Aluno: Douglas aparecido Reis – 1º ano – Antropologia Cultural
Professor: José Adilçon Campigoto
RESUMO REFERENTE AO SEMINARIO
Anexo 1 – Uma Experiência Absurda
Quando Kroeber fala em linguagem está implícita a possibilidade de estender
o seu raciocínio para toda a cultura. Muitos anos depois de Kroeber, Clifford Geertz demonstraram não ser possível, à luz do conhecimento atual, ou seja, esperar algum resultado de uma terceira experiência: ... isso sugere não existir o que chamamos de natureza humana independente da cultura. Os homens sem cultura não seriam os selvagens inteligentes de Lord of the Flies, de Golding, atirados à sabedoria cruel dos seus instintos animais, nem seriam eles os bons selvagens do primitivismo iluminista, ou até mesmo, como a antropologia insinua, os macacos intrinsecamente talentosos que, por algum motivo, deixaram de se encontrar. Eles seriam monstruosidades incontroláveis, com muito poucos instintos úteis, menos sentimentos reconhecíveis e nenhum intelecto: verdadeiros casos psiquiátricos. Como nosso sistema nervoso central — e principalmente a maldição e glória que o coroam, o neocórtex — cresceu, em sua maior parte, em interação com a cultura, ele é incapaz de dirigir nosso comportamento ou organizar nossa experiência sem a orientação fornecida por sistemas de símbolos significantes. As culturas são responsáveis pelo o homem ser capaz de transpassar os anos, sem a necessidade de modificarem-se somaticamente para resistirem às mudanças ecológicas. E por mais diversas que possam ser, todas obedecem às regras elementares e genéricas, que podem ser estudadas com seriedade e cientificidade, para que se possa compreender a maior característica do ser humano, numa tentativa de se conviver pacifica e harmoniosamente. O antropólogo americano Kroeber complementa esta definição, afirmando que cada cultura é o meio de adaptação do homem em relação aos diversos ambientes ecológicos, de modo que não é o aparato biológico que determina a cultura; ao contrário, a adaptação é que exige mudanças em seu “equipamento superorgânico”. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: LARAIA, Roque de Barros (coord.). CULTURA Um conceito antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. 113 p.
KROEBER, Alfred. O superorgânico. In: PIERSON, Donald (org.). Estudos de
organização social. São Paulo/SP: Livraria Martins Editora, 1950. v. 83.