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Introdução
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quase afundou. 10
Como procurei demonstrar em Missão Peregrina (Mission on the Way),
quando a Igreja e a Missão se confundem e fundem, e quando a missio
Dei representa todas as atividades que a igreja queira levar implementar
no mundo – então a máxima de Stephen Neil parece provada: “Quando
tudo é missão, nada é missão”.11 Com o tempo, no contexto do Conselho
Mundial de Igrejas, o termo passou a se referir a uma mudança na
seqüência, com relação ao conceito da missão. A perspectiva clássica
começa com Deus, o qual trabalha primeiramente através da igreja para
alcançar e transformar o mundo (Deus-Igreja-Mundo). Mas o profundo
pessimismo de J.C.Hoekendijk o motivou a sugerir em A igreja do
Avesso (The Church Inside Out) (1966) que uma nova seqüência se fazia
necessária, uma ordem que se tornou uma parte essencial da compreensão
da missio Dei por parte do CMI após sua Quarta Assembléia em Upsala
em 1968. Depois de 1968, seguindo o caminho aberto por Hoekendijk,
missio Dei era usada em círculos do Conselho Mundial de Igrejas para
O conceito de mis- enfatizar que Deus trabalhava no mundo e o melhor que a igreja poderia
sio Dei , articulado fazer era juntar-se ao movimento do que Deus estava fazendo no mundo
pela primeira vez (Deus-mundo-igreja). Essa mudança no encadeamento teve um efeito
por Karl Barth, foi profundo e de longo alcance na teologia da missão produzida por
associado com uma pessoas associadas com o Conselho Mundial de Igrejas. Tomando em
visão trinitariana consideração os três exemplos resumidos acima, creio que missiólogos
de missão na con- evangélicos devem ser muito claros ao expressar o que crêem – e o que
ferência do CMI não crêem – ao usar tais termos.
em Willingen, 1952.
Creio que ninguém estava contente com a dicotomia que eu resumi acima.
As décadas de 70 e 80 foram testemunhas de muitas tentativas de reduzir
a fissura entre a ação social e o evangelismo verbal. O Movimento de
Lausanne trouxe à luz uma série de consultas, publicações e encontros
buscando repensar a questão da “prioridade do evangelismo” como
articulada no Pacto de Lausanne. Nos anos 70 Arthur Glasser, apesar
de ainda usar a linguagem do “mandato evangelístico” e o “mandato
cultural”, ele começou a basear-se nas obras de Oscar Cullmann (1951),
Herman Ridderbos (1962) e George Ladd (1974) para desenvolver a
noção do Reino de Deus como uma maneira de aproximar evangelismo
e ação social. Hoje em dia há um maior consenso global a respeito do
tema do Reino de Deus como uma forma de estabelecer uma visão de
missão mais integral (veja, por exemplo, C.Van Engen 1991: 101-118).
Esse tópico tem sido proeminente na teologia da missão de René Padilla
10 Veja, por exemplo, H.H.Rosin, “Missio Dei: um Exame da Origem, Con-
teúdo e Função do Termo na Discussão Teológica Protestante;” 1972; James Scherer
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11 Stephen Neill, 1959, citado por Johannes Blauw 1962:109.
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Poderíamos dizer que pela primeira vez em 1600 anos, desde Constantino,
a igreja mundial tem a possibilidade de construir sua compreensão da
missão usando como base a experiência, vida, vitalidade e visão de
igrejas e missões no sul e no leste do globo, assim como no norte e no
oeste. Tudo isso leva a um desejo de repensar e refazer conceitos sobre
a natureza da missão no início desse novo século.
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Cada geração
descobre Recriando em um século:
novos aspec- buscando uma teologia de transformação
tos sobre o
Senhor e O Como podemos, então, caminhar em direção à construção de uma
confessa em missiologia de transformação que seja trinitariana, tendo o Reino
um novo feitio. como base? Parece-me que um primeiro passo seria afirmar que a
missão não é fundamentalmente nossa: ela não pertence à igreja, ela
não è propriedade de agências missionárias, não é propriedade de
ONGs (organizações não-governamentais) cristãs. Não nos compete
determinar nem o conteúdo nem os parâmetros de nossa missão. Pelo
contrário, seguindo a ênfase primeiramente expressada por Vicedom,
missão é primordial e fundamentalmente a missão de Deus: ela é a
missio Dei. Tomando essa afirmação como verdadeira, é essencial que
construamos um fundamento teológico sobre o qual edifiquemos a
superestrutura de uma missiologia de transformação. Tal fundamento
não pode ser antropológico ou estratégico, demográfico ou lingüístico,
político-econômico, sociológico, psicológico ou político. Ele não é
determinado tampouco pelas necessidades, exigências ou aspirações das
audiências as quais procuramos alcançar. As colunas enterradas no solo
macio de nossos vários contextos, colunas que suportarão a estrutura
de uma missiologia de transformação devem ser formadas de verdades
teológicas tiradas das Escrituras e de como a Igreja compreende Deus,
uma compreensão alcançada em vinte séculos de experiência com Deus
e de relação com Ele. Isso é pedir bastante, e está muito além dos limites
desse capítulo. Entretanto, na parte final desse artigo pretendo descrever
em frases gerais resumidas o que eu creio que poderia constituir o
conteúdo de uma missiologia de transformação trinitariana e do Reino
de Deus. Nós começamos, então, como a Bíblia, (por exemplo, Gênesis
1-3, Salmos 8, João 1, Efésios 1, Colossenses 1) declarando Deus o Pai
Criador Todo-Poderoso dos céus e da Terra.
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Deus o Pai
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A missão messiânica
Deus o Espírito Santo de Jesus inclui pelo
menos Koinonia,
• O Espírito Santo transforma toda a vida – cada aspecto e todas as Kerygma, Diakonia e
facetas da vida de homem e mulheres. Assim uma missiologia de Marturia, sendo para o
transformação com fundamentos pneumatológicos almejará a criação mundo uma comunida-
e recriação da pessoa integral, permeando todos os relacionamentos de de Profetas, Sacer-
e estruturas humanas relativas à vida da pessoa. dotes, Reis, Sanadores,
• O Espírito Santo convence “o mundo do pecado, da justiça e do Libertadores e Sábios.
juízo” (João 16:8). O Espírito Santo converte (transforma) pessoas,
dando a elas graça e fé para crerem em Jesus Cristo. Ele é o agente
de transformação de pessoas de dentro para fora. A conversão não
é possível exceto pela obra do Espírito Santo. Uma teologia de
transformação somente pode acontecer através da obra do Espírito
Santo. Ela procurará, no poder do Espírito, a criação e recriação
espiritual da pessoa juntamente com os aspectos físicos, sociais,
emocionais e intelectuais do seu ser. Devemos também, ultimamente,
reconhecer que uma missão de transformação implicará, devido à
sua própria natureza, uma variedade de formas de guerra espiritual.
• Uma missiologia de transformação com fundamentos
pneumatológicos supõe o entendimento que somente o Espírito
Santo forma a Igreja – e que somente o Espírito Santo dá poder
e direção à missão da Igreja (Harry Boer 1961). O Espírito Santo
forma, transforma e reforma a igreja para ser, saber, fazer, servir e
se relacionar de maneiras descritas em uma variedade de metáforas
bíblicas de igreja em missão, como “sal da terra”, “luz do mundo”,
vasos terrenos cheios de pérolas do Evangelho, corpo de Cristo,
uma nova humanidade, embaixadores da reconciliação, a família de
Deus, entre outras. A espiritualidade dos cristãos, de igrejas, e de
agências missionárias deve ser transformada através do ministério
do Espírito Santo e dirigido em missão para um mundo perdido e
ferido tão amado por Deus.
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Conclusão
Durante as décadas de 70 e 80 servi como missionário em Tapachula,
uma cidade tropical na fronteira Mexicana com a Guatemala. Ali, um
“transformador” era uma pequena caixa de metal na qual conectávamos
nossos eletrodomésticos para regular a corrente que entrava em nossa
casa. Aquele “transformador” elevava a voltagem a níveis aceitáveis e
amortecia as variações súbitas na corrente elétrica. Esses aparelhos eram
imprescindíveis para uma longa vida útil de nossos eletrodomésticos.
Da mesma forma, a missão global/local no século 21 deve ser cultural
e contextualmente apropriada às necessidades, aspirações, cosmovisão
e programas das pessoas em cada contexto. A fim de responder tais
reivindicações, uma missão de transformação precisará ser baseada
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TRANS- (discontinuidade)
Uma missiologia de transformação pede movimento, metamorfose,
mudança, conversão e uma mudança íntima. Sem tal mudança de
coração; uma mudança do eu, do ser, nada se transformará. Uma mera
mudança de religião, meramente uma conversão individual e vertical não
transformará as pessoas, estruturas, sistemas, e culturas desse mundo. A
fim de serem credíveis, a igreja e cristãos devem ser úteis para algo – eles
devem ser capazes de demonstrar aos povos dos seus contextos e nações
que eles têm algo concreto, mensurável, visível, positivo, construtivo e
útil aos seus contextos e nações. Isso pede conversões radicais tanto da
igreja e de cristãos a serem a presença transformadora de Cristo nesse
mundo – quanto à conversão de não cristãos à fé em Jesus Cristo.
-FORMAÇÃO (continuidade)
Uma missiologia de transformação também pede uma contextualização
encarnacional, para lidar com a relação do evangelho e cultura em
milhares de contextos diferentes mundialmente. Essa transformação não
é somente uma mera mudança religiosa, não meramente uma questão de
um novo rol de membros da igreja. Não se trata somente de civilização
ou educação, ou uma mudança do comportamento ético; não é somente
uma melhora política ou sócio-econômica. Em vez disto, uma teologia de
transformação supõe a nova formação, a recriação de pessoas integrais
– de todos os aspectos de suas vidas, cada um em seu contexto particular
em termos de saber, ser, fazer, servir e relacionar-se uns aos outros. Ela
tem implicações simultâneas pessoais, sociais, estruturais e nacionais.
Implica reconciliação com Deus, com o eu, com a criação, outros, e
as estruturas sócio-culturais. (Conforme 1 Coríntios 5; veja também a
definição de missão de C. Van Engen na nota de rodapé 14 acima).
João termina seu evangelho dizendo: “Jesus realizou na presença de seus
discípulos muitos outros sinais milagrosos, que não estão registrados
neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome” (João
20:30-31). Para que tenham vida. Assim como uma esponja é permeada
de água, também nossa missão é oferecer nova vida a mulheres e homens
de nosso mundo do século 21 na qual a totalidade de suas vidas, cada
aspecto da vida, cada campo de batalha dela sejam permeados com a
presença de Deus o Pai, Filho e Espírito Santo. E os ricos e poderosos
desse mundo precisam ser transformados, eles precisam se converter,
assim como também precisam os pobres e fracos.
Esse é um tempo de mudança social massiva na África, Ásia, Europa
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Orlando Costas estava certo quando afirmou que a igreja somente pode
ser o penúltimo alvo da missão, não o alvo final. Mudanças sócio-
econômicas é também somente o penúltimo alvo da missão. Uma
missiologia de transformação trinitariana e baseada no reino de Deus
terá somente um alvo: a glória de Deus (veja, por exemplo, Efésios 1:6,
12, 14). Um dia estaremos em pé juntos com todos aqueles vindos de
todas as tribos, famílias e nações que lavaram suas vestes no sangue do
Cordeiro. Todos nós nos colocaremos ao redor do trono do Cordeiro e
cantaremos: “Digno é o Cordeiro que foi morto...” (Apocalipse 5:12).
Nossa missão é participar na missão de Jesus, a qual era fazer a missão
de Deus no poder do Espírito Santo: nada mais, nada menos. Essa missão
de transformação radical – uma missão de metamorfose. Qual forma ela
deve tomar nesse período transitório entre o “já está aqui” e o “ainda
não está aqui” da vinda do Reino de Deus? Creio que Lesslie Newbigin
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capturou isso bem quando nos desafiou a dar presença concreta, vida e
expressão à nossa missão (nossa missão como transformação) dentro e
através da vida de congregações locais espalhadas ao redor do mundo.
Ele colocou assim:
A realidade primária a qual devemos levar em consideração na nos-
sa busca de um impacto Cristão na vida pública é a congregação
cristã... A única hermenêutica do evangelho é um grupo de homens
e mulheres que crêem n’Ele e vivem por Ele... Essa comunidade
terá, penso, as seis seguintes características:
• Ela será uma comunidade de louvor
• Ela será uma comunidade da verdade
• Ela será uma comunidade que não vive para si mesma
• Ela será uma comunidade... experimentada no exercício
do sacerdócio no mundo
• Ela será uma comunidade de responsabilidade mútua Nossa missão é procla-
mar em palavra e atos
• Ela será uma comunidade de esperança. sempre o mesmo evan-
(Lesslie Newbigin 1989:222-223) gelho que sempre toma
novas formas – que
Seja um brinquedo nas mãos do meu filho Andrew, um grande contêiner sempre recebe transfor-
colocado acima de um poste ou um pequeno aparelho elétrico no sul do mações e sempre causa
México, as três imagens nos mostrarão a mesma idéia: cada objeto é transformações.
sempre a mesma coisa, mas sempre se transformando em alguma coisa
diferente. Assim deve ser nossa missão nesse novo século. Nossa missão
é proclamar em palavra e atos sempre o mesmo evangelho que sempre
toma novas formas – que sempre recebe transformações e sempre causa
transformações.
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