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INFORMAÇÕES ADICIONAIS
OLOJÓ
Olójó, contração de ol (senhor) e ójó (dia, tempo), é o Senhor do Dia, o Senhor do Tempo. Partilha este nome com
Ogum e, como ele, favorece os seres humanos no plano das ações. Olójó é o orixá do tempo e das mudanças de
ciclo: por isso mesmo, encontra-se relacionado a Orì, o orixá do destino. É evocado para permitir que rituais sejam
realizados e para converter uma época adversa em uma época promissora: pode ser evocado, enfim, quando se
deseja que as ações realizadas em um dia sejam bem-sucedidas. Enquanto algumas questões envolvem
sobrevivência, as conquistas são pressupostas da maturidade e ninguém vence na vida por acaso: o culto a Olójó
permite manter oportunidades, colocar graça nos feitos do indivíduo e prolongar os ciclos positivos de sua trajetória
existencial.
ELEDÁ
(O Senhor da Criação) é um dos três elementos constituintes da alma humana, conhecido como o “Guardião
Ancestral” segundo a tradição iorubá, junto com o emi e o ojiji; reverenciado no ritual do Ebori, Bori, Ori (Yoruba).
ORÌ
Ori, a essência real do ser, é uma divindade pessoal que guia e ajuda toda pessoa antes do nascimento, durante a
vida e após a morte. O sentido literal de orí é cabeça física, e esta é o símbolo de orí inú, a cabeça interior,
responsável pela constituição do ser e sua trajetória existencial: quando o orí inú está bem, todo o ser do homem
está em boas condições.
O ori, entidade parcialmente independente, considerada uma divindade por si própria, é cultuado entre outras
divindades, recebendo oferendas e orações, como o famoso ritual de borí, que significa dar de comer ao ori.
Enquanto divindade pessoal, ori é o mais interessado de todos os orixás no que diz respeito ao bem-estar de seu
devoto: pode-se dizer que é a mais importante das divindades dado que, seja qual for o empenho das outros em
favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá sempre do que for sancionado por Ori. Se o ori
de um homem não simpatiza com sua causa, nada poderá ser feito por outra divindade. Assim, o que ori não
sanciona não pode ser concedido nem por Olodumare, nem pelos orixás.
Todos nós nascemos com um destino para realizar, o que não significa sermos meros joguetes nas mãos de forças
inteiramente deterministas. O homem tem o poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria existência
e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da busca de ampliação da consciência e dos
conhecimentos e através do desenvolvimento disciplinado da Vontade.
Certamente os esforços pessoais são mais efetivos se desenvolvidos por um olórí rere (sortudo, abençoado,
bendito). Mas, para um olórí bùrúkù. (azarado, condenado à vida, amaldiçoado), a exigência de esforços é bem mais
pesada. Portador de um destino adverso, muito esforço deverá despender em suas realizações. Orí inú (cabeça
interna) e Eleda (destino pessoal) inter-relacionam-se, pois, intimamente.
Os seres humanos são constituídos dos seguintes princípios vitais: ará (o corpo físico); òjìji (representação visível da
essência espiritual que acompanha o homem durante a vida, morrendo junto com ará, embora não sendo enterrado
com ele); okàn (coração, relacionado ao sangue e sede da inteligência e do pensamento intuitivo, a alma e a fonte de
toda ação); Ämí (princípio ou sopro vital, relacionado à respiração, mas não se reduzindo a ela, pois se diz por
ocasião da morte que èmí foi embora; significa também espírito ou ser). Um dos nomes de Elédùnmarè (o Ser
Supremo ou Deus) é Orísé (Fonte da qual originam-se os seres), o que mostra sua ligação profunda com cada
criatura existente. Todo ori, embora criado bom, acha-se sujeito a mudanças. Feiticeiros, bruxas, homens maus e a
própria conduta podem transformar negativamente um ori, sendo sinal dessa transformação uma cadeia interminável
de infelicidades na vida de um homem a despeito de seus esforços para melhorar.
Podemos perguntar: como saber se a escolha do próprio ori foi boa ou má? Pode um homem conhecer as
potencialidades da própria cabeça ou da cabeça de outrem? Encontramos a seguinte resposta: o jogo divinatório de
Ifá possibilita que a pessoa tome conhecimento dos desígnios do próprio ori, saiba a respeito do orixá ou ancestral
que deve ser cultuado e conheça seus èwò (proibições quanto ao consumo de alimentos, uso de cores e condutas
morais).
Como se crê que o ori dos pais traz boa fortuna aos filhos, é comum a recomendação do oráculo no sentido de que
sejam feitas ofertas sacrificiais ao ori dos pais e estes, ao orarem pelos filhos, apelam ao próprio ori: Orí mi á sìn ó lo
(Possa meu ori ir com você ou Possa meu ori guiá-lo e abençoá-lo). Analogamente, o ori de uma pessoa tem
condições de proteger, ajudar ou, ainda, prejudicar outras pessoas.
EXPRESSÕES E SAUDAÇÕES
Em todas as línguas do mundo, há expressões apropriadas para que as pessoas possam cumprimentar-se umas às
outras nas mais diversas situações do cotidiano. Essas expressões, geralmente, são um conjunto de frases curtas
que servem para assegurar a boa convivência entre as pessoas de um mesmo grupo ou entre indivíduos de grupos
diferentes.