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RESUMO
Este artigo reflete sobre a Arquitetura Desconstrutivista e como os elementos defendidos por
esse movimento, derivado do movimento pós-moderno da arquitetura, tem a oferecer para
resolver os novos problemas de habitação e de espaço apresentados pela sociedade
contemporânea, a qual o movimento arquitetônico moderno não tem mais capacidade de
suprir. Primeiramente, deve se entender o desconstrutivismo e seus antecedentes para que
ocorra a analise de como essa tipologia da forma pode resolver um dos maiores problemas
arquitetônicos atuais, a habitação. Como também, este artigo a ser dissertado tem como
objetivo demostrar a partir de características de obras feitas pelo arquiteto Frank Gehry,
dentre elas uma residência pertencente a ele, como o desconstrutivismo foi empregado como
solução espacial.
1 INTRODUÇÃO
O ser humano busca a todo o momento por modificar e inventar novas maneiras
de viver e de satisfazer suas necessidades. Suas indagações por melhorar seu estilo de vida
acarretaram em significativas mudanças e eventos que tornassem isso possível. Durante
séculos, o mundo vem sofrendo inúmeros acontecimentos que subsidiaram uma série de
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Paper institucional apresentado à disciplina Arquitetura e Urbanismo Moderno e Contemporâneo da Unidade
de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
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Aluna do 2º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
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Aluna do 2º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
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Professor, orientador.
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transformações que são refletidas até os dias atuais. Dentre diversos episódios, a Revolução
Industrial ocorrida no século XX é um grande exemplo e que se pode ainda perceber sua
influência em diversos aspectos na vida do ser humano. Tal Revolução trouxe consigo
mudanças que se alastraram por todo o mundo, entre elas, o aumento da população, a
mecanização dos meios de produção e o aumento da produção industrial que pretendia atender
às novas tendências sociais e do contexto, que consequentemente influenciaram na maneira
em que as cidades se modificaram e continuam se modificando para suprir às novas
exigências. Na época, a arquitetura desenvolvida fazia parte do Movimento Moderno, que
tinha com objetivo de formular um novo estatuto da forma de edifícios e cidades atendendo às
novas demandas sociais.
No entanto, a arquitetura moderna apresentava diversas falhas e não conseguia
mais suprir as demandas contemporâneas, e a partir da segunda metade do século XX,
ocorreram diversas manifestações que buscavam trazer soluções para os problemas que a
arquitetura moderna não era mais capaz de resolver. Tal ocorrido tornou possível que a
arquitetura fosse marcada por movimentos e períodos claros e precisos.
O Movimento pós-moderno apresentava um leque de soluções arquitetônicas para
a sociedade contemporânea. As Manifestações Arquitetônicas ocorridas entre os anos de 1810
e 1910 marcaram uma série de propostas que retratavam a perda de uma unidade estilística,
buscando incorporar as novas tecnologias disponíveis para a construção de edificações
convenientes com o contexto de construção. Tais mudanças acarretaram em diversos impactos
no estilo de vida da sociedade, na arquitetura tradicional e nas técnicas conhecidas. A cada
novo movimento arquitetônico, surgia um legado para a sociedade como testemunha de sua
era de construção.
Do estilo Neoclássio (1770-1830) ao Racionalismo (1830-1900), por exemplo,
todos os arquitetos e artistas adotavam determinado estilo e refletiam essas características em
suas obras, devido à mudança nas cidades e consequentemente à mutação da arquitetura e do
urbanismo, foram desenvolvidas e/ou reinventadas diversas ideias arquitetônicas. Com o
passar do tempo novas propostas foram surgindo, aprimorando ou criticando a anterior,
sempre buscando a melhor forma de atender às necessidades do meio e da sociedade.
No meio de tantas propostas pós-modernas, o desconstrutivismo surgiu com uma
crítica arquitetônica à velha sociedade industrial, caracterizado pela fragmentação, quebra dos
paradigmas da arquitetura tradicional, apresentando edificações fora do alinhamento, com
pilares que se desmodulam, vigas que fogem do apoio e ainda a quebra da relação essência-
aparência referente ao plano horizontal. A partir disso, propõe-se a compreensão de tal
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tendência que vem crescendo nos últimos tempos, por influência de grandes arquitetos, como
por exemplo: Frank Gehry, Zaha Hadid e Peter Eisenman. Além das mudanças que o
movimento desconstrutivista pode modificar a arquitetura conhecida atualmente.
Ademais, o Movimento Moderno influenciou significativamente no processo de
urbanização desse período, assim como a habitação, esta que passou a ter muita importância
no cenário urbano com o intuito de solucionar o problema de falta de moradia, devido ao alto
crescimento populacional. No entanto, tal movimento não foi mais capaz de solucionar todos
os problemas existentes. Com o surgimento do movimento desconstrutivista, tem-se a
possibilidade de que os novos problemas de habitação e de espaço apresentados pela
sociedade contemporânea sejam resolvidos.
2 CONTEXTO HISTÓRICO
pratica, as cidades contemporâneas – de certo modo, criando uma forma que se repete de
edifícios e cidades, tentando unificar a função com a técnica.
arquitetônicos não seriam enrijecidos pelos eixos ortogonais, mas sim “flutuariam” no
espaço. (Revista aU, 2009, pg. 3).
Louis foi demolido, pois fora considerado inabitável. De acordo com Jencks, tal
acontecimento foi considerado um marco simbólico que tinha os ideais exaltados pelo
modernismo. Essa nova arquitetura pós-modernista carecia por atender as necessidades
estéticas e funcionais de diversas camadas sociais e intelectuais da população:
“ O edifício pós-moderno tem um código duplo, até certo ponto é moderno e até
outro alguma coisa mais: vernáculo, revival, localista, comercial, metafórico, ou
contextual. Existem exemplos importantes de obras duplamente codificadas no
sentido em que buscam comunicar-se simultaneamente a dois níveis: no primeiro, o
interlocutor é a minoria de arquitetos, uma elite que descobre sutis diferenças na
linguagem, e o segundo, os interlocutores formam o grupo da população, usuários e
transeuntes que aspiram somente capitá-lo e desfrutá-lo.” (JENCKS, C. p.111.
Tradução do autor)
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da Arquitetura Moderna. 2.ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
LIMA, Izabela. Frank Gehry: quando a arquitetura corre riscos. Obvious. Arquitetura.
Disponível em:
<http://obviousmag.org/archives/2011/08/frank_gehry_quando_a_arquitetura_corre_riscos.ht
ml>.
MALARD, Maria. Forma, Arquitetura. Disponível em:
<http://www.arq.ufmg.br/eva/docs/art010.pdf>.
MEDRANO, Leandro. Habitação, Arquitetura e Contemporaneidade. São Paulo: USP,
2007. Revista do Programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da FAUUSP.
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43510/47132>.