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É Natal de novo.

É sempre algo incrível voltar a ver toda a animação de todos, a inocente ansiedade
infantil de qualquer criança, o regresso a esses tempos por parte de quem há muito
entrou no mundo dos adultos, o mundo real. Ou, pelo menos, julga ter entrado.
Todos temos recordações mais ou menos marcantes de natais passados. Velhas
histórias, passagens mais ou menos importantes para nos terem marcado de forma
única, mesmo ao fim de tantos anos. Pois bem, a mais importante que tenho aconteceu o
ano passado e não envolve decorações, presentes nem pais-natal sorridentes. É, no
entanto, uma história de verdadeiro Natal, de lealdade e, sobretudo, honra e família.
Tudo começou duas semanas antes da ceia de Natal, no dia 10 de Dezembro. Uma
chamada urgente para o meu gabinete trouxe-me uma notícia inacreditável. Um
peregrino a caminho de Santiago de Compostela encontrou, numa pequena encosta
destruída pelo derrube de um velho carvalho, que havia cedido ao temporal da noite
anterior, algo extremamente promissor. Uma pequena caixa de ferro trabalhado indicava
um possível local arqueológico visigótico, algo raríssimo, ainda para mais contendo
artefactos.
A notícia, recebida por todos os meus colegas com entusiasmo e espanto, acabou
por dar-me a oportunidade de uma vida. Após a publicação dos meus trabalhos sobre a
fase final do reino Visigótico, o IGESPAR decide entregar uma missão de
“reconhecimento e salvamento” arqueológico urgente: O local estava na margem
esquerda do Lima, perto da actual vila de Ponte de Lima, e estava ameaçado pelo mau
tempo e, sobretudo, pela necessidade de abrir as comportas da barragem do Alto
Lindoso para aliviar a pressão da albufeira no paredão. O local estava assim
praticamente condenado a ser varrido para sempre, sem nunca poder ser estudado,
preservado ou protegido. Algo tinha de ser feito e, felizmente, foi possível. A quase
milagrosa melhoria do tempo, ainda que temporária, permitiu reter por uns dias a
abertura das comportas, ao mesmo tempo que nos deu tempo para organizar essa
“missão”. Ao fim de dois dias, depois de um pequeno impasse burocrático,
conseguimos autorização para escavar durante 12 dias. Na véspera de Natal, à noite, as
comportas seriam automaticamente abertas, e o local poder-se-ia perder para sempre.
Reunida uma equipa que consistia em quinze estudantes de Arqueologia e dez de
História Medieval rumava a terras do Lima com uma enorme expectativa mas,
sobretudo, com uma enorme ansiedade e pressão sobre os ombros. A liderar a equipa
estava eu e o meu colega andaluz, Carlos Perez, os dois especialistas em História
Visigótica que, segundo a perspectiva das autoridades, mais podiam fazer para vencer a
luta contra o tempo e a intempérie. O Carlos estava, curiosamente, presente no Porto
para férias aquando da descoberta. Sabendo disso pedi imediatamente que me
acompanhasse. Já o conhecia há alguns anos, era um arqueólogo muito competente,
tinha créditos firmados e era uma pessoa de confiança. Era de origem magrebina, falava
fluentemente Árabe, Berbere e dominava o Latim da Alta Idade Média. Os estudos que
havia feito sobre as invasões árabes, sendo muçulmano, traziam-lhe credibilidade e o
respeito por parte de especialistas de ambas as religiões. Tratava os temas com
verdadeira imparcialidade e rigor e era a parceria perfeita para esta escavação. Acedeu
imediatamente ao meu convite e, partilhando as mesmas emoções e medos,
acompanhou-nos e deu ainda mais crédito à missão, que enfrentava uma enorme
oposição da EDP, pela necessidade de abrir as comportas do Alto Lindoso.
A chegada, no dia 13, revelou aquilo que nunca nenhum de nós pensaria ser
possível. Uma caixa de ferro trabalhado que era, de facto, visigótica, e que continha
moedas cunhadas por Rodrigo, o último rei Visigodo. Parcialmente descobertos
estavam também aquilo que pareciam ser o que restaria das paredes de um pequeno
edifício, provavelmente uma pequena casa de campo. O trabalho ao longo dos dias
revelaria tratar-se de pequena povoação com quatro casas de pequenas dimensões.
Depois de dez dias de escavação, e apenas com mais uma semana, pensávamos ter
descoberto tudo. A aproximação do solstício de Inverno, dificultava ainda mais o nosso
trabalho, pois eram muito poucas as horas de luz natural, e muitas vezes o trabalho tinha
de se prolongar noite dentro. Eu e o Carlos éramos sempre os últimos a abandonar a
escavação. Depois de os miúdos descerem em direcção à aldeia, ficávamos a fazer o
inventário e tomar notas sobre tudo o que fosse possível. Era uma corrida contra o
tempo, e nós parecíamos estar a ganha-la. Tudo parecia correr de feição quando, no dia
22, surgiu uma descoberta assombrosa, já no final do dia. Um pouco afastado das ruínas
da aldeia, encontramos as ruínas de um pequeno edifício muito peculiar. A planta em
cruz grega alimentou-nos a esperança de termos encontrado uma pequena igreja
visigótica, algo raríssimo e que seria, sem dúvida, a jóia da escavação, uma mais-valia
contra a pressão dos interesses económicos, enfim, um impacto semelhante ao que
aconteceu após a descoberta das gravuras no Vale do Côa. Os miúdos já tinham sido
dispensados, e apenas eu e o Carlos estávamos lá. Um pouco perdidos, quer pela
emoção da descoberta, quer pelo terror de pensar que tudo aquilo poderia ser varrido
antes de podermos sequer perceber bem o que é. Acabamos por decidir ficar lá e
demorar o tempo que demorássemos. Aos olhos de outra pessoa qualquer não teria
muito de impressionante, mas para nós, pessoas cujos olhos viam algo com que muitos
sonharam e jamais concretizaram, não nos aguentávamos. Eram demasiadas emoções,
mas era necessário pô-las de lado e trabalhar de cabeça fria.
A temperatura estava cada vez mais baixa. Envoltos agora na neblina ribeirinha,
os últimos raios de Sol eram estrangulados pelos montes que nos rodeavam. A Lua
erguia-se, agora, no céu, iluminando o manto prateado de nevoeiro, criando uma
atmosfera misteriosa, mas simultaneamente desconfortável. Demasiado
desconfortável… Tentamos utilizar todas as luzes possíveis, tínhamos as lanternas que
haviam sido deixadas por alguns dos miúdos, dois holofotes, cuja bateria não sabíamos
quando terminaria e a luz fornecida por um pequeno gerador, que não teria combustível
por muitas horas, e cujo barulho, ainda que relativamente suave, serviria para quebrar
um pouco essa sensação estranha, provocada pelo meio envolvente.
Cada “braço” da cruz que formava a igreja possuía cerca de 6 metros de
comprimento, pelo que decidimos recolher os detritos que cobriam o chão para um
canto, para que pudessem ser peneirados no dia seguinte. O nosso objectivo era tentar
perceber algo mais, podendo observar o chão da construção, ao mesmo tempo que
tentaríamos sempre registar tudo, montando uma câmara programada para disparar
todos os minutos na parede cujo muro se conservava com maior altura. As horas foram
voando, e quando olhei para o relógio do telemóvel, pude ver que já passava da meia-
noite, já era dia 23. Isto assustou-me imenso. A possibilidade de não termos tempo…
Não podia ser. Ambos tínhamos consciência da preocupação que, provavelmente,
estaríamos a causar ao resto da equipa, mas eles compreenderiam quando soubessem.
Naquele momento, outras prioridades se sobrepunham a isso.
Apercebendo-me de que o holofote estava a ficar sem bateria, fui buscar o outro à
escavação principal, a cerca de 40 metros da igreja. Avisando o Carlos, dirigi-me para
lá, atravessando o trilho onde a luz da Lua desenhava formas fantasmagóricas com os
ramos oscilantes dos carvalhos. Após atingir a escavação principal, debrucei-me sobre a
mala com o material de iluminação e, enquanto procurava o holofote, ouço um grito
desesperado. Era o Carlos. Após esse grito medonho, fez-se um silêncio tumular.
Perdido, sem saber bem o que fazer, agarrei na lanterna que estava ao lado da mala, e
corri desalmadamente pelo trilho, tropeçando em todas as pedras, prendendo-me em
todos os ramos, até que cheguei às ruínas da igreja. Não podia acreditar no que via. Um
alçapão, no local onde supusemos ter estado antigo altar, revelava-se agora. Depois de
um momento de assombro, sem conseguir ter qualquer tipo de reacção, olhei em volta e
consegui, a muito custo, chamar pelo Carlos, com uma voz trémula e quase inaudível.
Observando à minha volta, pude ver que ele não se encontrava nas imediações. Onde
estaria então? O meu primeiro instinto fez-me olhar para o alçapão… Mas estaria certo?
Na verdade poderia ter um grande amigo e colega em risco de vida, não era altura para
suposições.
Depois de um momento de desespero, tentei raciocinar. Provavelmente ele teria
encontrado o alçapão e talvez caído… Ou será que algo o fez cair? Não importava, não
havia tempo a perder.
Apontando a lanterna para o alçapão, vejo uma parte daquilo que seria uma cripta.
Parecia ocupar uma área superior à que a igreja tinha, mas era difícil percebê-lo, e não
era essa, de todo, a minha maior preocupação no momento. Chamei de novo pelo
Carlos, e desta vez obtive um gemido como resposta. Percebi que era ele, tentei apontar
a luz para um dos cantos e ali estava ele, estendido no chão, praticamente imóvel. Mas
era tão estranho, como teria ele caído e andado quase 4 metros até ao canto? Não
conseguia entender, mas não pensei mais nisso. Procurei uma das cordas com que
fazíamos medições, prendi como pude ao tronco de um velho carvalho, e desci os 3
metros de altura que teria a cripta. O Carlos permanecia imóvel, e eu não sabia o que
fazer. De repente, ouvi um ruído de ramos partidos vindo do outro lado da cripta. Senti
então um arrepio gelado a percorrer-me o corpo. Voltando-me lentamente para trás,
tentei apontar a lanterna, que começava a enfraquecer, piscando constantemente.
Tentando prolongar a luz por mais algum tempo, tentei fazer algo com a lanterna, sem
saber muito bem o quê. Acabou por se apagar, mas a Lua já se encontrava tão alta no
céu, que iluminava boa parte da cripta. Assim que levantei de novo os olhos, tive a
visão mais assustadora da minha vida. Aquilo que em tempos terá sido um homem,
erguia-se perante mim com um olhar flamejante, pleno de ódio, os olhos mais negros
que já vira… A pele seca, fendida e com um verde cadavérico absolutamente aterrador,
estava coberta na maior parte do corpo com aquilo que reconheci como sendo uma
armadura visigótica do período final. Vindo da penumbra, surgia à luz da Lua como um
ser impressionante, horrível e simultaneamente atractivo. Enquanto avançava
pesadamente na minha direcção, erguia o braço direito na direcção do meu pescoço.
Queria gritar, queria correr, tentar enfrentá-lo, mas um misto de terror e incredulidade
impedia-me de o fazer. Acabei por faze-lo, mas sem saber muito bem o que usar contra
aquele poderoso corpo milenar, com quase 2 metros de altura, que tentava agarrar-me
Tentando agarrar uma pedra caída daquilo que havia sido a cobertura do alçapão, ele
conseguiu atingir-me com uma pancada na nuca tão forte que, por momentos, não
consegui perceber o que se passava. Voltando a mim, ali estava eu, estendido no chão,
com um fio de sangue a escorrer-me pelas costas e pelos ombros, e prestes a ser
agarrado por alguém, por algo, que, aparentemente, estava ali preso há treze séculos
anos. É o fim, pensei eu.
Não foi.
Quando se preparava para me agarrar pelo pescoço, viu algo que perturbou a
serenidade maldosa com que me confrontava. De repente a sua expressão mudou para
uma mistura de uma alegria incomensurável com um alívio triste. Apontando na
direcção do meu peito, percebi que a reacção veio da cruz de prata que a minha mãe me
havia oferecido anos antes, e da qual nunca me desfazia por respeito, amor ou, talvez,
até por superstição.
“Dominus… Iesus”, balbuciou, com a dificuldade de quem esteve centenas de
anos sob o silêncio da morte. Ajoelhou-se à minha frente, chorando. Olhando para mim,
fez um gesto como que pedindo desculpa, e serenando-se, apontou para um dos cantos
da cripta. Olhando para lá, procurei perceber ao que se referia, mas quando me voltei de
novo para ele, já ali não se encontrava.
Como se tudo não tivesse passado de um sonho, fiquei perdido no chão por alguns
momentos, acabando por cair em mim, e finalmente ver se o Carlos estava vivo.
Felizmente, estava apenas inconsciente. Voltando, lentamente, a si, olhamos um para o
outro e não foi preciso nenhuma palavra para ambos percebermos que não foi um sonho
e ambos o vivemos.
Dentro da cripta, a luz da Lua iluminava agora o canto em que nos
encontrávamos. Percebendo que seria tardíssimo, apenas combinamos não revelar o que
haveria acontecido, até percebermos o que poderia ter sido aquilo.
De repente, ouvimos gritos. Reconhecendo a voz dos nossos companheiros de
equipa, acabei por gritar, do interior, com esperança de que nos ouvissem. Fomos, de
facto, ouvidos. Chamando os bombeiros, fomos resgatados, com o maior cuidado, quer
pelas lesões que, supunham, poderíamos ter, quer pelo zelo arqueológico pela
descoberta de uma vida.
Depois de umas horas passadas em observação, no hospital, em Viana do Castelo,
voltamos de manhã cedo à aldeia. Felizmente, ambos tínhamos apenas escoriações e
dores musculares, pelo que voltamos ao trabalho. Relatando a nossa descoberta, mas
não a nossa experiência sobrenatural, procuramos optimizar o trabalho na igreja.
Durante esse dia, trabalhamos na superfície da igreja, e após o exaustivo trabalho ao
nível do solo, pude finalmente voltar à cripta. Pedi alguns minutos a sós com o Carlos lá
dentro, gesto compreendido pelos alunos como uma medida meramente preventiva e de
reconhecimento. Dirigimo-nos ao canto para o qual aquele homem havia apontado.
Percebemos que havia ali uma enorme laje, que deveria esconder algo. Talvez um outro
nível da cripta, talvez um túmulo… Haveríamos de descobrir assim que mandássemos
os miúdos entrar, e assim ajudarem-nos.
Já com alguns dos estudantes dentro da cripta, conseguimos mover a laje.
Descobrimos, então, que era um túmulo que aquela rocha encerrava. Nesse túmulo
encontramos uma velha espada visigótica, marcas de um cadáver entretanto
desaparecido… e uma estátua de madeira, representando Cristo recém-nascido. Essa
estátua de um realismo assombroso e conservada de uma forma impressionante, fez
todos presentes naquela cripta soltar um grito de admiração. A estátua repousava sobre
aquilo que parecia ser um molho de pergaminhos, o que me fez sorrir, tanto pela
dimensão da descoberta como pela possibilidade de, finalmente, poder perceber o que
aconteceu naquele local único.
Assim foi. O trabalho do Carlos permitiu termos uma tradução relativamente fiel
do pergaminho principal. Aquele túmulo era o túmulo de Martinho, cavaleiro e súbdito
de Rodrigo, último rei dos Godos. Atacado, invadido e conquistado o Reino Visigodo,
pelos invasores muçulmanos, no ano 711, o modesto Martinho viu o seu mundo
destruído, reduzido a cinzas. Combatendo corajosamente nas batalhas que, em vão,
tentaram travar a invasão, viu o seu rei morrer ao seu lado e, percebendo o inevitável
desfecho desta guerra inglória, desejava apenas passar mais um Natal junto da sua
família. Disperso o exército visigodo, Martinho partiu em direcção à sua terra, na
esperança de chegar lá antes dos invasores. Cavalgou dia e noite, e ao cabo de duas
semanas atingiu a sua aldeia. No entanto, outros o haviam feito antes… Entre as ruínas
das casas, jaziam os corpos da sua mulher e dos seus dois filhos. Junto a eles, a imagem
de madeira representando Cristo bebé, esculpida pelo seu filho mais velho, estava
intacta. Louco de dor, decide enterrar a sua família e, sem mais motivos para viver,
jurou proteger aquela estátua dos infiéis, por toda a eternidade, se necessário, até que
um servo de Cristo a venha resgatar e o liberte dessa promessa para que possa, uma vez
mais, passar o Natal com a sua família, desta vez numa união para toda a eternidade.
Todos ouviram estas palavras com comoção. Por vezes, no exercício da nossa
profissão, esquecemo-nos que lidamos com pessoas que nasceram, viveram e amaram.
Tudo isso e muito mais tornaram aquele lugar único. Mas só para mim e para o Carlos é
que tudo fazia sentido agora. Sendo muçulmano, a promessa feita por Martinho
despertou-o, enquanto a visão da minha cruz o libertou, finalmente, da sua promessa.
Chegou o final do dia, e restava-nos apenas a manhã do dia 24 para arrumar o nosso
material e partirmos com a esperança de que a força das águas poupe aquele local. Junto
a mim levava a imagem de Cristo.
Mais tarde acabei por fazer com que fosse entregue à diocese de Braga, aquela ao
qual a aldeia de Martinho pertencia no seu tempo. Mas antes ainda, fomos ao local na
tarde do dia 26. Infelizmente as nossas piores expectativas haviam-se cumprido e
grande parte da aldeia tinha desaparecido para sempre. Sem cabeça para perceber bem o
que teria restado, a equipa acabou por ir embora. Já eu e o Carlos acabamos por ficar lá,
e por mais que tentássemos partilhar da frustração do resto da equipa, uma estranha
sensação de paz e missão cumprida era a única coisa que conseguíamos sentir. Ficamos
por lá até ao pôr-do-sol e, no momento em que finalmente decidimos ir-nos embora,
olhamos para a outra margem e vislumbramos aquele rosto de novo. Era de novo ele,
Martinho, desta vez rodeado pela família, sorrindo na nossa direcção, enquanto os filhos
acenavam. Desta vez aquela cor macabra e o olhar de ódio haviam desaparecido e só
restava uma calma celestial. Por uma última vez, fez um gesto de agradecimento e,
voltando costas, todos desapareceram no nevoeiro do final da tarde, por entre uma luz
incrível e envolvente. Uma vez mais, e quase mil e trezentos anos mais tarde, a família
estava reunida no Natal.
Com um sorriso na cara, ambos deixamos o local onde alguns dias haviam
mudado para sempre a nossa vida.
Pois bem, muita gente pensa que o verdadeiro Natal é aquele das decorações, dos
presentes, dos pais-natal. Mas eu, não.
O verdadeiro Natal, soube-o então, é o da família, aquele que nos faz sacrificar
tudo por quem amamos e por aquilo em que realmente acreditamos.

André F.O. Silva

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