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IFCE: Instituto Federal Campus Tabuleiro

Do Norte Ceará

Trabalho Sobre a pandemia

Aluno: Cauã Victor Sales

Professor: João Cesinha


História Das pandemia no mundo

Como os humanos se espalharam pelo mundo, o mesmo aconteceu com as


doenças infecciosas. Mesmo nesta era moderna, os surtos são quase
constantes, embora nem todos atinjam nível de pandemia, como o novo
coronavírus (COVID-19).
Doenças e enfermidades têm atormentado a humanidade desde o inicio dos
tempos. No entanto, não foi durante a mudança para as comunidades agrárias
que a escala e a disseminação dessas doenças aumentou consideravelmente.
O comércio generalizado criou novas oportunidades para interações humanas
e animais que aceleraram essas epidemias. Malária, tuberculose, hanseníase,
gripe, varíola e outras apareceram pela primeira vez durante esses primeiros
anos.
Quanto mais humanos civilizados o homem se tornou - com cidades maiores,
rotas comerciais mais exóticas e maior contato com diferentes populações de
pessoas, animais e ecossistemas -, mais pandemias ocorreram.
Apesar da persistência de doenças e pandemias ao longo da história, há uma
tendência consistente ao longo do tempo - uma redução gradual na taxa de
mortalidade. Isso ocorreu por conta de melhorias na assistência médica e a
compreensão dos fatores que incubam as pandemias.
Em muitas sociedades antigas, as pessoas acreditavam que espíritos e deuses
infligiam doenças e destruição àqueles que mereciam sua ira. Essa percepção
não científica muitas vezes levou a respostas desastrosas que resultaram na
morte de milhares, senão milhões.
No caso da praga de Justiniano, o historiador bizantino Procópio de Cesareia
traçou as origens da praga (a bactéria Yersinia pestis) até a China e o nordeste
da Índia, através de rotas comerciais terrestres e marítimas para o Egito, onde
entrou no Império Bizantino através de portos mediterrâneos.
Apesar de seu aparente conhecimento do papel que a geografia e o comércio
desempenhavam nessa expansão, Procópio culpou o imperador Justiniano
pelo ataque, declarando-o um demônio ou invocando a punição de Deus por
seus maus caminhos. Alguns historiadores descobriram que esse evento
poderia ter frustrado os esforços do imperador Justiniano de reunir os
remanescentes ocidentais e orientais do Império Romano, e marcou o início da
Idade das Trevas.
Felizmente, a compreensão da humanidade sobre as causas da doença
melhorou, e isso está resultando em uma melhoria drástica na resposta às
pandemias modernas, embora lenta e incompleta.
Os cientistas usam uma medida básica para rastrear a infecciosidade de uma
doença chamada número de reprodução - também conhecido como R0 ou "R
nada". Esse número nos diz quantas pessoas suscetíveis, em média, cada
pessoa doente, por sua vez, infectará.
O sarampo está no topo da lista, sendo o mais contagioso com uma faixa de
R0 de 12 a 18. Isso significa que uma única pessoa pode infectar, em média,
12 a 18 pessoas em uma população não vacinada.
Embora o sarampo seja o mais virulento, os esforços de vacinação e a
imunidade do rebanho podem conter sua propagação. Quanto mais as pessoas
são imunes a uma doença, menor a probabilidade de proliferação, tornando a
vacinação crítica para evitar o ressurgimento de doenças conhecidas e
tratáveis.
É difícil calcular e prever o verdadeiro impacto do COVID-19, pois o surto ainda
está em andamento e os pesquisadores ainda estão aprendendo sobre essa
nova forma de coronavírus.

Cultura e pandemia
São Paulo – Com as medidas de isolamento social para conter a
disseminação do coronavírus no Brasil, shows, sessões de teatro e
cinema, exposições e outras atividades culturais foram suspensas.
Ainda não há data para a retomada das atividades. São milhões de
artistas e técnicos que agora lutam para sobreviver e dependem de
doações.

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira dos Promotores de


Eventos, mais da metade da programação deste ano foi cancelada, com
perdas estimadas em R$ 90 bilhões. Segundo o presidente da
Cooperativa Paulista de Dança, Sandro Borelli, projetos de arte
independente eram financiados por leis de incentivo e políticas de
fomento, também paralisadas. Só no estado de São Paulo, quase 1,5
milhão de pessoas vivem da cultura.

“A gente está num momento terrível”, disse Borelli ao repórter André


Gianocari, para o Seu Jornal, da TVT. Os trabalhadores da dança,
junto com a Cooperativa Paulista de Teatro, o Sindicato dos Artistas e
Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-
SP) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), têm
distribuído alimentos e materiais de higiene para os artistas da
periferia da capital paulista.

Por pressão dos parlamentares de partidos de esquerda, os


trabalhadores das artes e da cultura foram incluídos entre as categorias
que deverão receber o auxílio-emergencial. O projeto foi aprovado
nesta quarta-feira (23) no Senado e aguarda sanção presidencial.
Retomada
Segundo o professor de Economia da UFRGS Leandro Valiati, o
mercado cultural, no Brasil e no mundo, foi um dos setores mais
atingidos pela crise. Ele também aposta que este setor terá
protagonismo econômico durante a retomada pós-pandemia. Mas,
para isso, é necessário reforçar os fundos públicos que financiam as
atividades culturais. “Acredito que os setores de cultura e da indústria
criativa vão ser muito ativos, em escala mundial, nessa retomada.”

Crise de saúde e sociabilidade


Considerando-se a situação atual mundial, marcada por importantes crises na saúde
pública e, mais recentemente, a pandemia causada pela COVID-19, o presente artigo
buscou reunir informações e achados de pesquisa a respeito do impacto de tais crises
na saúde mental. O texto traz conceitos relacionados à problemática do novo
coronavírus e analisa consequências de medidas adotadas para lidar com situações
desse tipo, tais como distanciamento social, quarentena e isolamento, ao longo de três
períodos distintos: pré-crise, intracrise e pós-crise. O artigo enfoca as repercussões
observadas na saúde mental da população, refletindo acerca dos desfechos favoráveis e
desfavoráveis dentro do processo de crise. Por fim, são apresentadas questões
relacionadas à emergência do cuidado em saúde mental, tanto aquele prestado pela
Psicologia, como aquele que pode ser desenvolvido pelos demais profissionais de saúde,
de modo a minimizar os impactos negativos da crise e atuar de modo preventivo.

As desigualdade social
Uma das maiores preocupações do CNS é a desigualdade nas condições
de saneamento e moradia frente à pandemia. Nesta edição da Radis, há
reflexões sobre os determinantes sociais que agravam a pandemia e
entrevistas com quem conhece de perto a realidade nas terras indígenas,
periferias e favelas e nas ruas das cidades, onde se dorme e trabalha.
“Quando começaram a falar em Covid-19 e disseram ‘fiquem em casa’, isso
dilacerou nossos corações”, lembra Vanilson Torres, representante no CNS
do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, entrevistado
pela Radis. Para ele é preciso mais do que oferecer serviços de saúde para
essas pessoas durante a pandemia. É preciso haver ações integradas com
as áreas de moradia e assistência social. Quem não tem acesso a
condições dignas de moradia e vida e aos mínimos direitos fundamentais ou
está sem trabalho e renda nunca esteve tão vulnerável.
De acordo com a reportagem, “fique em casa” tem outro sentido nas
aldeias. O apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras
autoridades sanitárias pelo distanciamento social — única medida capaz de
conter o avanço da pandemia do novo coronavírus — é adaptado à
realidade dos povos indígenas. Do território Xakriabá, localizado no
município de São João das Missões, no extremo norte de Minas Gerais,
Célia Xakriabá conta que as populações indígenas acompanham com
preocupação as notícias sobre o novo vírus e reforçam outra ideia: para
eles, o “Fique em casa” é “Fique na aldeia”. “É muito mais uma reflexão
sobre ‘Fique na sua primeira casa’, que é nosso próprio corpo, para
repensar o comportamento do nosso ser no mundo”, ressalta a líder
indígena, cientista social e doutoranda em antropologia pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). Para além de uma guerra biológica
contra a Covid-19, estamos diante, segundo Célia, de uma “guerra
civilizatória que requer outro modo de vida”.Por sua vivência de base
comunitária, que torna mais propícia à disseminação do coronavírus, e pelo
déficit na garantia de direitos fundamentais como a saúde e o respeito ao
território, os indígenas são apontados como uma das populações
vulneráveis no contexto da pandemia.

“Uma das questões que mais nos preocupa tem a ver com o tamanho do
nosso país e a desigualdade nas condições de saneamento básico e de
estrutura domiciliar que as pessoas têm para enfrentar adequadamente
essa pandemia”, afirma Moysés Toniolo, conselheiro nacional de saúde e
integrante da Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids) e da Rede
Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/aids.

Das favelas às aldeias, as marcas da desigualdade aumentam o desafio


para prevenção e controle da Covid-19 e exigem estratégias intersetoriais
adaptadas a contextos diferentes. Uso de álcool gel e máscaras,
higienização das mãos e mesmo a recomendação para não sair de casa
são medidas que esbarram em realidades  brasileiras, ou na ausência de
direitos básicos, como saúde, emprego e moradia.

Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua,


refugiados, ciganos, moradores de favela e periferia, aqueles que vivem
com HIV/Aids, trabalhadores informais e outros grupos têm algo em comum:
por estarem à margem da sociedade, precisam lidar com as desigualdades
no acesso aos direitos, o que os torna ainda mais vulneráveis diante da
pandemia de Covid-19. Contudo, o que define essas condições de
vulnerabilidade? Para Marcelo Pedra, psicólogo sanitarista e pesquisador
do Núcleo de Pesquisa com Populações em Situação de Rua da Fiocruz
Brasília, são fatores culturais, socioeconômicos e demográficos. “A gente se
habituou a pensar em populações vulneráveis ao falar de pessoas em
situação de rua, em privação de liberdade, as LGBTQI+, o povo cigano,
catadores e trabalhadores da reciclagem, ou seja, pessoas que estão de
alguma maneira expostos, o que radicaliza muito mais nesse momento de
Covid-19”, afirmou durante o programa Conexão Fiocruz Brasília

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