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ANÁLISE DA ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA NO


CONTEXTO PÓS MODERNO: Influências das obras de Frank Gehry e
mudanças no modo de habitação 1
Letícia Fernanda Cordeiro Nunes2
Stephanie Lohana Carvalho Duarte 3
Raissa Muniz Pinto4

RESUMO

Este artigo reflete sobre a Arquitetura Desconstrutivista e como os elementos defendidos por
esse movimento, derivado do movimento pós-moderno da arquitetura, tem a oferecer para
resolver os novos problemas de habitação e de espaço apresentados pela sociedade
contemporânea, a qual o movimento arquitetônico moderno não tem mais capacidade de
suprir. Primeiramente, deve se entender o desconstrutivismo e seus antecedentes para que
ocorra a analise de como essa tipologia da forma pode resolver um dos maiores problemas
arquitetônicos atuais, a habitação. Como também, este artigo a ser dissertado tem como
objetivo demostrar a partir de características de obras feitas pelo arquiteto Frank Gehry,
dentre elas uma residência pertencente a ele, como o desconstrutivismo foi empregado como
solução espacial.

Palavras-chave: Movimento Moderno. Arquitetura Desconstrutiva. Frank Gehry. Habitação.

1 INTRODUÇÃO

O ser humano busca a todo o momento por modificar e inventar novas maneiras
de viver e de satisfazer suas necessidades. Suas indagações por melhorar seu estilo de vida
acarretaram em significativas mudanças e eventos que tornassem isso possível. Durante
séculos, o mundo vem sofrendo inúmeros acontecimentos que subsidiaram uma série de

1
Paper institucional apresentado à disciplina Arquitetura e Urbanismo Moderno e Contemporâneo da Unidade
de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
2
Aluna do 2º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
3
Aluna do 2º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
4
Professor, orientador.
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transformações que são refletidas até os dias atuais. Dentre diversos episódios, a Revolução
Industrial ocorrida no século XX é um grande exemplo e que se pode ainda perceber sua
influência em diversos aspectos na vida do ser humano. Tal Revolução trouxe consigo
mudanças que se alastraram por todo o mundo, entre elas, o aumento da população, a
mecanização dos meios de produção e o aumento da produção industrial que pretendia atender
às novas tendências sociais e do contexto, que consequentemente influenciaram na maneira
em que as cidades se modificaram e continuam se modificando para suprir às novas
exigências. Na época, a arquitetura desenvolvida fazia parte do Movimento Moderno, que
tinha com objetivo de formular um novo estatuto da forma de edifícios e cidades atendendo às
novas demandas sociais.
No entanto, a arquitetura moderna apresentava diversas falhas e não conseguia
mais suprir as demandas contemporâneas, e a partir da segunda metade do século XX,
ocorreram diversas manifestações que buscavam trazer soluções para os problemas que a
arquitetura moderna não era mais capaz de resolver. Tal ocorrido tornou possível que a
arquitetura fosse marcada por movimentos e períodos claros e precisos.
O Movimento pós-moderno apresentava um leque de soluções arquitetônicas para
a sociedade contemporânea. As Manifestações Arquitetônicas ocorridas entre os anos de 1810
e 1910 marcaram uma série de propostas que retratavam a perda de uma unidade estilística,
buscando incorporar as novas tecnologias disponíveis para a construção de edificações
convenientes com o contexto de construção. Tais mudanças acarretaram em diversos impactos
no estilo de vida da sociedade, na arquitetura tradicional e nas técnicas conhecidas. A cada
novo movimento arquitetônico, surgia um legado para a sociedade como testemunha de sua
era de construção.
Do estilo Neoclássio (1770-1830) ao Racionalismo (1830-1900), por exemplo,
todos os arquitetos e artistas adotavam determinado estilo e refletiam essas características em
suas obras, devido à mudança nas cidades e consequentemente à mutação da arquitetura e do
urbanismo, foram desenvolvidas e/ou reinventadas diversas ideias arquitetônicas. Com o
passar do tempo novas propostas foram surgindo, aprimorando ou criticando a anterior,
sempre buscando a melhor forma de atender às necessidades do meio e da sociedade.
No meio de tantas propostas pós-modernas, o desconstrutivismo surgiu com uma
crítica arquitetônica à velha sociedade industrial, caracterizado pela fragmentação, quebra dos
paradigmas da arquitetura tradicional, apresentando edificações fora do alinhamento, com
pilares que se desmodulam, vigas que fogem do apoio e ainda a quebra da relação essência-
aparência referente ao plano horizontal. A partir disso, propõe-se a compreensão de tal
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tendência que vem crescendo nos últimos tempos, por influência de grandes arquitetos, como
por exemplo: Frank Gehry, Zaha Hadid e Peter Eisenman. Além das mudanças que o
movimento desconstrutivista pode modificar a arquitetura conhecida atualmente.
Ademais, o Movimento Moderno influenciou significativamente no processo de
urbanização desse período, assim como a habitação, esta que passou a ter muita importância
no cenário urbano com o intuito de solucionar o problema de falta de moradia, devido ao alto
crescimento populacional. No entanto, tal movimento não foi mais capaz de solucionar todos
os problemas existentes. Com o surgimento do movimento desconstrutivista, tem-se a
possibilidade de que os novos problemas de habitação e de espaço apresentados pela
sociedade contemporânea sejam resolvidos.

2 CONTEXTO HISTÓRICO

2.1 Revolução Industrial e o movimento moderno

Com as mudanças causadas pela Revolução Industrial, primeiramente na


Inglaterra e depois nos demais países europeus e Estados Unidos, como é o caso da migração
acelerada do campo para os centros urbanos europeus e consequentemente aumentando a
quantidade de pessoas nas cidades, também aumentava os diversos problemas sociais, pois
não havia politicas públicas preparadas para suprir tal quantidade excessiva de pessoas e
dentre outros problemas urbanos. E como qualquer outro problema urbano, a arquitetura da
época teve que se moldar para atender às necessidades de uma nova classe que crescia nos
centros urbanos: a classe trabalhadora.
O inicio da organização das cidades a partir da criação de habitações para
proletariados perto de áreas fabris como também o inicio da urbanização e a criação de uma
boa cidade para o cidadão foram uma das modificações urbanas que fariam parte do conjunto
que posteriormente daria inicio ao que futuramente iria proporcionar a formação do
Movimento Moderno na arquitetura.

Como a sociedade está em constante mudança, as necessidades e problemas


espaciais vão se modificando de maneira diretamente proporcional. Esse rumo de
pensamento, tendo um dos maiores propulsores o “pai do Modernismo” Le Corbusier, que
tem maior ênfase de seu trabalho às fundamentações teóricas modernas que influenciam até os
dias atuais – sofrendo questionamentos e criticas por não suprir mais teoricamente e na
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pratica, as cidades contemporâneas – de certo modo, criando uma forma que se repete de
edifícios e cidades, tentando unificar a função com a técnica.

O modernismo se constitui através de uma estratégia consciente de exclusão, uma


ansiedade contra a contaminação por seu ‘outro’: uma cultura de massa cada vez
mais consumista e envolvente. Tanto a força quanto a fraqueza do modernismo
como cultura de oposição derivam deste fato. (Huyssen, op. Cit., p.7).

Os inovadores do modernismo teorizaram uma estética que recusava a criação de


ornamentações nas edificações, a estrutura deve ser valorizada, pois os componentes que são
essenciais para a construção arquitetônica devem ser valorizados por si. Empregando volumes
simples e com uma geometria da forma pura, valorizando a união e o consenso entre o que é
forma e o que é função. Por utilizar volumes simplificados com a planta livre – as paredes não
são portantes desde a Escola de Chicago – a arquitetura moderna valoriza os ângulos retos
sem adornos.

E é a partir do fato que as propostas dessa vertente arquitetônica se esgotar por


não dar mais conta dos problemas apresentados pela sociedade pós-industrial, que na segunda
metade do século XX, com a centralização das criticas a arquitetura moderna à forma, há um
novo conjunto de possíveis soluções encontradas para resolver o novo espaço urbano, um
conjunto com ideias ecléticas que não se ver desde a época da formação e crescimento das
cidades industrializadas europeias: o pós-modernismo.

2.2 Início do séc. XX e as vanguardas europeias

Se o ‘moderno’ e o ‘pós-moderno’ são termos genéricos, é imediatamente visível


que o prefixo ‘pós’ significa algo que vem depois, uma quebra ou ruptura com o
moderno, definida em contraposição a ele. Ora, o termo ‘pós-modernismo’ apoia-se
mais vigorosamente numa negação do moderno, num abandono, rompimento ou
afastamento percebido das características decisivas do moderno, como ênfase
marcante no sentido de deslocamento relacional. (Featherstone, 1995, p.19).
O pós-modernismo surge durante o processo de contestação sobre as verdades
dogmáticas, na segunda metade do século XX, com o fim da Segunda Grande Guerra, há o
crescimento das ideias que são definidas como vanguardas, tendo maior foco na região mais
abalada, principalmente fisicamente, por essa guerra, que seriam os países europeus.
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Dogmas políticos, econômicos e sociais dominaram o pensamento ocidental da


época, juntamente com questionamentos sobre as concepções políticas e históricas mundiais.
Há diversas mudanças que ocorrem nesse momento de transição do moderno para o pós, em
que esta ultima acaba adquirindo um caráter mais “antimoderno”: novos princípios que
organizam o meio social pós-guerra, consolidação de um capitalismo pós-industrial, em uma
sociedade que o consumismo só cresce e há uma fragmentação, física, social e intelectual da
realidade contemporânea. E a critica ao movimento moderno arquitetônico também é um
desses questionamentos feitos por pensadores da época, pois durante o pós-modernismo, há a
critica sobre os signos consagrados durante a história da arquitetura e a do homem.
A vanguarda apresenta a possibilidade do novo, como uma resposta a todos esses
novos problemas sociais e espaciais da nova sociedade que estava se formando durante esse
período. Essa capacidade de questionar e até mesmo negar a continuação das ideias
tradicionais modernas demostra essa revalorização da busca por criação de novos parâmetros
de pensamento e comportamento, que futuramente por consequência dessas modificações, irá
influenciar não apenas o campo das artes e de humanas, como também na reformulação da
arquitetura moderna e tradicional da velha sociedade industrial.
Na arquitetura, com o domínio dessa proximidade com a aptidão criativa do ser
humano, que é capaz de encontrar nos seus dilemas o “novo”, corresponde à nova sociedade,
que surge o movimento pós-moderno e seus três derivados: historicismo – breve e como uma
maneira de rever os dilemas arquitetônicos construídos até esse momento, high-tech –
desenvolvimento de concepções dos projetos arquitetônicos a partir de novos instrumentos
além do papel e do lápis, que seria a partir da ferramenta computacional – e por fim o
desconstrutivismo, que tem uma iniciativa de tentar estabelecer um sistema novo
comunicativo, sendo indiferente a historia do modernismo: linear e tradicional.

3 ANÁLISE DO MOVIMENTO ARQUITETÔNICO DESCONSTRUTIVISTA E SUA


IDEOLOGIA ESTRUTURALISTA

3.1 Concepção arquitetônica desconstrutivista e os novos paradigmas da forma


propostos

Iniciado no final dos anos 1960, a Arquitetura Desconstrutivista, sendo parte da


vertente do movimento pós-moderno, que almeja resolver todos os problemas da sociedade
contemporânea, pois a arquitetura moderna com todos os seus conceitos sobre o espaço, a
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forma e a função e ademais características inconscientemente formados pelos seus idealistas,


não conseguia apresentar soluções espaciais em seus projetos arquitetônicos, para uma
sociedade que já havia avançado em seus conceitos e consequentemente em seus problemas
de espaço urbano e arquitetônico. Assim, o maior ponto de partida para a criação de uma nova
arquitetura é a critica à velha sociedade industrial.
Na simplicidade de sua definição, o desconstrutivismo tem como uma de suas
principais características: desmontar as formas geométricas puras, edificações conservadores
em sua forma por empregar o excesso de traços lineares. Com excesso de valorização da
planta baixa em vez de se trabalhar primeiramente no volume, limitando a construção a traços
propostos pela planta baixa, criando volumes em cubo, em grande parte dos casos. Assim com
esse exercício de desmontar a forma, os arquitetos propulsores da vertente arquitetônica, Peter
Eisenman, Frank Gehry e Derrida, demostraram em suas obras e nas suas concepções, formas
mais elaboradas com superimposição de traços em diagonal, formando elementos
retangulares, trapezoides e a desarticulação, como um caos controlado, do objeto
arquitetônico. Como já foi disso por Derrida, o objetivo da criação de formas arquitetônicas
que quebram os conceitos do plano cartesiano, defendido pelo racionalismo, é causar uma
inquietação.
Por ser um conceito e corrente ideológica e prática com origens nas vanguardas
europeias – como o caso do Art Nouveau – a lógica da desconstrução tem um discurso de uma
arquitetura com novas possibilidades, produzindo assim uma significação (mensagem) que
não pode ser unívoca nem estável, como diria o arquiteto Derrida, assim de certo modo, a
ideia de uma nova arquitetura em todos os âmbitos necessários está ligado à fuga, intencional.
Quando se analisa uma obra desconstrutivista, como um projeto de Eisenman ou
de Zaha Hadid, arquiteta em ascensão na contemporaneidade, a primeira objeção que se vem
à mente é que a edificação está fora do alinhamento (Maria Malard, 2003, pg.7). Pois, os
pilares se desmodulam, as vigas fogem dos seus apoios, as paredes acabam criando uma
sensação de estarem resistindo à verticalidade, as lajes não são mais planas e o plano
ortogonal acaba sendo banalizado. O que possibilita melhor execução das concepções de
projeto que se baseiam nesse vertente arquitetônica é o uso de instrumentos digitais,
produzindo formas sem uma racionalidade construtiva e logica estrutural, ao contrário do
moderno.

3.2 Mudanças na forma de estruturas arquitetônicas


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Influenciado por ideias da vanguarda europeias (primeiras décadas do séc. XX), a


desconstrução da forma faz parte do terceiro modelo do pensamento pós-moderno: a Teoria
Linguística.
A visão estruturalista começa com a constatação de que o todo é mais do que a soma
de suas partes. Dito em outros termos, um conjunto individualizado, que se torna
objeto do conhecimento, seja um grupo social, a mente humana, a língua falada etc.
(Colin, 2009, p.1).
A Teoria Linguística defendida por muitos arquitetos, influenciados por diversos
pensadores, dentre eles Foucault e Derrida, começa criticando e revendo a ideia mecanista que
diz que um estudo sobre um corpo material deve-se ater as propriedades do objeto:
dimensões, quantidade e movimento. Essa visão não explicava diversos outros termos que
deveriam ser discutidos, quando saia dessa tríade de pensamento, como os objetos de
conhecimento mais difíceis de serem analisados, como as ciências sociais, por exemplo. E é a
partir dessas limitações, que a concepção estruturalista se apoia para dizer que a estrutura é a
soma de suas partes – sociais, a língua falada, objeto de pensamento e ademais conhecimentos
– com características peculiares, próprias e o destaque que é posto nos elementos
estruturantes.
A partir desses objetos de estudo do estruturalismo, que surgem as primeiras leis
do método estrutural. Primeiramente, a conceituação de sua totalidade: quais são os elementos
constituintes e em seguida, quais são as leis que regem sobre as mutações deste sistema e
quais são os critérios de auto-regulamentação, que seria o conjunto de possibilidades de
variação permitidas dentro do sistema em si. (Colin, 2009, p.1). O estruturalismo se refere a
corrente de pensamento francês que predominava no campo filosófico, décadas de 1960 e
1970, defendido por importantes pensadores franceses dentre eles Foucault. Contudo, o ponto
de partida em que irá se basear o pensamento do estruturalismo é a linguística de Saussure.
Essa linha de pensamento foi de enorme importância para as próximas relevâncias
da linguística, começando a ser utilizado por diversas outras áreas do conhecimento seguintes.
Dentre esses conceitos, há a determinação do significado e do significante – o primeiro se
refere à língua falada e o segundo a ideia que é transmitida –, há a divisão do que é língua
(produto cultural, que não pode sofrer alteração por ações do individuo) para o que é a fala
(expressão do pensamento único) – por fim, a definição da semiologia, o conjunto de
diferenciações entre o sistema e sintagma – o sistema é o conjunto de campos associativos que
se unem por uma ou mais semelhança, desse modo tem o sistema construtivo de vedação
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(paredes) que é diferente do sistema de cobertura (teto da edificação), e a sintagma é a


justaposição de termos, como exemplo uma ordem arquitetônica.
As estruturas manifestam-se de diversas maneiras na arquitetura (...). Os
correspondentes à “língua” saussureana, produto cultural inacessível à intervenção
individual são os estilos históricos, as poéticas estilísticas etc. Já as “falas” são os
discursos transmitidos pelas soluções individuais, tendo assim por objeto: o espaço,
o volume, a poética mural, os elementos arquitetônicos e suas articulações. (Colin,
2009, p.2).
Já o pós-estruturalismo, contraria os adeptos a linguística de Saussure, pelo fato
de ser antagonista a ideia de que “tudo é linguagem” e abrange a cultura do século XX, se
baseia nos padrões da análise estrutural, ampliando-se a partir do que já foi analisado
anteriormente pelo estruturalismo, essa linha de pensamento universaliza a linguagem
enquanto o pós- estruturalismo divide e seleciona as diferenças. Um dos princípios da
corrente pós-estruturalista é a desconstrução defendida por Derrida, em que é feito a análise
sobre os conceitos estruturantes que posteriormente são desconstruídos. Uma maneira própria
do pós-estruturalismo para trabalhar o desconstrutivismo é a utilização dos pares binários – a
distinção entre forma e função, mente e corpo, teoria e prática, estrutura e decoração,
abstração e figuração, figura e fundo – com a finalidade de demostrar a inscrição desses
termos opostos na edificação arquitetônica como um todo. E como foi dito anteriormente, é a
partir do entendimento de conceitos de estruturação feitos anteriormente que se construíram
as ideologias criticadas e refeitas a partir da visão do desconstrutivismo, dentre eles há:

 Plano Cartesiano defendido pelo racionalismo de Descartes: o racionalismo


defendido pelo matemático e filosofo Descartes, tinha como base de suas teorias a
construção de um plano cartesiano, criando assim um plano ortogonal com a
construção hipotética de três eixos coordenados, ortogonais entre si. Sendo um
instrumento matemático capaz de criar e operar figuras geométricas, com medidas
para ter a ideia da proporção do que irá formar, a partir desses planos, o objeto
volumétrico. Esse conceito é considerado um dos mais fortes do movimento moderno,
a ideia de que edificações que só seriam construídos baseados nos planos vertical e
horizontal a partir do momento que foi determinado previamente por pensadores dessa
etapa da arquitetura, dentre eles o pai do movimento moderno, Le Corbusier. Desse
modo, foi um dos primeiros conceitos modernos que sofreu uma serie de criticas,
surgindo assim os arquitetos suprematistas, propunham um espaço em que os objetos
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arquitetônicos não seriam enrijecidos pelos eixos ortogonais, mas sim “flutuariam” no
espaço. (Revista aU, 2009, pg. 3).

 Perspectiva defendida pelos pensamentos humanistas criados durante o


Renascentismo: o ponto de partida do mundo moderno, o Renascentismo, em que se
baseia na centralização do universo o homem e não Deus (a Igreja Católica) é a
perspectiva, um instrumento de representação gráfica capaz de criar, principalmente,
profundidade e melhor retração do meio. Sendo assim, uma importante ferramenta
para os arquitetos representarem o espaço. A visão renascentista é o “olhar para
frente”, centralização, homem no centro de tudo. E desse modo apresenta de modo
implícito, apenas a ideia de que o ponto-de-vista sempre irá partir do sujeito, podemos
assim parafrasear Silvio Colin, quando ele disserta que o “sujeito” renascentista e
cartesiano não pode conviver com o conceito de conviver com estruturas que o
antecedem – estruturas arquitetônicas com a aparência de esta instável, pela
desarticulação da forma e elementos arquitetônicos que “flutuam” pela criação de uma
tridimensionalidade em que os planos desta não respeitam as ideias racionalistas.

 O Triedro Mongeano e o sólido geométrico puro: a geometria descritiva, criada


pelo matemático francês Gaspard Monge, é o instrumento de trabalho mais utilizado
pelos arquitetos desde a sua época de criação, séc. XVIII, tendo uma das suas
contribuições o aperfeiçoamento das novas técnicas de execução e a criação de
edificações. No entanto, segundo pensadores e arquitetos desconstrutivistas, os
projetos ao longo do tempo acabaram se tornando muito previsíveis em sua volumetria
como um todo, apenas criando as plantas baixas e ademais desenhos técnicos
arquitetônicos e “subindo” a construção. O desconstrutivismo propõem na formação
de projetos arquitetônicos, a desarticulação destes planos – horizontal e vertical –
criando assim uma instabilidade perceptiva, que melhor irá representar a instabilidade
emocional e funcional do homem, enfatizando a Teoria Linguística – a língua e a fala
arquitetônica, neste caso. Em questão da critica ao sólido geométrico puro (o mais
claro seria o cubo), seria uma critica principalmente ao movimento moderno do que
aos anteriores a este, pois no moderno há a construção de conceitos – mesmo que de
modo imperceptível pelos arquitetos modernistas – em que uma boa arquitetura para a
sociedade da época seria a construção de edificações com linhas retas.
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4 CONSTANCIA ENTRE AS OBRAS DE FRANK GEHRY E O REFLEXO NA


CATEGORIA DE HABITAÇÕES

4.1 Frank Gehry e a arquitetura desconstrutivista

Diversos arquitetos contribuem de forma prática e teórica com as prospecções


intelectuais associadas à ideologia arquitetônica desconstrutivista, entre eles está o renomado
arquiteto canadense Frank O. Gehry, que se revela considerar as formas construtivas, como
sua incessante busca por transformação no processo de projeto, por meio de distintas
metodologias de projetação, assim como a explicação de seus métodos de visão da realidade
complexa oriunda da contemporaneidade. O arquiteto se destaca por suas formas nada
convencionais e sua inserção no contexto em que se encontra, na busca de um equilíbrio entre
a obra e o entorno, gerando os edifícios projetados por Gehry considerados um marco na
paisagem, por meio de liberdade nas composições, ao seu desprendimento das formas
elementares e convencionais e ainda as relações contextuais.
O arquiteto utiliza a geometria como seu eixo de projeto, como um instrumento de
complicação. Com a manipulação de linhas e planos, assim como a complexidade notória de
suas obras, lhe renderam o prêmio Pritzker do ano de 1989, além de outros prêmios
importantes. Em seu discurso de recebimento ao prêmio Pritzker, Gehry afirma:
“ Arquitetura é um pequeno pedaço da equação humana, mas aqueles de nós que a
praticam, acreditamos no seu potencial para fazer a diferença, para iluminar e
enriquecer a experiência humana, para penetrar as barreiras da incompreensão e
fornecer um contexto bonito para o drama da vida”.
Gehry era conhecido por ter uma personalidade dinâmica, encantadora e
questionadora. Acreditava que o objetivo de seus projetos é de intrigar o espectador,
chocando-o, rompendo a arquitetura tradicional e consequentemente atraindo muitos críticos e
admiradores. A sua nova forma de enxergar a arquitetura propiciou sua expansiva fama.
Dentre suas principais obras, O Museu Guggenheim em Bilbao foi considerado a obra que
alavancou a fama do arquiteto. Este é localizado no norte da Espanha, no território basco,
todo revestido de titânio, com curvaturas inusitadas e que chamaram a atenção do mundo
todo.

4.2 Características das obras de Frank Gehry


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Ao discutir sobre arquitetura desconstrutivista, é inevitável não recorrer às obras


do arquiteto Frank Gehry como fontes de obras existentes. Em diversos trabalhos, Gehry
demonstra a oposição à racionalidade proposta pelo modernismo, demonstrando que a ideia
de que “menos é mais” está ultrapassada em termo de construção. Para tornar possível a
construção de suas obras inusitadas, Gehry passou por um processo de conhecimento sobre os
materiais que este poderia utilizar.
Devido ao grande avanço proposto com a Revolução Industrial e com o
surgimento de novas tecnologias e novos materiais como o aço e o concreto armado, houve a
diminuição das construções em madeira. Com isso, a busca por sistemas construtivos leves foi
intensificada e trazendo à tona materiais como o aço. Neste período, diversos países como o
Canadá e os Estados Unidos possuíam grandes reservas de madeira e apresentavam casas
construídas em madeira em escala industrial. No entanto, no início do século XIX, ocorreu
uma grande mudança no modo de construir com madeira, e inicia-se a produção industrial de
pregos e as serrarias passam a ser acionadas por maquinas a vapor.

As construções leves retratam uma estrutura onde a parede é uma estrutura


portante com pequenos pilaretes dispostos a cada 60 cm aproximadamente. Tal técnica foi
sendo modificada e aprimorada e chamando a atenção de diversos arquitetos, como Frank
Gehry que começou a incrementar em suas obras esta técnica construtiva, conhecida como
Platform Construction (sistema plataforma), com encaixes que eram reforçados por peças
metálicas, dando resistência e eficiência aos projetos. Tal processo era comum em países
Norte Americanos, como Estados Unidos e Canadá, devido a fatores geomorfológicos
oriundos dos abalos sísmicos e ação de grandes tornados, que propiciavam grandes áreas de
destruição em construções.

O Platform Construction aprensentava o uso de pilares e vigas formando um


rígido pórtico, além do entramado estrutural realizado por diversas peças que formariam
paredes e pisos auto resistentes, parecendo uma gaiola alto-portante. Uma grande influência
de tal sistema foi propiciar a construção de edifícios de até cinco pavimentos além de ser
frequentemente encontrado nas áreas urbanas em conjuntos habitacionais, onde busca-se por
uma arquitetura com baixos custos de construção e pequenos prazos de execução. Tal sistema
construtivo que apresentou-se rápido e barato, chamou a atenção de arquitetos com ideais
desconstrutivistas, como o Gehry. Este que explorou os recursos de tal sistema construtivo em
sua própria casa, em Venice.
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Com o planejamento de desenvolver uma arquitetura voltada para as formas


construtivas, ele obteve continência nas evoluções tecnológicas, em formas de representação
de projetos, assim como nos sistemas construtivos. Sua capacidade de visualizar formas
espaciais caóticas, que abrigavam programas funcionais complexos e reconhecer que o
sistema construtivo proposto para a realização de sua obra, eram características fortes do
arquiteto. Com o sistema construtivo leve, foi possível a Gehry realizar tais inovações. A
linguagem arquitetônica proposta por Gehry foi bem aceita pela população e propiciou ainda
reconhecer as diversas possibilidades de renovações de materiais empregados destinados à
construção.

De acordo com Jameson (1996), em uma análise no capítulo em que trata da


arquitetura, fala sobre a casa de Gehry por considerá-la “[...] um dos poucos edifícios pós-
modernos que parecem ter alguma pretensão a uma espacialidade revolucionária” (p. 129).
Ele coloca Gehry em um patamar destacado da arquitetura pós-moderna, por apresentar um
estilo que teria pouco em comum com a frivolidade decorativa e com o acento narrativo dos
projetos de alguns arquitetos. Segundo Jameson, Gehry estaria disposto a colocar mãos à obra
e criar. Ele afirma ainda que uma casa é para morar, mas se podem inventar formas de habitá-
la que escapem ao convencionalmente estabelecido. Em uma entrevista ao documentário
Esboços de Frank Gehry, de Sydney Pollack, Gehry relata que muitos fotógrafos visitam sua
casa, e cada um, ao entrar, tem uma ideia diferente sobre como o lugar deveria aparecer, sobre
como ele deve ser ocupado ou sobre como se vive nele.

Apesar de toda sua importante influência ao desconstrutivismo e à sociedade


contemporânea, o arquiteto sofreu diversas críticas suas obras, como o elevado custo dos
projetos, da manutenção e limpeza das edificações, o caráter experimental das inovações e os
riscos, e outra que retratam que as obras não atendem ao requisito de conforto e durabilidade,
e que alguns materiais de revestimento emanam muito calor.

4.3 Reflexo dos aspectos arquitetônicos desconstrutivistas no modo de habitação

Diante de tantas transformações advindas do processo pós-moderno, os rumos da


arquitetura foram transformados significativamente. Segundo Charles Jencks, no seu livro
The Language of post-modern architecture, o fim do modernismo e o início do movimento
pós-moderno ocorreu quando o projeto de desenvolvimento da habitação Pruitt-Igoe de St.
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Louis foi demolido, pois fora considerado inabitável. De acordo com Jencks, tal
acontecimento foi considerado um marco simbólico que tinha os ideais exaltados pelo
modernismo. Essa nova arquitetura pós-modernista carecia por atender as necessidades
estéticas e funcionais de diversas camadas sociais e intelectuais da população:

“ O edifício pós-moderno tem um código duplo, até certo ponto é moderno e até
outro alguma coisa mais: vernáculo, revival, localista, comercial, metafórico, ou
contextual. Existem exemplos importantes de obras duplamente codificadas no
sentido em que buscam comunicar-se simultaneamente a dois níveis: no primeiro, o
interlocutor é a minoria de arquitetos, uma elite que descobre sutis diferenças na
linguagem, e o segundo, os interlocutores formam o grupo da população, usuários e
transeuntes que aspiram somente capitá-lo e desfrutá-lo.” (JENCKS, C. p.111.
Tradução do autor)

Apesar da espera por uma arquitetura que atendesse a tais requisitos,


arquitetos/teóricos como R. Venturi, M. Graves, C. Moore, P. Portoghesi, se contentavam
com a ideia de uma arquitetura que possuísse articulação de signos linguísticos, com pouco
conteúdo e que ficou apenas na teoria, e na prática como uma linguagem que não atendia aos
aspectos arquitetônicos básicos, como função, forma, indivíduo, entorno, etc. No entanto, tais
ideias modernistas influenciaram nas formas de se pensar o espaço, o lugar. Buscando
estabelecer a junção da arquitetura com a coletividade, com a ideia de transformar as cidades,
através de transformações discretas, poucas repercussões, mas imediatas. Definindo-se então a
“arquitetura do lugar”, com supervalorização do padrão tipológico da cidade e da sua história.
Entretanto, a ideia de lugar mostrou-se questionável, no momento em que percebeu-se que era
um processo lento e brando, que chocava-se com uma sociedade e meio urbano evoluindo-se
em grande velocidade.

Diante disso, o desconstrutivismo que também buscava por solucionar os


problemas da sociedade pós-industrial, acabou tornando-se um “estilo”, uma “estética”. Na
prática, muitas obras desconstrutivistas, com toda sua complexidade, em certos momentos são
criticadas pelo seu valor funcional, assim como orçamentos exorbitantes, contribuíram de
forma significativa para a arquitetura contemporânea.

A ideia da inovação e da quebra da arquitetura tradicional tornaram possível uma


autêntica articulação entre o local e a construção, buscando se adequar em uma arquitetura
fundada em valores, de acordo com aspectos referentes à construtibilidade, viabilidade
econômica, relação com o contexto, etc. Assim como, capaz de atender às novas exigências
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sociais, correspondendo às demandas do capitalismo e transformações constantes oriundas de


uma sociedade pós revolução industrial.

De fato deve se reconhecer que o movimento moderno contribuiu


significativamente no desenvolvimento de novas habitações coletivas, incrementando valores
arquitetônicos que podem ser considerados como um legado conceitual, tipológico e artístico
para a arquitetura, por sua eficiência produtiva e qualitativa. Porém, existiam diversos
projetos despreocupados com a relação entre a cidade e o usuário. Todavia, o pós-
modernismo transformou o contexto das construções habitacionais coletivas, como a aparição
de frontões, ornamentos, cores, etc; mas, em relação aos benefícios reais ao espaço
habitacional, a arquitetura pós-moderna não teve uma influência significativa. O
desconstrutivismo, tampouco contribuiu para a qualidade do espaço habitacional
contemporâneo, o que pode ser explicado por seus orçamentos exorbitantes. O Museu
Guggenhaim de Bilbao, apesar de toda sua grandiosidade e inovação com dobras, não
contribui para a habitação coletiva atribuída às grandes massas.
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5 CONCLUSÃO

No decorrer do trabalho foram abordados diversos pontos, entre estes é importante


destacar alguns dos mais relevantes: (1) a importância da compreensão da história e do
processo em que se deu, para se chegar ao ponto em que a evolução da arquitetura é
necessária para se inovar os meios de produção e criação de um projeto arquitetônico. (2)
Como também, a importância de se compreender a evolução das TICs (Tecnologia da
Informação e Comunicação) e o objetivo delas e como elas se encaixam no novo contexto
profissional do arquiteto. (3) Entender a evolução das TICs para a criação de plataformas mais
complexas como os programas de modulação paramétrica (Parametria) e a modulação do
produto/objeto (BIM). (4) E o que esses novos artifícios tecnológicos podem proporcionar
para o aperfeiçoamento profissional. (5) Principalmente enfatizar que as faculdades de
arquitetura e urbanismo devem se adequar a essas novas mudanças na profissão, para formar
futuros arquitetos que se adequem a esse novo mercado de trabalho. (6) E por outro lado, há a
questão que os avanços tecnológicos não só estão transformando diversos centros acadêmicos
e profissionais, mas também, que tais centros estão sendo se transformando
proporcionalmente as modificações do meio em que a sociedade vive. (7) Tais avanços
provocam uma profunda remodelação do estilo de vida, dos costumes, dos interesses e dos
hábitos da sociedade e consequentemente todas essas mudanças irão contribuir para o
andamento da civilização humana.
É importante ressaltar que haja uma incompletude da pesquisa em si, pois um
assunto como esse ainda há muitos alicerces a serem estudados e destacados. Como as
mutações tecnológicas ainda estão em curso na sociedade, é previsível que em um futuro
próximo ocorra novas transformações significantes nos programas que compõem a
Arquitetura Digital.
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