
o preparo do terreno. Não possui sistema de tratamento de efluentes líquidos (chorume -
líquido preto que escorre do lixo), que penetra no solo, levando substâncias contaminantes
para o lençol freático.
Moscas, pássaros e ratos são atraídos pelo lixo livremente disposto a céu aberto, e pior ainda,
crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender.
No lixão o lixo fica exposto ao tempo, produzindo consequências ambientais e sociais negativas.
4. Incineração
Incineração consiste na queima dos resíduos a altas temperaturas em incineradores.
Tem um alto custo.
Princípio da PNRS
O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de
valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.
Mudança Conceitual
Resíduos Sólidos: Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades
humanas em sociedade (...) que possa ser reutilizado e/ou reciclado, e tenha valor econômico.
Rejeitos: Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada (...)
Panorama brasileiro
A destinação correta do resíduo está longe de ser a realidade da maioria dos municípios
brasileiros. De acordo com o IBGE, apenas 27% das cidades descartam seus resíduos em aterros
sanitários. (IBGE nov/2015)
Para atendimento da PNRS, os municípios brasileiros estão se organizando e compartilhando
aterros sanitários. Cidades de uma determinada região se associam para compartilharem um
único aterro sanitário, minimizando custos de instalação e manutenção, impactos ambientais e
racionalizando ações.
Panorama Paulista
Resíduos gerados: 55.742 ton/dia
Resíduos coletados: 54.650 ton/dia (1,4 kg/hab/dia)