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FACULDADE DE CIÊNCIAS

Departamento de Matemática e Informática

Trabalho de Licenciatura em
Informática

Desenvolvimento de um Sistema para a Gestão


de Membros, Quotas e Actividades para a
Associação Domingo Sim, Domingo Sim

Autor: Alfredo Sebastião

[Nome completo do autor]

Maputo, Outubro de 2019

[Nome completo do autor]


FACULDADE DE CIÊNCIAS
Departamento de Matemática e Informática

Trabalho de Licenciatura em
Informática

Desenvolvimento de um Sistema para a Gestão


de Membros, Quotas e Actividades para a
Associação Domingo Sim, Domingo Sim

Autor: Alfredo Sebastião

Supervisor: Mestre, João Metambo, UEM-DMI

Co-Supervisor: Prof. Doutor, José António Nhavoto, UEM-DMI

Maputo, Outubro de 2019


[Nome completo do autor]

[Nome completo do autor]


Dedicatória

À toda minha família, em especial aos meus Pais, Sebastião Alfredo e


Angélica Macucule

i
Declaração de Honra

Declaro por minha honra que o presente Trabalho de Licenciatura é resultado da minha investigação e
que o processo foi concebido para ser submetido apenas para a obtenção do grau de Licenciado em
Informática, na faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane.

Maputo, 11 de Outubro de 2019

_______________________________
(Alfredo Sebastião)

ii
Agradecimentos
O presente trabalho é resultado de muito esforço e dedicação com o objectivo de obter uma formação
na área de Informática e seguir uma carreira profissional. Entretanto, agradeço imenso à todos que
apoiaram a realização do presente trabalho.

Agradeço à Deus, por me ter concedido o dom da vida, por me ter acompanhado durante estes 4 anos e
por me ter concedido saúde e força para lutar com vista ao alcance dos meus objectivos dia após dia.

Agradeço à Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Ciências, Departamento de Matemática e


Informática por proporcionar o ambiente estudantil que favorece a formação e preparação do homem
para a vida profissional e social.

Agradeço aos Supervisores doutor João Metambo e Doutor José António Nhavoto, pela disponibilidade,
pela orientação, sugestões prestadas e participação em encontros ao longo da realização do presente
trabalho.

Ao meu pai, Sr. Sebastião Alfredo, por não ter poupado esforços para a minha educação, por me instruir
desde cedo, com ajuda da minha mãe, Sra. Angélica Raúl Macucule a me entregar aos estudos para que
conseguisse firmar-me na vida, o meu muito obrigado.

Agradeço, igualmente, a todos docentes do curso de informática do DMI, em especial ao dr. Amarildo
Come, Me. Osvaldo Cossa, Me. Judite Mandlate e Prof. Doutor Emílio Mosse pelos seus ensinamentos
durante a formação que hoje tem impacto na minha vida pessoal bem como profissional.

Aos meus amigos, em especial os do grupo Siko, pelo apoio moral, críticas e incentivo prestado durante
o decorrer da minha formação, o meu muito obrigado.

iii
Resumo

As organizações associativas têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da


sociedade, pois, por meio delas, o homem busca, através de um esforço colectivo, reunir esforços para
reivindicar melhorias na comunidade e defender os interesses dos membros da associação. Uma das
características dessas organizações é a geração de seu património através de contribuições, muitas vezes
em forma de quotas, de seus próprios membros e doações externas, propiciando a existência de meios
escaços para a sua sobrevivência.

A gestão de recursos é bastante crucial para a continuidade e realização de actividades em associações e,


no seu dia-a-dia, os gestores de organizações associativas têm tido um conjunto elevado de informações
por gerir, o que torna esse processo bastante complexo e obriga-os a buscar por meios informatizados
para a efectivação dessas tarefas de gestão e servir de base para tomada de decisão.

Neste contexto, foi realizado o presente trabalho com vista a melhorar o processo de gestão de
actividades e finanças da associação DSDS. No entanto, o trabalho teve como foco o desenvolvimento
de uma plataforma para a gestão de membros, quotas e actividades da associação DSDS, com o principal
propósito de tornar mais cómodo e eficiente todo o processo de gestão da associação.

No presente trabalho, aliou-se o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação e princípios de gestão


de fluxo de caixa para concepção de um meio informatizado que permitisse de forma facilitada obter
informação sobre a situação financeira real da associação. Para o desenvolvimento do protótipo recorreu-
se a um paradigma orientado a objectos e a prototipagem evolutiva como modelo de processo. Foi feita
uma pesquisa bibliográfica para uma fundamentação teórica, e o uso entrevistas e análise documental
para a recolha de dados.

Espera-se que o presente trabalho contribua em grande medida para a melhoria do actual processo de
gestão da associação DSDS, e consequentemente contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do
País.

Palavras-chave: Associação, gestão de finanças, continuidade de actividades.

iv
Abstract

Associative organizations have played a fundamental role in the development of society, through which
men seek, through a collective effort, to join efforts to claim improvements in the community and to
defend the interests of the members of the association. One of the characteristics of these organizations
is the generation of their assets through contributions, often in the form of quotas, from their own
members and external donations, providing the means for their survival.

Resource management is very crucial for the continuity and performance of activities in associations, and
in their day-to-day management of membership organizations has had a large body of information to
manage, which makes this process quite complex and obligatory. To seek them by computerized means
to perform these management tasks and to serve as a basis for decision making.

In this context, this work has been done to improve the DSDS association's business and financial
management process. However, the work focused on the development of a platform for the management
of DSDS association members, quotas and activities, with the main purpose of making the whole
association management process more comfortable and efficient.

In the present work, the use of Information and Communication Technologies and principles of cash
flow management were combined to design a computerized medium that would facilitate information on
the association's real financial situation. For prototype development, an object-oriented paradigm and
evolutionary prototyping were used as a process model. A bibliographic search was made for a theoretical
foundation, and the use of interviews and document analysis for data collection.

The present work is expected to contribute greatly to the improvement of the current management
process of the DSDS association, and consequently contribute to the socioeconomic development of the
country.

Keywords: Association, finance management, activities continuity.

v
Abreviaturas

API Application Programming Interface (Interface de Programação de Aplicações)

ATM Automated Teller Machine (Caixa Electrónica)

DSDS Domingo Sim, Domingo Sim

Computer-Aided Software Engineering (Engenharia de Software Assistido por


CASE
Computador)

IDE Integrated Development Environment (Ambiente Integrado de Desenvolvimento)

ONGs Organizações Não-governamentais

PIN Personal Identificatoin Number (Número de Identificação Pessoal)

SMS Short Message Service (Serviço de Mensagem Curta)

TICs Tecnologias de informação e Comunicação

UML Unified Modeling Language (Linguagem de Modelação Unificada)

Unstructured Supplementary Service Data (Dados de Serviços Suplementares não


USSD
Estruturados)

vi
Glossário

API É o conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um software ou


uma plataforma. A sigla API refere-se ao termo em inglês "Application Programming
Interface" que significa em tradução para o português "Interface de Programação
de Aplicações".

Backend É um processador ou programa subordinado, não directamente acedido pelo


usuário, que executa uma função específica.

Browser É um programa que permite-nos visualizar e explorar a informação na Web.

Framework Em desenvolvimento de software, é uma abstracção que une códigos comuns entre
vários projectos de software provendo uma funcionalidade genérica.

Frontend É um dispositivo ou parte do programa directamente acedida pelo usuário.

IDE Programa de computador que auxilia o programador em tarefas como


configuração, programação, documentação do código e testes.

Input Dados de entrada.

Mpesa Serviço financeiro que permite movimentar dinheiro através de um número de


telemóvel.

Online Termo usado para descrever algo acessível através da web.

Paypal Serviço financeiro que permite efectuar pagamentos Online.

Software É a parte lógica do computador que compreende o conjunto de programas e


instruções executados por um computador.
Stackholders Descreve uma pessoa ou um grupo com interesse no sistema a ser desenvolvido.

Web É um sistema de documentos dispostos na Internet que permitem o acesso às


informações apresentadas no formato de hipertexto.
WhatsApp Aplicação Móvel para a troca de mensagens.

vii
Índice

Dedicatória ................................................................................................................................................................ i

Declaração de Honra .............................................................................................................................................. ii

Agradecimentos ...................................................................................................................................................... iii

Resumo .................................................................................................................................................................... iv

Abstract .................................................................................................................................................................... v

Abreviaturas ............................................................................................................................................................ vi

Glossário ................................................................................................................................................................ vii

Lista de Figuras...................................................................................................................................................... xii

Lista de Tabelas .................................................................................................................................................... xiv

1. Introdução....................................................................................................................................................... 1

1.1 Contextualização .................................................................................................................................... 1

1.2 Definição do problema.......................................................................................................................... 3

1.3 Objectivos ............................................................................................................................................... 5

1.3.1 Objectivo geral ............................................................................................................................... 5

1.3.2 Objectivos específicos ................................................................................................................... 5

1.4 Estrutura do trabalho............................................................................................................................. 6

2 Revisão de Literatura ..................................................................................................................................... 7

2.1 O Terceiro Sector ou Sociedade Civil ................................................................................................. 7

2.1.1 Tipos de Organizações do Terceiro Sector ................................................................................ 8

2.1.2 Uso de TICs em Organizações do Terceiro Sector .................................................................. 8

2.2 Associação ............................................................................................................................................. 10

2.2.1 Características de associações ..................................................................................................... 11

2.2.2 Funcionamento de associações .................................................................................................. 11

2.2.2.1 Seus órgãos ........................................................................................................................... 11

2.2.2.2 Instrumentos de gestão ....................................................................................................... 13

viii
2.2.3 Quotas em Associações .............................................................................................................. 13

2.3 Gestão de Finanças .............................................................................................................................. 13

2.3.1 Gestão Financeira ........................................................................................................................ 13

2.3.1.1 Fluxo de Caixa...................................................................................................................... 14

3 Material e Métodos ...................................................................................................................................... 18

3.1 Métodos de investigação ..................................................................................................................... 18

3.1.1 Abordagem de pesquisa .............................................................................................................. 18

3.1.2 Natureza da pesquisa ................................................................................................................... 18

3.1.3 Técnicas de recolha de dados ..................................................................................................... 18

3.1.3.1 Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................................... 18

3.1.3.2 Pesquisa documental ........................................................................................................... 19

3.1.3.3 Entrevista .............................................................................................................................. 19

3.2 Modelação do Sistema ......................................................................................................................... 20

3.2.1 Método de Modelação ................................................................................................................. 20

3.2.2 Ferramentas de modelação ......................................................................................................... 20

3.3 Métodos de Desenvolvimento ........................................................................................................... 20

3.3.1 Modelo de Processo .................................................................................................................... 21

3.3.1.1 Prototipagem Evolutiva ...................................................................................................... 21

3.3.2 Paradigma de desenvolvimento ................................................................................................. 22

3.3.3 Linguagem de Programação ....................................................................................................... 22

3.3.4 Frameworks .................................................................................................................................. 22

3.3.4.1 API (Application Programming Interface) ...................................................................... 23

3.3.5 Ambiente Integrado de Desenvolvimento (IDE) ................................................................... 23

3.3.6 Sistema de Controlo de Versão (SCV) e Repositório Remoto.............................................. 23

3.3.7 Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD) ....................................................................... 24

4 Resultados ..................................................................................................................................................... 25

4.1 Modelo Actual ...................................................................................................................................... 25

4.1.1 Descrição do Modelo Actual ...................................................................................................... 25

ix
4.1.2 A Arquitectura do Modelo Actual ............................................................................................. 26

4.2 Modelo Proposto.................................................................................................................................. 27

4.2.1 Descrição do Modelo Proposto ................................................................................................. 27

4.2.2 Arquitectura do Modelo Proposto ............................................................................................ 28

4.2.3 Actores do Sistema ...................................................................................................................... 28

4.2.4 Requisitos do Sistema .................................................................................................................. 28

4.2.4.1 Levantamento de Requisitos .............................................................................................. 29

4.2.4.2 Convenções Adoptadas ...................................................................................................... 29

4.2.4.3 Requisitos Funcionais ......................................................................................................... 30

4.2.4.4 Requisitos Não funcionais .................................................................................................. 32

4.2.5 Modelação do sistema ................................................................................................................. 33

4.2.5.1 Diagrama de classes ............................................................................................................. 34

4.2.5.2 Diagrama de Casos de uso – gestão de conta de utilizadores ....................................... 35

4.2.5.3 Diagrama de Casos de uso – Membro ............................................................................. 38

4.2.5.4 Diagrama de Casos de uso – Membro gestor.................................................................. 42

4.2.5.5 Diagrama de Sequência de Eventos .................................................................................. 51

4.2.5.6 Diagrama de transição de estados ..................................................................................... 55

5 Conclusões e Recomendações ................................................................................................................... 56

5.1 Conclusões ............................................................................................................................................ 56

5.2 Recomendações .................................................................................................................................... 57

6 Referências Bibliográficas ........................................................................................................................... 58

7 Anexos ........................................................................................................................................................... 61

7.1 Anexo 1: Guião de Entrevista aos Gestores da Associação DSDS .............................................. 61

7.2 Anexo 2: Guião de Entrevista aos membros da Associação DSDS ............................................. 62

7.3 Anexo 3: Tabela Excel de registo de Pagamento de quotas .......................................................... 63

7.4 Anexo 4: Tabela Excel de registo de pagamento de despesas mensais ........................................ 63

7.5 Anexo 5: Tabela Excel de registo de contribuição para evento .................................................... 64

7.6 Anexo 6: Tabela Excel de registo de pagamentos para torneio .................................................... 65

x
7.7 Anexo 7: Comprovativo de pagamento de quotas .......................................................................... 66

7.8 Anexo 8: Manual do utilizador ........................................................................................................... 68

7.8.1 Acesso ao sistema ........................................................................................................................ 68

7.8.2 Módulo do membro gestor......................................................................................................... 69

7.8.3 Módulo do membro simples ...................................................................................................... 81

xi
Lista de Figuras
Figura 1- Transacções de caixa, Adaptado de Zdanowicz (2000).................................................................. 17
Figura 2 - Arquitectura do modelo actual, autor .............................................................................................. 26
Figura 3 - Arquitectura do modelo proposto, autor ........................................................................................ 28
Figura 4 - Diagrama de classes, autor................................................................................................................. 34
Figura 5 - Diagrama casos de uso - Controle de acesso, autor ...................................................................... 35
Figura 6- Diagrama de casos de uso - membro, autor..................................................................................... 38
Figura 7 - Diagrama de casos de uso – membro-gestor, autor ...................................................................... 42
Figura 8 - Diagrama de sequência de eventos - registo de membro, autor .................................................. 51
Figura 9 - Diagrama de sequência de eventos - pagamento de quotas, autor .............................................. 52
Figura 10 - Diagrama de sequência de eventos – pagamento de serviço, autor .......................................... 53
Figura 11 - Diagrama de sequência de eventos - registo de evento, autor ................................................... 54
Figura 12 - Diagrama de transição de estados - pagamento de quotas, autor .............................................. 55
Figura 13 - Tabela Excel de registo de pagamento de quotas ........................................................................ 63
Figura 14 - Tabela Excel de registo de pagamento de despesas mensais ..................................................... 63
Figura 15 - Tabela Excel de registo de contribuição para evento .................................................................. 64
Figura 16 - Tabela Excel de registo de pagamentos para torneio .................................................................. 65
Figura 17 - Comprovativo de pagamento de quotas 1 .................................................................................... 66
Figura 18 - Comprovativo de pagamento de quotas 2 .................................................................................... 67
Figura 19 - Tela de login ...................................................................................................................................... 68
Figura 20 - Tela de visualização de eventos - membro gestor........................................................................ 69
Figura 21 - Tela de registo de evento - membro gestor .................................................................................. 70
Figura 22 - Tela de visualização de detalhes de um evento - membro gestor.............................................. 71
Figura 23 - Tela de visualização de detalhes de um evento (Pagamentos) - membro gestor..................... 72
Figura 24 -Tela de visualização de detalhes de contribuição - membro gestor ........................................... 72
Figura 25 - Tela de visualização de detalhes de contribuição (Contribuições por confirmar) - membro
gestor....................................................................................................................................................................... 73
Figura 26 - Tela de visualização de detalhes de contribuição (Contribuições recebidas) - membro gestor
................................................................................................................................................................................. 73
Figura 27 - Tela de visualização de membros da associação .......................................................................... 74
Figura 28 - Tela de registo de membros da associação – informação pessoal ............................................. 74
Figura 29 - Tela de registo de membros da associação – informação geral e contacto .............................. 75
Figura 30 - Tela de registo de membros da associação – informação de utilizador .................................... 75
Figura 31 - Tela de visualização de quotas de um ano .................................................................................... 76

xii
Figura 32 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos não feitos ................... 77
Figura 33 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos por confirmar............ 78
Figura 34 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos confirmados .............. 78
Figura 35 - Tela de registo de pagamento de quotas na plataforma .............................................................. 79
Figura 36 - Tela de visualização de relatórios 1 ................................................................................................ 79
Figura 37 - Tela de visualização de relatórios 2 ................................................................................................ 80
Figura 38 - Tela de visualização de relatórios 3 ................................................................................................ 80
Figura 39 - Tela de visualização de relatórios 4 ................................................................................................ 81
Figura 40 - Tela de visualização de quotas de um ano .................................................................................... 81
Figura 41 - Tela de pagamento de quotas.......................................................................................................... 82
Figura 42 - Tela de pagamento de quotas com Mpesa .................................................................................... 82
Figura 43 - Tela de pagamento de quotas com Paypal .................................................................................... 83

xiii
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Requisitos Funcionais, autor............................................................................................................. 32
Tabela 2 - Requisitos não funcionais, autor. ..................................................................................................... 32
Tabela 3 - Descrição de caso de uso - Iniciar sessão, autor ............................................................................ 35
Tabela 4 - Descrição de caso de uso - Registar membro, autor ..................................................................... 36
Tabela 5 - Descrição de casos de uso – criar conta, autor .............................................................................. 36
Tabela 6 - Descrição de caso de uso - visualizar o perfil, autor ..................................................................... 37
Tabela 7 - Descrição de caso de uso – alterar dados do perfil, autor ............................................................ 37
Tabela 8 - Descrição de caso de uso - terminar secção, autor........................................................................ 37
Tabela 9 - Descrição de caso de uso – visualizar dados da associação, autor .............................................. 39
Tabela 10 - Descrição de caso de uso - visualizar membros da associação, autor ...................................... 39
Tabela 11 - Descrição de caso de uso - visualizar quotas, autor .................................................................... 40
Tabela 12 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de quotas, autor.............................................. 40
Tabela 13 - Descrição de caso de uso - visualizar eventos, autor .................................................................. 41
Tabela 14 - Descrição de caso de uso - visualizar contribuições de eventos, autor .................................... 41
Tabela 15 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de contribuição de eventos, autor ............... 41
Tabela 16 - Descrição de caso de uso - visualizar dados da associação, autor............................................. 43
Tabela 17 - Descrição de caso de uso - alterar dados da associação, autor .................................................. 43
Tabela 18 - Descrição de caso de uso - Registar membro, autor ................................................................... 44
Tabela 19 - Descrição de caso de uso - visualizar dados dos membros, autor ............................................ 44
Tabela 20 - Descrição de caso de uso - desactivar membro, autor ............................................................... 44
Tabela 21 - Descrição de caso de uso - visualizar histórico de pagamento de um membro, autor .......... 45
Tabela 22 - Descrição de caso de uso – registar serviço, autor ...................................................................... 45
Tabela 23 - Descrição de caso de uso - registar dados sobre quotas, autor ................................................. 46
Tabela 24 - Descrição de caso de uso - visualizar dados de quotas, autor ................................................... 46
Tabela 25 - Descrição de caso de uso - editar dados de quotas, autor.......................................................... 46
Tabela 26 - Descrição de caso de uso - visualizar pagamento de quotas, autor .......................................... 47
Tabela 27 - Descrição de caso de uso - confirmar pagamento de quotas, autor ......................................... 47
Tabela 28 - Descrição de caso de uso - registar eventos, autor...................................................................... 48
Tabela 29 - Descrição de caso de uso - registar contribuição de eventos, autor ......................................... 48
Tabela 30 - Descrição de caso de uso - registar pagamento relativo à um evento, autor........................... 48
Tabela 31 - Descrição de caso de uso - visualizar pagamentos de contribuições, autor ............................ 49
Tabela 32 - Descrição de caso de uso - editar dados de eventos, autor ........................................................ 49
Tabela 33 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de serviços, autor ........................................... 50

xiv
Tabela 34 - Descrição de caso de uso - registar fornecedores externos, autor ............................................ 50
Tabela 35 - Descrição de caso de uso - enviar comunicados, autor .............................................................. 50
Tabela 36 - Descrição de caso de uso - visualizar relatórios, autor ............................................................... 51

xv
1
1. Introdução

O presente capítulo tem o objectivo de apresentar uma contextualização sobre organizações associativas
e o uso das tecnologias de informação e comunicação na gestão de sistemas de informação em
associações. É enunciado o problema a resolver, os objectivos a serem atingidos durante a realização do
trabalho e, por fim, a estrutura do trabalho.

1.1 Contextualização
Já há bastante tempo que o homem vive em comunidade, procurando partilhar ideias, princípios e o que
possuía como riqueza, o que viria implicar a necessidade de criação de espaços de participação conjunta
para a discussão e resolução de problemas que fossem comuns, surgindo a partir daí movimentos para
criação de associações (Ministério da Juventude e Desportos, 2009).

Viegas (2004), define associação como todo o grupo de indivíduos que decidem, de forma voluntária,
colocar em comum os seus conhecimentos ou actividades, segundo regras por eles definidas, tendo em
vista compartilhar os benefícios da cooperação ou defender causas ou interesses do grupo. Estas
associações, têm um papel importante para o desenvolvimento das comunidades, pois os membros, ao
participarem de organizações associativas, ganham o direito de tomar decisões sobre as comunidades,
buscando responder às necessidades colectivas e ao bem-estar social e passam a possuir maior
oportunidade de alcançar os objectivos para a melhoria das condições de vida.

Em Moçambique, a década de 90 foi marcada por uma explosão de associações de carácter cultural e
recreativo, associações socio-humanitárias, religiosas, estudantis e políticas partidárias, a maior parte
concentrada nos centros urbanos (Biza, 2009). Este crescimento na criação de associações em
Moçambique esteve associado às mudanças sociopolíticas que o país tem vivido nas últimas décadas, e
também, à chegada massiva de Organizações Não-Governamentais no país, que criou a necessidade da
existência de parceiros locais para assistência na execução de seus projectos.

De um modo geral, as associações reúnem pessoas por possuírem um objectivo em comum, sem o
propósito de gerar lucros, e o seu património é construído pelos seus próprios membros através de
contribuições contínuas, doações ou até mesmo patrocínios, o que faz com que a gestão das colectas

1
efectuadas seja essencial para a sobrevivência e sucesso de qualquer associação, independentemente do
seu porte.

Com a globalização, as organizações associativas são colocadas em um contexto em que a informação e


a comunicação passaram a tornar-se fundamentais para a criação de estratégias para o desenvolvimento
das mesmas, tornando-se assim, as Tecnologias de Informação (TICs) importantes para a efectividade de
actividades de gestão de informação de organizações associativas, possibilitando ainda a produção de
conhecimento que capacita os gestores na tomada de decisões que satisfaçam as reais necessidades dos
membros da associação.

Com isso, nota-se que o uso de TICs em associações pode alavancar o desenvolvimento e melhoria de
todo o processo de gestão da associação, daí, o interesse em abordar, durante este trabalho, a aplicação
das TICs para o melhoramento do sistema de gestão de informação através do desenvolvimento de uma
plataforma para gestão de membros, quotas e actividades da associação Domingo Sim, Domingo Sim
(DSDS).

2
1.2 Definição do problema
O processo de gestão de organizações tem apresentado sérios desafios aos gestores. Por um lado, o
mercado encontra-se bastante competitivo, as mudanças económicas e tecnológicas são constantes, por
isso torna-se fundamental que os gestores saibam administrar equipes e fazer uso das áreas relevantes
para a sobrevivência da organização. Por outro lado, gerir uma associação, que é uma organização sem
fins lucrativos, pode ser um processo ainda mais complexo pois a sua gestão muitas vezes não apresenta
uma estrutura adequada, recursos financeiros, materiais e pessoais.

Ademais, responder aos desafios da transparência como requer a concessão de financiamentos, a


necessidade de estabelecimento de parcerias e a manutenção de serviços voluntários com resultados,
exige levar em consideração o constante monitoramento do desempenho organizacional e uso de
tecnologias actuais que facilitem esse processo, de modo a auxiliar as associações a cumprirem as suas
responsabilidades.

Diariamente, as associações são expostas à gestão de um elevado volume de informação, sendo parte
dessa informação composta por conteúdos não estruturados, o que dificulta o tratamento e
consequentemente a sua gestão, tomando como caso específico a associação DSDS.

A associação DSDS, no seu dia-a-dia, realiza um conjunto de actividades em concordância com os seus
membros. A realização dessas actividades cria a necessidade de comunicação constante com os membros
de modo a garantir uma melhor coordenação da realização das actividades. Actualmente a comunicação
dentre os organizadores das actividades e os membros tem sido realizada com dificuldades, devido ao
empreendimento de demasiado esforço na gestão de diferentes canais de comunicação para os membros,
criando assim a necessidade da criação de um canal de informação exclusivo para a divulgação de
comunicados ligados a associação.

Na associação, os membros têm feito contribuições mensais em forma de quotas, de modo a arcar com
despesas relativas as actividades realizadas e actualmente o controlo dessas contribuições é feito em
planilhas Excel. A falta de um mecanismo tecnológico que permita realizar o controlo das contribuições
vem criando dificuldades ao comité gestor, visto que possui um volume considerável de informação por
gerir, e o mesmo vem aumentando com o número crescente de membros com diferentes formas de
tratamento, tornando o processo de controlo demasiado trabalhoso e susceptível a falhas que podem
corromper toda a gestão de finanças da associação.

Os gestores da associação têm enfrentado desafios para realizar o acompanhamento de contribuições já


feitas pelos membros e notificar aos membros que não contribuíram, originando o alerta aos membros
em dias próximos da data última de pagamento, fazendo com que os membros efectuem pagamentos

3
atrasados, o que atrasa todos os compromissos a serem pagos pela associação, cujos valores provém do
pagamento de quotas.

A contribuição de valores monetários é feita também em caso de realização de um evento específico, de


modo a arcar com todas as despesas do evento, daí, nota-se a existência de diferentes fontes de
contribuições a serem geridas, o que vem criando dificuldades aos gestores no controlo de cada um dos
valores contribuídos bem como a finalidade dos mesmos.

As contribuições feitas pelos membros possuem como principal objectivo, suprir as diversas necessidades
nas actividades da associação, tornando-se necessário o controlo dos pagamentos feitos a todos
fornecedores de serviços da associação. Devido a não relação entre os dados sobre a colecta de valores
efectuados e os pagamentos efectuados tem havido uma disparidade em relação aos valores presentes nas
planilhas, e tendo em conta que o conjunto de serviços e fornecedor tem aumentado dia-após-dia, é
requerido demasiado esforço para a realização da análise e controlo financeiro e gestão dos recursos da
associação, o que acrescenta a possibilidade de ocorrência de falhas em cálculos, que pode criar alguma
instabilidade em todo o processo de gestão na associação.

Actualmente o processo de pagamento de quotas ou contribuição para eventos tem sido efectuado por
meio de depósitos bancários, transferências em ATM ou transferência através de canais de pagamento
móvel, sendo que o depósito bancário e transferência em ATM são métodos que trazem consigo custos
associados ao deslocamento do membro e provável cumprimento de filas longas. Após efectuar o
pagamento é necessário informar ao membro gestor sobre o pagamento feito, sendo que o membro
gestor regista o pagamento mediante a apresentação de um comprovativo do respectivo pagamento que
deverá ser conservado a posteriori, por maior tempo possível, de modo a ser usado em caso de outra
necessidade de confirmação do pagamento.

O método de confirmação não transmite a segurança desejada, visto que existe maior possibilidade de
perder o comprovativo do pagamento antes que o mesmo chegue ao membro gestor para a confirmação
do pagamento bem como a necessidade, muitas vezes, de espaço físico, para a sua conservação.

É com base nos constrangimentos descritos, alguns, criados pela ausência de um meio informatizado
para realizar o controlo de quotas e membros na associação DSDS que no presente trabalho, propõe-se
a aplicação e uso das TICs para o desenvolvimento de uma plataforma para o controlo dos membros,
quotas e actividades para a associação DSDS, com o principal objectivo de melhorar o fluxo da
informação e todo o processo de gestão da associação, garantindo um planeamento estratégico cada vez
mais eficaz e melhorias nas actividades diárias dos gestores da associação DSDS.

4
1.3 Objectivos
1.3.1 Objectivo geral
Desenvolver o protótipo de um sistema para a gestão dos membros, quotas e actividades para associação
DSDS.

1.3.2 Objectivos específicos


De modo a alcançar o objectivo geral descrito, são definidos os seguintes objectivos específicos:

 Analisar o funcionamento do sistema actual de gestão de membros, quotas e actividades da


associação DSDS;

 Identificar os constrangimentos existentes no sistema actual;

 Estudar o uso das tecnologias de informação e comunicação em organizações sem fins lucrativos;

 Desenhar a proposta de um modelo de sistema para a gestão de membros, quotas e actividades


para a associação DSDS;

 Codificar o sistema proposto.

5
1.4 Estrutura do trabalho
O trabalho encontra-se dividido em sete (7) capítulos, nomeadamente, introdução, revisão de literatura,
material e métodos, resultados, conclusões e recomendações, referências bibliográficas e anexos.

No capítulo 1, é feita a contextualização do trabalho, é enunciado o problema, e são abordados os


objectivos a serem alcançados durante a realização do trabalho. No capítulo 2 são apresentados os estudos
feitos relacionados com o tema do trabalho, como forma de obter uma melhor percepção sobre a gestão
de organizações associativas, bem como a gestão de finanças e sua relação com a gestão do fluxo de caixa.
No capítulo 3 são apresentados os métodos de investigação, os métodos para a modelação do sistema e
métodos usados para o desenvolvimento do sistema, com vista ao alcance dos objectivos estabelecidos.
O capítulo 4 apresenta os resultados obtidos durante a realização do presente trabalho. No capítulo 5 se
apresentam as principais conclusões sobre o estudo realizado e as principais recomendações que se
perspectivam para os trabalhos futuros relacionados com o presente trabalho. No capítulo 6 são
apresentadas as obras consultadas para a realização do trabalho e, por fim, o capítulo 7 apresenta os
anexos em termos de documentos suplementares a este trabalho.

6
2
2 Revisão de Literatura

No presente capítulo são apresentados estudos e publicações de conceitos relacionados ao terceiro sector
da economia, associações e sua importância na resposta aos problemas da sociedade, são apresentados
conceitos ligados à quotas, gestão de finanças, benefícios obtidos com a sua utilização e aspectos ligados
ao controlo de fluxo de caixa.

2.1 O Terceiro Sector ou Sociedade Civil


De modo a enquadrar melhor o estudo de associações, inicialmente serão abordados, conceitos ligados
ao terceiro sector da economia, sendo este o sector que engloba as associações e diversos outros tipos de
organizações sem fins lucrativos.

Durante muito tempo, os sectores da economia eram divididos em somente dois sectores, o sector
público e o sector privado, e os mesmos guardavam entre si características bastante distintas; de um lado
encontrava-se o Estado, a esfera de governo que preocupa-se com a gestão de recursos públicos com
fins públicos; e do outro lado, o Mercado, preocupado com a gestão de recursos privados com fins
privados e lucrativos (Alves, 2011). Em virtude da difícil convivência entre esses dois sectores, começa a
surgir um novo sector denominado de Terceiro Sector, o qual tem-se tornado um grande mobilizador de
recursos humanos e materiais, com o objectivo de impulsionar iniciativas voltadas para o
desenvolvimento social.

Ferreira citado por Vieira (2015), define Terceiro sector como o conjunto de organizações e iniciativas
da sociedade civil que, não pertencendo ao Estado, produzem bens e serviços sociais e que, sendo
privadas, não têm fins lucrativos. Scheunemann e Rheinheimer (2009) acrescentam caracterizando as
organizações do terceiro sector como sendo um movimento não-governamental, não lucrativo e um
conjunto de iniciativas particulares com um sentido público.

Mediante as contribuições dos autores anteriormente citados pode concluir-se que faz parte do terceiro
sector qualquer entidade sem fins lucrativos que trabalha em prol do desenvolvimento social, sendo que
estas, não se inserem nem no sector público nem no privado e não visa a distribuição de lucros entre seus
membros; os benefícios da actuação do Terceiro Sector são para a comunidade.

7
2.1.1 Tipos de Organizações do Terceiro Sector
As organizações do Terceiro sector, assumem diferentes designações, dentre elas, entidades,
organizações, associações e instituições (Scheunemann & Rheinheimer 2009). Embora
independentemente da terminologia, são organizações que são privadas e actuam em actividades de
interesse público sendo que os mais notados frequentemente são associações, fundações e ONGs
(Scheunemann & Rheinheimer, 2009). Getão (2014), acrescenta, defendendo que quer associações ou
fundações, podem adoptar outros termos diferentes para se identificar, diferenciando-se com base no seu
formato, formalização, finalidade e sector de actuação.

Abaixo é feita uma caracterização dos tipos organizações do Terceiro sector, segundo Scheunemann e
Rheinheimer (2009) e Getão (2014), podendo à posterior desenvolver ainda mais sobre as associações,
uma vez que este é o tema de interesse do presente trabalho:

 Associações: uma organização do Terceiro sector é designada de Associação quando é uma


organização baseada num contracto que se estabelece de forma livre entre um grupo de pessoas
para exercer actividades comuns ou defender interesses iguais; As associações podem incluir
sindicatos, bem como outras formas diferentes de Organizações do Terceiro Sector;
 Fundações: quando são organizações que adoptam uma postura mais austera em que aliam um
património a um determinado fim específico;
 Organizações Não-Governamentais (ONGs): quando as entidades operam na protecção e
luta por causas sociais assumindo uma posição de referência junto à sociedade;

2.1.2 Uso de TICs em Organizações do Terceiro Sector


As TICs desempenham um papel bastante importante para a construção de uma sociedade da
informação. A evolução e o acesso à novas tecnologias, móveis ou não, aliados à qualidade de aplicações
baseadas nos dispositivos, vem mudando a forma de socialização dos indivíduos, de organizações,
governo e comunidades, proporcionando a construção de conhecimentos, redes de colaboração e
processos de inovação (Sales & Da Silva, 2015). Assim, o impacto das novas tecnologias na sociedade é
evidente e tem acarretado em mudanças comportamentais, culturais e económicas, na medida em que o
uso de dispositivos tecnológicos passaram a ser essenciais para o desenvolvimento de negócios.

Por sua vez, as organizações sem fins lucrativos, têm aproveitado as potencialidades das novas tecnologias
na consecução de sua missão e na transformação social (Burt & Taylor, citados por Nonprofit, 2016). E
para Sales e Da Silva (2015), as TICs favorecem a participação e apoio às causas sociais, pois facilitam a
disseminação das informações, possibilitam a autonomia dos indivíduos pela geração de seus próprios
meios de expressão, de recuperação de informação e interacção, além de que dispositivos móveis
possuem uma alta capacidade de registro instantâneo de informações e de acções. Com isso, pode
8
considerar-se que as TICs, quando bem aplicadas melhoram bastante o processo de gestão e interacção
dos membros em uma organização do Terceiro Sector.

No entanto, a aplicação da tecnologia em organizações do terceiro sector, traz consigo desafios que
devem ser superados, para que elas possam tirar mais proveito de suas oportunidades, visto que, algumas
características organizacionais podem se transformar em barreiras para a efectivação do uso de recursos
tecnológicos. Esses aspectos foram observados por Nonprofit (2016), ao longo de sua pesquisa, e
envolvem: a carência de recursos, perfil da força de trabalho, estrutura organizacional, especificidade da
missão e complexidade organizacional.

A falta de recursos destinados exclusivamente para investimentos em tecnologia advém das próprias
fontes de financiamento que, muitas vezes, não permitem rúbricas específicas para a gestão e suporte das
actividades finais da organização. Ou seja, a tecnologia não é vista, pelos órgãos financiadores, como
sendo interligada à actividade-fim da organização Nonprofit (2016).

Além dessas questões, as entidades apresentam dificuldades em adquirir novas tecnologias e ferramentas
para actividades especializadas, pois não encontram no mercado sistemas de informações voltados
especificamente para o seu tipo de gestão ou que atentem para as suas particularidades em termos de
missão organizacional e de prestação de contas.

E ainda, Nonprofit (2016) defende que é essencial que a área de tecnologia e seus profissionais também
olhem para as organizações sem fins lucrativos como um sector que precisa de atenção e de ferramentas
adequadas à sua realidade. Essas organizações precisam ser vistas e atendidas de maneira diferenciada
pelas entidades que trabalham com o desenvolvimento de ferramentas de gestão. Isso é essencial, pois o
acesso aos financiamentos públicos e privados advém da transparência da gestão e do uso correcto desses
recursos por parte das entidades. E um bom controlo na gestão e de fontes de financiamento se faz com
aplicação de meios tecnológicos. E também, é necessário que exista uma conscientização das próprias
organizações quanto à necessidade de profissionalizar sua gestão e suas actividades.

Portanto, é possível concluir que as associações requerem atenção sob ponto de vista de implantação e
uso de TICs no seu dia-a-dia, visto que elas necessitam de Sistemas Informatizados, embora muitas vezes
não dispõem de meios para o adquirir ou não satisfazem as suas reais necessidades, daí que surge
necessidade da criação de softwares que estejam alinhados com as actividades dessas organizações e estejam
acessíveis às suas condições financeiras.

Um dos aspectos que constam da solução apresentada no presente trabalho, é a inclusão de pagamentos
móveis no sistema desenvolvido, daí

9
2.2 Associação
De acordo com Viegas (2004), associação é todo o grupo de indivíduos que decidem, de forma voluntária,
colocar em comum os seus conhecimentos ou actividades, segundo regras por eles definidas, tendo em
vista compartilhar os benefícios da cooperação ou defender causas ou interesses do grupo. Melchor (
2011) define-a como uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada
pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objectivos e ideais comuns, sem finalidade
lucrativa.

As definições trazidas por Viegas e Melchor permitem, de um modo geral, considerar associação,
qualquer iniciativa, formal ou não, que reúne pessoas com objectivos comuns, visando superar
dificuldades e gerar benefícios aos associados.

Segundo Sebrae (2014), as associações assumem os princípios de uma doutrina denominada


associativismo, que expressa a crença de que juntos pode-se encontrar soluções melhores para os
conflitos que a vida em sociedade apresenta. Os princípios do associativismo são reconhecidos em todo
o mundo e servem de base para as várias formas que as associações podem assumir, sendo: organizações
da sociedade civil de interesse público, sindicatos, organizações sociais, rede de empresas e clubes de
desportos. No ponto abaixo são listados os princípios do associativismo reconhecidos
internacionalmente, de acordo com Sebrae (2014):

 Princípio da adesão voluntária e livre - As associações são organizações voluntárias, abertas a


todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de membros,
sem discriminação social, racial, política, religiosa e de género.
 Princípio da gestão democrática pelos sócios - As associações são organizações democráticas,
controladas por seus membros, que participam activamente no estabelecimento de suas políticas
e na tomada de decisões. As pessoas eleitas como representantes são responsáveis para com todos
os membros da associação.
 Princípio da participação económica dos sócios – Os membros contribuem de forma
equitativa e controlam democraticamente as suas associações;
 Princípio da autonomia e independência – As associações são organizações autónomas de
ajuda mútua, controladas por seus membros ou sócios. Entrando em acordo operacional com
outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, devem fazê-
lo de forma a preservar seu controlo democrático pelos membros e manter sua autonomia;
 Princípio da educação, formação e informação – As associações devem proporcionar
educação e formação aos membros, dirigentes eleitos e administradores, de modo a contribuir
efectivamente para o seu desenvolvimento. Eles deverão informar o público em geral,

10
particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da
cooperação;
 Princípio da interacção – As associações atendem a seus sócios mais efectivamente e fortalecem
o movimento associativista trabalhando juntas, por meio de estruturas locais, nacionais, regionais
e internacionais;
 Princípio do interesse pela comunidade – As associações trabalham pelo desenvolvimento
sustentável de suas comunidades, municípios, regiões, estados e país por meio de políticas
aprovadas por seus membros.

A associação DSDS, objecto de estudo do presente trabalho, enquadra-se ou alimenta-se dos princípios
acima mencionados com destaques para o princípio de adesão voluntária, sendo que todos os membros
da associação possuem poder de decisão sobre a sua adesão ou não a associação, bastando, seguir as
regras definidas nos estatutos que guiam a associação. Preserva também o princípio de gestão democrática
pelos sócios e da participação económica dos sócios, através de contribuições em formas de quotas.

2.2.1 Características de associações


Seguem as principais características de associações de acordo com Melchor (2011) e Sebrae (2014):

 Uma associação constitui a reunião de duas ou mais pessoas para a realização de objectivos
comuns, podendo estes objectivos ser alterados pelos membros da associação;
 Seu património é constituído pela contribuição dos membros, por doações ou subvenções. Uma
associação não possui capital social;
 Seus membros deliberam livremente;
 São entidades de direito privado e não público.

2.2.2 Funcionamento de associações


Assim como as organizações, as Associações possuem um conjunto de elementos principais que
permitem o seu funcionamento normal. Passamos a apresentar os elementos para o funcionamento de
uma associação, segundo Fernandes e Castro (2005) e Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo e
Juventude (2016).

2.2.2.1 Seus órgãos


a. Assembleia Geral
A assembleia geral é o órgão máximo da associação, a quem compete-lhe todas as deliberações sobre
questões fundamentais da associação, como, a destituição dos titulares dos seus órgãos, a alteração dos
estatutos, a extinção da associação e a autorização para esta demandar os dirigentes por factos praticados
no exercício do cargo, entre outras deliberações importantes na vida da associação.

11
De acordo com Fernandes e Castro (2005), a assembleia é composta normalmente por um conjunto de
no mínimo três elementos, dentre os quais um é o presidente e um secretário. Este órgão tem realizado
reuniões como principal objectivo de apreciar os relatórios das actividades realizadas em um determinado
período, aprovar relatórios de contas, apresentar o plano de actividades e orçamentos para actividades
futuras, eleger órgãos sociais e aprovar sugestões relativas a políticas da associação.

b. Direcção
A Direcção é um órgão composto por um número ímpar de titulares. Trata-se de um órgão de carácter
executivo, ao qual compete gerir a associação e tomar as decisões relativas ao seu funcionamento,
designadamente: Admitir os membros efectivos; Elaborar anualmente o relatório e as contas do exercício;
Elaborar o plano de actividades e o orçamento para o ano seguinte; Assegurar a organização e o
funcionamento dos serviços; Gerir os recursos humanos da associação; Zelar pelo cumprimento da lei,
dos estatutos, dos regulamentos e das deliberações da Assembleia Geral; entre outras.

De um modo geral, a direcção da associação é composta por um presidente geral, que é responsável por
orientar a associação para o alcance dos objectivos da associação, um secretário, que possui a
responsabilidade de garantir o funcionamento das diferentes actividades da associação e organizar o
trabalho rotineiro da associação e um tesoureiro, que possui como principal responsabilidade, realizar a
gestão financeira da associação.

c. Conselho fiscal
O conselho fiscal é um órgão que igual a direcção, constituído por um número ímpar de titulares, em que
um dos quais presidirá. Este órgão possui como função principal, fiscalizar; possui a missão de zelar pelo
cumprimento dos estatutos e da lei em vigor, ao nível da actividade administrativa e financeira da
associação, especificamente: Examinar os registos de operações; Dar parecer sobre o Relatório e Contas
do exercício, bem como sobre o Plano de Actividades e Orçamento; Dar parecer sobre quaisquer
assuntos que os outros órgãos associativos submetam à sua apreciação; Verificar o cumprimento da lei,
dos estatutos e dos regulamentos; entre outras.

d. Relação entre os órgãos


A relação que se estabelece entre os vários órgãos acima listados é uma relação democrática que se baseia
na forma como estes cumprem as suas responsabilidades sem interferirem no âmbito de intervenção uns
dos outros. Para além das disposições definidas nos estatutos que são específicas para cada associação e
da lei geral aplicável, as associações podem elaborar um regulamento interno que contribui para uma
melhor definição das funções de cada órgão, bem como podem definir uma estrutura que melhor adequa
ao funcionamento da associação. Desse modo podem ser ainda criados outros órgãos com funções
consultivas ou executivas, que deverão estar previstos nos estatutos ou regulamentos internos da

12
associação Fernandes e Castro (2005) e Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo e Juventude
(2016).

2.2.2.2 Instrumentos de gestão


Fernandes e Castro (2005), defendem que uma associação é guiada pelos seus estatutos e regulamento
geral interno, sendo estes documentos que definem a forma de apresentação, discussão e votação de que
instrumentos de gestão serão adoptados pela associação, podendo estes ser, um plano de actividades,
orçamentos e outros instrumentos, variando de associação para associação.

2.2.3 Quotas em Associações


Em associações, quota é a prestação em dinheiro devida em um determinado período (mensalmente,
anualmente, etc.) por cada um dos membros, que lhe permite manter a qualidade de membro na
Associação (Wenden, 2015). Entretanto de acordo com o período estipulado para o pagamento de
quotas, é definida uma data limite para que todos os membros façam o respectivo pagamento.
Geralmente, a maioria das associações adopta o modelo de pagamento de quotas mensalmente, sendo
também, este o caso específico da associação em estudo no presente trabalho.

2.3 Gestão de Finanças


A Gestão de finanças é fundamental para o sucesso de qualquer organização, pois a organização precisa
sempre de recursos para realizar suas actividades, e a obtenção de recursos financeiros possibilita o
alcance desejado para a realização das referidas actividades.

2.3.1 Gestão Financeira


A Gestão financeira é uma actividade de planeamento, implementação e controlo de recursos financeiros
de uma determinada entidade (Barbosa, Silva, et all, 2003). Palmeira (2015) traz uma definição virada ao
processo de gestão de organizações empresariais, defendendo que gestão financeira é um conjunto de
actividades administrativas que envolvem as bases da administração, planeamento, análise e controlo,
com o principal objectivo de maximizar os resultados financeiros gerados pelas operações empresariais.

A gestão financeira envolve diversos aspectos em uma organização, visto que tudo necessita de um certo
cálculo financeiro e a gestão financeira correcta permite melhorar os resultados da organização e
aumentar o valor do património gerando um certo lucro para a organização.

Em uma organização, a gestão de finanças consiste dentre várias atribuições, a monitoração das operações
de compra, venda, investimentos e saber se possui recursos para cumprir compromissos dentro de um
determinado prazo. Um elemento fundamental para garantir a gestão financeira óptima é o controlo do
fluxo de caixa.

13
2.3.1.1 Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa é uma ferramenta que fornece um resumo dos movimentos financeiros da empresa, sejam
estradas e saídas, relativos às actividades operacionais, de investimento e de financiamento e reconcilia-
os com as variações em seu caixa (Gitman, 1997).

Para Zdanowicz (2000), o fluxo de caixa é uma ferramenta que permite ao gestor financeiro, planear,
organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa por um determinado período.

Partindo das definições dadas, pode-se concluir que o fluxo de caixa é bastante importante para o gestor
financeiro, em qualquer tipo de organização, pois através dele, é possível obter uma visão real da situação
económica da organização, podendo dessa forma, planear todos os aspectos de provisão de qualquer
recurso na organização.

a. Objectivos
Zdanowicz (2000), defende que o Fluxo de Caixa possui como objectivos:

 Facilitar a análise e cálculo na selecção de linhas de crédito a serem obtidas junto às instituições
financeiras;
 Programar entradas e saídas de caixa, de forma criteriosa, permitindo determinar o período em
que deverá ocorrer carência de recursos e o montante, havendo tempo suficiente para as medidas
necessárias;
 Permitir o planeamento de saídas de acordo com as disponibilidades de caixa, evitando-se o
acúmulo de compromissos vultosos em época de pouco encaixe;
 Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado período, e aplicá-los de forma
mais rentável possível, bem como analisar os recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades
da organização;
 Proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa com a área financeira;
 Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;
 Financiar as necessidades sazonais e cíclicas da organização;
 Providenciar os recursos para atender aos projectos de implantação, expansão, modernização ou
relocalização industrial e ou comercial;
 Fixar o nível de caixa em termos de capital de giro;
 Auxiliar na análise dos valores a receber e stocks, para que se possa julgar a conveniência em aplicar
nesses itens ou não;
 Avaliar as alternativas de investimentos;
 Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa;
 Estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;
14
 Projectar um plano efectivo de pagamento de débitos;
 Analisar a viabilidade de serem comprometidos dos recursos pela empresa e;
 Participar e integrar todas as actividades da empresa, facilitando assim os controlos financeiros.

b. Importância do Fluxo de Caixa


O fluxo de caixa quando bem planeado permite ao gestor dimensionar e visualizar com antecedência o
nível de liquidez da organização e assim evitar problemas de caixa que podem ocasionar uma série de
descontinuidades na empresa, como: cortes de crédito, cancelamento de entrega de pedidos,
descumprimento das metas de vendas, dentre outras, assim evidenciando que o fluxo de caixa não é
preocupação exclusiva da área financeira, mas sim de todos os sectores da empresa (Gonçalves & Conti,
2003).

A actuação e abordagem das organizações em relação a adopção do fluxo de caixa muda conforme o
foco e a necessidade de obtenção de resultado podendo ser abordado de forma táctica no
acompanhamento do seu dia-a-dia ou abordado com a uma finalidade em períodos mais longos.

c. Elaboração e planificação de um Fluxo de Caixa


O processo de elaboração e planeamento do fluxo de caixa da organização está baseado na construção
de uma estrutura capaz de colectar, processar e utilizar as informações de forma segura para estimar as
futuras entradas e saídas de caixa conforme as intenções e necessidades da empresa. A demonstração do
fluxo de caixa é dividida de acordo com a função e classificação das actividades de sua estrutura e possui
o objectivo de qualificar a movimentação, identificando se sua natureza é operacional de investimento
ou financiamento (Gonçalves & Conti, 2003).

De acordo com Zdanowicz (2000), alguns requisitos são de extrema importância para a implantação do
Fluxo de Caixa:

 Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos níveis de


responsabilidade de cada área;
 Integração dos diversos sectores e/ou departamentos da empresa ao sistema do fluxo de caixa;
 Definição do sistema de informação, quanto à qualidade e aos formulários a serem utilizados,
calendário de entrega dos dados (periodicidade) e os responsáveis pela elaboração das diversas
projecções;
 Controlos financeiros adequados, especialmente da movimentação bancaria;
 Utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos da tomada de decisões que
tenham impacto financeiro na empresa.

15
Diante disso, pode-se reafirmar que o fluxo de caixa é uma ferramenta que permite ao gestor de finanças,
visualizar, num determinado período, se ocorrerá excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros.

d. Transacções que afectam o fluxo de caixa


Para Zdanowicz (2000) os aumentos do disponível de caixa provêm de várias transacções dentro do ciclo
operacional da empresa e consistem em transpor do orçamento de saídas as entradas provenientes, como
segue:

 Aumento e integralização de capital social feito pelos sócios ou accionistas em dinheiro;


 Entrada de recursos financeiros através de venda de itens do activo permanente, mesmo se
tratando de situação pouco usual;
 Entradas provenientes de descontos e empréstimos;
 Financiamentos também provenientes de instituições financeiras, só que usualmente utilizados
para obtenção de activos, permanente e integra o fixo da empresa;
 Cobrança simples e recebimento à vista proveniente da movimentação de venda é a principal
fonte de geração de receita e circulação de caixa dentro da empresa e;
 Outras movimentações de entradas são consideradas, como: dividendos recebidos de outras
empresas, indemnizações de seguros e processos, juros recebidos, aluguéis a receber etc.

As transacções de saída de caixa são provenientes de todas as operações financeiras decorrentes de


pagamentos geradas pelo processo de produção, comercialização e distribuição de produtos pela empresa,
como segue (Zdanowicz, 2000):

 Pagamento de dividendos aos sócios ou accionistas da empresa - (da mesma forma que aumento
do capital social em dinheiro mostra entrada de caixa os dividendos pagos mostram saída de
caixa);
 Pagamentos efectuados a fornecedores e compras à vista – (refere-se a toda compra efectuada de
matéria prima e material em geral);
 Pagamentos relativos aos custos e despesas operacionais directas e indirectas, contas a pagar e
outros – (são todas as saídas que compõe as contas a pagar da empresa e compras a prazo);
 Compra à vista de itens que vão compor o imobilizado da empresa e activo permanente e;
 Pagamentos com origem de dívidas contraídas ou atrasos em sua liquidação, como: encargos
financeiros, comissões, pagamento de juros, correcção monetária, amortização e resgate de
débitos junto às instituições financeiras e outros.

16
Uma melhor compreensão das transacções de caixa envolvendo entradas e saídas, podem ser observadas
na Figura seguinte.

Figura 1- Transacções de caixa, Adaptado de Zdanowicz (2000).

De acordo com o estudo feito, para a associação DSDS, as principais operações de saída no fluxo de
caixa, são o pagamento de despesas de actividades realizadas, pagamento de serviços e compras à vista, e
as principais operações de entrada, são a contribuição de quotas por parte dos membros e financiamentos
externos.

Portanto em organizações associativas, uma boa gestão do fluxo de caixa é fundamental para o sucesso
delas mesmas, pois as actividades diárias das associações são dependentes de seus recursos financeiros, e
esforços são levados com vista à existência de meios que sirvam de auxílio a tomada de decisões
financeiras em organizações associativas. Um sistema informatizado que permitisse uma melhor
qualidade na gestão do fluxo de caixa e não só, ajuda os gestores de associações a estar sob controlo das
suas associações, garantindo facilidade na provisão e existência de informação sobre a associação em
tempo real.

17
3
3 Material e Métodos

O presente capítulo tem como objectivo apresentar o material e os métodos usados como forma de
alcançar os objectivos definidos para o trabalho.

3.1 Métodos de investigação


Os métodos de investigação permitiram estudar e perceber com detalhes o funcionamento do sistema
actual, identificar os constrangimentos enfrentados pelos membros da associação e as ferramentas
adequadas para a resolução dos constrangimentos.

3.1.1 Abordagem de pesquisa


A abordagem de pesquisa seguida no presente trabalho é uma abordagem qualitativa, pois de acordo com
Lakatos e Marconi (2003), nessa abordagem a não se preocupa com representatividade numérica, mas,
sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social ou uma organização.

3.1.2 Natureza da pesquisa


Para o trabalho foi seguida uma pesquisa de natureza aplicada, pois esta possui como objectivos gerar
conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos (Lakatos & Marconi
2013).

3.1.3 Técnicas de recolha de dados


As principais técnicas de recolha de dados usadas foram a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental
e a entrevista.

3.1.3.1 Pesquisa Bibliográfica

Para o presente trabalho, foi utilizada a pesquisa bibliográfica para a análise da literatura existente sobre
organizações do terceiro sector, associações, quotas e de gestão de finanças e fluxo de caixa, e literatura
que aborda conceitos ligados às metodologias de desenvolvimento de software. De cordo com Gil (2008),
a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos.

18
3.1.3.2 Pesquisa documental
Segundo Lakatos e Marconi (2003), a característica da pesquisa documental é que a fonte de colecta de
dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.

A pesquisa documental permitiu realizar análise de toda documentação existente na associação, que
possibilitou a obtenção da informação relevante para o registo de pagamento de quotas e serviços, através
do acesso às planilhas de Excel preenchidas no âmbito do registo do pagamento de quotas e serviços,
actualmente em uso na Associação DSDS.

3.1.3.3 Entrevista
Segundo Lakatos e Marconi (2003), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma
delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional, podendo ela ser estruturada ou não, onde na entrevista estruturada, o entrevistador segue
uma sequência de perguntas e respostas previamente estabelecidas, minimizando a variação de respostas
e uniformizando a informação obtida, enquanto que, na entrevista não-estruturada o entrevistador, bem
como o entrevistado, tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção que considere
adequada.

Pela natureza da pesquisa, realizaram-se entrevistas não-estruturadas, baseadas em guião de entrevista


(vide anexos 1 e 2), nas quais a apresentação das respostas dependem do entrevistado, o que permitiu
que entrevistados que falassem abertamente dos processos e constrangimentos que vem enfrentando no
sistema actual e possíveis melhorias.

No presente trabalho, foram entrevistados no total seis membros, dos quais quatro membros simples e
os restantes gestores. Os membros simples entrevistados apresentaram de forma detalhada o
funcionamento actual do processo de pagamentos de quotas, bem como os constrangimentos
enfrentados pelos membros durante esse processo, e foi possível obter sugestões de funcionalidades que
podiam constar da solução a ser desenvolvida.

Dos membros gestores entrevistados foi possível obter informação sobre processo de gestão da
Associação DSDS, constrangimentos enfrentados, principais operações que afectam o caixa da
associação e foi possível obter a informação necessária para a produção de relatórios que servissem de
apoio a tomada de decisão da gestão. As entrevistas realizadas foram bastante úteis, principalmente para
descrever o funcionamento do sistema actual.

19
3.2 Modelação do Sistema
3.2.1 Método de Modelação
A modelação do sistema foi feita com base na UML (Unified Modeling Language), que é uma linguagem
para especificação, construção, visualização e documentação de todos os elementos de um sistema de
software (OMG, 1999).

A UML permite desenhar uma ilustração do sistema como um todo, aumentar a produtividade, optimizar
as etapas do processo de desenvolvimento de softwares, incrementando dessa forma, a qualidade do
produto final a ser desenvolvido. A UML permite a modelação de sistemas com base em conceitos,
objectos, símbolos e diagramas de forma simples e clara, permitindo uma maior facilidade na
interpretação dos modelos desenhados, assim como possui um panorama diverso de ferramentas que
possibilitam a criação de modelos através da UML.

3.2.2 Ferramentas de modelação


Para a modelação dos diagramas de UML foi usada uma ferramenta CASE (Computer-
Aided Software Engineering) que segundo Sommerville (2011) é um programa utilizado para apoiar as
actividades de processo de software, como a análise de requisitos, a modelação de sistema, a depuração e
os testes. A ferramenta utilizada para o presente trabalho foi o Astah Community, que é uma ferramenta
CASE de modelação gratuita, que permite a criação e edição de diagramas da UML. Foi usada também a
ferramenta draw.io, que é uma ferramenta online gratuita para desenho de fluxogramas e diagramas de
modelação de software.

3.3 Métodos de Desenvolvimento


Como forma de garantir um processo de desenvolvimento de software eficaz, os desenvolvedores têm tido
em consideração princípios de várias metodologias de desenvolvimento devido a mudanças que ocorrem
nos processos de organizações e as exigências do mercado actual.

De um modo geral, os métodos de desenvolvimento de software encontram-se subdividas em dois


principais grupos, a citar, metodologias em cascata e metodologias ágeis, onde comparativamente as
metodologias em cascata, as metodologias ágeis têm se tornado muito mais usadas devido ao grau de
interactividade nos processos de desenvolvimento de software, o que permite que funcionalidades sejam
incrementadas de forma simples e facilitada ao sistema, não exigindo uma ordem linear durante o
processo de desenvolvimento do software.

20
Os processos das metodologias ágeis foram desenhados de modo a garantir o desenvolvimento rápido
de software, uma vez que este não é desenvolvido em uma única unidade, mas sim em um conjunto de
incrementos, onde cada um inclui uma funcionalidade nova ou concluída do software (Sommerville, citado
por Cumaio, 2017).

Para o desenvolvimento do protótipo apresentado no presente trabalho, foi usada a prototipagem


evolutiva como modelo de processo de desenvolvimento, por este ter melhor se adequado às
necessidades do autor.

3.3.1 Modelo de Processo


3.3.1.1 Prototipagem Evolutiva
Protótipos evolutivos são criados nas fases iniciais do projecto e refinados ao longo do processo de
desenvolvimento do software. Incrementos de funcionalidade são incorporados ao protótipo que, tendo
sua fidelidade gradualmente aumentada, se torna o software final.

Independentemente da forma como é aplicada, a prototipagem ajuda o desenvolvedor e outras partes


interessadas a entender melhor o produto que será construído. Uma vez definidos os incrementos a serem
feitos no sistema, os requisitos a serem implementados no primeiro incremento são definidos
detalhadamente e esse incremento é desenvolvido. Durante o desenvolvimento, a análise de requisitos
que farão parte dos próximos incrementos pode ocorrer, porém, mudanças de requisitos para o
incremento actual não são aceites.

O processo de desenvolvimento em prototipagem evolutiva exige muita comunicação com o cliente.


Deve-se realizar um encontro com as partes interessadas para definir os objectivos gerais do software e
identificar quaisquer requisitos conhecidos. O protótipo é concebido e avaliado pelas partes interessadas,
que fornecem comentários que são usados para refinar os requisitos. A iteração termina quando o
protótipo é refinado para satisfazer as necessidades das partes interessadas.

Com base no contexto em que o trabalho foi realizado, o autor concluiu que o modelo de prototipagem
evolutiva respondia as suas necessidades e auxiliou na flexibilização do desenvolvimento de uma
ferramenta que espelhasse as reais necessidades da associação, através do feedback recebido no momento
de validação dos protótipos do sistema proposto. O uso deste modelo permitiu também refinar e melhor
perceber os requisitos do sistema a ser desenvolvido, o que contribuiu significativamente para o
desenvolvimento de uma solução que permitisse solucionar os problemas identificados.

Os protótipos foram desenvolvidos de acordo com os requisitos que foram agrupando os itens de
compõem o menu principal da aplicação e a implementação das telas, foi realizada por meio de um template
concebido a partir das linguagens de marcação HTML e CSS; os protótipos foram desenvolvidos com

21
base nas telas do template, sendo que foram refinadas e adaptadas às necessidades dos utilizadores, até a
versão do protótipo apresentado no presente trabalho.

3.3.2 Paradigma de desenvolvimento


Um paradigma de programação é o que determina o ponto de vista da realidade e como se actua sobre
ela, a forma como o programador pensa sobre a tarefa de programar (Baranauskas, 1993).

O paradigma usado para o desenvolvimento do protótipo foi o paradigma Orientado a Objectos, visto
que este paradigma permite a resolução de problemas com base na representação do mundo real, através
do papel do computador como uma máquina que simula a interacção entre objetos. O paradigma
orientado a objectos é composto por objectos que vão interagindo entre si com objectivo de realizar uma
certa tarefa mas mantendo suas características individuais facilitando a percepção e manutenção dos
sistemas Sommerville (2011).

3.3.3 Linguagem de Programação


Para o desenvolvimento do protótipo, foram usadas as linguagens de programação PHP e JavaScript,
uma para o lado do servidor e outra para o lado do cliente, respectivamente. Foi escolhida linguagem
PHP por ser a linguagem de domínio do autor, possuir uma comunidade de desenvolvedores activa e
suportar o paradigma orientado a objectos. Foi seleccionada a linguagem JavaScript por, actualmente, ser
a única linguagem de programação executada no browser e ser linguagem de domínio do autor.

3.3.4 Frameworks
Os frameworks actualmente tendem a ser um recurso bastante útil no processo de desenvolvimento de
software, devido as inúmeras vantagens que eles transmitem para o programador, procurando aumentar a
produtividade no desenvolvimento do software e reduzir custos.

A maioria dos frameworks já existentes fornecem um código bem organizado, reusável e manutenível,
fazem com que aplicações baseadas em web sejam facilmente escaláveis, pelo que possibilitam o
crescimento da aplicação ao longo do tempo, oferecem camadas de protecção baseados nas
vulnerabilidades mais recentes e promovem práticas modernas no desenvolvimento de softwares, por isso
o autor optou pela utilização de frameworks para o desenvolvimento da solução proposta no presente
trabalho.

Para o desenvolvimento do protótipo foi usado para o backend o framework Laravel na versão 5.8.4, que é
um framework baseado na linguagem de programação PHP, a sua escolha deve-se ao facto de possuir um
conjunto de componentes que permitem fácil comunicação com a maioria dos sistemas de gestão de base
de dados, ser de fácil aprendizado, possuir uma comunidade activa e documentação bem detalhada e
objectiva.

22
Para o fronted foi utilizado o framework Bootstrap na versão 3.0, por este ser um framework que possui uma
comunidade activa e já possuir um padrão para a construção de interfaces amigáveis para o utilizador.

3.3.4.1 API (Application Programming Interface)


Uma API é um conjunto de funções ou procedimentos utilizados pelos programas informáticos para
aceder aos serviços do sistema operativo, bibliotecas de software ou outros sistemas (Roi, 2016).

Para o desenvolvimento da presente proposta, foram utilizadas algumas APIs, que permitiram acesso e
comunicação com outros serviços, de modo a tornar a plataforma mais eficaz para os utilizadores. As
APIs utilizadas foram: Gmail API, Mpesa API, Paypal API e Programmable SMS.

 Gmail API – API utilizada para permitir o envio de emails de comunicação ou lembrete na
plataforma.
 Mpesa API – API utilizada para permitir o pagamento de quotas e contribuições através do
serviço de pagamento móvel Mpesa.
 Paypal API – Esta API fornece processamento de pagamento simples para necessidades
comerciais comuns, incluindo pagamentos do Paypal, pagamentos com cartão de crédito directo,
autorização e captura e reembolsos; foi utilizada para permitir o pagamento de quotas e
contribuições através do serviço de pagamento Paypal.
 Programmable SMS – API que permite o enviar e receber SMS através da web. É uma API que
pertence ao Twilio, que é um serviço que permite que programadores recebam ou enviem
chamadas, SMS de texto ou executem outras funções de comunicações através da web.

3.3.5 Ambiente Integrado de Desenvolvimento (IDE)


O ambiente de desenvolvimento usado foi o PHP Storms 2017.1 que é uma ferramenta de
desenvolvimento para a linguagem PHP, fornecida pela Jetbreans, é multiplataforma, permite prevenção
de erros de código em tempo real e um editor para a linguagem HTML, CSS e JavaScript.

3.3.6 Sistema de Controlo de Versão (SCV) e Repositório Remoto


Uma forma de garantir maior controlo do código fonte é a adopção de métodos que facilitem a gestão
do respectivo código, realizando o registo das alterações efectuadas durante o desenvolvimento. Para o
presente trabalho, foi escolhido a ferramenta Git para o controlo de versões do código fonte, por este
ser de uso gratuito, fácil aprendizado e facilita na integração com vários repositórios de código. Para o
armazenamento remoto do código foi utilizado o Github por este ser de fácil integração com o Git e
pelas facilidades de uso que esta ferramenta possui.

23
3.3.7 Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD)
Os SGBD em geral permitem armazenar, consultar, modificar dados, portanto são um recurso
indispensável para o desenvolvimento de sistemas que tem como foco a manipulação de informações
temporais.

No presente protótipo, para a persistência de dados foi usado o sistema de gestão de base de dados MySql
por ser um Sistema de gestão de base de dados relacional, de domínio do autor, de fácil integração com
o framework backend, utilizado e por este ser multiplataforma.

24
4
4 Resultados

No presente capítulo são expostos os resultados obtidos por meio de análises realizadas durante o
trabalho, é apresentado do modelo actual, a sua arquitectura e a forma como os elementos interagem
entre si. De seguida, é apresentado o modelo concebido com vista a solucionar os problemas identificados
no modelo actual, a arquitectura e a descrição dos componentes que fazem parte do modelo proposto,
os requisitos da solução proposta e os diagramas resultantes da modelação do sistema.

4.1 Modelo Actual


Na presente secção é apresentado o modelo do sistema actual, é feita uma descrição sobre o modelo
actual e é apresentada a arquitectura do modelo.

4.1.1 Descrição do Modelo Actual


A associação DSDS é formada por um grupo de colegas e amigos, e a cada domingo tem realizado jogos
de futebol entre si e, por vezes, com distintas equipas. Até a realização do presente trabalho, a associação
era composta por cerca de 26 membros. A associação possui um comité gestor composto por dois
membros, aos quais estão encarregues todas as actividades de gestão.

Actualmente, o controlo e o registo dos dados de todos os membros da associação é feito em planilhas
Excel, onde gestor regista a informação relevante para identificação e gestão do membro na associação.
Mensalmente, na planilha Excel é feito o registo de pagamento de quotas de cada membro, sendo que,
inicialmente, o membro efectua o depósito ou transferência do valor e de seguida informa ao gestor que
efectuou o pagamento de quotas e mostra o comprovativo do respectivo pagamento, após a confirmação
do pagamento, é registado o pagamento na planilha.

Ao aproximar-se a última data de pagamento de quotas, o membro gestor deve enviar um comunicado
de modo a sensibilizar e recordar aos membros que não efectuaram o pagamento das quotas, a o fazerem.

Para cada mês existe um conjunto de despesas fixas, que devem ser cobertas pela associação, entretanto
após o pagamento das despesas, o membro gestor deve realizar o respectivo registo em uma planilha
Excel, que contém todos os registos de pagamentos de serviços prestados a associação.

25
Dentre várias actividades da associação, a principal actividade da associação DSDS tem sido a realização
de jogos de futebol entre seus membros semanalmente, e em algumas vezes, tem efectuado jogos com
diferentes adversários e em alguns casos em locais diferentes do habitual, sendo que, nesses casos, surge
a necessidade da existência de contribuições de modo a arcar com as despesas de deslocamento, entre
outras, surgindo ainda a necessidade de comunicar os membros sobre essas alterações. Actualmente a
comunicação entre os diferentes membros é feita através de chamadas telefónicas, SMS ou da aplicação
WhatsApp.

Mensalmente, o membro gestor deve elaborar um comparativo de despesas de cada mês através dos
registos existentes nas planilhas de pagamentos de despesas e deve realizar um levantamento dos
membros que tenham dívidas de quotas e informá-los de modo a proceder com a sua liquidação.

Abaixo é demonstrada arquitectura descrita na figura 2.

4.1.2 A Arquitectura do Modelo Actual

Figura 2 - Arquitectura do modelo actual, autor

26
4.2 Modelo Proposto
4.2.1 Descrição do Modelo Proposto
Com o propósito de solucionar os constrangimentos identificados no modelo actual, é apresentado um
modelo que consiste de uma aplicação web concebida com base em fundamentos de sistemas de gestão
de fluxo de caixa, com o principal propósito de tornar o processo de gestão da associação DSDS mais
simples, cómodo e eficiente.

O sistema é composto por dois módulos principais, desenhados para os principais actores que intervêm
no processo de funcionamento e gestão da associação, sendo os simples membros da associação e os
membros gestores. De um modo geral, a plataforma vai permitir:

 Registar todos os membros da associação;


 Controlar os pagamentos de quotas;
 Registar o pagamento de serviços e;
 A Gestão de actividades da associação.

O registo de membros da associação é feito pelo membro gestor, e a partir daí o membro poderá aceder
a aplicação mediante autenticação, através de um email e senha. O membro simples poderá visualizar as
datas das actividades da associação, poderá verificar as quotas pagas e não pagas num determinado
período e efectuar o registo de pagamento de quotas submetendo o comprovativo de depósito ou da
transferência bancária, e de seguida aguardar pela confirmação do pagamento ou efectuar o pagamento
de através de uma conta PayPal ou Mpesa.

O membro gestor poderá através da plataforma, realizar o registo de actividades da associação, fazer o
acompanhamento de pagamentos de quotas de cada mês, realizar o registo de pagamento de despesas da
associação e efectuar o envio de comunicados. Poderá mensalmente obter relatórios diversos em forma
de gráficos e tabelas, que sirvam de apoio a tomada de decisão, de modo a permitir uma visão geral da
situação da associação, possibilitando melhorias constantes ao processo de gestão da associação DSDS.

A plataforma possui um conjunto de rotinas que se interligam com API’s que permitem enviar
notificações aos membros através de email e SMS quando se aproximam as datas de realização de uma
actividade extraordinária, datas de pagamentos de quotas, de modo a evitar atrasos nos pagamentos de
quotas e sensibilização dos membros.

Sendo uma aplicação concebida para a plataforma web, a aplicação poderá ser acedida a partir de qualquer
lugar, desde que possua um dispositivo com acesso a um browser, a internet e seja um utilizador
previamente registado na aplicação.

27
4.2.2 Arquitectura do Modelo Proposto
O sistema proposto consiste da arquitectura apresentada na figura abaixo:

Figura 3 - Arquitectura do modelo proposto, autor

4.2.3 Actores do Sistema


Foram identificadas duas entidades relevantes no processo de gestão da associação DSDS:

 Membros gestores: membros que realizam actividades de controlo de pagamentos de quotas,


gestão de pagamento de serviços, e demais actividades de gestão na associação e;
 Membros simples: os membros que não realizam alguma actividade de gestão na associação.

4.2.4 Requisitos do Sistema


O levantamento de requisitos do sistema é uma das principais fases realizadas no processo de
desenvolvimento de software. Os requisitos do sistema especificam as funcionalidades e serviços que o
sistema irá realizar, e os mesmos devem estar sempre alinhados com as necessidades dos stackholders do
sistema (Sommerville, 2011).

28
4.2.4.1 Levantamento de Requisitos
Como forma de garantir que um sistema que realize as operações de forma aprazível é necessário que
esteja alinhado com as reais necessidades do utilizador do sistema, tornando-se imprescindível o processo
de levantamento de requisitos. O processo de levantamento de requisitos inicia com a definição do
objectivo principal do sistema, nesse caso, permitir aos membros responsáveis pela gestão da associação
DSDS, obter informação sobre a situação real financeira da associação, melhorar o processos de gestão
da associação e auxiliar o processo de tomada de decisão nas actividades de gestão da associação.

Diversos projectos de desenvolvimento de software falham porque estes não atendem a especificação de
requisitos, daí atender com a especificação dos requisitos constitui prioridade para todo o processo de
desenvolvimento de software.

4.2.4.2 Convenções Adoptadas


No decorrer da elaboração da tabela de requisitos, foram usadas algumas convenções e alguns termos
específicos, como forma de ter-se uma melhor interpretação da tabela de requisitos, a saber:

e. Identificação de Requisitos
Foi utilizada a denotação RF para representação dos requisitos funcionais do sistema e RNF para os
requisitos não funcionais. Exemplo: RF01 – requisito funcional número 1 e RNF01 – requisito não
funcional número 1.

Os identificadores descritos acima são únicos e estão apresentados na primeira coluna da tabela
denominada ID e na coluna Descrição da tabela é apresentada a funcionalidade básica do requisito por
escrito.

f. Prioridade de Requisitos
Para estabelecer a prioridade dos requisitos foram adoptadas as denominações “Alta”, “Média” e “Baixa”,
as quais são descritas nos pontos abaixo:

 Alta é o requisito sem o qual o sistema não entra em funcionamento. Requisitos com prioridade
alta são requisitos imprescindíveis, que têm de ser implementados em primeiro lugar, antes da
implantação do sistema.
 Média é o requisito sem o qual o sistema entra em funcionamento, mas de forma não satisfatória.
Requisitos com prioridade Média devem ser implementados, mas, se não forem, o sistema poderá
ser implantado e usado mesmo assim.
 Baixa é o requisito que não compromete as funcionalidades básicas do sistema, isto é, o sistema
pode funcionar de forma satisfatória sem ele. Requisitos com prioridade baixa são requisitos que

29
podem ser deixados para versões posteriores do sistema, caso não haja tempo suficiente para
implementá-los na versão que está sendo especificada.

4.2.4.3 Requisitos Funcionais


Requisitos funcionais consistem em declarações de serviços que o sistema deve fornecer e como o sistema
deve se comportar em determinadas situações específicas (Sommerville, 2011).

ID Descrição Prioridade
Conta de utilizadores
RF001 Criar nova conta de utilizador na plataforma Alta
RF002 Iniciar sessão Alta
RF003 Terminar sessão Alta
RF004 Visualizar perfil Baixa
RF005 Editar perfil Baixa
Associação
RF006 Registar e listar dados de uma associação Alta
RF007 Editar dados de uma associação Baixa
RF008 Registar e carregar estatutos da associação Baixa
RF009 Eliminar uma associação Baixa
Membros da associação
RF010 Registar e listar membros de uma associação Alta
RF011 Associar dados de um membro à uma conta de utilizador no Alta
sistema
RF012 Editar dados do membro de uma associação Baixa
RF013 Desactivar membro da associação Baixa
RF014 Mostrar histórico de pagamentos de um membro Médio
RF015 Eliminar Membro da associação Baixa
Eventos
RF016 Registar um evento a ser realizado em uma data específica Alta
RF017 Editar dados de um evento Baixa
RF018 Eliminar evento Baixa
RF019 Seleccionar os membros para o evento criado Médio
RF020 Controlar a sobreposição de actividades Alta
RF021 Registar contribuição a ser feita para um evento registado Alta

30
RF022 Editar dados de contribuição de um evento Alta
RF023 Eliminar contribuição a ser feita para um evento Baixa
RF024 Efectuar o pagamento de contribuição de um evento Alta
RF025 Confirmar o pagamento de uma contribuição de membro Alta
RF026 Registar e mostrar pagamentos relativos à um evento Baixa
RF027 Mostrar eventos em que o membro foi seleccionado Alta
RF028 Mostrar pagamentos de contribuições Alta
Serviços
RF029 Registar serviços Alta
RF030 Editar dados de serviços Baixa
RF031 Desactivar um serviço Baixa
Quotas
RF032 Registar e mostrar valor de quotas a serem pagas em um Alta
determinado ano
RF033 Editar dados de quotas Baixa
RF034 Listar membros que efectuaram pagamento de quotas de um Alta
determinado mês
RF035 Registar o pagamento de um membro em um determinado mês Alta
RF036 Eliminar o pagamento de quotas de um membro Baixa
RF037 Visualizar e efectuar o pagamento de quotas na plataforma Alta
RF038 Confirmar o pagamento de quotas de um membro Alta
Pagamentos
RF039 Registar e listar pagamentos feitos à um serviço Alto
RF040 Alterar dados de pagamento feito Baixo
RF041 Cancelar um pagamento Baixo
RF042 Controlar a relação entre o valor a pagar e o valor existente Alto
Fornecedores
RF043 Registar fornecedores Alto
RF044 Registar contrapartida do fornecedor Médio
RF045 Alterar dados de fornecedores Baixo
RF046 Registar doação de fornecedor Alto

31
Notificações
RF047 Enviar notificação em tempo real para os membros sobre a criação Alto
de uma actividade
RF048 Enviar alertas sobre o pagamento de quotas Alto
RF049 Enviar mensagens de texto personalizadas para os membros Alto
RF050 Troca de mensagens entre o membro gestor e membros Baixo
Relatórios
RF051 Gerar relatórios sobre contribuições feitas Alto
RF052 Gerar relatórios sobre pagamentos efectuados Alto
RF053 Gerar relatórios sobre actividades efectuadas e seus respectivos Alto
pagamentos
RF054 Gerar relatórios de comparação entre entradas e saídas Alto
RF055 Gerar relatórios de membros com divida de pagamento de quotas Alto
Tabela 1 - Requisitos Funcionais, autor

4.2.4.4 Requisitos Não funcionais


Sommerville (2011) afirma que os requisitos não funcionais referem-se a restrições nas funcionalidades
ou serviços que o sistema provê, sendo que estas restrições podem estar relacionadas com performance
ou até mesmo restrições impostas por padrões e, os requisitos funcionais, em geral, aplicam-se ao sistema
como um todo e não em funcionalidades ou serviços individuais.

ID Descrição Prioridade
Usabilidade
RNF01 Apresentar telas com usabilidade amigável de forma a facilitar a Alta
iteração com o utilizador
RNF02 Ser Cross-Browser, isto é, deve ser compatível com diferentes browsers Média
RNF03 Fornecer mensagens claras de resultado de input e acções que o Alta
utilizador executa no sistema
Escalabilidade
RNF04 Garantir que a performance do sistema mantenha-se alta, Média
independentemente do volume de dados.
RNF05 Permitir uma fácil adaptação face a novos requisitos. Alta
Segurança
RNF06 Garantir acesso ao sistema somente com base em autenticação Alta
como forma de evitar acesso não autorizado aos dados do sistema
RNF07 Garantir protecção contra as 10 maiores vulnerabilidades de Alta
aplicações web segundo OWASP (2017).
Tabela 2 - Requisitos não funcionais, autor.

32
4.2.5 Modelação do sistema
De um modo geral, modelos são criados para auxiliar na compreensão de uma entidade real a ser
construída. Pode-se sempre, construir um modelo idêntico, em menor escala, de uma entidade a ser
criada, seja ela um edifício, um carro ou qualquer outra entidade que seja algo físico, no caso da
arquitectura designa-se maquete. Pressman (2010) defende que o modelo de um software deve ser capaz
de representar os dados que o software transforma, a arquitectura e as funções que permitem que a
transformação ocorra, os recursos que os utilizadores desejam e o comportamento do sistema à medida
que a transformação ocorre.

Nesta secção são apresentados diagramas usados para a modelação, nomeadamente o diagrama de classes,
de casos de uso, diagramas de sequência de eventos e diagrama de estados.

33
4.2.5.1 Diagrama de classes

Figura 4 - Diagrama de classes, autor

34
4.2.5.2 Diagrama de Casos de uso – gestão de conta de utilizadores

Figura 5 - Diagrama casos de uso - Controle de acesso, autor

UC001 Iniciar secção

Actor Todos

Prioridade Alta

RF associado RF002

Pré-condição Possuir conta para acesso ao sistema

Fluxo Principal Para iniciar a secção no sistema o utilizador deve preencher o formulário
apresentado na tela de autenticação, onde introduz o seu email e a sua
senha. Após a validação o utilizador é redireccionado a página de acordo
com o respectivo perfil.

Pós-condição Secção iniciada no sistema


Tabela 3 - Descrição de caso de uso - Iniciar sessão, autor

35
UC002 Registar membro

Actor Membro-Gestor

Prioridade Alta

RF associado RF010

Pré-condição Possuir secção iniciada no sistema com privilégios de membro gestor

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando um utilizador com privilégios de membro
gestor selecciona a opção para o registo de novo membro na associação,
é apresentado um formulário com os respectivos campos necessários para
registo de um novo membro. O utilizador preenche todos os dados
necessários e submete o formulário

Pós-condição Membro registado na plataforma


Tabela 4 - Descrição de caso de uso - Registar membro, autor

UC003 Criar conta

Actor Membro-Gestor

Prioridade Alta

RF associado RF001

Pré-condição Possuir secção iniciada no sistema com privilégios de membro gestor

Fluxo Principal Neste caso de uso, um utilizador autenticado com privilégios de membro
gestor, durante o registo de um membro na plataforma, é apresentado um
formulário onde regista os dados para a criação de conta do respectivo
membro. O membro gestor preenche o campo de email e a conta é criada
com uma palavra chave temporária que é enviada para o email do
utilizador registado e a mesma é alterada quando o utilizador iniciar a sua
primeira secção

Pós-condição Conta de utilizador criada


Tabela 5 - Descrição de casos de uso – criar conta, autor

UC004 Visualizar o perfil

Actor Todos

Prioridade Alta

36
RF associado RF004

Pré-condição Possuir secção iniciada no sistema

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando o utilizador autenticado, selecciona a opção
para visualizar o seu perfil e de seguida são apresentadas ao utilizador
informações referentes a sua conta como email, nome e a opção para editar
o seu perfil.

Pós-condição Visualizar dados de perfil


Tabela 6 - Descrição de caso de uso - visualizar o perfil, autor

UC005 Alterar dados do perfil

Actor Todos

Prioridade Alta

RF associado RF005

Pré-condição Possuir conta para acesso ao sistema

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando o utilizador se encontra na tela de


visualização de seu perfil e clica na opção editar perfil, de seguida é
apresentado um formulário para edição do perfil do utilizador.

Pós-condição Perfil actualizado


Tabela 7 - Descrição de caso de uso – alterar dados do perfil, autor

UC006 Terminar secção

Actor Todos

Prioridade Alta

RF associado RF003

Pré-condição Possuir secção iniciada no sistema

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando o utilizador selecciona na barra do topo a
opção “Sair” e é mostrada uma tela para confirmação de saída do
utilizador e ao confirmar a saída, é terminada a secção e o utilizador é
redireccionado a tela de login.

Pós-condição Secção terminada no sistema


Tabela 8 - Descrição de caso de uso - terminar secção, autor

37
4.2.5.3 Diagrama de Casos de uso – Membro

Figura 6- Diagrama de casos de uso - membro, autor

38
UC007 Visualizar dados da associação

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF006

Pré-condição Possuir secção iniciada com uma conta com privilégios de membro

Fluxo Principal Apos iniciar sessão, o utilizador tem disponível, uma opção no menu
lateral, para visualizar dados da associação. Ao clicar na opção é levado a
uma tela onde são listados dados básicos da associação como, nome da
associação, data de criação, endereço, número actual de membros e os
estatutos da associação

Pós-condição Tela de visualização de dados da associação


Tabela 9 - Descrição de caso de uso – visualizar dados da associação, autor

UC008 Visualizar membros da associação

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF010

Pré-condição Possuir secção iniciada com uma conta com privilégios de membro

Fluxo Principal No presente caso de uso o utilizador tem disponível, uma opção no menu
lateral, para visualizar dados de todos os membros da associação. Ao
clicar na opção é levado a uma tela onde são listados todos os membros
da associação, podendo visualizar com mais detalhes os dados de cada
membro.

Pós-condição Tela de visualização de dados de membros da associação


Tabela 10 - Descrição de caso de uso - visualizar membros da associação, autor

39
UC009 Visualizar quotas

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF032

Pré-condição Possuir secção iniciada com uma conta na plataforma

Fluxo Principal O utilizador possui uma opção no menu lateral, para visualizar os
pagamentos de quotas na associação. Ao clicar na opção é levado a uma
tela onde são listadas as quotas pagas e não pagas da associação.

Pós-condição Tela de visualização de quotas


Tabela 11 - Descrição de caso de uso - visualizar quotas, autor

UC010 Registar pagamento de quotas

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF035

Pré-condição Estar na tela de visualização de quotas

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de quotas o utilizador terá acesso às


quotas pagas e não pagas, de modo a proceder com o respectivo
pagamento. O utilizador selecciona as quotas a serem pagas e de seguida
selecciona o método de pagamento a usar. Após seleccionado o método
de pagamento, o membro submete o pagamento.

Pós-condição Ter a quota paga


Tabela 12 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de quotas, autor

UC011 Visualizar eventos

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF027

Pré-condição Possuir secção iniciada na plataforma

Fluxo Principal Estando autenticado como membro, o utilizador possui uma opção no
menu lateral, para visualizar todos eventos. Ao clicar na opção é levado a

40
uma tela onde são listados dados de todos eventos e actividades da
associação, podendo visualizar mais detalhes de cada evento.

Pós-condição Tela de visualização de eventos da associação


Tabela 13 - Descrição de caso de uso - visualizar eventos, autor

UC012 Visualizar contribuições de eventos

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF028

Pré-condição Estar na tela de visualização de eventos da associação

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de eventos, o utilizador possui opção para
visualizar as contribuições de um determinado evento. Ao seleccionar a
opção é redireccionado a tela de visualização de contribuições do evento.

Pós-condição Tela de visualização de contribuições de um evento


Tabela 14 - Descrição de caso de uso - visualizar contribuições de eventos, autor

UC013 Registar pagamento de contribuição de eventos

Actor Membro

Prioridade Alta

RF Associado RF021

Pré-condição Estar na tela de visualização de contribuições de um evento

Fluxo Principal Ao visualizar os pegamentos de um evento, o utilizador verifica se terá


feito ou não a contribuição podendo então seleccionar a contribuição a
pagar e efectuar o respectivo pagamento.

Pós-condição Ter a contribuição paga


Tabela 15 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de contribuição de eventos, autor

41
4.2.5.4 Diagrama de Casos de uso – Membro gestor

Figura 7 - Diagrama de casos de uso – membro-gestor, autor

42
UC014 Visualizar dados da associação

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF006

Pré-condição Possuir secção iniciada na plataforma

Fluxo Principal Vide a descrição do fluxo principal na tabela 9

Pós-condição Visualizar dados da associação


Tabela 16 - Descrição de caso de uso - visualizar dados da associação, autor

UC015 Alterar dados da associação

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF007

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados da associação com conta com


privilégios de membro gestor

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de dados da associação, o membro gestor


tem acesso a opções para editar os dados da associação, e de seguida
poderá gravar as alterações.

Pós-condição Dados da associação actualizados


Tabela 17 - Descrição de caso de uso - alterar dados da associação, autor

UC016 Registar membro

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF010

Pré-condição Estar na tela de visualização de membros

Fluxo Principal O presente caso de uso inicia quando o membro gestor clica na opção
para registo de um novo membro, onde lhe é apresentada a tela par o
registo de um novo membro, preenche os dados do membro e através do

43
email do membro é criada uma conta para o membro, confirmada após o
primeiro início de sessão no sistema pelo membro

Pós-condição Ter membro registado na plataforma


Tabela 18 - Descrição de caso de uso - Registar membro, autor

UC017 Visualizar dados dos membros

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF010

Pré-condição Estar autenticado na plataforma

Fluxo Principal Vide a descrição do fluxo principal na tabela 10 - Descrição de caso de


uso - visualizar membros da associação

Pós-condição Visualizar dados de membros na plataforma


Tabela 19 - Descrição de caso de uso - visualizar dados dos membros, autor

UC018 Desactivar membro

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF013

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de um membro

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de dados de um membro, o membro


gestor possuirá uma opção para desactivar um determinado membro, e
estando desactivado, o membro não poderá ter acesso à um conjunto de
funcionalidades na aplicação.

Pós-condição Ter o membro desactivado na plataforma


Tabela 20 - Descrição de caso de uso - desactivar membro, autor

44
UC019 Visualizar histórico de pagamentos de um membro

Actor Membro gestor

Prioridade Média

RF Associado RF014

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados do membro

Fluxo Principal O membro gestor, estando na tela de visualização de dados do membro,


poderá ter acesso ao histórico de pagamento do membro

Pós-condição Visualizar histórico de pagamentos de um membro


Tabela 21 - Descrição de caso de uso - visualizar histórico de pagamento de um membro, autor

UC020 Registar serviço

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF029

Pré-condição Estar autenticado com perfil de membro gestor

Fluxo Principal O utilizador selecciona a opção para registar um serviço e é apresentada


uma tela pela qual efectua o registo de um determinado serviço prestado
à associação

Pós-condição Ter o serviço registado na plataforma


Tabela 22 - Descrição de caso de uso – registar serviço, autor

UC021 Registar dados sobre quotas

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF032

Pré-condição Estar autenticado com perfil de membro gestor

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando o membro gestor clica na opção para registar
dados sobre quotas, é conduzido a uma tela onde regista os dados sobre

45
quotas de um determinado ano, onde especifica o montante de quotas a
ser pago, e o prazo de pagamento das respectivas quotas

Pós-condição Dados de quotas registados na plataforma


Tabela 23 - Descrição de caso de uso - registar dados sobre quotas, autor

UC022 Visualizar dados de quotas

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF032

Pré-condição Estar na tela de visualização de pagamento de quotas

Fluxo Principal Estando na tela visualização de pagamento de quotas, o utilizador clica a


opção para visualizar dados de quotas de um determinado ano e lhe é
apresentada uma tela com os dados das quotas

Pós-condição Visualizar dados de quotas


Tabela 24 - Descrição de caso de uso - visualizar dados de quotas, autor

UC023 Editar dados de quotas

Actor Membro gestor

Prioridade Baixa

RF Associado RF033

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de quotas

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de dados de quotas o utilizador tem acesso
a uma opção para alterar os respectivos dados e de seguida os dados são
actualizados para os membros

Pós-condição Obter dados de quotas alterados


Tabela 25 - Descrição de caso de uso - editar dados de quotas, autor

46
UC024 Visualizar pagamento de quotas

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF034

Pré-condição Estar autenticado como membro gestor

Fluxo Principal O caso de uso inicia quando o membro gestor, autenticado na plataforma,
clica a opção para visualização do pagamento de quotas, onde lhe é
apresentada a lista de meses e poderá clicar em cada mês e será possível
visualizar quais membros realizaram o pagamento de quotas, quais ainda
não efectuaram e quais cujo pagamento deve ser confirmado pelo
membro gestor

Pós-condição Visualizar dados sobre o pagamento de quotas


Tabela 26 - Descrição de caso de uso - visualizar pagamento de quotas, autor

UC025 Confirmar pagamento de quotas

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF038

Pré-condição Estar na tela de visualização de pagamento de quotas

Fluxo Principal O membro gestor verifica o pagamento registado pelo membro e com
base nos dados do pagamento, o utilizador confirma ou não, o pagamento

Pós-condição Confirmar o pagamento de quotas


Tabela 27 - Descrição de caso de uso - confirmar pagamento de quotas, autor

UC026 Registar eventos

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF016

Pré-condição Estar autenticado com perfil de membro gestor

47
Fluxo Principal Estando autenticado como membro gestor, o utilizador possui, na tela de
registo de eventos, uma opção para realizar o registo de um evento.

Pós-condição Ter um novo evento registado na plataforma


Tabela 28 - Descrição de caso de uso - registar eventos, autor

UC027 Registar contribuição de eventos

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF021

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de um evento registado

Fluxo Principal Após registado um evento, o membro gestor é apresentado uma tela com
os detalhes do evento, e o mesmo poderá efectuar o registo de uma
contribuição associada ao evento. Poderá registar o valor a ser
contribuído e a data final de contribuição do evento

Pós-condição Contribuição registada para um evento


Tabela 29 - Descrição de caso de uso - registar contribuição de eventos, autor

UC028 Registar pagamento relativo à um evento

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF026

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de um evento registado

Fluxo Principal O membro gestor possui uma opção para realizar o registo de todos os
pagamentos realizados em virtude de um evento específico

Pós-condição Pagamento relativo à um evento registado


Tabela 30 - Descrição de caso de uso - registar pagamento relativo à um evento, autor

48
UC029 Visualizar pagamentos de contribuições

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF026

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de um evento

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de um evento o membro gestor poderá


aceder a opção de visualização de pagamentos associados a contribuição
de um evento, onde será possível visualizar quais membros efectuaram os
pagamentos, quais não efectuaram e quais pagamentos precisam ser
confirmados

Pós-condição Visualizar pagamentos de contribuições de um evento


Tabela 31 - Descrição de caso de uso - visualizar pagamentos de contribuições, autor

UC030 Editar dados de eventos

Actor Membro gestor

Prioridade Baixa

RF Associado RF017

Pré-condição Estar na tela de visualização de dados de um evento

Fluxo Principal Na tela de visualização de dados do evento, o utilizador poderá realizar a


alteração dos dados dos eventos registados na plataforma

Pós-condição Dados do evento alterados


Tabela 32 - Descrição de caso de uso - editar dados de eventos, autor

UC031 Registar pagamento de serviços

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF039

Pré-condição Estar na tela de pagamentos de serviços

49
Fluxo Principal Estando na tela de pagamento de serviços, o membro gestor, possui uma
opção para realizar o registo do pagamento de um serviço em um
determinado mês e ano. O membro gestor selecciona o serviço
previamente registado e informa qual o valor pago pelo respectivo serviço

Pós-condição Pagamento de serviço registado na plataforma


Tabela 33 - Descrição de caso de uso - registar pagamento de serviços, autor

UC032 Registar fornecedores externos

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF043

Pré-condição Estar na tela de visualização de fornecedores externos

Fluxo Principal Estando na tela de visualização de fornecedores externos, o membro


gestor possui uma opção para realizar o registo de fornecedores externos,
informando dados básicos do mesmo.

Pós-condição Fornecedor externo registado na plataforma


Tabela 34 - Descrição de caso de uso - registar fornecedores externos, autor

UC033 Enviar comunicados

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF047, RF048, RF049, RF050

Pré-condição Estar na tela de visualização de comunicados

Fluxo Principal O membro gestor, poderá enviar comunicados para os membros


registados na plataforma, informando para quais membros deve ser
enviado o comunicado e em qual canal, podendo, ser enviado por email
ou SMS.

Pós-condição Comunicado enviado para todos os membros seleccionados


Tabela 35 - Descrição de caso de uso - enviar comunicados, autor

50
UC034 Visualizar relatórios

Actor Membro gestor

Prioridade Alta

RF Associado RF051, RF052, RF053, RF54, RF055

Pré-condição Estar na tela de visualização de relatórios

Fluxo Principal O caso de uso inica quando o utilizador selecciona a opção para visualizar
relatórios, lhe é presentada uma tela onde poderá ter acesso a informação
gerada pelos dados registados na plataforma

Pós-condição Visualizar relatórios


Tabela 36 - Descrição de caso de uso - visualizar relatórios, autor

4.2.5.5 Diagrama de Sequência de Eventos


g. Registo de membro

Figura 8 - Diagrama de sequência de eventos - registo de membro, autor

51
h. Pagamento de quotas

Figura 9 - Diagrama de sequência de eventos - pagamento de quotas, autor

52
i. Pagamento de serviços

Figura 10 - Diagrama de sequência de eventos – pagamento de serviço, autor

53
j. Registo de evento

Figura 11 - Diagrama de sequência de eventos - registo de evento, autor

54
4.2.5.6 Diagrama de transição de estados
O diagrama de transição de estados é um modelo que representa possíveis estados que um objecto de
uma determinada classe pode tomar e os respectivos eventos que podem causar as transições de um
estado para o outro. Abaixo é apresentado o diagrama de transição de estados de um pagamento de
quotas.

Figura 12 - Diagrama de transição de estados - pagamento de quotas, autor

55
5
5 Conclusões e Recomendações

O presente capítulo tem como objectivo apresentar as principais conclusões e recomendações obtidas
pelo autor ao longo da realização do trabalho.

5.1 Conclusões
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma análise de como a utilização de uma plataforma
tecnológica feita sob encomenda pode melhorar o processo de gestão de membros, quotas e actividades
da Associação DSDS.

Os métodos de pesquisa utilizados permitiram recolher dados que possibilitaram estudar de forma
detalhada o sistema actual de gestão da associação DSDS e, sob o mesmo identificar constrangimentos
que tornam o processo não eficiente; permitiram ainda, realizar uma revisão bibliográfica que possibilitou
o aprofundamento de conhecimento sobre a gestão de organizações associativas e a utilização de TICs
nestas organizações.

O conhecimento obtido permitiu ao autor, desenvolver e codificar um modelo de uma aplicação para a
gestão de membros, quotas e actividades da associação, como forma de colmatar os constrangimentos
enfrentados no processo de gestão da associação. O protótipo resultante do modelo proposto contribui
na redução de tempo e esforço para a gestão de membros na associação, controlo de pagamentos,
planeamento e controlo de gastos e, melhora a coordenação e realização de actividades na associação,
portanto, é possível, para o autor, concluir que os objectivos traçados no presente trabalho foram
alcançados.

56
5.2 Recomendações
O presente trabalho, procura dar resposta a solução dos problemas identificados durante o processo de
controlo e gestão da associação DSDS, no entanto, ao decorrer a pesquisa, o autor notou melhorias que,
não fazendo parte do escopo do presente trabalho, podem ser incluídas no sistema, em pesquisas futuras.

Aos futuros pesquisadores, o autor deixa as seguintes recomendações:

 A plataforma desenvolvida seja integrada com mais canais de pagamentos electrónicos nacionais,
de modo a facilitar ainda mais o processo de pagamento de quotas;
 O desenvolvimento de uma versão móvel da aplicação de modo a garantir maior facilidade na
execução de certas tarefas na plataforma.

À associação DSDS, o autor recomenda:

 Realização de formações aos utilizadores, visto que a falta de competências para a utilização de
meios tecnológicos pode constituir um factor de rejeição da plataforma, pelos membros.

57
6 Referências Bibliográficas
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https://www.academia.edu/28250048/Princ%C3%ADpios_B%C3%A1sicos_da_Administra%C
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58
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59
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Scheunemann, A. V., & Rheinheimer, I. (2009). A Administração do Terceiro Setor. 1ª Ed. São paulo.
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https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/5a3f332ba54
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Sommerville, I. (2011). Engenharia de Software. 9ª Ed. Massachusetts, Pearson..

Ven, A. (2003). Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa. Brasilia. Faculdade Anhanguera de Taubaté.

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http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65292004000300003. Último
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Vieira, T. (2015). Os Papéis das Organizações do Terceiro Setor na resposta aos Problemas Sociais.
Dissertação de Mestrado. Universidade de Coimbra.

Wenden, A. L. (2015). Estatuto Da Associação Progresso, 4. Disponivel em:


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de 2019.

Zdanowicz, J. E. (2000). Fluxo de Caixa: uma decisão de planeamento e controlo financeiro.8ª Ed. Porto
Alegre. Libra

60
7 Anexos
7.1 Anexo 1: Guião de Entrevista aos Gestores da Associação DSDS

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

Departamento de Matemática e Informática

O presente guião de entrevista serve para a recolha de dados na Associação Domingo Sim, Domingo
Sim, que serão usados na elaboração do trabalho de Licenciatura em Informática que tem como tema
“Desenvolvimento de uma Plataforma para a Gestão de Membros, Quotas e Actividades de uma
Associação”, do estudante Alfredo Sebastião afecto ao Departamento de Matemática e Informática,
Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane. Neste contexto, garanto que toda a
informação que me for facultada não será para outro fim senão o que foi mencionado acima. Agradeço
desde já a atenção e colaboração que for prestada.

Questões a Levantar

1. Fale das suas actividades diárias, no processo de gestão da associação.


2. Existe actualmente um sistema informatizado que ajuda a realização das actividades de gestão da
associação?
3. Como funciona o processo de cobrança e pagamento de quotas?
4. Fale do processo de pagamento de serviços.
5. Quais os tipos de relatórios produzidos com base nos dados recolhidos actualmente, qual a
periodicidade?
6. Existe alguma informação relevante que os dados possuídos não conseguem fornecer?
7. Na existência de um meio informatizado para a gestão da associação, o que gostava que constasse
da solução?

61
7.2 Anexo 2: Guião de Entrevista aos membros da Associação DSDS

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

Departamento de Matemática e Informática

O presente guião de entrevista serve para a recolha de dados na Associação Domingo Sim, Domingo
Sim, que serão usados na elaboração do trabalho de Licenciatura em Informática que tem como tema
“Desenvolvimento de uma Plataforma para a Gestão de Membros, Quotas e Actividades de uma
Associação”, do estudante Alfredo Sebastião afecto ao Departamento de Matemática e Informática,
Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane. Neste contexto, garanto que toda a
informação que me for facultada não será para outro fim senão o que foi mencionado acima. Agradeço
desde já a atenção e colaboração que for prestada.

Questões a Levantar

1. Como tem feito o pagamento de quotas?


2. Tem tido alguma dificuldade no processo actual de pagamento de quotas? Explique.
3. Na existência de um meio informatizado para a gestão da associação, o que gostava que constasse
da solução?

62
7.3 Anexo 3: Tabela Excel de registo de Pagamento de quotas

Figura 13 - Tabela Excel de registo de pagamento de quotas

7.4 Anexo 4: Tabela Excel de registo de pagamento de despesas mensais

Figura 14 - Tabela Excel de registo de pagamento de despesas mensais

63
7.5 Anexo 5: Tabela Excel de registo de contribuição para evento

Figura 15 - Tabela Excel de registo de contribuição para evento

64
7.6 Anexo 6: Tabela Excel de registo de pagamentos para torneio

Figura 16 - Tabela Excel de registo de pagamentos para torneio

65
7.7 Anexo 7: Comprovativo de pagamento de quotas

Figura 17 - Comprovativo de pagamento de quotas 1

66
Figura 18 - Comprovativo de pagamento de quotas 2

67
7.8 Anexo 8: Manual do utilizador
O presente manual tem o objectivo de ilustrar o funcionamento de uso correcto do sistema. O autor,
recomenda aos utilizadores que façam a introdução de dados reais no sistema, de modo a permitir que o
sistema produza informação que seja realística para suporte a tomada de decisão.

7.8.1 Acesso ao sistema


O acesso ao sistema é feito mediante um browser, onde deve ser introduzido o seguinte endereço:
http://sigeadsds.siko.tk . Todos actores do sistema interagem com esta parte do sistema, sendo que cado
um, possui credencias, que é um email e sua senha.

Para aceder como membro gestor, pode-se fazer uso das credencias abaixo:

Email: admin@email.com; Senha: secret

Para aceder como membro, pode-se fazer uso das credencias abaixo:

Email: membro@email.com; Senha: secret

Figura 19 - Tela de login

68
7.8.2 Módulo do membro gestor
7.8.2.1 Tela de visualização de eventos - membro gestor

Figura 20 - Tela de visualização de eventos - membro gestor

Efectuando login com credenciais de um administrador, será apresentado a tela acima, que contém um
menu lateral que possui as opções que o gestor tem acesso na plataforma. Na barra do topo o utilizador
possui opções para sair da plataforma e verificar notificações.

Na tela apresentada, é presentando um calendário do mês actual com as respectivas datas de eventos.
Mais a esquerda o gestor possui o botão “Adicionar Evento” que o permite registar um novo evento, e
abaixo possui em forma de lista os eventos do respectivo mês. Através do calendário é possível avançar
para os meses seguintes bem como retroceder para os meses anteriores, para verificar os eventos futuros
e passados, respectivamente, bem como possui opções para alterar a visualização do calendário para visão
semanal, mensal, ou diária.

69
7.8.2.2 Tela de registo de evento - membro gestor

Figura 21 - Tela de registo de evento - membro gestor

Estando na tela de visualização de eventos, ao clicar na opção “Adicionar evento”, é apresentada uma
caixa de diálogo que permite ao utilizador efectuar o registo de um novo evento na plataforma. A caixa
de diálogo apresentada possui um formulário com as principais informações necessárias para o registo
de um evento, podendo o utilizador seleccionar quais membros serão convidados ao respectivo evento.

70
7.8.2.3 Tela de visualização de detalhes de um evento - membro gestor

Figura 22 - Tela de visualização de detalhes de um evento - membro gestor

Após o registo de um evento é possível ter acesso aos detalhes do evento, onde o utilizador obtém duas
abas de navegação uma para a verificação de contribuições relativas ao evento e outra que apresenta
informações sobre os pagamentos feitos relacionados com o evento.

Na aba “contribuições”, o utilizador possui a opção “Registar contribuição” que o permite inserir
uma nova contribuição para o evento, e abaixo possui uma lista de todas as contribuições do evento,
contendo informações sobre qual o valor da contribuição e quantos membros contribuíram e possui
opções para editar dados da contribuição, remover e visualizar detalhes da contribuição.

Na aba “Pagamentos”, o utilizador possui uma opção “Registar pagamento” que o permite registar
um determinado pagamento associado ao evento, abaixo o utilizador encontra a lista de todos os
pagamentos registados, contendo a data de pagamento, quantia paga, autor e opções para editar o
pagamento, como mostra na figura abaixo.

71
Figura 23 - Tela de visualização de detalhes de um evento (Pagamentos) - membro gestor

7.8.2.4 Tela de visualização de detalhes de contribuição - membro gestor

Figura 24 -Tela de visualização de detalhes de contribuição - membro gestor

Na aba “contribuições”, ao clicar na opção detalhes de uma contribuição é apresentada a tabela de


contribuições. A tela mostra três abas contendo “Contribuições ainda não recebidas”, que é onde é
apresentada uma tabela com informação de membros que não efectuaram o pagamento da contribuição.
A tabela mostra o nome do membro, total a pagar e uma coluna contendo opção “PAGAR”, para registar
o pagamento da contribuição na plataforma.

72
A aba seguinte, “Contribuições por confirmar”, permite visualizar um tabela contendo a lista de
contribuições feitas pelos membros na plataforma que carecem de confirmação do gestor, com opções
“APROVAR”, para aprovar um pagamento e “Ver detalhes”, para visualizar detalhes do pagamento; e
na aba “Contribuições recebidas”, o utilizador possui a lista de contribuições aprovadas e efectuadas
através de meios electrónicos conectados à plataforma, com opções para “Ver detalhes”. As duas últimas
abas descritas, são apresentadas nas imagens seguintes, respectivamente

Figura 25 - Tela de visualização de detalhes de contribuição (Contribuições por confirmar) - membro gestor

Figura 26 - Tela de visualização de detalhes de contribuição (Contribuições recebidas) - membro gestor

73
7.8.2.5 Tela de visualização de membros da associação

Figura 27 - Tela de visualização de membros da associação

No menu lateral o utilizador dispões da opção “Membros”, onde é apresentada uma tela listando todos
os membros da associação. O utilizador pode visualizar dados como nome do membro, contacto, email,
localização e estado da sua conta na plataforma. Estando autenticado como membro gestor, o utilizador
possui uma opção no topo para adicionar um novo membro na plataforma.

7.8.2.6 Tela de registo de membros da associação

Figura 28 - Tela de registo de membros da associação – informação pessoal

Clicando a opção para registar um novo membro, é apresentado a tela acima, com opções para registo
do membro em fases. Inicialmente são introduzidos os dados pessoais do membro e ao clicar em
“Próximo”, o utilizador é apresentado um outro conjunto de dados, que são considerados dados gerais,

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de seguida é apresentada a tela onde é registada a informação de utilizador associada ao membro, sendo
o email e o tipo de utilizador. Ao clicar em “Terminar”, o utilizador efectiva o registo do membro, onde
é enviado um email para o membro registado, com a senha a utilizar na primeira iteração com a plataforma.
Esta senha deve ser alterada logo após a primeira iteração com o sistema. Abaixo são ilustradas as imagens
de registo de dados gerais e utilizador.

Figura 29 - Tela de registo de membros da associação – informação geral e contacto

Figura 30 - Tela de registo de membros da associação – informação de utilizador

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7.8.2.7 Tela de visualização de quotas de um ano

Figura 31 - Tela de visualização de quotas de um ano

No menu lateral, ao clicar em “Recebimentos”, o utilizador é apresentado as opções “Quotas” e


“Recebimentos outros”. Ao clicar em “Quotas”, é apresentada uma tela com a lista de quotas do ano
actual, possuindo opções para alterar o ano de acordo com a necessidade do utilizador, uma opção para
“configurar” as quotas do ano, e por fim a lista de todos os meses do ano, contendo o valor de quotas
a serem pagos, número de contribuições feitas em cada mês e o número de contribuições esperadas.

7.8.2.8 Tela de configuração de quotas de um ano

Estando na tela de visualização de quotas, ao clicar em “configurar”, é apresentada a tela onde o


utilizador regista o valor de quotas a ser pago naquele ano, data limite de pagamento por mês, e data de
envio de alerta ou lembrete para os membros.

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7.8.2.9 Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês

Figura 32 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos não feitos

Na tela de visualização de quotas de um ano, ao clicar em um mês, é apresentada uma tela contendo três
abas:

 “Quotas ainda não recebidas”, em que são listados os membros que não efectuaram o
pagamento de quotas no mês seleccionado, com a opção “Pagar”, que permite registar o
pagamento de quotas do membro;
 “Quotas por confirmar”, onde são listados os registos de pagamentos de membros feitos a
partir da plataforma, carecendo esse pagamento de confirmação do membro gestor, com a opção
para confirmar o pagamento e verificar o comprovativo de pagamento, e por fim;
 “Quotas recebidas”, onde são listados todos os pagamentos efectuados através de canais
electrónicos disponíveis na plataforma e os pagamentos confirmados.

Abaixo são apresentadas as abas descritas no ponto anterior, “Quotas por confirmar” e “Quotas
recebidas”, respectivamente.

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Figura 33 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos por confirmar

Figura 34 - Tela de visualização de detalhes de quotas de um mês – pagamentos confirmados

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7.8.2.10 Tela de registo de pagamento de quotas na plataforma

Figura 35 - Tela de registo de pagamento de quotas na plataforma

Estando na aba “Quotas ainda não recebidas”, na lista, o utilizador possui a opção “PAGAR”, onde
ao clicar, é apresenta a tela de diálogo ilustrada na imagem 33, acima. O utilizador informa a data de
pagamento das quotas, forma de pagamento e selecciona o comprovativo de pagamento e clica em
“GRAVAR”, para efectivar o registo do pagamento.

7.8.2.11 Tela de visualização de relatórios

Figura 36 - Tela de visualização de relatórios 1

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Figura 37 - Tela de visualização de relatórios 2

Figura 38 - Tela de visualização de relatórios 3

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Figura 39 - Tela de visualização de relatórios 4

No menu lateral clicando a opção “Relatórios” é apresentada a tela de relatórios, contendo os sumários
e outras informações importantes para a decisão dos membros gestores.

7.8.3 Módulo do membro simples


7.8.3.1 Tela de visualização de quotas de um ano

Figura 40 - 7.5.3.1 Tela de visualização de quotas de um ano

Ao autenticar-se com perfil de membro simples, o utilizador dispõe de um menu lateral, com as opções
listadas na imagem acima, e ao clicar em “minhas quotas” é apresentado uma tela com a lista de meses
com quotas, com detalhes informando se estão ou não pagas.

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7.8.3.2 Tela de pagamento de quotas

Figura 41 - Tela de pagamento de quotas

Ao clicar em “Pagar”, em um determinado mês o utilizador é apresentado uma janela de diálogo que o
permite seleccionar o método de pagamento de quotas.

7.8.3.3 Tela de pagamento de quotas com Mpesa

Figura 42 - Tela de pagamento de quotas com Mpesa

Ao seleccionar método de pagamento com Mpesa, é apresentado uma tela com o contacto registado do
membro, podendo este alterar o contacto, ao clicar em “PAGAR”, é apresentado uma tela USSD de
introdução de PIN no telemóvel do utilizador, onde de seguida, caso a operação de pagamento ocorra
devidamente, é apresentado uma mensagem de sucesso.

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7.8.3.4 Tela de pagamento de quotas com Paypal

Figura 43 - Tela de pagamento de quotas com Paypal

Ao seleccionar método de pagamento com Paypal, o utilizador é redireccionado à tela apresentada acima,
onde introduz as suas credencias, efectua o pagamento e é redireccionado à página da aplicação,
mostrando uma mensagem de acordo com o estado da operação.

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