Você está na página 1de 4

Terço

 Mistérios Gloriosos – Quarta-feira e Domingo


o No 1º Mistério Contemplamos – A Ressurreição de Nosso Senhor
Jesus Cristo
o No 2º Mistério Contemplamos – A Ascenção de Nosso Senhor Jesus
Cristo
o No 3º Mistério Contemplamos – A descida do Espírito Santo a Nossa
Senhora e os Apóstolos reunidos no Santo Cenáculo
o No 4º Mistério Contemplamos – A Assunção de Nossa Senhora aos
Céus de corpo e alma
o No 5º Mistério Contemplamos – A Coroação de Nossa Senhora
como Rainha do Céu e da Terra dos Anjos e dos Homens
 

GLÓRIA
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e
sempre. Amém.

Ó MEU JESUS
Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno; levai as alminhas todas
para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Na medalha, rezamos Salve Rainha:)

SALVE RAINHA
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que
todos os dias recebemos de vossa mão liberais. Dignai-vos, agora e para
sempre, tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos
obrigar vos saudamos com uma Salve Rainha:
Salve, Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, Salve. A Vós
bradamos, os degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas. Eia, pois, Advogada nossa, esses Vossos olhos
misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito
Fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

OFERECIMENTO DO TERÇO
Antes de iniciar é o momento em que oferecemos o Terço, fazemos nossos
agradecimentos e pedidos, lembrando principalmente de Nossa Família e dos que
amamos. Seguimos, portanto, com a oração de oferecimento:

Divino Jesus, nós Vos oferecemos este terço que vamos rezar, meditando nos
mistérios da Vossa Redenção. Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria,
Mãe de Deus e nossa Mãe, as virtudes que nos são necessárias para bem rezá-lo
e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção.

 Inicia-se segurando pela cruz, com a oração do Creio


 Reza-se um Pai-Nosso, seguido de três Ave-Maria (Cada Ave-
Maria é precedida de uma oração. Vide orações abaixo)
 Recita-se: Glória ao Pai, ao Filho…
 O terço possui 5 dezenas. A cada dezena contempla-se o mistério,
seguido de 1 Pai-Nosso e 10 Ave-Maria
 Ao final de cada dezena reza-se Glória ao Pai
seguido da jaculatória Oh! meu bom Jesus… (vide orações
abaixo)
 Ao concluir as 5 dezenas, reza-se os agradecimentos

Oh! Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas


para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Amém.

MISTÉRIOS GLORIOSOS
11. — A RESSURREIÇÃO
Jesus venceu a morte, porque, na cruz, venceu o demônio e o pecado. Jesus pôde
dizer a seus discípulos: "Venci o mundo" (Jo 16, 33); isto é, venci o espírito do
mundo feito de concupiscência e de orgulho. Na ressurreição temos o sinal claro
desta vitória. Não é a morte a conseqüência e o castigo do pecado? (Rm 5, 12) A

vitória sobre a morte deve ser a conseqüência da vitória sobre o pecado. É isto que
faz São Paulo dizer: "E se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, porque ainda
permaneceis nos vossos pecados." (1 Cor 15, 17).
Este é o sentido da ressurreição e dos mistérios gloriosos que a seguem. Os
mistérios gozosos falavam da alegria que acompanha o vivo desejo do fim último
entrevisto; os mistérios dolorosos lembravam os severos meios que, carregando a
cruz, precisamos utilizar dia a dia; os mistérios gloriosos falam do fim último já
conquistado.
Estes mistérios nos introduzem na vida eterna, que é o nosso destino. Nossas
alegrias e tristezas devem ordenar-se para esta glória, assim como, para ela,
ordenaram-se as alegrias de Maria e do Menino Jesus e a dolorosa Paixão que, a
ambos uniu, na oblação do mesmo holocausto. Contemplemos nossos dois grandes
modelos e meditemos no dever de imitá-los, todos os dias de nossa vida, tendendo,
com generosidade sempre crescente, para o fim ao qual eles nos querem conduzir.
12. — A ASCENSÃO
Jesus subiu ao céu, onde, à direita do Pai, reinará, eternamente, sobre as
inteligências e sobre os corações. As almas dos justos entrarão com Ele no céu,
para, na medida de seus méritos e segundo o seu grau de caridade, gozarem a
visão beatífica. Por que a Virgem Santíssima que, ainda na terra, possuía uma
caridade tão superior à de todos os santos, não acompanha logo seu Filho? A fim de
permanecer ainda na Igreja militante, como o coração que ama, que sofre e que
ainda merece, sustentando invisivelmente os Apóstolos nas suas difíceis tarefas.
Nosso Senhor priva seus Apóstolos de Sua presença sensível, mas, como
consolação, lhes deixa Sua mãe. A Igreja nascente deve seu desenvolvimento aos
méritos passados do Salvador e, também, n'Ele, por Ele, com Ele, à prece e ao
amor doloroso da Virgem, mãe espiritual de todos os homens.

13. — PENTECOSTES.
O Espírito Santo desce sobre a Virgem e os Apóstolos, de modo visível, sob a forma
de línguas de fogo. Pensemos nas graças mais uma vez acrescidas à alma de Maria!
Como a pedra que, quanto mais próxima está da terra, mais é atraída por ela e
mais depressa cai, assim, a alma da Virgem, quanto mais próxima se acha de
Deus, tanto mais rapidamente se eleva para Ele. Que aceleração prodigiosa no
impulso de seu amor, desde a plenitude inicial, recebida no instante da imaculada
conceição, desde a rapidez inicial, que já era superior ao impulso de caridade dos
maiores santos! A lei da atração universal dos corpos não é senão um reflexo da
lei, incomparavelmente mais elevada, que rege a tendência de todas as criaturas e,
sobretudo, de todos os espíritos atraídos por deus. Desde que sigam livremente
esta dupla inclinação da natureza e da graça, os espíritos elevam-se a Deus, com
um amor cada vez mais intenso, até o momento em que, alcançando-O, chegam ao
termo de sua jornada. Quanto mais se aproximam de Deus, mais são atraídos por
Ele; é o que se verifica no dia de Pentecostes, na alma dos Apóstolos e, mais ainda,
na alma de Maria, pois o impulso de sua caridade não foi retardada por nenhuma
falta, nem por imperfeição alguma.
Se ela não recebeu o caráter sacerdotal, recebeu, contudo, a plenitude do espírito
do sacerdócio, que é o espírito do Cristo Redentor, e ela o transmite aos Apóstolos,
aos quais sua prece e sua imolação interior vão sustentar nos grandes trabalhos e
lutas.
Pelas mãos da Virgem Santíssima, consagremo-nos ao Espírito Santo, pedindo-lhe
que, de futuro, nos faça dóceis às suas tão numerosas e tão preciosas inspirações,
as quais freqüentemente dissipamos. Peçamos também apóstolos, valorosas
vocações sacerdotais; vocações numerosas, evidentemente, mas, sobretudo,
generosas. Mais do que nós, Nosso Senhor deseja perpetuar seu sacerdócio e
salvar as almas; muito agradaremos ao seu divino Coração obtendo, por Ele, com
Ele e n'Ele, graças eficazes para formar uma elite fiel, que continua valentemente,
pelos mesmos meios sobrenaturais, o apostolado dos Doze e o apostolado dos
primeiros discípulos do Salvador.

14. — A ASSUNÇÃO
A Virgem Santíssima morreu de amor, sua alma foi arrebatada fora do corpo pela
força de seu amor a Deus. Mas, assim elevada ao céu, pelo impulso de sua
caridade, sua alma não demora em unir-se, novamente, ao corpo, que, não tendo
tido nenhum contato com o pecado original, nem com o pecado atual, não deve
conhecer a corrupção da carne. Nosso Senhor antecipa, deste modo, para ela, a
hora da ressurreição. Associa sua Mãe Santíssima à vitória sobre a morte, porque,
no Calvário, mais do que ninguém, ela fora associada à sua vitória sobre o pecado.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa
morte. É pelos méritos de vosso Filho e por vossa intercessão que podemos fazer
nossa oração. Fazei-nos compreender que, para os que amam o Senhor e o amam
até o fim, tudo concorre para o bem, omnia cooperantur in bonum (Rm 8, 28).
Tornai-nos daqueles que o amam assim até o fim; consegui-nos a graça da
perseverança final, a graça da boa morte. Veremos, então, que, pela bondade de
Deus, pelos méritos de vosso Filho e por vossas preces, tudo em nossas vidas terá
sido para o bem. Tudo, as qualidades naturais, os esforços, todas as graças
recebidas depois do batismo, todas as absolvições, todas as comunhões, como
também todas as quedas, todas as cruzes, todas as contradições e até mesmo os
pecados, pois, como diz Santo Agostinho, o Senhor só os permite na vida dos
eleitos para conduzi-los a um conhecimento mais profundo de si mesmos, a uma
humildade verdadeira, a um reconhecimento maior, depois da absolvição, e a um
maior amor.
15. — A COROAÇÃO DE MARIA NO CÉU
A Santa Mãe de Deus foi elevada acima dos coros dos anjos: "exaltata est super
choros angelorum, ad coelestia regna". Assim como não podemos fazer uma idéia
da plenitude final de caridade possuída pela santa alma de Maria, possuída no
momento de sua morte, não sabemos, também, determinar a intensidade da luz de
glória que ela recebeu, nem a intensidade da visão pela qual, mais do que todos os
santos, ela penetra nas profundezas da essência divina. Ela é, assim, Rainha dos
Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Doutores, dos
Confessores, das Virgens, Rainha dos todos os santos; ela é, porém, mais mãe do
que Rainha. Peçamos-lhe, pois, de minuto em minuto, até à morte, a graça
necessária ao
momento presente. É esta graça que lhe pedimos dizendo: "Santa Maria, mãe de
Deus, rogai por nós pecadores, agora..." Solicitamos, assim, a mais particular das
graças, a graça que varia a cada minuto, que nos coloca à altura dos nossos
deveres do dia inteiro e que nos faz ver a grandeza de todas as pequenas coisas
ligadas, de algum modo, à eternidade. Muitas vezes, dizemos distraídos este agora,
mas, Maria, que nos ouve, não está distraída. Acolhe nossa prece e a graça
necessária ao minuto presente, para continuarmos a rezar, a sofrer ou a agir, vem
a nós, como o ar vem ao peito. Peçamos-lhe a graça de viver toda a riqueza deste
minuto que passa, sobretudo na hora da prece. Há uma maneira precipitada,
mecânica, anti-contemplativa, de recitar o ofício divino e o Rosário: livrai-nos,
Maria, deste gênero de materialismo. Enquanto passa o minuto presente,
lembrainos
de que não é só nosso corpo ou nossa sensibilidade dolorosa ou alegremente
impressionada que existe, mas também nossa alma espiritual, o Cristo que influi
sobre ela e a Santíssima Trindade que habita em nós. Abandonemos à Misericórdia
infinita todo nosso passado bem como nosso futuro e vivamos o momento presente
de um modo muito prático e elevado; vejamos neste agora fugidio, seja ele suave,
alegre ou penoso, uma imagem longínqua do único instante da eternidade imóvel e,
nele, vejamos também uma prova viva, por causa da graça atual que encerra, da
bondade paternal de Deus.
Neste período de nossa vida, digne-se a Virgem Santíssima fazer-nos conhecer as
santas exigências do amor de Deus a nosso respeito; elas ultrapassam as dos
períodos precedentes, assim como a graça deve crescer em nós até o momento de
nossa morte. Deste modo toda a nossa vida será, verdadeiramente, uma marcha e
mesmo uma marcha cada vez mais rápida para a eternidade, para Deus que nos
atrai a si.

Você também pode gostar