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MATERIAL DE APOIO

EXAME DE ORDEM

Curso: Extensivo Finais de Semana| Disciplina: Direito Penal


Aula: 01|Data: 28/07/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

EMENTA

1. INTRODUÇÃO
1.1. TEORIA DO CRIME
1.2. TEORIA DO FATO TÍPICO
2. TEORIA DA CONDUTA
2.1. CONCEITO
2.2. EXCLUSÃO DA CONDUTA
2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO A CONDUTA
2.3.1. COMISSIVO
2.3.2. OMISSIVO
3. TEORIA DOS CRIMES OMISSIVOS
4. TEORIA DO RESULTADO
4.1. RESULTADP JURÍDICO
4.2. RESULTADO NATURALÍSTICO
5. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO
5.1. CRIME MATERIAL
5.2. CRIME FORMAL
5.3. CRIME DE MERA CONDUTA
6. NEXO DE CAUSALIDADE
6.1. CONCEITO
6.2. REQUISITOS

1. INTRODUÇÃO
1.1. TEORIA DO CRIME

No Brasil prevalece um conceito analítico tripartido de crime, são eles, fato típico, antijurídico e culpável.

1.2. TEORIA DO FATO TÍPICO

O fato típico tem duas estruturas essenciais. São chamadas essenciais, pois estão presentes em todos os fatos
típicos. São elas:

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 CONDUTA
 TIPICIDADE

 Temos ainda, duas estruturas acidentais:

 NEXO DE CAUSALIDADE
 RESULTADO

São chamadas de acidentais, pois estão presentes apenas nos crimes MATERIAIS.

2. TEORIA DA CONDUTA
2.1. CONCEITO
É o movimento corpóreo humano, positivo ou negativo, consciente ou voluntário, dirigido a uma
finalidade.

2.2. EXCLUSÃO DA CONDUTA

 FORÇA FÍSICA IRRESISTÍVEL: É aquela que se impõe diretamente sobre o corpo do sujeito
determinando-o a um movimento positivo ou negativo;

 MOVIMENTO INCONSCIENTE: É o ato reflexo, como os espasmos ou movimentos durante o sono.

2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO A CONDUTA


O crime pode ser comissivo ou omissivo.

2.3.1 COMISSIVOS: A conduta é positiva. O sujeito faz o que é proibido. Viola a norma positivista.

2.3.2 OMISSIVOS: A conduta é negativa. O sujeito não faz o que deveria fazer, violando uma norma
mandamental.

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3. TEORIA DOS CRIMES OMISSIVOS

OMISSIVOS PRÓPRIOS, PUROS OMISSIVOS IMPRÓPRIOS, IMPUROS

COMISSÃO POR OMISSÃO

1. Dever jurídico de agir 1. Dever jurídico de agir para impedir o


resultado
2. Não há resultado naturalístico no tipo 2. O resultado é relevante o tipo. Está previsto
no tipo
3. O dever de agir é geral/coletivo 3. Dever de GARANTE (hipóteses previstas no
art. 13 §2º, CP)

a. Dever legal: Aquele a quem a Lei impõe o


dever de guardar proteção ou vigilância.

b. Dever Contratual: Aquele que de


qualquer forma assume a
responsabilidade de impedir o resultado.

c. Dever de Ingerência: Aquele que com a


conduta anterior provoca o risco de geral
o resultado.

OBSERVAÇÕES FINAIS:

 No crime omissivo impróprio, o dever é de agir para evitar o resultado, mas não há obrigação de êxito.

 Para que a omissão tenha relevância penal, é necessária capacidade física de ação/possibilidade pessoal
de ação.

 Os crimes omissivos impróprios são crimes previstos a princípio como comissivos e só serão punidos por
omissão excepcionalmente, quando presente o dever de garante.

4. TEORIA DO RESULTADO
O resultado pode ser jurídico ou naturalístico.

4.1. RESULTADO JURÍDICO


É a afronta à norma jurídica. Todo crime tem resulto jurídico.

4.2. RESULTADO NATURALÍSTICO


É a alteração do mundo exterior gerada pela conduta e diversa da conduta.

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5. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO

5.1. CRIME MATERIAL: É aquele que o tipo faz a previsão do resultado, sendo necessário para a
consumação.

5.2. CRIME FORMAL: É aquele que o tipo faz a previsão do resultado, sendo necessário para a
consumação.

5.3. CRIME DE MERA CONDUTA: É aquele que NÃO faz previsão de resultado.

6. NEXO DE CAUSALIDADE

6.1. CONCEITO
É a relação lógica, física de causa e efeito entre a conduta e o resultado.

 No Brasil, nos termos do art.13 foi adotada a teoria da equivalência dos antecedentes: Causa é tudo que
contribui para gerar o resultado.
 A mesma teoria define causa como a condição sem a qual não teria ocorrido o resultado nas mesmas
circunstâncias (conditio sine qua non).

OBSERVAÇÃO: Há, no entanto, uma situação excepcional capaz de romper por força da Lei (art.13,§1, CP) o nexo
de causalidade entre a conduta e o resultado. Rompido o nexo, o autor não responderá pelo resultado, mas
apenas por sua conduta.

SITUAÇÃO EXCEPCIONAL: É a causa superveniente relativamente independente.

6.2. REQUISITOS

 Causa que surge após a conduta.

 Não costuma acontecer (é imprevisível).

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