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(ANPs)
Sorocaba
2020
Membros do Comitê de Acompanhamento – CAC:
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................02
1.1 Dos princípios.....................................................................................................05
1.2 Elaboração Planos Operacionais Pedagógicos pelas Instituições Educacionais.06
2 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)............................07
2.1 Da execução........................................................................................................07
3 A EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................................................... 09
3.1 Do Planejamento.................................................................................................09
3.1.1 Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil..................................09
3.1.2 Base Nacional Comum Curricular - BNCC........................................................09
3.1.3 Parecer nº 5/2020 do Conselho Nacional de Educação – CNE..........................10
3.1.4 Parecer CMESO/CEI Nº 01/2020.......................................................................10
3.2 Da execução........................................................................................................11
3.3 Da Avaliação.......................................................................................................13
4 ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)........................................................14
4.1 Do planejamento.................................................................................................14
4.2 Da execução........................................................................................................14
4.3 Da avaliação........................................................................................................15
5 ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS) .......................................................... 16
5.1. Do planejamento................................................................................................. 16
5.2 Da execução........................................................................................................ 17
5.3 Da avaliação.........................................................................................................17
6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA).........................................................19
6.1 Do planejamento..................................................................................................19
6.2 Da execução.........................................................................................................21
6.3 Da avaliação.........................................................................................................21
7 PROCEDIMENTOS PARA ENTREGA E RECEBIMENTO DAS ANPS....................23
7.1 Procedimentos .....................................................................................................23
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................25
REFERENCIAS............................................................................................................27
2
1 INTRODUÇÃO
do ambiente digital, como uma das ferramentas de apoio e vínculo com as crianças, adoles-
centes e familiares atendidos pela instituição, a fim de se oportunizar aproximação entre os
(as) estudantes e os (as) professores (as).
Diante desse momento de incertezas que a sociedade mundial vivencia, a rede munici-
pal de Sorocaba reaproxima o diálogo com estudantes e familiares por meio do desenvolvi-
mento de ações, entre elas: levantamento de dados, acolhimento e atividades não presenciais
(ANPs). Sendo esta a premissa deste Comitê de Acompanhamento (CAC), composto por pro-
fissionais da Educação, eleitos pelos seus pares: o planejamento, o acompanhamento e a ava-
liação das ANPs (SOROCABA, 2020).
E, frente à necessidade de garantir os direitos e objetivos de aprendizagem previstos
para cada etapa educacional e visando minimizar os impactos das medidas de isolamento so-
cial na aprendizagem dos estudantes da educação básica, o Comitê de Acompanhamento
(CAC), baseado nos documentos estruturantes e regulamentações oficiais que norteiam a Re-
de Municipal de Educação (SOROCABA, 2020), orienta que a equipe pedagógica da escola
considere os diferentes públicos de estudantes, nos momentos de planejamento das atividades.
Inicialmente, é imprescindível que a escola realize o levantamento de dados sobre o
acesso à internet e as condições para a realização de atividades no ambiente virtual de apren-
dizagem, verificando quais recursos os estudantes efetivamente dispõem, a fim de propiciar
oportunidades de aprendizagem a todos.
Nesses momentos de interação, é fundamental que a instituição educacional também
realize o devido acolhimento aos estudantes e suas famílias para restabelecer os vínculos so-
cioafetivos e proporcionar o estreitamento das relações interpessoais, garantindo a realização
e sucesso do trabalho pedagógico.
Em relação ao desenvolvimento das ANPs, é importante que o foco das primeiras ati-
vidades esteja no diagnóstico das aprendizagens dos estudantes, especialmente daquelas que
são essenciais para a continuidade do processo pedagógico.
Após o diagnóstico, será importante avançar no desenvolvimento das habilidades bási-
cas de acordo com a BNCC. E, para isso, a equipe escolar tem autonomia para prosseguir de
acordo com o conhecimento de seus estudantes e em consonância com o Projeto Político- Pe-
dagógico (PPP) da sua instituição educacional.
Para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas na BNCC, os pro-
fessores, com apoio da equipe gestora, devem planejar roteiros de atividades com uma pro-
gramação semanal/quinzenal proporcional ao número de aulas oferecidas pela matriz curricu-
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lar para cada etapa/ano/termo e componente curricular. O principal foco das ações pedagógi-
cas é garantir a aprendizagem de todos os estudantes. Para isso, mesmo com a realização das
atividades de forma não presencial, o papel do professor é primordial.
Embora a família seja essencial para a organização de rotinas de estudos em casa, o
papel do professor é fundamental para apoiar a aprendizagem dos estudantes, tanto pelo co-
nhecimento pedagógico dos conteúdos trabalhados quanto pela didática para favorecer o a-
prendizado. Além disso, para alcançarmos os objetivos durante o período de atividades não
presenciais, a colaboração constante entre Secretaria da Educação, escolas, famílias e estudan-
tes será imprescindível.
Em um momento de incerteza como o atual, em que há muitas dúvidas sobre as estra-
tégias mais efetivas para a melhoria da aprendizagem, a Secretaria de Educação e as escolas
devem buscar a inovação, testando diferentes abordagens e aprendendo ao longo do processo
para garantir a aprendizagem de todos. O Parecer CNE nº 05/2020 contextualiza e enfatiza o
que está exposto acima:
Nessa hora, a inovação e criatividade das redes, escolas, professores e estudantes
podem apresentar soluções mais adequadas. Deve ser levado em consideração o a-
tendimento dos objetivos de aprendizagem e o desenvolvimento das competências --
e habilidades a serem alcançados pelos estudantes em circunstâncias excepcionais
provocadas pela pandemia (BRASIL, 2020).
2.1 Da execução
Considerando o Parecer CNE nº 05/2020 sobre a reorganização do calendário escolar e
a possibilidade de cômputo de atividades não presenciais;
Considerando a Deliberação CMESO nº 04/2020, que institui a Política Municipal pa-
ra Atividades Não Presenciais (ANPs) no âmbito da Rede Municipal de Ensino de Sorocaba, e
a orientação quanto ao Comitê de Acompanhamento (CAC), responsável pelo planejamento,
acompanhamento e avaliação das ações por etapa e modalidade da Educação Básica, garan-
tindo a articulação entre as mesmas;
Considerando a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (PNEEI) que define a educação especial como uma modalidade de ensino que per-
passa todos os níveis, etapas e modalidades, tendo o AEE como parte integrante do processo
educacional;
Considerando a Resolução CEB nº 04/2009 que institui Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica;
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve também ser garantido no pe-
ríodo de emergência, mobilizado e orientado por professores da sala regular, professores es-
pecializados, em articulação com as famílias para a organização das atividades pedagógicas
não presenciais a serem realizadas;
Os professores do AEE atuarão com os professores da sala comum, articulados com a
equipe gestora, desempenhando suas funções na adequação de materiais, provimento de orien-
tações específicas às famílias e apoios necessários, oferecendo também suporte às escolas na
elaboração de planos de estudo individualizados, segundo a singularidade dos alunos, a serem
disponibilizados e articulados com as famílias. A junção do conhecimento dos envolvidos
8
nesse processo tem o potencial de otimizar as atividades escolares, visando ao pleno desen-
volvimento das crianças com deficiência.
As instituições educacionais que possuem Sala de Recursos Multifuncionais têm a
possibilidade não somente de pensar as adaptações curriculares, mas de construir estratégias
para que todos possam ter acesso ao currículo de acordo com as habilidades que possuem.
Para que esse movimento colaborativo tenha resultados positivos, é necessário o ali-
nhamento entre Orientador Pedagógico, professor do AEE e professor da sala comum, no pla-
nejamento das estratégias que poderão ser utilizadas para o restabelecimento de vínculo, aco-
lhimento e escuta das famílias dos estudantes com deficiência.
O trabalho cooperativo com a professora do AEE possibilita também o repensar do
currículo durante o planejamento das atividades não presenciais, uma vez que o afastamento
social implica em um novo olhar sobre a rotina de estudos em ambiente não escolar.
Algumas situações requerem ações mais específicas por parte da instituição educacio-
nal, como nos casos de acessibilidade sociolinguística aos estudantes surdos usuários da Lín-
gua Brasileira de Sinais (Libras), acessibilidade à comunicação e informação para os estudan-
tes com deficiência visual e surdocegueira no uso de códigos e linguagens específicas, entre
outros recursos que atendam àqueles que apresentem comprometimentos nas áreas de comu-
nicação e interação, bem como estratégias de intervenção individualizada.
A utilização de materiais e mobiliários acessíveis durante as Atividades Não Presenci-
ais requerem normatização própria pela Divisão de Educação Especial, considerando a rele-
vância e resguardo dos bens públicos. As escolas devem entrar em contato com essa divisão
para eventuais solicitações.
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3 A EDUCAÇÃO INFANTIL
Manter vínculos é... estreitar os laços, acolher com palavras, gestos e ações, respeitar
as diferenças, resgatar e compartilhar memórias, pensar juntos, apoiar as dificuldades,
se colocar no lugar do outro, compreender as dores, angústias e alegrias alheias, estar
à disposição, viver o agora, trilhar novos caminhos possíveis, esperançar dias melho-
res, acreditar que podemos ser mais humanos. (Andréia Regina de Oliveira Camargo -
13/06/2020)
3.1 Do Planejamento
Considerando os documentos norteadores da Educação Infantil sobre a concepção de
infância e forma de olhar para as crianças:
3.1.1 Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil – DCNEI
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, pro-
duzindo cultura. (BRASIL, 2010, p 12)
3.1.2 Base Nacional Comum Curricular - BNCC
[...] as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos
pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas
propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos
e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de
maneira complementar à educação familiar – especialmente quando se trata da educação dos
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bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois con-
textos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação. (BNCC, 2017,
p.36).
3.1.3 Parecer nº 5/2020 do Conselho Nacional de Educação – CNE
No sentido de contribuir para minimização das eventuais perdas para as crianças, su-
gere-se que as escolas possam desenvolver alguns materiais de orientações aos pais ou res-
ponsáveis com atividades educativas de caráter eminentemente lúdico, recreativo, criativo e
interativo, para realizarem com as crianças em casa, enquanto durar o período de emergência,
garantindo, assim, atendimento essencial às crianças pequenas e evitando retrocessos cogniti-
vos, corporais (ou físicos) e socioemocionais. No qual se sugere:
Para crianças das creches (0 a 3 anos), as orientações para os pais devem indicar ativi-
dades de estímulo às crianças, leitura de textos pelos pais, brincadeiras, jogos, músicas infan-
tis. Para auxiliar pais ou responsáveis que não têm fluência na leitura, sugere-se que as escolas
ofereçam aos cuidadores algum tipo de orientação concreta, como modelos de leitura em voz
alta em vídeo ou áudio, para engajar as crianças pequenas nas atividades e garantir a qualida-
de da leitura. Já para as crianças da pré-escola (4 e 5 anos), as orientações devem indicar, da
mesma forma, atividades de estímulo às crianças, leitura de textos pelos pais ou responsáveis,
desenho, brincadeiras, jogos, músicas infantis e algumas atividades em meios digitais quando
for possível.
A ênfase deve ser em proporcionar brincadeiras, conversas, jogos, desenhos, entre ou-
tros para os pais ou responsáveis desenvolverem com as crianças. As escolas e redes podem
também orientar as famílias a estimular e criar condições para que as crianças sejam envolvi-
das nas atividades rotineiras, transformando os momentos cotidianos em espaços de interação
e aprendizagem. Além de fortalecer o vínculo, este tempo em que as crianças estão em casa
pode potencializar dimensões do desenvolvimento infantil e trazer ganhos cognitivos, afetivos
e de sociabilidade.
3.1.4 Parecer CMESO/CEI Nº 01/2020
Faz parte da infância o ímpeto de explorar, descobrir, inventar e criar por meio da
brincadeira, do lúdico, da arte, do jogo e do inusitado do mundo vivido, sentido, experiencia-
do, percebido e transformado por elas, construindo suas narrativas.
Considerar a infância, em tempos de pandemia, significa identificar onde estão as cria-
anças, se estão em situação de vulnerabilidade, com interrupção do direito de se alimentar ou
de saúde. Estamos num país onde a desigualdade social é muito grande e a criança é um ser
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social, vivendo nessa dinâmica em que tudo está muito intensificado, tanto as potências quan-
to os sofrimentos. As crianças, nesse momento, estão tomadas pelo real e perderam muito;
perderam o contato ativo com as interações do ambiente escolar, o convívio com amigas e a-
migos, os espaços públicos do brincar, o convívio com as avós e os avôs.
Diante desta situação de excepcionalidade trazida pela pandemia da COVID 19, cabe a
nós, educadores da infância, ancorados nos documentos legais e aporte teórico, proteger nos-
sas crianças desta lógica do “conteudismo”, da produção e da escolarização precoce na educa-
ção infantil, que não ratifica tais documentos. A Rede Municipal de Sorocaba vem construin-
do por meio dos seus documentos norteadores, um caminhar na Educação Infantil preconi-
zando que “O lugar da infância não é o de espera e passividade, é um lugar de invenções e
aventuras, do imprevisto, do imprevisível, das incertezas e dos encantamentos, que não po-
dem ser substituídas por tarefinhas pedagógicas” (CASARE, 2020). Para continuidade dos
processos já construídos, sugerimos:
3.2 Da execução
Ações de estreitamento de vínculos e resgate de experiências/vivências direcionadas
para o brincar:
Pesquisas com as famílias sobre: saúde, situação econômica, alimentação, acesso
às tecnologias, trabalho remoto, condições materiais, condições afetivas, dentre
outras informações pertinentes para nortear as ações da escola por meio de:
a. Contatos telefônicos;
b. Contatos por e-mail;
c. Redes sociais, outros.
Mapeamento e ações pontuais com crianças e famílias que apresentem vulnerabili-
dade;
Informar as famílias sobre o trabalho que será desenvolvido, com foco em vivên-
cias/experiências lúdicas e a importância do brincar para uma infância saudável
por meio dos canais mapeados anteriormente;
a) Resgate de experiências vividas com a família e a criança em casa; ampliando o
repertório e instigando a criação e a imaginação de crianças e adultos num movi-
mento coletivo de escuta, dialogando com quais emoções, sentimentos, ideias e
questionamentos que lhe provocam nesse momento de isolamento, quarentena,
trabalho remoto ou presencial, distanciamento de parentes e amigos. Utilização das
12
3.3 Da Avaliação
Considerando o grande desafio de construir um caminho novo de avaliação, frente ao
momento único vivido com o Coronavírus, que distanciou a criança de seu ambiente escolar,
de interação com seus pares e com seu educador; é preciso repensar as formas possíveis de
realizar a avaliação, estabelecendo ações exequíveis sobre aquilo que será ofertado e vivenci-
ado pela criança e seus familiares no ambiente doméstico. Na construção desse caminho ava-
liativo, tomamos como base os pressupostos presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção Nacional – LDB 9394/96 Art.31 e Diretrizes Curriculares da Educação Infantil – DC-
NEI/2009 – Art. 10.
Diante do exposto, reiteramos que os educadores da infância estão diante de um gran-
de desafio, pois a avaliação está diretamente ligada à observação da criança e seus processos
de construção de aprendizagem que acontecem no cotidiano da Educação Infantil. Como sub-
sídios para a realização da avaliação a distância, podemos contar com as seguintes propostas:
A avaliação poderá ser realizada a partir dos registros e devolutivas enviadas pelas fa-
mílias ou responsáveis sobre as experiências/vivências da criança, independentemente das
planejadas e propostas pelas unidades de Educação Infantil. A partir desse diálogo que será
estabelecido entre envio e retorno das propostas, há que se considerar essa devolutiva das fa-
mílias, valorizando assim a construção da criança em todo o processo.
No contexto específico da educação infantil, também é importante ressaltar o que es-
tabelece o inciso I do artigo 31 da LDB, que a avaliação é realizada para fins de acompanha-
mento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para
o acesso ao ensino fundamental. Nessa perspectiva, a avaliação deve, sobretudo, redimensio-
nar as propostas enviadas às famílias, favorecendo a relação das crianças com situações insti-
gantes e estimulantes do pensamento.
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4.1 Do planejamento
Considerando os documentos norteadores e estruturantes da rede municipal e, ainda, a
particularidade da faixa etária (seis a onze anos) dos estudantes de Ensino Fundamental I e a
necessidade do apoio de um familiar na realização das atividades não presenciais, as estraté-
gias devem ser pensadas para garantir um roteiro de estudos que favoreça a aprendizagem de
todos. É importante pensar em estratégias para garantir a aprendizagem dos estudantes mais
vulneráveis.
Para a realização das ANPs, as equipes gestoras das escolas e professores deverão
construir o plano operacional pedagógico, que deve contemplar um breve histórico do levan-
tamento de dados sobre acesso à internet e condições de realização das atividades no ambiente
virtual de aprendizagem, a apresentação das formas de acolhida realizada pela equipe pedagó-
gica e a organização do trabalho das ANPs, destacando as formas de monitoramento e acom-
panhamento dos estudantes. É importante lembrar que, após validação da supervisão de ensi-
no, o Plano Operacional Pedagógico das ANPs deverá ser anexado ao PPP da Instituição Edu-
cacional.
Como já foi destacado, no processo de reaproximação das famílias, é necessário um
levantamento de quais recursos digitais os estudantes dispõem e a disponibilidade de uso efe-
tivo: Computador, Internet (Conexão Wi-fi ou Uso de Dados), Smartphone, Televisão e ou-
tros. Para a realização desse levantamento, sugerimos o formulário Google em sua respectiva
plataforma digital da instituição educacional, como, por exemplo: Facebook, Blog, WhatsApp,
entre outros.
A equipe escolar tem autonomia para utilizar o recurso que seja mais adequado
à realidade dos estudantes e das suas respectivas famílias. Após esse levantamento i-
nicial, outras estratégias (contato telefônico ou comunicação por carta) devem ser pensadas
para que todas as famílias possam ser ouvidas.
4.2 Da execução
As estratégias de ensino precisam estar em consonância ao momento atual e a apresen-
tação das atividades contextualizadas e diversificadas devem incentivar os estudantes a reali-
zá-las, facilitando a compreensão dos conteúdos e garantindo que haja estímulo ao desenvol-
vimento de uma rotina de estudo.
15
4.3 Da avaliação
O processo de avaliação deve compreender todo o processo de aprendizagem. É im-
portante que haja um monitoramento do desenvolvimento pedagógico, da realização das ati-
vidades e de sua periodicidade. Para os estudantes que não realizarem as atividades não pre-
senciais, a escola oferecerá, no retorno das atividades presenciais, a compensação das aulas
por meio das próprias ANPs, já oferecidas anteriormente.
A falta de acesso aos recursos digitais não pode prejudicar a avaliação dos estudantes.
Em conformidade ao Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 05/2020, sugerimos às
escolas de ensino fundamental (anos iniciais), que desenvolvam instrumentos de acompanha-
mento e monitoramento das atividades não presenciais, de forma a contemplar:
Construção de atividades como instrumento de avaliação diagnóstica, mediante devolução dos
estudantes;
Oferecimento de atividades que promovam a avaliação da aprendizagem, conside-
rando a especificidade de cada faixa etária, sistematização e periodicidade;
Questionário de autoavaliação sobre as atividades ofertadas aos estudantes no pe-
ríodo das atividades não presenciais;
Oferecimento de atividades de acordo com o nível de aprendizagem de cada estu-
dante.
16
5.1 Do planejamento
Considerando que o nosso público-alvo são os estudantes dos anos finais do Ensino
Fundamental (6º ao 9º ano), que compreende a faixa etária de 11 a 14 anos, das cinco escolas
que atendem ao público no município de Sorocaba (EM Flávio de Souza Nogueira, EM Dr.
Achilles de Almeida, EM Matheus Maylasky, EM Leonor Pinto Thomaz e EM. Dr. Getúlio
Vargas), o atendimento por meio de atividades remotas possibilita que o poder público asse-
gure o direito à Educação, conforme a legislação vigente.
Nossos estudantes caracterizam-se pelo domínio das tecnologias, sendo atuantes tam-
bém na produção e consumo de conteúdos digitais. Dominam o uso das diversas ferramentas e
incorporam nas tarefas do dia a dia, principalmente em suas relações interpessoais, o uso de
redes sociais e plataformas de vídeo. São multitarefas, independentes e autônomos em suas
ações.
Entretanto, para a realização das ANPs, algumas etapas precisam ser realizadas pela
instituição educacional:
1) Fazer busca ativa para identificar os estudantes que possuem acesso à internet e as
respectivas condições de realização das atividades não presenciais (ANPs), no am-
biente virtual de aprendizagem, identificando e elaborando ações, paralelamente,
para aqueles que não possuem tais condições e estão em situação de vulnerabilida-
de social, ativando o trabalho intersetorial.
2) Acolher os estudantes e familiares por meio de sites, blogs, redes sociais, mensa-
gens, vídeos, faixas para reaproximar escola-família e apresentar o trabalho com as
atividades não presenciais (ANPs);
3) Executar as atividades não presenciais (ANPs), considerando a divulgação e orien-
tações da plataforma digital adotada. É importante lembrar que devemos garantir
que todos os componentes curriculares sejam contemplados na produção dos con-
teúdos relativos ao currículo escolar, além da interdisciplinaridade quando for per-
tinente, com periodicidade semanal ou quinzenal.
Com base nos princípios deste documento e em conformidade com a Deliberação
CMESO nº05/2020, acreditamos que por meio das Tecnologias Digitais de Informação e Co-
municação (TDIC), a equipe pedagógica poderá apoiar os estudantes e familiares, inclusive
com orientações em relação à organização de rotina diária estruturada com atividades para
17
5.2 Da execução
As instituições educacionais poderão adotar diferentes plataformas digitais como meio
de disponibilizar as atividades não presenciais. Os estudantes poderão acessar as propostas de
atividades como: roteiros de estudos, estudos dirigidos, pesquisas, leitura de textos comple-
mentares, além de videoaulas gravadas (assíncronas) sobre os temas trabalhados; consideran-
do as habilidades e competências essenciais para cada ano/turma.
É recomendável que a elaboração das ANPs se inicie com o acolhimento e atividades
diagnósticas. Posteriormente, garantam todas as áreas do conhecimento e componentes curri-
culares, considerando as etapas de: introdução (atividades de aquecimento ou contextualiza-
ção); desenvolvimento (atividades de questionamento/problematização) e fechamento (ativi-
dades que ajudem os estudantes a sistematizarem as aprendizagens), com o devido registro de
acompanhamento e validação da atividade.
No caso de estudantes que não têm acesso a essas ferramentas, deverá ser criado um
portfólio de atividades, a fim de garantir a igualdade de condições de aprendizado, de modo
que os responsáveis pelo estudante solicitem a entrega de material impresso. A entrega será
realizada mediante agendamento em calendário disponibilizado pela instituição educacional,
considerando o princípio da não aglomeração e as normas vigentes de segurança sanitária.
Convém lembrar sobre aquele estudante que não for atendido de forma alguma, por
motivos de vulnerabilidade social, doença ou outros diversos, que terá atenção especial no
retorno das aulas e não terá prejuízo algum, pois as mesmas ANPs serão ofertadas no momen-
to do retorno das aulas presenciais.
5.3 Da avaliação
O processo de avaliação deve compreender todo o processo de aprendizagem.
Em conformidade ao Parecer do Conselho Nacional de Educação nº05/2020, sugeri-
mos para o ensino fundamental (anos finais), que desenvolvam instrumentos de acompanha-
mento e monitoramento das atividades não presenciais, de forma a:
Construir atividades como instrumento de avaliação diagnóstica, mediante devolu-
ção dos estudantes;
18
6.1 Do planejamento
Para apoiar a continuidade da aprendizagem dos estudantes durante o período de dis-
tanciamento social, será necessária a retomada das atividades escolares, mas de forma não
presencial. Para a realização das atividades não presenciais, é essencial que as equipes gesto-
ras das escolas e docentes considerem os diferentes públicos de estudantes atendidos na mo-
dalidade EJA. Para planejar as atividades, é necessário verificar quais recursos os estudantes
efetivamente dispõem a fim de propiciar oportunidades de aprendizagem a todos e todas.
É importante focar as primeiras atividades na retomada das aprendizagens anteriores,
especialmente aquelas que são essenciais para a continuidade do processo de aprendizagem
dos estudantes. Para possibilitar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, os
docentes, com apoio da equipe gestora das escolas, devem planejar roteiros de atividades que
comporão uma programação semanal/quinzenal proporcional ao número de aulas oferecidas
pela matriz curricular para cada termo e componente curricular.
A prioridade nas ações é garantir a aprendizagem de todos os estudantes. Para isso,
mesmo com a realização das atividades de forma não presencial, o papel dos professores e
professoras é primordial. Por mais que o papel da família, mesmo dos jovens e adultos, seja
essencial para a organização de rotinas de estudos em casa, o papel dos professores e profes-
soras é imprescindível para apoiar a aprendizagem dos estudantes, tanto pelo conhecimento
pedagógico dos conteúdos trabalhados quanto pela didática para favorecer o aprendizado.
Analisando a diversidade de estudantes da EJA da rede municipal de ensino, as estra-
tégias devem ser pensadas para garantir a aprendizagem de todos e todas as jovens e adultos e
adultas, adotando estratégias diferenciadas. É especialmente importante pensar em estratégias
para garantir a aprendizagem dos estudantes mais vulneráveis.
As ANPs devem estar de acordo com as medidas recomendadas para o ensino funda-
mental, na modalidade EJA, considerando as suas singularidades na elaboração de metodolo-
gias e práticas pedagógicas, conforme Parecer CNE/CEB nº 11, de 10 de maio de 2000 e a
Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de julho de 2000 que estabeleceu as DCNs para a Educação
de Jovens e Adultos (EJA), e a Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010, que insti-
tuiu Diretrizes Operacionais para a EJA.
Isso significa observância aos pressupostos de harmonização dos objetivos de aprendi-
zagem ao mundo do trabalho, a valorização dos saberes não escolares e as implicações das
20
condições de vida e trabalho dos estudantes. Recomenda-se que, respeitada a legislação e ob-
servando-se autonomia e competência, as instituições educacionais dialoguem com os estu-
dantes na busca pelas melhores soluções, tendo em vista os interesses educacionais dos estu-
dantes e o princípio normativo de “garantia de padrão de qualidade”. Pedagogia de projetos,
incremento de apoio à infraestrutura das aulas e acesso à cultura e às artes, podem ensejar es-
tímulos às atividades, considerando-se ainda as especificidades do ensino noturno.
Para a realização das atividades não presenciais, será essencial que as equipes gestoras
das escolas e professores e professoras considerem os diferentes públicos de estudantes da
EJA, das unidades escolares. Para planejar as atividades, é necessário verificar quais recursos
os estudantes efetivamente dispõem, tais como: computador, internet, celular, televisão.
Esse levantamento pode ser feito utilizando diversos recursos, preferencialmente, for-
mulários online, ou outras formas de consulta (como por meio de ligações aos estudantes ou
seus familiares) para identificar os recursos disponíveis, buscando utilizar os instrumentos que
permitam chegar a todos os estudantes, que sejam mais ágeis e contribuam para a organização
das informações de maneira mais simples.
No caso de estudantes que não dispuserem de nenhum recurso digital, será necessária
a realização de atividades em materiais físicos (tais como os cadernos, livros didáticos do
PNLD, fascículos de atividades, livros de literatura, ou listas de atividades impressas pelas
escolas).
Considerando as especificidades de organização didático-pedagógica do curso de Edu-
cação de Jovens e Adultos, torna-se primordial que o professor e a professora, com base no
planejamento do curso, elaborem roteiros que deem continuidade aos objetos de conhecimen-
to, competências e habilidades previstas para o período letivo.
Destaca-se que as atividades devem ser adequadas ao público jovem e adulto, garan-
tindo que estejam de acordo com as especificidades da modalidade. Nesse sentido, esses rotei-
ros devem basear-se na BNCC e na matriz curricular da EJA, conforme disponibilidade e pla-
nejamento do docente.
Os docentes da EJA devem conhecer o perfil de suas turmas, a fim de verificar quais
recursos os estudantes têm disponíveis para o desenvolvimento das atividades, bem como se
possuem facilidade de acesso às mídias digitais. A partir disso, devem ser pensados quais re-
cursos serão mais significativos para os estudantes realizarem seus estudos, podendo contem-
plar nos roteiros elaborados materiais impressos, plataformas digitais, canal de televisão, apli-
cativo ou site do Centro de Mídias da rede estadual de São Paulo, etc.
21
6.2 Da execução
Assim como ocorre nas aulas presenciais, os roteiros de atividades devem propiciar a
contextualização das aprendizagens, de acordo com o cotidiano dos alunos. No caso específi-
co da EJA, em que os estudantes são, antes de tudo, cidadãos trabalhadores com experiências
acumuladas durante a vida, torna-se imperativo que no trabalho pedagógico sejam respeitados
os conhecimentos já constituídos, bem como sejam incorporados aos conteúdos escolares, no-
tadamente, aos temas relacionados ao mundo do trabalho.
Os métodos de estudo também devem ser trabalhados durante esse período em que as
aulas ocorrerão a distância, uma vez que ajudarão os estudantes jovens e adultos a organiza-
rem sua rotina de estudos remotos. Espera-se que tais métodos auxiliem a aprendizagem dos
estudantes e facilitem a compreensão dos conteúdos, garantindo que os educandos, por seu
próprio progresso, sejam estimulados a reservar um período do dia para cumprimento das ati-
vidades propostas nos roteiros das ANPs. Assim, sugere-se que os professores e professoras
disponibilizem orientações aos estudantes de como destacar as ideias principais dos textos ou
videoaulas, fazer fichamentos e anotações de síntese, organização de mapa conceitual ou es-
quemas, entre outras dicas, de acordo com a atividade proposta.
Alguns estudantes da EJA podem apresentar dificuldades em acessar mídias digitais.
Assim, quando os roteiros de estudos apresentarem atividades que utilizem recursos como
celular, computador e até mesmo televisão, orienta-se que os professores e professoras indi-
quem o passo a passo pormenorizado para utilização da ferramenta.
Os atendimentos individuais também devem ser realizados por meios digitais (e-mail,
Skype, Whatsapp, Microsoft Teams, Google Hangout, etc.). Sob o acompanhamento da equipe
gestora, podem ser agendados momentos de interação coletiva, como as oficinas/atividades
em grupo, desde que ocorram virtualmente.
Todas as atividades executadas pelo professor e professora (roteiros de estudos elabo-
rados, detalhamento de orientações individualizadas, planejamento de orientações coletivas,
etc.) devem ser registradas.
6.3 Da avaliação
É importante que os professores e professoras utilizem diferentes instrumentos de ava-
liação para acompanhar o processo de aprendizagem e incentivar o comprometimento com os
estudos por parte dos estudantes, tais como: a realização dos roteiros de atividades; projetos
22
Atualmente, a sociedade como um todo tem enfrentado uma crise sanitária não expe-
rimentada por essa geração. Trata-se de uma pandemia causada pelo vírus SARS-COV-2, cau-
sadora da síndrome popularmente denominada por COVID-19.
Trata-se de uma doença nova e há onde diversos estudos que estão sendo publicados
tanto para sua caracterização sintomatológica, quanto ao risco de transmissibilidade.
Esse fator torna-se bastante relevante no contexto laboral dos trabalhadores da educa-
ção que, devido às condições impostas por essa pandemia, bem como as determinações legais
já abordadas neste documento, devem garantir acesso ao processo educativo a todos e a todas
estudantes, mesmo que para isso seja necessária a entrega de materiais físicos, como último
recurso.
Reitera-se que a prioridade sempre está nas ANPs digitais, cabendo as orientações a-
baixo apenas aos casos da necessidade de entrega de materiais físicos.
Estas orientações têm como base de construção:
A PORTARIA Nº 22.951 que Estabelece medidas de caráter temporário visando
reduzir exposição pessoal e interações presenciais entre servidores e empregados
públicos municipais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, como
forma de prevenção aos problemas causados pelo COVID-19.
A INSTRUÇÃO NORMATIVA SEDU/GS Nº 13, DE 02 DE JUNHO DE 2020,
que Dispõe sobre medidas de caráter temporário visando à redução da exposição
pessoal e interações presenciais entre servidores municipais na Secretaria da Edu-
cação.
O ofício nº23 SEDU/DA
/2020, construído em conjunto com a Secretaria de Saúde deste município, trazen-
do suas especificações para o fazer prático do contexto escolar, aproximando as o-
rientações das possíveis situações observadas nas unidades escolares.
7.1 Procedimentos
24
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, nós do Comitê esperamos que todas e todos – equipes gestoras, professoras e
professores, demais funcionárias e funcionários das escolas, estudantes, e familiares – estejam
bem.
Nosso intuito, nesse documento orientador das ANPs, é superar a distância física, aco-
lher os nossos estudantes, mover barreiras e proporcionar uma educação de qualidade social
para todas e todos. Assim, estamos confiantes que este é apenas mais um desafio temporário e
que logo voltaremos à nossa rotina ainda mais fortalecidos.
Bons estudos a todas e todos!
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança do Ado-
lescente e dá outras providências. Brasília, DF, 13 jul. 1990. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm Acesso em: 06.06.2020
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. Co-
leção Questões da nossa época, v.13, 28 ed. São Paulo: Cortez, 1993.
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MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papi-
rus, 2000.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Documento Orientador Ati-
vidades escolares não presenciais Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. . São
Paulo, abr. 2020. Disponível em:
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/documento-orientador-
atividades-escolares-nao-presenciais.pdf Acesso em: 06.06.2020