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E
S ESCRITO E DIRIGIDO POR
WILLIAM DE OLIVEIRA
P A R E D E S
(CURTA-METRAGEM, FICÇÃO, APROX. 15’, 4K, COR, DCP, SOM 5.1, 2017)

APRESENTAÇÃO...................................................................02

LOGLINE / SINOPSE.............................................................03

PROPOSTA DE DIREÇÃO.......................................................04

IMAGENS DE REFERÊNCIA.....................................................05

BIOGRAFIA DO ROTEIRISTA E DIRETOR.................................07

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APRESENTAÇÃO
“Paredes” é um curta-metragem de ficção a ser filmado e finalizado em
arquivo digital de alta definição, visando a submissão do filme para mostras
e festivais de cinema, além de disponibilizá-lo para exibições via TV e
internet. O roteiro é uma alegoria da sociedade contemporânea e pretende
lançar um olhar crítico e por vezes até cômico sobre a classe média
brasileira hoje, abordando temas como a crise econômica, desigualdade
social, elitismo e relações de poder.

O sonho tipicamente brasileiro da casa própria é o ponto de partida da trama


que acompanha os membros de duas famílias que passam a morar em um
mesmo edifício recém inaugurado. Uma delas apenas buscava um espaço
maior e mais confortável, já a outra está adquirindo seu primeiro imóvel
próprio. Esses personagens tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes
servem como fio condutor para realizar um delicado estudo de personagens
e, ao mesmo tempo, um contundente estudo de classes.

O título “Paredes” refere-se à divisão que existe entre nós, divisão que,
aliás, nem sempre se apresenta de maneira física e pode ser substituída por
classes ou meras convenções sociais. Essa é justamente a tônica deste curta-
metragem, que pretende despertar reflexões essenciais no público e, dessa
forma, permanecer na cabeça de seus espectadores por muito mais tempo
que os quinze minutos de sua estimada duração.

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LOGLINE
Um homem vê seu belo apartamento ficar pequeno demais para ele quando
um antigo conhecido torna-se seu novo vizinho.

SINOPSE
“Paredes” narra a história de Mauro, um sujeito bem sucedido que acabara
de se mudar para um novo apartamento, muito maior e mais elegante, com
sua bela esposa, Lígia, e duas filhas pequenas. Tudo vai bem para Mauro até
que ele descobre que entre seus novos vizinhos há um antigo conhecido,
Eduardo, casado com Carolina e pai de uma menina de nove anos de idade. A
convivência revive uma antiga rivalidade, pelo menos da parte de Mauro,
que não se conforma em viver no mesmo prédio que Eduardo, que há poucos
anos trabalhava como encarregado em uma empresa na qual Mauro
trabalhava como gerente até ser demitido. Assim, Mauro entra em um
espiral de situações ora cômicas, ora dramáticas na qual busca entender o
que Eduardo fez para conseguir chegar até ali, tornando-se obcecado pela
vida do novo vizinho, o que ameaça a paz todos ao redor de Mauro e até sua
própria sanidade.

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PROPOSTA DE DIREÇÃO
O filme é dividido em três atos, sendo que o primeiro apresenta uma
estética puramente realista e, para isso, faz uso de elementos estéticos
como luz natural, ampla profundidade de campo e som diegético, tudo para
reforçar a atmosfera prosaica da vida do protagonista, um sujeito
igualmente prosaico.

Contudo, a narrativa vai assumindo um tom de realismo fantástico a partir


do momento em que o protagonista inicia sua jornada de loucura e obsessão.
Assim, o filme torna-se progressivamente mais estilizado e menos
naturalista, passando a fazer uso de elementos estéticos de som e imagem
que buscam ilustrar a condição paranóica do protagonista a partir do
segundo ato. Um exemplo é o apartamento de Mauro, que vai tornando-se
menor conforme o filme avança, e isso no sentido literal, de forma que as
paredes do cenário realmente se movam durante determinadas cenas,
ilustrando a sensação de confinamento do personagem e também fazendo
um comentário sobre a personalidade elitista do protagonista, que sente-se
incomodado com a presença de seu novo vizinho

Além disso, o filme possui uma proposta de direção, no mínimo, curiosa, pois
se propõe a desenvolver toda sua narrativa em ambientes internos. Outro
importante recurso será a utilização de câmera subjetiva, cujo objetivo é
oferecer ao espectador a possibilidade de acompanhar a jornada caótica e
autodestrutiva de Mauro através do ponto de vista do próprio personagem,
e assim, testemunhar como uma situação inicialmente banal vai se tornando
grandiosa e, consequentemente, mais desastrosa, até atingir seu ápice em
um momento completamente surreal e de extrema loucura.

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IMAGENS DE REFERÊNCIA
As imagens abaixo, todas obras de Edward Hopper, servem para ilustrar a
atmosfera de solidão e confinamento pretendida para o filme, bem como
alguns aspectos estéticos que deverão servir de referência, como
iluminação, enquadramentos e composição.

Sun in an Empty Room, 1963 Excursion into Philosophy, 1959

Room in New York, 1940 Conference At Night, 1949

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Já as imagens abaixo, cuja autoria se perdeu, foram sendo coletadas ao longo do
tempo e servem como inspiração estética para o filme por diferentes motivos, desde
a paleta de cores, até enquadramentos, composição, objetos de arte, iluminação e etc.

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BIOGRAFIA DO ROTEIRISTA E DIRETOR

WILLIAM DE OLIVEIRA
williamdeoliveira88@gmail.com

William de Oliveira nasceu em Curitiba em 1988 e formou-se em Produção


Audiovisual pelo Instituto Federal do Paraná – IFPR em 2012. Nos últimos
anos, escreveu curtas-metragens selecionados para diversos festivais de
cinema, entre eles “Bolo & Vinho” que integrou o programa Short Film
Corner, durante o 66º Festival de Cannes e também foi um dos 30
selecionados entre quase 600 inscritos para o Caja de Cortos, concurso
promovido pela TAL – Televisión América Latina. Além disso, o roteiro do
seu curta-metragem “Burguesa”, atualmente em fase de captação de
recursos, foi selecionado para o Laboratório de Projetos do Festival
Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. No ano passado, William dirigiu os
curtas-metragem “Relicarium”, selecionado para diversos festivais, entre
eles o XIII Fantaspoa, um dos mais importantes festivais de cinema
fantástico do mundo, e “Calmaria”, que teve sua estréia no 23º Festival Mix
Brasil, um dos maiores e mais importantes festivais LGBT da América Latina.
Atualmente, William desenvolve o roteiro de seu primeiro longa-metragem,
projeto selecionado para o Núcleo de Dramaturgia Audiovisual do SESI/PR
2014, e também um projeto de série, a ser produzida pela Academia de
Filmes, produtora sediada em São Paulo – SP.

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