“O programa global que agora está sendo implantado é o de freiar o
movimento sindical, o movimento sindical não pode ter uma linha de desenvolvimento autônomo, deve ser controlado e a forma de chegar lá é a de institucionalizar os Partidos e “sindicatos". Partidos e sindicatos têm que depender do Estado, dos seus subsídios, a meta é a de criar especialistas em política, principalmente especialistas em atividade sindical que dependam do Estado, e aos quais o Estado e m um determinado mome nto possa ameaçar, concretamente, com o corte de subsídios e fazer com que na prática, essas formações estejam desamparadas. Assim, estas organizações chegam a tornar-se finalmente uma parte íntima, orgânicas do regime, são as instituições do regime, como um sistema definitivo que não necessitam mais de ajustes porque já atingiram o máximo da perfeição .
Não só se controla assim, totalitáriamente, toda atividade politica sindical,
mas, mesmo nas áreas onde a atividade podia pe rmitir uma espécie de desabafo social descontrolado, també m neste caso, se procura o controle do"não-govername ntal".”
Jose Ruas ex-secretario geral da CNT-ES
COMUNICADO SOBRE IX ELAOPA
Encontro Latino Americano de Organizações Populares “Autônomas” ,
22, 23 e 24 de Janeiro de 2011, São Paulo.
A CONFEDERAÇÃO OPERÁRIA BRASILEIRA organização sindical
autônoma da classe trabalhadora, seção da Associação Continental Americana dos Trabalhadores e da Associação Internacional dos Trabalhadores, tem por objetivo a Resistência Social.
Através da ação direta, e da autogestão dos trabalhadores com
base na organização coletivista sindical federalista busca a união e a emancipação dos trabalhadores, do jugo do Estado e do Capitalismo. A COB, herdeira do internacionalismo proletário e do anarco- sindicalismo no Brasil há 105 anos, denúncia a realização do IX Elaopa como uma ação que qualificamos como entrismo, articulado pelo Estado que busca sua legitimação junto a burguesia através dos movimentos sociais domesticados
Atacam a luta histórica pela autonomia da organização e
emancipação da classe trabalhadora, expropriando nossa história, nossas bandeiras de luta, nossa identidade, dividindo os trabalhadores, mascarando a luta de classes, defendendo propostas especifistas de “ascensão do poder popular” através de ações financiadas pelo Estado Capitalista, auto - qualificadas como “autonomistas”.
Encontram um campo fértil para domesticar os Movimentos Sociais,
pois se utilizam de um discurso acabado, de “infiltração” que patrocinado pelo legalismo institucional, de alianças entre a burguesia. Esvazia a luta pela autonomia de classe.
O Estado legisla sobre tudo, inclusive sobre as relações entre o
trabalho e o capital.
Política de Governo, sustentada com recursos oficiais e privados,
inseridos em programas sociais que induzem o trabalhador acuado, ao fracasso.
Este modelo seletivo tem por objetivo enganar, mentir e tirar
vantagem do trabalhador desinformado transforma-o em lacaio do PODER, chegam a defender um Sindicalismo pela base.
A COB sustenta a legitimidade da sua luta com um esforço
alimentado pelo velho sonho de realização das individualidades, caracterizado por suas diferenças que através da união sindical coletiva buscam alcançar as mudanças sociais
Mantém acesa a Resistência Social, contra o ataque permanente
dos agentes do Capital e do Estado que nos afligem cotidianamente através da opressão do salário, das normas de trabalho e das condições de vida.
A COB saúda aos que lutam, aos que acreditam na autonomia e na
livre organização dos trabalhadores, repudiando os objetivos dos organizadores do IX ELAOPA.
Denuncia sua ação como fraudulenta e ataque às conquistas