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As
concessões realmente explora
das: a constituição da
propriedade mineira e a lavra
de minas
22 Ao longo do texto as referências de tipo geográfico a Portugal,
quando se trata da indústria mineir (...)
28 «Le Portugal est l'un des pays du monde les plus riches em gites
métaliferes. Les magnifiques dépôt (...)
Eis o que é costume fazer em Portugal, como aliás noutros países, mas
talvez num grau mais elevado. Assim que se descobre um pedaço de
mineral, tenta-se logo assegurar os direitos legais de propriedade
sobre o que se supõe, com razão ou não, ser uma mina32.
2. Os minérios que se
exportavam: uma riqueza que
se escoava?
25As poucas minas em actividade, com a excepção das minas de
carvão satisfaziam a procura dos países industrializados. Grande
parte das jazidas mineiras, sobretudo as mais importantes,
estavam nas mãos de companhias radicadas nos países para onde
iam a maior parte dos minérios, como era o caso da Inglaterra, da
França e da Bélgica. O mesmo acontecia, aliás, em muitos outros
sectores fundamentais da economia portuguesa e, em particular,
da indústria e dos transportes.
26O país pouco obtinha com o desenvolvimento mineiro na
medida em que a maior parte dos minérios arrancados eram
exportados em bruto, ou quase. Desde o início do século e até às
vésperas da I Guerra Mundial o peso destas exportações no
conjunto das exportações portuguesas variou, em valor, entre 4 e
5%. Em 1917, devido ao elevado valor dos minérios, em particular
do volfrâmio, esse peso atingiu quase os 24%. Depois da Guerra e
até 1939, esse peso andou entre os 6,6 e os 8,6% (com excepção
de 1921 em que se atingiu os 15%). Ou seja, a Grande Guerra, em
vez de suscitar uma corrida às minas devido às carências internas
impostas pelo bloqueamento marítimo, estimula a actividade
exportadora. O «proteccionismo» industrial criado pelo conflito
não estimula esta actividade. Tal como sucederá também durante
a II Guerra Mundial, é o aumento da procura no exterior
dos minérios de guerra que explica a melhoria no comportamento
económico neste sector (figuras 3 e 4, p. 354).
Imposto mineiro em Portugal, 1893-1921
[Tabela I.3.]
Os carvões nacionais
33Tratemos, em primeiro lugar dos carvões. Com a guerra de
1914-1918, a exploração de carvão ocupou a atenção de tal
forma que quase se confundia com o problema mineiro
português. Para isso contribuíram factores poderosos. Só por si, o
carvão representava um peso enorme nas nossas importações e o
facto da sua origem ser inglesa acentuava o sentimento de
dependência do país. Além disso, a importância que o carvão
tivera na I Revolução Industrial levou teóricos como Anselmo de
Andrade a defender a impossibilidade da industrialização.
34As nossas maiores reservas eram de antracite mas o melhor
carvão para a indústria era a hulha e, quanto a esta, eram muito
pequenas as jazidas conhecidas. Algumas delas seriam
declaradas cativas para o Estado e foram exploradas somente no
final dos anos vinte como foi o caso da mina do Moinho da Ordem
(Santa Susana), no concelho de Alcácer do Sal. As grandes minas
de carvão, como as de São Pedro da Cova e do Pejão, eram de
antracite, com um teor calórico muito mais baixo, e ainda assim
com uma qualidade variável.
35A utilização industrial destes carvões requeria a instalação de
oficinas de biquetagem, com custos de produção adicionais pouco
promissores para as empresas. Contrariamente ao que sucedia
com os minérios metálicos, desde sempre a sua exploração vivera
para o mercado nacional. Nessa medida, a actividade sofria com a
concorrência do bom carvão de Newcastle e do país de Gales. Os
transportes terrestres, assegurados por carreiros, eram muito
mais caros que os fretes marítimos e davam vantagem ao carvão
inglês, pois este encontrava a maior parte do consumo na
navegação, transportes e industria que estavam concentradas no
litoral e, em particular, nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal.
43 Já no Inquérito Industrial de 1881, por exemplo, se afirmava
que as minas de Buarcos (Cabo Mondego) (...)
Os minérios de guerra
40As conjunturas imperialistas, por conduzirem à corrida aos
armamentos, provocam um aumento desmesurado na produção
de aços de qualidade, processo no qual o volfrâmio e o manganês
desempenhavam um papel fundamental. Por isso, essas
conjunturas são também muito favoráveis ao grupo de minas que
produziam «minérios de guerra».
41As minas de volfrâmio, beneficiando já do ambiente anterior à
eclosão da I Guerra Mundial, produziram em 1911, 843 toneladas.
Em 1917 atingiram-se as 1.452 toneladas, começando então a
curva descendente que muito se acentua no final do conflito. Até
às vésperas da II Guerra Mundial, a produção mantém-se
relativamente baixa, oscilando entre as 200 e as 400 toneladas
até 1933 (com excepção do ano de 1930 em que se produziram
493 toneladas).
49 Para o problema do volfrâmio no contexto da guerra, vejam-se
as linhas que lhe dedica Fernando Rosa (...)
As pirites
43Finalmente temos os minérios com baixo valor e cujo comércio
prospera apenas em situações de «normalidade» internacional.
Uma parte importante das pirites arrancadas em São Domingos,
em Aljustrel, em Grândola e em Aveiro destinavam-se à produção
de concentrados metálicos (cementos). Nas minas pequenas, só
eram exportados os minérios ricos em cobre como a calcopirite
ou os concentrados ricos em prata, chumbo e cobre que as
estatísticas registavam como «minérios de cobre». A exportação
de minério cru, ou seja, rico em enxofre mas pobre em metais
ficaria muito dependente de economias de escala, dos custos de
transporte até ao mercado e do valor dos minérios.
44Voltado para satisfazer as indústrias químicas e a metalurgia do
cobre, o movimento das pirites é, pois, distinto dos anteriores,
sofrendo fortemente com o início da guerra e ainda mais com a
entrada de Portugal no conflito europeu. Em 1913 produziam-se
414 mil toneladas e, três anos depois, apenas 218 mil. Nos anos
seguintes a produção diminui sucessivamente, chegando-se às 40
mil toneladas em 1918. A recuperação até aos níveis anteriores ao
conflito foi lenta e difícil, situando-se a exportação geralmente
pouco acima das 200 mil toneladas até 1926. O ponto mais alto
situou-se em 1930 (um ano bom para as minas), quando se
atingiram quase as 400 mil toneladas.
45Estas minas, apesar de produzirem concentrados de cobre,
mostram-se muito sensíveis às variações na prosperidade das
nações industrializadas. O enxofre, com o qual se fabricava o
ácido sulfúrico que alimentava as grandes indústrias químicas, é
cada vez mais a principal substância útil das nossas explorações
que, até aos princípios do século, eram designadas por «minas de
cobre». As pirites, muito sensíveis ao comportamento dos
mercados externos, ressentiram-se de factores conjunturais como
as rápidas variações cambiais, as alterações nos custos de
transporte ou o aumento dos custos de extracção. Por isso, as
empresas sentiram fortemente a crise de 1931-1932 e apenas
nos anos que antecedem o conflito mundial se verificou um
crescimento continuado na produção.
***
46Apesar da diversidade de minérios conhecidos em Portugal, a
maior parte das jazidas não tinha grande desenvolvimento. Nestas
condições naturais, a exploração mineira teria como cenário
óptimo a actividade duma multidão de pequenas minas, facilitada
por não exigirem vultuosos investimentos. Mesmo num universo
já dominado pelas grandes companhias, as pequenas explorações
tinham um importante papel económico a desempenhar. Não era
raro acontecer, em países industrializados, os pequenos
empreendimentos mostrarem-se capazes de competir com a
produção externa quando abasteciam mercados próximos. Por
outro lado, como as pequenas explorações valiam pelo número e
requeriam um investimento inicial relativamente pequeno,
reagiam rápida e positivamente à alta de preços contribuindo para
a regularização dos mercados. Em teoria poderia dizer-se que,
para um país pequeno e economicamente muito aberto e
dependente do exterior como seria Portugal, as pequenas jazidas
constituíam uma reserva importante em situações de isolamento
forçado e de privação como sucedia num período de guerra. Ora,
a Grande Guerra veio permitir a lavra de pequenas minas, graças
ao preço excepcional que alcançaram algumas matérias-primas.
Mas essa actividade não beneficiou substancialmente da penúria
interna, antes ligou-se directamente aos grandes centros de
consumo na Europa.
47Ora, em Portugal, a ausência de metalurgias e de indústrias que
consumissem os nossos minérios, faziam com que a produção
mineira fosse pensada fundamentalmente numa lógica de
exportação. Neste contexto, o aproveitamento das jazidas ficava
muito dependente de circunstâncias excepcionais, como a
dimensão do jazigo, a sua posição geográfica, etc. Em suma, se
exceptuarmos o caso do carvão e de mais algumas situações
pontuais, na área das pedreiras, a indústria nacional pouco
ganharia com os minérios que o país dispunha. Portugal tinha em
abundância apenas os minérios de que não precisava para o nível
e o tipo de desenvolvimento em que se encontrava: o antimónio,
o volfrâmio, o estanho, as pirites e o ferro de Moncorvo (este
último por ser de difícil aproveitamento económico).
48De qualquer forma, é inegável o progresso registado
globalmente no sector, primeiro com a guerra, depois com a
Ditadura Militar e, mais tarde, durante a segunda metade dos
anos trinta. Assim, se nos princípios do século a população
mineira rondava os cinco mil indivíduos, no começo da década de
1930 atingia-se os 8 mil e, no final do período, tínhamos já cerca
de 23 mil trabalhadores.
3. As minas dos estrangeiros e
os portugueses
50 Já Ezequiel de Campos notava com mágoa que «as minas são
dos estrangeiros; estrangeiro é o capital, (...)
55Ora, como não poderia deixar de ser, Portugal era uma região
marginal para os capitalistas da City. No início do século, tinha-se
a ideia de que se estava perante um território praticamente
virgem54. Os custos das comunicações desaconselhavam qualquer
empreendimento, quando se podia dispor de inúmeras
alternativas em qualquer outra parte do globo.
56Se a nossa perspectiva é correcta, então o desenvolvimento
mineiro pautou-se pela dupla subordinação à procura externa e
aos capitais oriundos dos principais destinos das nossas
exportações. Não foi a ausência de minérios que atrofiou o
crescimento industrial mas a ausência da indústria que impediu
um maior aproveitamento dos nossos minérios. Mesmo no caso
das pirites pobres, abundantes e baratas, somente nos princípios
do século se viu a instalação no Barreiro do conjunto industrial
que estaria no cerne da estrutura do grupo C.U.F. Mas até aos
anos ’50, o consumo de pirites para a produção de adubos não
chegava para viabilizar economicamente, só por si, uma só das
grandes minas portuguesas. E, em meados da década de 1930, o
grupo S.A.P.E.C. conseguiu explorar as minas do Lousal porque,
entre outros factores, havia sido concluída recentemente a linha
ferroviária até Setúbal. A maior parte desta produção seria
destinada à exportação. Seria, pois, demasiado estreito pensar
que, a longo prazo, o controlo exercido pelo capital estrangeiro
teria sido um obstáculo ao crescimento da indústria mineira. Bem
pelo contrário, ele viria a pautar o seu modo desenvolvimento.
O estanho e o volfrâmio
55 Neves Cabral escrevia nos finais dessa década: «O wolfram tem
hoje muito bom preço no mercado, poré (...)
57 V. Minas concedidas.., passim.
61 Idem, p.33.
4. Da República ao Estado
Novo: que viragem na política
mineira?
76A avaliação da novidade introduzida, primeiro pela República, e
depois pela Ditadura Militar, na relação entre o Estado e o capital
mineiro depende em muito da perspectiva com que se parte do
nosso liberalismo: Se entendermos, nesse quadro, que o papel do
Estado consiste em definir, em igualdade, as condições de acesso
à propriedade, deixando aos indivíduos um vasto campo para a
realização dos seus objectivos, e que estes, ao fazê-lo, geram
riqueza para a comunidade, então devemos observar que desde a
Regeneração se criaram e mantiveram situações de favor e de
excepção. Desde essa altura o Estado foi chamado a amparar e a
estimular iniciativas, através de medidas activas ou excepcionais,
que interessavam ao progresso da nação. Os casos dos caminhos
de ferro e da indústria vidreira na Marinha Grande são exemplos
paradigmáticos; e a própria legislação de 1850-1852 estipulava
importantes isenções fiscais a quem se aventurasse nos
empreendimentos mineiros. Medidas de «amparo» seriam
tomadas no domínio dos transportes de minério nas linhas do
Estado, como mostra o caso das minas de Aljustrel ( v. infra).
Veremos, pois, que até à Ditadura Militar se mantiveram os
princípios dessa intervenção que culmina nos finais dos anos ‘30
numa viragem qualitativa, com a Lei do Fomento Mineiro.
74 Diário do Governo, I série, n.º 57.
76 Art.º 5, idem.
tanto nós como em países mais adiantados, foi sempre praxe para não
diminuir as receitas do Estado, declarar a perda de direitos à concessão
e o abandono das minas momentaneamente paralisadas só quando os
concessionários deixam de pagar os devidos impostos, a não ser que
qualquer entidade idónea se proponha pô-las em lavra. (...) o governo
da República não deverá aplicar a violenta medida que dele é solicitada
[a expropriação da concessão] que tão contrária é ao uso (que também
faz lei) sem previamente intimar o concessionário a iniciar o esgoto da
mina dentro dum prazo determinado (...). Se depois (...) se entender
que deve ser declarada a perda de direitos à concessão e portanto ao
abandono da mina (...) sou de parecer que só deve ser concedida (...) a
quem mais vantagens oferecer. Ε como ninguém mantém improdutiva
uma riqueza que lhe está concedida sem para isso ter fortes
razões, é de presumir que as que levam o actual concessionário a
suspender a lavra da mina impedirão que o concessionário futuro a
prossiga nela79.
86 V. dec. 24.009 de 30. Julho. 1927. Para urna abordagem global
do problema v. Fernando Rosas, O Esta (...)
106
Dimensão das explorações mineiras portuguesas, 1912-1931 (Número
de minas segundo a dimensão da oferta de trabalho)
[Tabela 1.8.]
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107
Principais grupos de minas em actividade em Portugal (1910)
[Tabela 1.9.]
NOTES
22 Ao longo do texto as referências de tipo geográfico a Portugal,
quando se trata da indústria mineira, circunscrevem-se ao continente
português. Da mesma forma, sempre que falarmos em «concessões»
deve-se entender, para o século passado, «concessões definitivas». As
«concessões provisórias» serão sempre explicitadas. (Sobre estes
conceitos vide infra). As referências às minas de Aljustrel indicam a
mina de São João do Deserto e a mina de Algares, nos extremos da
vila. As outras pequenas minas do concelho serão especificadas
quando necessário.
24 V. José Augusto César das Neves Cabral (org.), Estatística Mineira
(Ano de 1882), Lisboa, Imprensa Nacional, 1886, pp.46/7 e 52/3
(mapas estatísticos).
28 «Le Portugal est l'un des pays du monde les plus riches em gites
métaliferes. Les magnifiques dépôts disséminés dans les sierras
espagnoles se continuent sur le territoire portugais, qu'ils traversent
de part en part». (L. Poinsard, Le Portugal Inconnu. I. Paysanes, Marins
et Mineurs. Paris, s.d). V. Tb. E. Ackermann, Le Portugal Moderne.
Étude intime des conditions industrielles du pays, 2 vols., Rixheim,
1907 e A. H. Oliveira Marques, Nova história..., cap. IV. «O surto
industrial». Ackerman afirmava: (Ob. cit., p. l) «Quoique le Portugal
soit l'un des pays les plus riches en minéraux variés, l'on ne rend
néamoins pas assez compte combien la région est célèbre par la
richesse minérale de son sol.». E no Dicionário de termos mineiros
portugueses (Londres, The Mining Journal, 1910, p. 127) voltava a
defender que «le pays portugais est riche en mines».
30 Ainda em 1930 este imposto era arbitrado entre 2$50 e 5$00 por
hectare segundo as classes de minério fixadas (v. art.º 101 do decreto-
lei 18.713 de 1 de Agosto de 1930, Diário do Governo, 177, 1.ª série).
O imposto fixo fora estabelecido pela legislação de 1852. Apesar das
sucessivas modificações nas leis mineiras, manteve-se sempre muito
baixo, não desestimulando seriamente quem mantinha explorações
improdutivas (v. infra).
21.
50 Já Ezequiel de Campos notava com mágoa que «as minas são dos
estrangeiros; estrangeiro é o capital, são os engenheiros, os directores
e até parte dos mineiros». (A Conservação...., ob. cit., p. 184).
55 Neves Cabral escrevia nos finais dessa década: «O wolfram tem
hoje muito bom preço no mercado, porém, ainda não há muitos anos
era considerado como ganga sem valor e lançado aos entulhos nas
minas de estanho, actualmente a sua aplicação faz-se cada vez em
maior escala, tanto na indústria do ferro como na do aço.»
(Catálogo Descritivo..., p. 161).
56 Idem, p. 162.
61 Idem, p.33.
62 A maior parte destas concessões estavam registadas como sendo de
«ferro-manganês».
64 Catálogo..., p. 28.
65 Idem, p. 29.
68 Ob.cit., p.229.
76 Art.º 5, idem.
78 A taxa de base era fixada em $35 por hectare no caso dos
combustíveis e $50 nos minérios metálicos.
79 Informação do eng.º chefe da Circunscrição Mineira do Sul, Antonio
Ribeiro de Paiva Moraes, em 18.Fev.1929 in D.G.M. 31-3 (Mina da
Caveira, concelho de Grândola). Os sublinhados são originais. Se já é
raro encontrarmos as explicações dos concessionários sobre a inercia
das suas explorações, mais raros são os textos deste tipo, nos quais se
definem os princípios informalmente estabelecidos no tratamento
destas questões. Neste caso trata-se dum esclarecimento a um pedido
da Câmara de Grândola (of.º da C.M. Grândola de 14/02/1929, no
mesmo processo).
90 V. por ex. Ferreira Dias Jr., Linha de Rumo..., p.54, a propósito pela
sua luta pela opção hidroeléctrica: « (...) quase quinze anos de
persistência na mesma directriz, assistindo, vencido mas não
convencido, a sucessivas reformas em que os serviços mudavam de
nome sem que as questões de fundo se abordassem corajosamente»; e
na «Nota sobre a evolução da economia nacional» (sep. do Boletim da
Direcção-Geral dos Serviços industriais, 582, p. 9 afirmava: «A partir
de 1930 e durante 16 anos lutei pela electrificação nacional. Neste
longo período todas as armas serviam à resistência: as centrais e as
linhas existentes eram bastantes, o consumo não crescia, o novo
programa hidroeléctrico era uma aventura. Desacompanhado, olhado
por muitos sectores com certo ar de compaixão que notei com
amargor, em alguns períodos de desalento me senti Amadis de Gaula
em apuros de Dom Quixote». Sobre as consequências económicas
(sobre os custos de produção de energia) do arranque na construção
das barragens vejam-se as críticas de Daniel Barbosa em Realidades
Económicas. Prelecções de Economia Aplicada, Porto, C.E.F.A.C.P.,
1952.
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