Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
desenvolvimento de sistemas de produção diversificados “Sementes Patrimônio da Humanidade”, liderada pela Via
que utilizam sementes crioulas; Campesina e a “Campanha Por Um Brasil Livre de
Transgênicos”;
• Criação de “redes de biovigilância” para monitorar e
denunciar a contaminação por transgênicos; • A presença dos movimentos sociais e de organizações
da sociedade civil em espaços de incidência política
• Disseminação das redes de bancos comunitários de como o Consea (Conselho Nacional de Segurança
sementes e promoção de festas e feiras de intercâmbio Alimentar), o Condraf (Conselho de Desenvolvimento
de sementes crioulas; Rural e Agricultura Familiar), a CTNBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança) e o Conselho
• A capilarização social do debate sobre as implicações da Assessor Externo da Embrapa.
legislação de sementes e mudas para a agricultura
familiar;
Bibliografia Consultada
REIS, Maria Rita. Considerações sobre o Impacto da Propriedade Intelectual sobre Sementes na Agricultura Camponesa. In
O Jogo da Privatização da Biodiversidade
Encruzilhadas da Modernidade MATHIAS, F., e NOVION, H., As encruzilhadas da modernidade: Debates sobre biodiversidade,
Tecnociência e Cultura, Instituto Socioambiental, 2006. Introdução A partir do final da década de 90, o Brasil iniciou o
SANTILLI, Juliana. Conhecimentos Tradicionais Associados à Biodiversidade. Elementos para a Construção de um Regime sui No Brasil e na América Latina os últimos dez anos foram processo de adaptação da legislação interna aos principais
generis de proteção. Disponível em www.anppas.org.br. Acessado em 12.04.2007. marcados pela criação e modificação de leis que acordos internacionais sobre o assunto, com a edição da
regulamentam a utilização da Biodiversidade. Lei de Proteção aos Cultivares (1997), da Lei de Patentes
SANTOS, Boaventura de Souza. Semear Outras Soluções (org). Os Caminhos da Biodiversidade e dos Conhecimentos Rivais. Rio (1996), da Lei de Sementes (2003) e da Lei de
de Janeiro, Civillização Brasileira, 2005. Atividades como plantar, colher e utilizar plantas e animais Biossegurança (2005).
para criar produtos e prover a subsistência passaram a ser
SHIVA, Vandana. “Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento”; tradução de Laura Cardellini Barbosa de Oliveira.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. reguladas por lei. Crescem a cada dia, relatos de Apesar disso, em 2007 uma nova ofensiva sobre a
pequenos agricultores que têm suas atividades Agrobiodiversidade tomou corpo, principalmente através
Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo, Gaia, 2003. prejudicadas por novas regulamentações, que modificam de projetos de leis que buscaram restringir ainda mais a
completamente as práticas culturais e locais relacionadas à livre utilização da Biodiversidade e os direitos dos
Vilarreal, Jorge. Un mundo patentado? La privatización de la vida y del conocimiento. 1 ed. Córdoba: Fundación Via Libre, 2005.
agricultura e pecuária de subsistência ou para abastecer agricultores, aprofundando os impactos já ocasionados
mercados locais. pela legislação que entrou em vigor na última década.
Em 2006, durante a COP 8, fixou-se o ano de 2010 como 1. Em reconhecimento dos direitos soberanos dos Estados sobre
Para atender à exigência imposta pela Organização restrições de uso decorrentes dos direitos de propriedade prazo-limite para o término das negociações. Também foi seus recursos naturais, a autoridade para determinar o acesso a
Mundial do Comércio e assim, estabelecer “algum sistema intelectual foram aumentando progressivamente. oficializado um pré-projeto de resolução como documento recursos genéticos pertence aos governos nacionais e está sujeita
de propriedade intelectual aplicado às plantas”, o Brasil de referência para as negociações. à legislação nacional. (...)
aderiu em 1999 a um Acordo Internacional denominado O Brasil é signatário da versão de 1978 da UPOV. 2. Cada Parte Contratante deve procurar criar condições para
“União para a Proteção das Variedades Vegetais Aspectos da Convenção sobre Diversidade Biológica permitir o acesso a recursos genéticos para utilização
De acordo com esta versão do acordo, o país obriga-se a relacionados aos Recursos Genéticos. ambientalmente saudável por outras Partes Contratantes e não
(UPOV)”. Este acordo estabelece mecanismos de
proteger os direitos dos melhoristas de sementes através impor restrições contrárias aos objetivos desta Convenção. (...)
propriedade intelectual às obtenções vegetais dentro de
da concessão de exclusividade para a produção com fins Art. 1. Os objetivos desta Convenção, a serem cumpridos de 5. O acesso aos recursos genéticos deve estar sujeito ao
um sistema distinto do sistema de patentes.
comerciais, oferecimento à venda e comercialização pelo acordo com as disposições pertinentes, são a conservação da consentimento prévio fundamentado da Parte Contratante
A UPOV é vinculada à Organização Mundial de período de 15 anos para culturas e 18 anos para perenes. diversidade biológica, a utilização sustentável de seus provedora desses recursos, a menos que de outra forma
Propriedade Intelectual (OMPI), agência das Nações O direito de proteção recai somente sobre as estruturas componentes e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios determinado por essa Parte.
Unidas com objetivo de estabelecer marcos de reprodutivas da planta. A UPOV 78 resguarda o direito de derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive,
propriedade intelectual. A UPOV tem sido utilizada para uso próprio das sementes e o direito de utilizar a planta o acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência
que os países adequem-se à OMC, pois define uma forma melhorada como fonte de variação ou melhoramento. adequada de tecnologias pertinentes, levando em conta todos os
de propriedade intelectual sobre os vegetais, diferenciada direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento
A versão da UPOV de 1991 é muito mais restritiva: os adequado.
do patenteamento.
direitos de propriedade intelectual são extensíveis aos
No entanto, esta convenção passou por três revisões: produtos da colheita, permite-se que sejam aplicados tanto Art. 8 (j) Em conformidade com sua legislação nacional, cabe às
mecanismos de propriedade intelectual através de
1972, 1978 e 1991, sendo que todas as revisões
objetivaram aproximar a proteção dada às sementes dos patentes, como através de “direitos dos melhoristas” e
partes da Convenção, respeitar, preservar e manter o
conhecimento, inovações e práticas das comunidades locais e Foto
direitos conferidos pelo patenteamento, ou seja, as proíbe-se que o agricultor reserve e guarde sementes para populações indígenas com estilos de vida tradicionais relevantes à
uso próprio. conservação e à utilização sustentável da diversidade biológica e
incentivar sua mais ampla aplicação com a aprovação e a
A Convenção sobre Diversidade Biológica participação dos detentores desse conhecimento, inovações e
práticas, e encorajar a repartição eqüitativa dos benefícios oriundos
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), foi os recursos genéticos.
assinada durante a ECO 92, no Rio de Janeiro e entrou em
vigor no Brasil em 1994. Além da valoração do recurso genético em si, a CDB
também reconheceu a importância do “conhecimento
O Tratado sobre Recursos Fitogenéticos
A CDB estabelece como objetivos a conservação da
diversidade biológica, a utilização sustentável de seus
tradicional associado à Biodiversidade”, ou seja, o
conhecimento das comunidades quanto à forma de
para Alimentação e Agricultura - FAO
componentes e a repartição justa e eqüitativa dos utilização do recurso genético. A questão dos recursos genéticos na FAO
benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.
O reconhecimento da soberania dos estados sobre os
A FAO Organização das Nações Unidas para a constituem um patrimônio da humanidade e que, por isso,
A pressão dos países do Hemisfério Sul fez com que essa recursos genéticos e o estabelecimento de uma norma de
Alimentação e a Agricultura foi fundada em 1945 e é a sua disponibilidade não deve ser restrita.”
fosse a primeira legislação internacional a afirmar a “repartição de benefícios” foram considerados uma vitória
organização da ONU com competência para negociar
soberania dos estados sobre seus recursos genéticos, dos países do Sul, na qual o Brasil desempenhou
acordos e definir políticas na área de alimentação e Em 1989, o Compromisso foi modificado com a inclusão
reconhecendo o valor econômico da Biodiversidade e suas importante papel. Os Estados Unidos da América não
agricultura, com objetivo de acabar com a fome. de três anexos.
aplicações no campo da Biotecnologia. Até então, vigorava ratificaram a CDB até hoje, entre outros motivos, por
a concepção jurídica de que os recursos genéticos eram defenderem o “acesso livre” aos recursos genéticos. O primeiro acordo da FAO sobre os recursos genéticos O primeiro anexo, adotado em 1989, reconhece os direitos
patrimônio da humanidade. Na prática, funcionava um data de 1983. Trata-se do Compromisso Internacional dos “inovadores formais” estipulados na UPOV, (versão de
regime extremamente predatório de acesso e utilização No entanto, o único ganho obtido pelos países do sul foi o 1978), reconhecendo o “Direito dos Melhoristas” como
sobre Recursos Fitogenéticos, que reconheceu o livre
desses recursos. estabelecimento de uma negociação sobre a criação de óbice legítimo à livre circulação de recursos fitogenéticos.
acesso tanto para o germoplasma básico ou bruto, como
um mecanismo internacional para regulamentar a
para as variedades melhoradas.
Este novo enfoque levou ao estabelecimento de normas mercantilização dos “recursos genéticos.” Em contrapartida, a FAO reconheceu também o direito dos
para o acesso aos recursos genéticos e à imposição de A esta época, vigorava a concepção jurídica de que os agricultores reproduzirem e armazenarem suas sementes,
um mecanismo de repartição de benefícios pelo qual os O “acesso aos recursos genéticos” da maneira como está enunciando que este é um “direito resultante das
recursos genéticos eram “patrimônio da humanidade”, ou
benefícios obtidos através do desenvolvimento de produtos regulamentado na CDB significa apenas uma etapa de um contribuições passadas, presentes e futuras dos
seja o acesso e a utilização dos recursos genéticos era
que utilizem a Biodiversidade ou os conhecimentos processo que levará ao patenteamento de um produto agricultores para a conservação, o desenvolvimento e a
livre. O texto inicial do Compromisso afirmava que “o
tradicionais associados à Biodiversidade devem ser obtido através da utilização da Biodiversidade. guarda de recursos genéticos vegetais, particularmente
presente compromisso está baseado no princípio
repartidos entre o detentor da tecnologia e quem forneceu universalmente aceito de que os recursos fitogenéticos aqueles nos centros de origem/diversidade. Estes direitos
04 05
são outorgados pela Comunidade Internacional, como recursos genéticos, estipulando que os direitos dos genéticos e deixa aos governos nacionais a • O direito de participar de maneira eqüitativa da repartição
depositário para as gerações presentes e futuras de agricultores devem ser implementados através de um responsabilidade de implementar os direitos dos de benefícios decorrentes da utilização dos recursos
agricultores, com o propósito de garantir amplos benefícios fundo internacional para os recursos genéticos das agricultores, enumerando explicitamente as seguintes fitogenéticos para alimentação e agricultura; e
aos agricultores e apoiar a continuidade de suas plantas, idéia desenvolvida também no âmbito da medidas como componentes dos direitos dos agricultores:
• A proteção do conhecimento tradicional associado aos
contribuições.” Convenção Sobre Diversidade Biológica. recursos fitogenéticos para a alimentação e a agricultura.
• O direito de participar na tomada de decisões referentes
O Anexo III do Compromisso foi adotado em 1991 e à conservação e utilização sustentável dos recursos
reconhece os direitos soberanos dos países sobre os fitogenéticos para a alimentação e a agricultura;
Existem dois tipos de Tecnologias Genéticas de A permissão legal para utilizar as tecnologias de restrição Em março de 2006, sob forte pressão dos
Restrição de Uso: as T-GURT e as V-GURT. de uso acabaria com qualquer preocupação sobre a movimentos sociais, a “moratória de fato” da CDB
cobrança de royalties, que tem perturbado a Monsanto em sobre a utilização das tecnologias genéticas de
As T-GURTs (T vem do inglês trait - que significa toda a América do Sul. Além disso, surgiriam para estas
característica) servem para condicionar determinadas transnacionais possibilidades incríveis de maximizar lucros:
características das plantas a indutores químicos externos imagine condicionar a germinação da Soja RR à utilização Modificação da Lei à Vista. Pressão para liberar
(por exemplo, uma planta só geraria a resistência a um do Roundup.
Tecnologias de Restrição de Uso continua no Brasil.
Tecnologias de Restrição de Uso na Convenção A Lei de Biossegurança proíbe a utilização para qualquer
fim, o registro, o patenteamento e o licenciamento das
tecnologias genéticas de restrição de uso de variedade são
mecanismos moleculares induzidos em plantas
sobre Diversidade Biológica tecnologias genéticas de restrição de uso que envolvam a geneticamente modificadas para a produção de sementes
geração de estruturas reprodutivas estéreis ou a ativação estéreis sob condições específicas.”
Este tema surgiu na Convenção sobre Diversidade socioeconômicos e qualquer efeito prejudicial para a ou desativação de genes relacionados à fertilidade das
Biológica em 2000, quando a 5ª Conferência das Partes diversidade biológica, a segurança alimentar e a saúde.” plantas por indutores químicos externos. Pela redação do Projeto de Lei, ficariam autorizados o
recomendou, através da Decisão 5/V, que “devido à patenteamento, a pesquisa ou qualquer outra atividade
ausência, no presente, de dados confiáveis sobre as Em 2002, na COP 6, a decisão 5/V foi reafirmada, tendo as No entanto, tramita na Câmara dos Deputados um Projeto que não seja a comercialização de sementes que
tecnologias genéticas de restrição de uso genético, sem os partes decidido pela designação de um grupo de peritos de Lei (nº 268/2007) de autoria do deputado paranaense contenham tecnologias genéticas de restrição de uso.
quais se carece de uma base adequada para avaliar seus (“Ad hoc Technical Expert Group”), para avaliar os Eduardo Sciarra (DEM), que tem como objetivo modificar a
“Impactos Socioeconômicos da utilização das atual Lei de Biossegurança, flexibilizando a atual proibição A comercialização seria permitida apenas no caso de
possíveis riscos, as partes não devem aprovar produtos
Tecnologias Genéticas de Restrição de Uso em de utilização das tecnologias genéticas de restrição de plantas biorreatoras, definidas como as plantas
que incorporem estas tecnologias para experimentos de
Comunidades Tradicionais, Locais e nos Direitos do uso. O deputado propõe a modificação da atual redação geneticamente modificados para produzirem proteínas ou
campo até que existam dados científicos adequados que
Agricultor.” da lei para a seguinte: substâncias destinadas, principalmente, ao uso terapêutico
possam justificar estes experimentos, e para o uso
ou industrial.
comercial, até que tenham sido realizadas avaliações
Este relatório concluiu que: “Fica proibida a comercialização de sementes que
científicas de forma transparente e se tenham comprovado No PL, a questão das “plantas biorreatoras” tenta esconder
contenham tecnologias genéticas de restrição de uso de
as condições para seu uso seguro e beneficioso em Através da contaminação, as características das plantas o real objetivo do projeto: a permissão da utilização desta
variedade, salvo quando se tratar de sementes de plantas
relação com, entre outras coisas, seus efeitos ecológicos e modificadas podem ser transferidas a outras, ocasionando tecnologia para pesquisa em campo e a permissão de
biorreatoras; Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei,
patenteamento destas tecnologias no Brasil.
12 13
Tecnologias Genéticas de Restrição de Uso e Biossegurança: A questão das Árvores Transgênicas na Convenção
matando a sede com àgua do mar sobre Diversidade Biológica
A mais nova justificativa para a utilização das Tecnologias A utilização das Tecnologias Genéticas de Restrição de
As árvores transgênicas entraram na agenda da CDB na A partir desta decisão, a secretaria do grupo de trabalho
Genéticas de Restrição de Uso é sua utilização como Uso como medida de Biossegurança é mais uma falácia
última Conferência de Partes da CDB (COP 8). sobre diversidade biológica florestal recolheu informações
uma “medida de Biossegurança” para evitar a da indústria de biotecnologia.
O grupo de cientistas designados pela CDB para sobre os potenciais impactos ambientais,
contaminação de plantas convencionais ou agroecológicas Nesta Conferência adotou-se a decisão VIII/19 - B,
apresentar um estudo sobre os impactos das GURTs em socioeconômicos e culturais das árvores geneticamente
por variedades transgênicas. segundo a qual, “as partes da Convenção sobre
2005 apontou que “o mais óbvio inconveniente no desenho modificadas.
Diversidade Biológica deverão adotar um enfoque de
A União Européia está investindo 5,38 milhões de Euros no é que plantas GURTs produzem Pólen GM capaz de
precaução em relação à utilização das árvores Após compilar informações sobre os potenciais impactos
projeto Transconteiner, que tem como objetivo “desenvolver fertilizar cultivos próximos e plantas silvestres ou invasoras
geneticamente modificadas, em razão do grau de incerteza das árvores transgênicas, o secretariado da CDB concluiu
sistemas estáveis e eficientes de contenção para plantas aparentadas. Os transgenes contidos no Pólen GM e
científica relacionado à sua aplicação.” que: “até o momento, existe uma grande incerteza sobre a
geneticamente modificadas, para garantir a coexistência de (potencialmente) qualquer proteína expressada por esses
utilização das árvores geneticamente modificadas e não se
plantas transgênicas com outros tipos de cultivos”. genes estarão, assim, presentes na semente da No mesmo texto, as partes solicitaram ao Secretário dispõe dos dados científicos necessários para avaliar seus
polinização cruzada, independentemente se essa semente Executivo que compilasse a informação sobre impactos
O principal objetivo do projeto é desenvolver plantas possíveis impactos.”
se tornou estéril.” ambientais e socioeconômicos das árvores transgênicas,
geneticamente modificadas “que se auto-contenham” para
para que na 9ª Conferência de Partes tais informações
evitar o risco de fluxo gênico e a contaminação de Portanto, do ponto de vista técnico, o problema da
fossem novamente analisadas.
variedades orgânicas ou convencionais. contaminação não estaria resolvido, já que as
características indesejáveis das plantas (o
No site do Projeto, afirma-se que as tecnologias
desenvolvidas não implicarão em uma esterilidade
condicionamento da fertilidade) poderiam ser transmitidas
para cultivos não geneticamente modificados ou
Direitos dos Agricultores
permanente, uma vez que incluíriam mecanismos para
variedades silvestres.
reverter esta característica através de indutores químicos O objetivo deste informativo foi dar um panorama da como forma de enfrentamento ao Agronegócio que a
externos. A iniciativa da União Européia é só mais uma forma de regulamentação vigente e também das propostas de resistência é mais visível.
apresentar as Tecnologias de Restrição de Uso à modificação da legislação que regulamenta a utilização da
opinião pública de uma forma mais “suave”. Resta saber Agrobiodiversidade. O testemunho mais importante deste fato é o
se a União Européia vai ter coragem de defender este fortalecimento crescente das iniciativas em Agroecologia,
absurdo também na CDB e no Protocolo de Fica claro que as leis surgidas tiveram como eixo principal baseadas no uso livre e comum da Agrobiodiversidade e