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o processamento inconsciente.
RESUMO
In this article, we exploit the notion of unconscious mental processing when applied
to a recent development in Cognitive Therapy, Jeffrey Young’s (1990; 1999)
Schema Therapy. Schema Therapy is summarized, examining the underlying
neurobiology of this approach and the proximity with Cognitive Neuroscience,
especially the existence of two systems that operate in parallel and store different
kinds of relevant information for emotional learning. One of these systems is
conscious and is mediated by hippocampus and surrounding cortical areas; the
other system is related to an unconscious processing of stimuli by the amygdala.
The Early Maladaptive Schemas (EMSs) involve emotional responses triggered by
unconscious emotional processing without participation of higher centers of neural
processing involved in conscious thinking and rational evaluation. Schema Therapy
helps patients identify EMSs and become conscious about memories, emotions,
bodily sensations, cognitions and associated coping styles. Self-knowledge about
EMSs permits control by the pre-frontal cortex of the negative reactions triggered
by the amygdala system, increasing the patient’s power of flexibility and choice,
allowing more reflection and conscious deliberation.
Introdução
Esquemas Mentais
(...) filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é submetido... Com
base na matriz de esquemas, o indivíduo consegue orientar-se em relação ao
tempo e espaço e categorizar e interpretar experiências de maneira significativa.
(Beck, 1967, p. 283)
Embora o uso do termo “inconsciente” tenha sido evitado por Beck e por outros
teóricos de TC para designar os esquemas, podemos seguramente concluir que
estes são mecanismos inconscientes – mas de um inconsciente cognitivo, não do
inconsciente dinâmico da psicanálise. A razão principal que leva os teóricos a
evitarem o termo é, provavelmente, o cuidado para evitar confusão conceitual
ocasionada por um problema semântico – o termo inconsciente
praticamente subentende o inconsciente dinâmico concebido e popularizado por
Freud. O terapeuta cognitivo Arthur Freeman (1998) argumenta que os esquemas
são mecanismos inconscientes que afetam nosso comportamento, cognição,
fisiologia e emoções, e se tornam, com o passar do tempo, a própria definição da
pessoa (individualmente e como parte de um grupo). Referindo-se aos esquemas,
Freeman acredita que “pode-se dizer que eles são inconscientes, usando-se uma
definição do inconsciente como idéias das quais não temos consciência” (p. 32). Ou
seja, os esquemas podem ser adequadamente descritos como mecanismos
inconscientes, se adotarmos a noção de inconsciente cognitivo.
Teoria do Esquema de Jeffrey Young
Jeffrey Young propõe cinco construtos teóricos para expandir o modelo cognitivo de
Beck, os Esquemas Iniciais Desadaptativos, a sistematização de domínios dos
esquemas, e os conceitos de manutenção, evitação e compensação do esquema.
Examinaremos a seguir mais detalhadamente estes construtos.
• um padrão amplo e pervasivo
Outras características importantes dos EIDs são seu caráter autoperpetuador e sua
resistência à mudança. Mesmo que o sujeito seja enormemente bem sucedido na
vida, isto não acarretaria alteração do esquema disfuncional. Os EIDs são o núcleo
da auto imagem, e vão realizar uma série de manobras cognitivas, distorcendo o
processamento para manter os esquemas. São, na realidade, um sistema de
expectativas rígidas sobre si mesmo e o mundo.
Domínios de Esquema
Processos de um EID
Young (2003, p. 39) sugere que duas características evidenciam a evitação afetiva
do esquema, a dificuldade de identificar o conteúdo de sintomas ou emoções
experienciadas – o paciente sente-se irritado ou triste, mas não consegue relatar a
que se referem estes sentimentos – e a presença de sintomas somáticos
vagos como tonturas, vertigem, febre, amortecimento ou despersonalização – os
sintomas difusos estão presentes em vez de emoções primárias como raiva, medo
ou tristeza, o que pode indicar evitação do esquema. A evitação afetiva levaria a
mais sintomas psicossomáticos e a manutenção mais prolongada de emoções
difusas.
De acordo com LeDoux (1996) e Davis (1997), existem dois sistemas que operam
em paralelo e estocam diferentes tipos de informação relevante para a experiência
de aprendizagem de medo. Um dos sistemas é consciente, implicando em uma
representação explícita ou declarativa, e é mediado pelo hipocampo e áreas
corticais relacionadas. O outro é inconsciente, e se processa através da amígdala,
gerando memórias implícitas ou não-declarativas. As memórias conscientes e
inconscientes são recuperadas quando, mais tarde, encontramos os estímulos
relacionados a uma experiência traumática. A memória consciente desemboca em
lembranças da situação que o sujeito tem pleno acesso, enquanto a recuperação
das memórias inconscientes converge para a expressão de mudanças corporais que
preparam o organismo para o perigo. Existe uma memória emocional e uma
memória cognitiva do mesmo evento traumático, e as respostas emocionais podem
ser disparadas sem a participação dos centros superiores de processamento neural
envolvidos no pensamento consciente e avaliação racional.
Conclusão
Referências Bibliográficas
Schacter, D. L. (1996). Searching for memory: The brain, the mind, and the past.
New York: Basic Books. [ Links ]
Schmidt, N. B.; Joiner, T. E.; Young, J. E. & Telch, M. J. (1995). The Schema
Questionnaire: Investigation of psychometric properties and the hierarchical
structure of a measure of maladaptative schemata. Cognitive Therapy and
Research, 19 (3), 295-321. [ Links ]