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IAE-I-1ºfreq - Esta disciplina corresponde atualmente a


Economia 1
Economia I (Universidade de Coimbra)

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Introdução à Economia
Capitulo I – A economia: Objeto e quadros de análise

1- Objeto
1.1 Definição de Robbins
Segundo Robbins economia estuda a problemática da aplicação de recursos escassos e de emprego alternativo em
finalidades de desigual importância.
Na impossibilidade de se encontrar uma definição perfeita, deve reconhecer-se que a definição de Robbins salienta a
problemática essencial da economia em qualquer sistema económico. Quer se trate de uma economia descentralizada ou
de uma economia centralizada, de uma economia capitalista ou de uma economia socialista, o problema económico
surge porque há necessidades a satisfazer, levantando-se por isso as questões de afetação alternativa de bens de
consumo e de produção e da utilização de fatores igualmente escassos necessários para a sua produção.

1.2 Necessidades
O problema económico surge porque os homens sentem necessidades, isto é, têm insatisfações acompanhadas da
consciência e do desejo de bens materiais ou imateriais julgados capazes de as satisfazer.
Por se tratar de estados psicológicos, variam de pessoa para pessoa e podem ser graduados de acordo com o seu
grau de intensidade. Nesta graduação verifica-se a influência de fatores internos e externos do sujeito como gostos,
circunstancias e especificidades de cada caso em concreto podendo também ser influenciado por fatores como a religião,
país, região, época, etc.

1.2 Bens
Objetos do mundo externo e ou serviços capazes de satisfazer necessidades de consumo.
 Bens materiais/imateriais ou serviços
– 1. Bem material: aquele que tem realidade física, como os alimentos, o vestuário e os automóveis.
– 2. Serviços, bens imateriais: não têm realidade física e consistem em utilidades prestadas de umas
pessoas a outras, como o conselho de um advogado, uma viagem de turismo ou uma consulta médica.

 Bens diretos e indiretos


– 1. Bens diretos/de consumo: são bens que satisfazem imediatamente as necessidades, como alimentos,
vestuário e livros.
– 2. Bens indiretos/de produção: bens que servem de instrumento para a produção de outros bens, como
instalações fabris, máquinas e fazendas.
Os bens podem ainda ser simultaneamente de consumo ou indiretos conforme a função realmente exercida.

Distinção de acordo com a fase de produção


– 1. Matérias primas: são bens da Natureza que não tendo ainda sofrido qualquer transformação por
parte do homem, se destinam a serem transformados (argilas, minérios de ferro e lã)

– 2. Matérias subsidiárias: são bens que podendo ser utilizados tal como a natureza os proporciona, se
destinam a auxilir a transformação de outros bens, e não a serem eles próprios transformados, como o
petróleo ou carvão utilizados como combustíveis.

– 3. Semi-produtos (produtos intermediários): são bens que embora tenham sofrido alguma alteração não
esgotaram ainda a cadeia de transformação até ser atingido o bem-final como a farinha para o pão ou
as tábuas serradas para mobiliário.

– 4. Produtos acabados: são aqueles que esgotaram a escala da transformação, podendo tratar-se tanto
de bens diretos ou de consumo, como o vestuário, como de bens indiretos ou instrumentais, como as
máquinas utilizadas na confeção.
– 5. Subproduto: são bens que resultam da produção de outros bens, como resíduos, mas podem ser
ainda utilizados (parafina do petróleo, serradura da madeira)

Bens consumíveis e bens duradouros


– 1. Bens consumáveis: são aqueles que com a sua utilização deixam de existir como bens da mesma
espécie, como os alimentos, petróleo, lenha.
Têm de ser objeto de uma produção contínua e regular (quer de consumo ou bens de produção).
Quando diminui a procura baixa o nível de vida.

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– 2. Bens duradouros: são aqueles que com a sua utilização não deixam de existir como bens da mesma
espéci, como os eletrodomésticos, vestuário.
• Contabilização de bens e do consumo : É fácil contabilizar quando é que um bem consumível foi
consumido. Os bens duradouros, contabiliza-se pela sua utilização.

Bens duráveis e bens perecíveis


 Bens duráveis: são aqueles que podem conservar-se durante muito tempo sem se deteriorarem. São assim, bens
duráveis necessariamente todos os bens duradouros podendo também sê-lo alguns bens consumíveis (arroz,
vinho, carvão;
 Bens perecíveis: são aqueles que se degradam com o tempo, não podendo ser armazenados, em alguns casos,
por uns dias ( bens alimentares, matérias-primas agrícolas (em alguns casos).

Bens complementares e bens substituíveis


 Bens completares: são aqueles que por gosto, hábito dos consumidores ou mesmo por razões técnicas, são
utilizados conjuntamente no consumo ou na produção. Pode tratar-se de uma complementaridade absoluta
(carro e combustível) nos casos em que os bens têm obrigatoriedade de ser utilizados em conjunto, ou de uma
complementaridade relativa (café e açúcar) nos restantes casos.
 Bens sucedâneos: são aqueles que podem utilizar-se em alternativa para a satisfação da mesma necessidade (chá
e café). Nos casos em que a substituição seja perfeita estaremos perante bens fungíveis (nota de mesmo valor)
– Bens fungíveis: substituição perfeita, ou seja, o substituto dá a mesma satisfação no consumo ou a
mesma eficiência na produção.
– Bens não fungíveis: o substituto não dá a mesma satisfação ou não tem a mesma eficiência que o
substituto, tratando-se por isso de um bem sucedâneo em relação ao bem principal.

Bens de produção conjunta e bens de produção associada


 Bens de produção conjunta: resultam necessariamente de um mesmo processo produtivo, não se pode produzir
um sem o outro para conseguir uma produção com custos mais baixos.
Ex.: parafina- petróleo refinado; serradura- tabuas de madeira.
 Bens de produção associada/necessária : são bens que resultam do mesmo processo de produção, não por
necessidade mas por conveniência (manteiga-queijo)

1.3 Produção
A classificação de bens permite-nos saber na generalidade dos caos, que não é possível utilizá-los diretamente a
partir da Natureza, sendo antes necessário um qualquer processo de transformação.
Este processo transformativo pode ser mais ou menos profundo e combina fatores produtivos designadamente
trabalho, capital e elementos naturais. A produção consiste então na criação de bens suscetíveis de satisfação das
necessidades, podendo também criar novas utilidades que acrescem aqueles que o bem diretamente era apto a
satisfazer.
Modalidades de produção:
 Industria extrativa: a produção resume-se à escolha dos recurso naturais que são utilizados diretamente no
consumo ( água mineral) ou como matérias-primas (ferro ou petróleo). Ex. Extrair minério (sentido vertical)
 Agricultura e pecuária: na agricultura o homem procede a uma transformação orgânica, tal acontece em sentido
restrito tanto na agricultura como na pecuária ou ainda na silvicultura.
 Industria transformadora: assiste-se à transformação dos bens para lhes proporcionar novas utilidades, mas
neste caso trata-se de uma transformação mecânica (industria de tecelagem) e química (indutria farmacêutica).
 Transportes ou industria transportadora: a produção de utilidades resulta de deslocação dos bens no espaço.
 Comércio: deslocação no tempo. A função do comerciante consiste em tornar disponíveis os bens em momento
diferente do momento da sua produção, desenvolvendo esforços para a promoção das vendas e qualidade dos
produtos.
 Produção de serviços: todas as atividades são destinadas à satisfação de necessidades que não possam ser
enquadradas em nenhuma das outras indústrias.

1.4 Utilidade
A utilidade define-se como a aptidão real ou presumida dos bens para a satisfação das necessidades. Para a
economia um bem só se considera útil se é desejado pelo utilizador.
Um bem é útil se for julgado benéfico para a pessoa, e inútil se o juízo for negativo.

Utilidade total e utilidade marginal

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Utilidade total: é a utilidade do conjunto dos bens que pode dispor-se, momentânea ou sucessivamente.
Qualquer bem adicional de que possa dispor-se faz aumentar a utilidade total. Por exemplo, é maior a utilidade total de
11 do que de 10 recipientes de água, sendo acrescida a utilidade total quando a 10 recipientes se junta mais um.
Utilidade marginal: é a utilidade do bem que está na margem, que por se tratar do bem que satisfaz a
necessidade menos premente, , quer por se tratar de um bem que vem satisfazer uma determinada necessidade que foi
já satisfeita com unidades anteriores.
No primeiro caso pode apontar-se a disponibilidade de vários recipientes de água destinados a satisfazer
necessidades de indole muito diferente: beber, cozinhar, lavar-se a si mesmo, lavar a casa ou regar as flores. A
utilidade total dos recipientes resulta do somatório das utilidades proporcionais por cada um dos recipientes.
Mas a sua utilidade marginal é igual à utilidade proporcionada pela agua do recipiente que satisfaz a
necessidade menos premente, no caso a necessidade de regar as flores.
Se porventura se entornar um dos outros recipientes, por exemplo o recipiente de àgua para beber, não
ficará por satisfazer esta necessidade mais premente: naturalmente, substituir-se-à o recepiente
entornado pelo recepiente destinado à rega das flores. A utilidade marginal dos
recepientes de água mede-se, pois, pela utilidade do bem que satisfaz a necessidade que é menos
sentida, ou seja, pela utilidade que está na margem.
• No eixo vertical é representada a utilidade marginal (U’), no eixo
horizontal são representadas as quantidades (Q), e a utilidade total (u) é medida como uma
superfície entre os eixos e a curva da utilidade marginal.
• À medida que aumentam as quantidades disponíveis (Q), medidas no eixo horizontal, vai diminuindo a utilidade
marginal (U’), medida no eixo vertical.

Paradoxo da Água e do Diamante (Utilidade Marginal)


Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado?
Água: Grande utilidade total / Baixa utilidade marginal / (encontrada em abundância)
Diamante: Grande utilidade marginal (escasso)

Lei da utilidade (marginal) decrescente


Foi com referência à utilidade marginal que se formular a “lei da utilidade decrescente” (“da intensidade
decrescente das necessidades- ou “da socialidade das necessidades”), segundo a qual para qualquer pessoa, à medida
que aumenta a quantidade consumida de um bem, tende a diminuir a utilidade, de tal modo que a utilidade de cada uma
das doses sucessivamente consumidas é inferior à das doses precedentes.
Não se verificará este decréscimo se a dose anterior, em lugar de ter satisfeito a necessidade, a tiver aguçado
ainda mais.
A lei da utilidade decrescente é, pois, a lei da utilidade marginal decrescente.

Ex. Tendo-se fome, só se dispor de uma quantidade muito pequena que abra ainda mais o apetite, podendo a comida
ter depois uma utilidade marginal superior.

1.5 A escassez (ou raridade)


 Bens livres: Existem em quantidade suficiente para satisfazer todas as necessidades, podendo ser consumidos,
sem que se levante qualquer problema, até à saciedade. Ex: o ar que respiramos.
– Bem livre: utilidade marginal 0.
 Bens exuberantes: Existem numa quantidade tal, mas não suficiente para satisfazer todas as necessidades.
– Bem escasso: utilidade marginal positiva.
• O preço desempenha na economia de mercado uma função básica de limitação da procura.
– Sendo um bem escasso, na ausência de um preço verifica-se uma procura excedentária em relação à
oferta.
Problema do valor dos bens
– Com o seu contributo, a teoria da utilidade marginal, ligada à maior ou menor escassez dos bens, veio
esclarecer o problema do seu valor – “paradoxo do valor”
– O bem é tanto ou mais valioso quanto a sua utilidade marginal e da sua quantidade disponível.
– É diametralmente oposta a atitude do consumidor consoante esteja em causa, como hipótese a
supressão total de um bem ou um acréscimo na sua disponibilidade.

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Utilidade adicional: interessa satisfazer o bem com maior utilidade até igualar prioridades, ponderando os preços 
Pondera-se a utilidade e o preço.
• Tendo cada bem um preço, a maximização da utilidade total do consumidor não se atingirá levando o consumo
de cada bem até ao ponto em que todos eles tenham a mesma utilidade marginal.

1.6 As escolhas em alternativa


• Havendo escassez tanto de bens de consumo como de bens indiretos e de fatores necessários para a produção,
levanta-se o problema da sua afetação, tanto ao nível do consumo como ao nível da produção.
- No campo do consumo: As alternativas postas aos consumidores podem ser representadas através da técnica das curvas
da indiferença.

• Estando em causa uma opção entre carne (A) e peixe (B), qualquer ponto da curva de
indiferença corresponde a uma satisfação exatamente igual.
• A possibilidade de se atingirem pontos mais afastados da origem,
correspondendo a níveis mais elevados de satisfação, dependeria da existência
de recursos mais avultados.
• Pontos no interior da curva corresponderiam a uma satisfação inferior à
possível com os recursos disponíveis.

- No campo da produção: com uma técnica diagramática similar, podemos considerar a utilização de dois fatores (capital
e o trabalho) que o produtor pode utilizar alternativamente em maior ou menor medida para se chegar a cada nível de
produção.
– O capital (k) é representado no eixo vertical e o trabalho (L) é representado no eixo horizontal.
– Cada nível de produção é representado por uma curva – a isoquanta ou curva de igualdade de produção –
que pode ser atingida com muitas diversas combinações de fatores.

 O produtor pode utilizar mais (menos) capital ou mais (menos) trabalho para produzir cada
quantidade do produto
 Ex. a quantidade de i pode ser produzida com a utilização de 6 unidades de capital e 1
de trabalho, 3 unidades de capital e 1 de trabalho ou 2 unidades de capital e 4 de
trabalho.

Curva de possibilidades de produção pode ser representada num diagrama cartesiano:


– Fronteira de possibilidade de produção.
– A afetação sucessiva de recursos à produção de um dos bens em relação à produção por exemplo
de B exigirá, para cada unidade a mais, medida no eixo horizontal, a renúncia à produção de
volumes cada vez maiores de A, medidos no eixo vertical.
– O inverso se passa quando se pretende produzir cada vez mais de A, tendo de
renunciar-se à produção de quantidades cada vez maiores de B.

Escolhas em alternativa:
– Escolhas que se colocam a nível da organização da produção, quanto a saber como combinar os fatores
produtivos e quanto produzir de cada um dos bens.

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Capitulo II - Os sistemas económicos

1. Noção:

Estando em causa a problemática que se referiu no capítulo anterior, constata-se que em espaços geográficos
diferentes e em momentos históricos diferente, são distintos os quadros em que a atividade económica se desenrola.
Não se trata apenas de quadros económicos, tendo relevo igualmente quadros institucionais, políticos, jurídicos,
sociais, culturais,… Sendo diferentes de espaço para espaço, trata-se para além disso de quadros que se alteram (ou
podem alterar-se) ao longo do tempo, numa cadência maior ou menor.
Pode considerar-se que estamos perante um sistema quando há uma articulação relativamente estável entre os
quadros (ou na proporções dos elementos que os compõem), verificando-se a passagem para outro sistema quando
passa a prevalecer um outro equilíbrio entre os elementos básicos a considerar.

2. Do ahistoricismo dos clássicos à ideia do ‘fim da história’

Autores clássicos do final do século XVIII e início de XIX, julgavam que estariam face a um equilíbrio natural do qual
não se sairia. Distingue-se Adam Smith (―mão invisível) com a crença de que o equilíbrio que se verificava levava a uma
utilização ótima dos fatores de que se dispunha, julgando-se que se caminhava para um equilíbrio de penúria. A
problemática da evolução registada pela história a nível dos sistemas económicos foi ignorada pela Escola Clássica, cujos
autores viam na ordem capitalista não uma fase transitória na marcha da humanidade, mas a forma absoluta e definitiva
da atividade económica e da organização social, concebendo a ordem económica como um mecanismo comandado por
leis naturais de validade universal como as leis da física. A conceção da escola clássica era a de um universalismo a-
histórico.
 A escola histórica alemã:

Friedrich List- Critério da atividade dominante. A vida económica desenvolver-se-ia, historicamente, ao longo de 4 fases:
Pastorícia, Agricultura, Agricultura e indústria, Agricultura, indústria e comércio  Nação normal para onde tenderiam
todas as economias de todos os povos.

Bruno Hildebrandt- Critério dos instrumentos de troca


Economia Natural (sistema de troca direta- produtos por produtos)
Economia Monetária (troca monetária, funcionando a moeda como intermediário geral nas trocas)
Economia Credicista (recurso às vendas a crédito e ao empréstimo em dinheiro)

Karl Bücher-Atende ao âmbito territorial dentro do qual se circunscreve a atividade económica. A economia passa por
três fases na sua evolução:
 Economia doméstica (âmbito territorial muito restrito): Família, Tribo, domínio do Regime Feudal.
Economia Urbana, Território mais amplo- Atividade artesanal das cidades que entravam em relações de troca com as
populações agrícolas vizinhas.
 Economia nacional- cidades maiores (desenvolvimento das relações de troca entre os vários núcleos urbanos).
 Economia Mundial por Gustav Schmoller – relações económicas estabelecidas entre as várias comunidades nacionais.
Limitaram-se a descrever as fases e não explicavam as razões de mudança de um sistema para outro, isto é, não explicam
historicamente a evolução, limitam-se a dividi-la.

 Karl Marx (explicação racional da história)


Karl Marx ultrapassou a barreira científica, tendo sido determinante na implantação de um regime político que hoje
apenas abrange três ou quatro países do mundo, mas que chegou a abranger uma grande parcela muito importante do
nosso planeta: o bloco comunista.
Com influência de Hegel, Marx defendeu que na evolução de uma sociedade (até se chegar ao socialismo) verifica-se
o aparecimento de fatores (de antítese) que, sendo contraditórios em relação à situação existente (tese), em
determinado momento, levariam a uma situação de rutura, conduzindo a um novo sistema (nova tese).
Depois de um período inicial de comunismo primitivo, teriam levado aos sistemas: esclavagismo, feudalismo,
capitalismo e socialismo. Na atualidade, seria o aparecimento do proletariado (antítese) no seio do capitalismo (tese) a
provocar a queda deste último, abrindo-se caminho para o socialismo.

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Relações de produção – os Capitalistas apropriam-se da mais-valia (diferença entre o salário e o valor do produto),
levando à Luta de classes, num confronto entre trabalhadores (força de trabalho), explorada pelos capitalistas (meios de
produção.

 Sombart:

Este autor fez apelo a três elementos que distinguiriam os sistemas económicos: o espírito (o móbil, o objetivo
fundamental da produção), a forma (o conjunto dos elementos sociais, jurídicos e institucionais que constituem o
quadro dentro do qual se desenvolve a atividade económica) e a substância (a técnica utilizada).
Com base neste critério distinguiu os sistemas: economia fechada, economia artesana e economia capitalista.
 Economia fechada: correspondente à Idade Média foi caracterizada por uma ambição muito limitada, de
satisfação das necessidades básicas do domínio feudal, isto é, o autoconsumo.
 Economia artesana: corresponde ao começo da Idade Moderna, produzem-se bens para se trocar por outros
bens.
 Economia capitalista: no capitalismo o móbil da produção já não é a subsistência mas sim o lucro. Temos com o
sistema capitalista um móbil de grande ambição individual, procurando as pessoas, seja qual for a sua
intervenção o maior ganho possível. Trata-se de um sistema em que os profressos técnicos são constantes, sem
paralelo ao longo dos milénios anteriores.

 Colin Clark (perspetiva evolucionista)

Considerou que as várias sociedades iriam evoluindo de acordo com o predomínio de mão-de-obra nos vários
setores de atividade.
A procura dos bens do sector primário (procura de alimentos) não vai aumentando à medida que aumenta o
rendimento da população. A mão-de-obra excedentária é atraída para sectores de procura crescente, onde é maior o
valor do contributo proporcionado. O facto de se concentrar no sector terciário não significa desenvolvimento.

 Rostow (teoria evolucionista)


O autor distingue 5 fases na evolução da sociedade: sociedade tradicional, condições prévias para o arranque, o
arranque, o percurso para a maturidade e a idade de alto consumo de massa.
1. Sociedade tradicional- progressos tecnológicos muito rudimentares e quase sem ambição.
2. Condições prévias para o arranque- com inovações tecnológicas, aplicáveis à agricultura e à indústria, num
quadro de dinamismo proporcionado por uma maior abertura ao mundo. Tendo tido fatores relevantes:
novos valores sociais e a emergência de Estados nacionais.
3. Arranque- revolução industrial de cada país.
4. Percurso para a maturidade- período em que se alarga o campo dos setores que dinamizam as economias.
5. Alto consumo de massa- verifica-se o predomínio na produção de bens de consumo duradouros e de
serviços, sendo além disso destinados recursos crescentes a tarefas de apoio social.

3. Os tipos de organização:

A distinção dos sistemas sem ser com base em critérios históricos relaciona-se com o modo como a sociedade está
“organizada” para a resolução dos problemas básicos de qualquer economia.
Estes problemas estão maioritariamente ligados à escassez de recursos, que, face a uma procura maior, está sempre
em causa saber o que produzir, como, a favor de quem, onde e quando.
Soluções: direção totalmente centras e uma totalmente de mercado.

 Direção central:

Aqui há uma autoridade que decide a todos os propósitos referidos (através de planos), como por exemplo os
Planos Quinquenais na União Soviética, onde definiam o que era produzido, onde era produzido, por quem era produzido

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e como era distribuída a produção. A determinação dos bens a produzir poderá ser feita em função dos desejos das
pessoas ou de juízos de valor da autoridade central. Neste caso, essa autoridade irá sobrepôr-se à vontade dos cidadãos.
Um outro problema seria o da repartição do rendimento. Poderá pensar-se que cada um deverá ser remunerado
com total igualdade ou conforme as suas necessidades, por exemplo, um chefe de família de 5filhos ter um rendimento
superior a um cidadão solteiro. Este é o critério de repartição que poderá questionar-se tanto no plano da equidade como
no plano da eficiência do sistema.
Numa economia deste tipo é ainda mais difícil tomar decisões sobre o local e o tempo de cada produção, com o
risco de serem tomadas com critérios políticos, que não são os corretos (eficientes) do ponto de vista económico.

 O mercado e o papel das autoridades


São os indivíduos que decidem onde, quando produzir e os fatores de produção a utilizar.
Adam Smith com a imagem de “mão invisível”, a constatação de que o mercado, sem nenhuma intervenção, é em grande
medida capaz de dar as indicações necessárias e mais eficientes: através dos preços, refletindo as situações de maior ou
menor procura ou de maior ou menor oferta.
Se num certo momento há uma grande procura de um bem, por exemplo uma grande procura de um bem
alimentar, esta traduz-se no aumento do seu preço. Sendo assim, verifica-se uma atração natural para a sua produção,
aumentando pois a oferta.
Na organização dos processos produtivos há a procura de determinados tipos de mão-de-obra especializada,
com o aumento da sua remuneração.
O mercado levará por seu turno a que as produções se localizem nas áreas mais adequadas, por exemplo,
próximo dos mercados consumidores ou dos fatores de produção.

 Economias mistas: as decisões de produção são tomadas pelo mercado e pelo Estado.
Preços – indicadores de escassez
O mercado é a oferta na procura, a preços elevados procuramos mais.

Capitulo III - A procura


1. Lei da procura
• Lei da procura: A procura (a quantidade procurada) varia em função do
preço, diminuindo quando o preço aumenta e aumentando quando o preço
baixa.
• A lei da procura afirma que existe uma relação negativa ou inversa entre o
preço e a quantidade procurada:
– Se o preço sobe, a quantidade procurada desce;
– Se o preço desce a quantidade procurada sobe.

2. Fundamentação para a lei da procura


• 2.1. Efeitos de substituição e de rendimento.
Quando o preço de um bem aumenta passa-se a comprar outro bem, por efeito de substituição (se aumenta o preço
do café, compra-se mais chá, com efeito de substituição que explica a diminuição da procura do café, quando sobe o seu
preço).
O efeito de substituição pressupõe que o rendimento dos consumidores não varia, ou seja, quando se dá o aumento
do preço de um determinado bem, há uma diminuição da capacidade geral de compra do consumidor, ou seja,
diminuição do seu rendimento real. Mantendo-se o nível relativo de preferências, passa por isso a comprar-se menos de
todos os bens, designadamente do bem cujo preço subiu, na lógica da lei da procura, como efeito de rendimento.
Exceções à lei da procura:
Pelo contrário, os bens de luxo, caracterizam-se por um aumento da procura quando os preços aumentam e uma
diminuição da procura quando os preços diminuem- “efeito de demonstração”.
Também quando os rendimentos se mantêm, mas os preços aumentam entre as famílias com baixos salários, estes
gastam mais na compra de bens básicos, ou seja, mesmo que certos produtos como o pão e a batata subam os preços,
estes vão ser sempre consumidos, pois são a base da alimentação (paradoxo de Giffen)

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2.2 Teoria da utilidade cardinal:


A utilidade diminui à medida que aumenta a quantidade consumida de um bem- lei da utilidade decrescente.

2.3 Teoria da utilidade ordinal. A técnica das curvas de indiferença:


Não sendo possível medir a utilidade, apenas poderá estabelecer-se uma ordenação de utilidades, ou seja A é mais
útil que B, que é mais útil que C.
A técnica das curvas de indiferença permite-nos indicar o lugar geométrico das situações de indiferença ao consumo.
Logo será indiferente ter-se mais ou menor quantidade do bem A e do bem B.

3. Elasticidade-preço da procura
• A procura varia em função do preço (no sentido inverso), é importante saber também a intensidade desta
variação.
• A elasticidade-preço da procura dá-nos o quanto as quantidades procuradas variam consoante a variação do
preço.
• Relação entre quantidade e preço:
– Procura = Preço x Quantidade
• Elasticidade – é a diferença na intensidade das variações da procura perante as variações dos preços.
• Elasticidade da procura – é a relação entre a variação do preço de um bem e a consequente variação da
quantidade procurada desse bem.

3.1. O modo de medir a elasticidade


Para se apurar a elasticidade (E) não basta saber qual é a variação absoluta da procura ou a variação absoluta do
preço, tendo de saber-se também quais eram a procura e o preço anteriores.
-Elástica: varia muito- >1 – interesse em diminuir os preços para aumentar a faturação
-Inelástica: varia pouco- <1 -- interesse em aumentar o preço
-Procura absolutamente elástica- linha horizontal, correspondente à situação de os compradores adquirirem quaisquer
quantidades a determinado preço.
-Procura absolutamente inelástica ou rígida- linha perpendicular, representando a situação de a procura se manter
insensível perante as variação do preço.
Bens de procura inelástica:
 Bens de primeira necessidade : satisfazendo necessidades básicas das pessoas, não podem passar a ser
procurados em muito menor medida quando o seu preço aumenta.
 Bens de luxo: satisfazem apenas as necessidades dos ricos, a quem se torna pouco sensível pagar mais algumas
centenas ou milhares de euros por eles.
 Bens cujo preço representa uma parcela mínima de dinheiro de cada comprador (fósforos).
 Bens procurados em conjunto com outros (trata-se de bens complementares- botões para fazer um fato).

4. A elasticidade-Cruzada.
Bens sucedâneos e bens complementares.
Com a elasticidade cruzada relaciona-se a variação da quantidade procurada de um bem com a variação do preço
de outro bem.
A curva da procura só tem inclinação decrescente quando se trata de bens complementares, tendo pelo
contrário inclinação crescente quando se trata de bens sucedâneos.
Os bens complementares são bens utilizados em conjunto (pneus e automóvel), assim o aumento de preço de
um deles leva a uma redução da utilização não só desse bem como também do bem cmplementar, tendo por isso uma
curva igual à curva normal da procura.
Já se tratando de bens sucedâneos, o aumento do preço de um deles leva ao aumento da procura do outro (chá-
café = a um aumento do preço do café corresponderá um aumento do consumo de chá).

• Relaciona a variação do preço de um bem com a quantidade procurada de outro


bem.
1. Bem sucedâneo: Aumenta o preço do bem A, aumenta a procura do bem B 
Marketing.
Ex. Café/Chá  Relação direta.
2. Bem Complementar: Aumenta a procura do bem A, diminui a procura do bem B. Ex.:
Carro (preço sobe, diminui a procura dos pneus).

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5. Da procura individual à procura agregada:


A lei da procura reage de forma diferente perante um comprador individual ou um conjunto de compradores, logo
importa mudar a escala quando se representa esta segunda situação.
Continuando a representar no eixo vertical o preço unitário e no eixo horizontal a procura de um individuo, não
chegaria nenhuma folha de papel para representar a totalidade dos compradores do nosso país, assim as unidades devem
ser alteradas (milhares ou milhões de toneladas).

6. A elasticidade-rendimento da procura
Um outro pressuposto da procura é a invariância do rendimento das pessoas (aumento dos preços, redução da
procura- efeito de substituição e de rendimento).

A procura de determinados Explicação: aumento do Aumento da procura de


bens aumenta, apesar da rendimento das pessoas todos os bens, mesmo
subida de preços aqueles cujo preço subiu

Calculo das respetivas variações = A procura é determinada


calcula da elasticidade- por aumentos de
rendimento da procura rendimento

 O consumo de bens de luxo aumenta mais rapidamente do que o rendimento.


 Elasticidade- rendimento negativas – a procura diminuiu com o aumento do rendimento.
 Elasticidade igual a 1- procura aumenta proporcionalmente ao rendimento (refeições em restaurantes e
vestuário)

7. A procura em função de outros fatores

A procura podia variar em função de outros fatores, como os gostos dos consumidores e com o processo tecnológico.
No caso dos bens de consumo esta mudança estará ligada a mudanças de gosto. No caso dos processos produtivos, o
empresário passará a fazer escolhas mais eficientes para o processo de produção.

Capitulo IV - A oferta

1. A lei da oferta
• A quantidade oferecida é em função do preço, aumentando quando o preço aumenta e
diminuindo quando o preço baixa.
• Em termos diagramáticos, considerando como sempre o preço no eixo vertical e a
quantidade no eixo horizontal, a curva da oferta é uma curva de inclinação crescente.
Por simplificação consideramos a curva da oferta, um traço continuo e não um conjunto de
pontos, pois não se pode saber com exatidão a oferta maior que será feita com um preço mais
elevado e menor que será feita com um preço mais baixo; ou o preço exato que terá de verificar-
se para se colocar no mercado a quantidade desejada.

2. Fundamentação para a lei da oferta- Da lei dos rendimentos decrescentes à curva do custo marginal
A oferta dos produtores está diretamente ligada às circunstâncias tecnológicas e não tanto a circunstâncias de
satisfação pessoal.
Cada ofertante quer ter a máxima vantagem em termos de lucro, no entanto este ganho depende do preço a que se
quer vender e do custo com que se consegue produzir.
A lei dos rendimentos decrescentes diz que mantendo a produção e sendo constante a técnica, o rendimento
adicional vai sendo constante a técnica, o rendimento adicional vai sendo sucessivamente menor (é decrescente).
Esta lei foi formulada para a atividade agrícola, numa altura em que não era possível aumentar as produções, devido
à impossibilidade de aumentar terreno explorado, a falta de capital e a introdução de inovações tecnológicas e de gestão.
(folha pag18)

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3. A elasticidade - Preço da oferta

variação relativa da quantidade oferecida


e=
variaçãorelativa do preço

• 1. Oferta elástica: é maior do que 1. Se as quantidades oferecidas aumentarem ou diminuírem em maior


proporção do que o preço.
• 2. Elasticidade igual a 1: se as quantidades oferecidas aumentarem ou diminuírem na proporção da subida e da
descida do preço.
• 3. Oferta inelástica: menor do que 1. Se as quantidades oferecidas aumentarem ou diminuírem em menor
proporção do que o preço.

• Bens de oferta inelástica:


– Bens perecíveis, de difícil armazenamento (caso de peixe fresco na lota), tendo que ser vendido por
qualquer preço (vai-se baixando com a passagem das hora, sob pena de ficar algum peixe por vender,
tendo-se no fim do dia uma oferta totalmente inelástica);
– Bens com fator que não aumenta.
• Bens de oferta inelástica:
– Importações de facilidade.

4. As funções de produção e as combinações produtivas mais vantajosas

Em qualquer caso, pode haver formas diferentes de organizar a produção, ou seja, pode haver diferentes “funções de
produção”.
Trata-se da ideia de que a mesma quantidade (isoquanta) pode resultar de um processo produtivo mais capital-
intensivo ou trabalho-intensivo.
Quando passamos de uma produção maior, para uma isoquanta, tal pode resultar também de acréscimos
alternativos de capital e de trabalho, podendo acontecer que o aumento da utilização de um dos fatores, diminua a
utilização de outro. (Quadro pág.131)

5. Outros custos de produção

O custo marginal é apenas um dos custos a considerar, sem dúvida com o maior relevo numa conduta racional dos
empresários.

Há, todavia, outros custos a considerar:

 Custo fixo: é o custo que tem de ser sempre suportado, mesmo que não haja produção (rendas, pagamentos,
empréstimos).
 Custo variável: custo que se altera como o nível da produção (matérias-primas, pessoal).
 Custo marginal: custo da última unidade.
 Custo médio: custo da divisão do custo total pelo número de unidades produzidas.
 Custo de produção: custa de produção da última unidade a ser produzida.

6. As economias de Escala e a curva do custo médio


• A evolução do custo médio resulta das economias que são conseguidas com o aumento da produção.
• As razões que levam a que o custo médio se reduza com as quantidades produzidas:
– Razões de fabrico – Comerciais--Financeiras ou políticas

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No caso do fabrico verifica-se que, em muitos casos, os equipamentos necessários foram desenvolvidos para
elevados níveis de produção, não sendo possível redimensiona-los para níveis mais baixos.
Há situações em que a introdução da economia de escala decorre da concentração de todas as fases de processo
produtivo, em zonas próximas ou mesmo dentro da mesma unidade.
No caso das economias de escala no comércio, estas podem decorrer diretamente das condições de venda ou de
distribuição. Já no campo financeiro, a economia de escala, tem por base as melhores condições financeiras de elevado
montante.
As economias de escala podem ainda entender-se no domínio político e decorrerem da influência que a opinião
ou atuação de grandes grupos possa ter na formação de decisões políticas.
As economias de escala só são benéficas até um determinado ponto, havendo um limite para a gestão possa ser de
forma eficiente (PME’s- melhor empenhamento dos empresários, uma maior flexibilidade e ajustamento às circunstâncias
do mercado).
• Grande escala
– Custos menores que nas pequenas empresas – grandes concentrações.
– Especialização do trabalho/ linha de montagem/ forno.
– Edifício dos escritórios e funcionamento da administração, que teriam de ser multiplicadas no caso de
se ter várias fábricas de pequena dimensão a produzir o mesmo produto. Com o mesmo custo, os
mesmos edifícios e com a mesma administração tanto se
produz um milhão como cem milhões.
– Facilidade de transporte.
– Financiamento – facilidade de crédito (ações).
– Maior aproveitamento de recursos.
• Associação vertical
• Integração horizontal

7. A maximização do lucro e o andamento da oferta em função do preço


Pressupondo que o objetivo de um empresário é a maximização do lucro, na sua conduta determinará o quantitativo
a oferecer em função do custo a suportar e da receita a obter por cada unidade a mais, a unidade n+1 (custo e receita
marginais).
Como veremos adiante o custo médio é importante para se saber qual é o lucro conseguido resultante do produto
das quantidades vendidas pela diferença entre a receita e o custo médio.
Enquanto o ganho da última unidade vendida for superior ao seu custo, vale a pena aumentar a
produção, mas não valerá ir além desse ponto.
Vale a pena passar a produção de 90 para 91 unidades, com um custo
marginal de 8, dado que consegue vender o ultimo bem por 10. Mas
já não lhe valerá a pena produzir a centésima primeira unidade, com o custo
marginal de 11, conseguindo vende-la apenas por 10.
A situação ótima (de máximo lucro) é a situação em que a curva do
custo marginal interseta a curva de receita marginal.

Deseconomias de escala
Conforme se aumenta os fatores de produção vai-se tendo economias de escala: a produção aumenta
proporcionalmente.
A partir de um determinado ponto o aumento destes fatores não propicia um aumento proporcional na produção, é
a deseconomia de escala. Ex.: um funcionário produz 10 peças de um produto qualquer por hora. Com dois funcionários
produz-se 20 peças. A partir do terceiro produz-se 25 peças, começa a funcionar a deseconomia de escala.

8. Objetivos dos empresários sem ser a maximização do lucro a curto prazo


A análise acabada de ver pressupões todavia, tal como boa parte da análise que veremos no próximo capítulo, que os
empresários são determinados pela maximização do lucro a curto prazo.
No entanto, os empresários atuavam adicionando ao custo variável médio uma percentagem que a experiência lhes
dizia que era suficiente para lhes assegurar o máximo lucro. Assim faziam todavia face à sua experiência.
Casos diferentes são aqueles em que os empresários não são determinados pelo máximo de lucro a curto prazo.
Em alguns deles preferem renunciar a um maior lucro imediato, pois só assim conseguirão um ganho maior a médio e
longo prazo.
Constata-se com frequência que há outras -6compensações, designadamente compensações de êxito, traduzidas no
volume de vendas, criação de novas unidades, para além do gosto pelo lucro máximo a curto, médio e longo prazo.

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9. As diferentes formas de organização empresarial


 Empresário individual
 Sociedade anónima
 Cooperativa
 Sociedade de quotas

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