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Introdução à Economia
Capitulo I – A economia: Objeto e quadros de análise
1- Objeto
1.1 Definição de Robbins
Segundo Robbins economia estuda a problemática da aplicação de recursos escassos e de emprego alternativo em
finalidades de desigual importância.
Na impossibilidade de se encontrar uma definição perfeita, deve reconhecer-se que a definição de Robbins salienta a
problemática essencial da economia em qualquer sistema económico. Quer se trate de uma economia descentralizada ou
de uma economia centralizada, de uma economia capitalista ou de uma economia socialista, o problema económico
surge porque há necessidades a satisfazer, levantando-se por isso as questões de afetação alternativa de bens de
consumo e de produção e da utilização de fatores igualmente escassos necessários para a sua produção.
1.2 Necessidades
O problema económico surge porque os homens sentem necessidades, isto é, têm insatisfações acompanhadas da
consciência e do desejo de bens materiais ou imateriais julgados capazes de as satisfazer.
Por se tratar de estados psicológicos, variam de pessoa para pessoa e podem ser graduados de acordo com o seu
grau de intensidade. Nesta graduação verifica-se a influência de fatores internos e externos do sujeito como gostos,
circunstancias e especificidades de cada caso em concreto podendo também ser influenciado por fatores como a religião,
país, região, época, etc.
1.2 Bens
Objetos do mundo externo e ou serviços capazes de satisfazer necessidades de consumo.
Bens materiais/imateriais ou serviços
– 1. Bem material: aquele que tem realidade física, como os alimentos, o vestuário e os automóveis.
– 2. Serviços, bens imateriais: não têm realidade física e consistem em utilidades prestadas de umas
pessoas a outras, como o conselho de um advogado, uma viagem de turismo ou uma consulta médica.
– 2. Matérias subsidiárias: são bens que podendo ser utilizados tal como a natureza os proporciona, se
destinam a auxilir a transformação de outros bens, e não a serem eles próprios transformados, como o
petróleo ou carvão utilizados como combustíveis.
– 3. Semi-produtos (produtos intermediários): são bens que embora tenham sofrido alguma alteração não
esgotaram ainda a cadeia de transformação até ser atingido o bem-final como a farinha para o pão ou
as tábuas serradas para mobiliário.
– 4. Produtos acabados: são aqueles que esgotaram a escala da transformação, podendo tratar-se tanto
de bens diretos ou de consumo, como o vestuário, como de bens indiretos ou instrumentais, como as
máquinas utilizadas na confeção.
– 5. Subproduto: são bens que resultam da produção de outros bens, como resíduos, mas podem ser
ainda utilizados (parafina do petróleo, serradura da madeira)
– 2. Bens duradouros: são aqueles que com a sua utilização não deixam de existir como bens da mesma
espéci, como os eletrodomésticos, vestuário.
• Contabilização de bens e do consumo : É fácil contabilizar quando é que um bem consumível foi
consumido. Os bens duradouros, contabiliza-se pela sua utilização.
1.3 Produção
A classificação de bens permite-nos saber na generalidade dos caos, que não é possível utilizá-los diretamente a
partir da Natureza, sendo antes necessário um qualquer processo de transformação.
Este processo transformativo pode ser mais ou menos profundo e combina fatores produtivos designadamente
trabalho, capital e elementos naturais. A produção consiste então na criação de bens suscetíveis de satisfação das
necessidades, podendo também criar novas utilidades que acrescem aqueles que o bem diretamente era apto a
satisfazer.
Modalidades de produção:
Industria extrativa: a produção resume-se à escolha dos recurso naturais que são utilizados diretamente no
consumo ( água mineral) ou como matérias-primas (ferro ou petróleo). Ex. Extrair minério (sentido vertical)
Agricultura e pecuária: na agricultura o homem procede a uma transformação orgânica, tal acontece em sentido
restrito tanto na agricultura como na pecuária ou ainda na silvicultura.
Industria transformadora: assiste-se à transformação dos bens para lhes proporcionar novas utilidades, mas
neste caso trata-se de uma transformação mecânica (industria de tecelagem) e química (indutria farmacêutica).
Transportes ou industria transportadora: a produção de utilidades resulta de deslocação dos bens no espaço.
Comércio: deslocação no tempo. A função do comerciante consiste em tornar disponíveis os bens em momento
diferente do momento da sua produção, desenvolvendo esforços para a promoção das vendas e qualidade dos
produtos.
Produção de serviços: todas as atividades são destinadas à satisfação de necessidades que não possam ser
enquadradas em nenhuma das outras indústrias.
1.4 Utilidade
A utilidade define-se como a aptidão real ou presumida dos bens para a satisfação das necessidades. Para a
economia um bem só se considera útil se é desejado pelo utilizador.
Um bem é útil se for julgado benéfico para a pessoa, e inútil se o juízo for negativo.
Utilidade total: é a utilidade do conjunto dos bens que pode dispor-se, momentânea ou sucessivamente.
Qualquer bem adicional de que possa dispor-se faz aumentar a utilidade total. Por exemplo, é maior a utilidade total de
11 do que de 10 recipientes de água, sendo acrescida a utilidade total quando a 10 recipientes se junta mais um.
Utilidade marginal: é a utilidade do bem que está na margem, que por se tratar do bem que satisfaz a
necessidade menos premente, , quer por se tratar de um bem que vem satisfazer uma determinada necessidade que foi
já satisfeita com unidades anteriores.
No primeiro caso pode apontar-se a disponibilidade de vários recipientes de água destinados a satisfazer
necessidades de indole muito diferente: beber, cozinhar, lavar-se a si mesmo, lavar a casa ou regar as flores. A
utilidade total dos recipientes resulta do somatório das utilidades proporcionais por cada um dos recipientes.
Mas a sua utilidade marginal é igual à utilidade proporcionada pela agua do recipiente que satisfaz a
necessidade menos premente, no caso a necessidade de regar as flores.
Se porventura se entornar um dos outros recipientes, por exemplo o recipiente de àgua para beber, não
ficará por satisfazer esta necessidade mais premente: naturalmente, substituir-se-à o recepiente
entornado pelo recepiente destinado à rega das flores. A utilidade marginal dos
recepientes de água mede-se, pois, pela utilidade do bem que satisfaz a necessidade que é menos
sentida, ou seja, pela utilidade que está na margem.
• No eixo vertical é representada a utilidade marginal (U’), no eixo
horizontal são representadas as quantidades (Q), e a utilidade total (u) é medida como uma
superfície entre os eixos e a curva da utilidade marginal.
• À medida que aumentam as quantidades disponíveis (Q), medidas no eixo horizontal, vai diminuindo a utilidade
marginal (U’), medida no eixo vertical.
Ex. Tendo-se fome, só se dispor de uma quantidade muito pequena que abra ainda mais o apetite, podendo a comida
ter depois uma utilidade marginal superior.
Utilidade adicional: interessa satisfazer o bem com maior utilidade até igualar prioridades, ponderando os preços
Pondera-se a utilidade e o preço.
• Tendo cada bem um preço, a maximização da utilidade total do consumidor não se atingirá levando o consumo
de cada bem até ao ponto em que todos eles tenham a mesma utilidade marginal.
• Estando em causa uma opção entre carne (A) e peixe (B), qualquer ponto da curva de
indiferença corresponde a uma satisfação exatamente igual.
• A possibilidade de se atingirem pontos mais afastados da origem,
correspondendo a níveis mais elevados de satisfação, dependeria da existência
de recursos mais avultados.
• Pontos no interior da curva corresponderiam a uma satisfação inferior à
possível com os recursos disponíveis.
- No campo da produção: com uma técnica diagramática similar, podemos considerar a utilização de dois fatores (capital
e o trabalho) que o produtor pode utilizar alternativamente em maior ou menor medida para se chegar a cada nível de
produção.
– O capital (k) é representado no eixo vertical e o trabalho (L) é representado no eixo horizontal.
– Cada nível de produção é representado por uma curva – a isoquanta ou curva de igualdade de produção –
que pode ser atingida com muitas diversas combinações de fatores.
O produtor pode utilizar mais (menos) capital ou mais (menos) trabalho para produzir cada
quantidade do produto
Ex. a quantidade de i pode ser produzida com a utilização de 6 unidades de capital e 1
de trabalho, 3 unidades de capital e 1 de trabalho ou 2 unidades de capital e 4 de
trabalho.
Escolhas em alternativa:
– Escolhas que se colocam a nível da organização da produção, quanto a saber como combinar os fatores
produtivos e quanto produzir de cada um dos bens.
1. Noção:
Estando em causa a problemática que se referiu no capítulo anterior, constata-se que em espaços geográficos
diferentes e em momentos históricos diferente, são distintos os quadros em que a atividade económica se desenrola.
Não se trata apenas de quadros económicos, tendo relevo igualmente quadros institucionais, políticos, jurídicos,
sociais, culturais,… Sendo diferentes de espaço para espaço, trata-se para além disso de quadros que se alteram (ou
podem alterar-se) ao longo do tempo, numa cadência maior ou menor.
Pode considerar-se que estamos perante um sistema quando há uma articulação relativamente estável entre os
quadros (ou na proporções dos elementos que os compõem), verificando-se a passagem para outro sistema quando
passa a prevalecer um outro equilíbrio entre os elementos básicos a considerar.
Autores clássicos do final do século XVIII e início de XIX, julgavam que estariam face a um equilíbrio natural do qual
não se sairia. Distingue-se Adam Smith (―mão invisível) com a crença de que o equilíbrio que se verificava levava a uma
utilização ótima dos fatores de que se dispunha, julgando-se que se caminhava para um equilíbrio de penúria. A
problemática da evolução registada pela história a nível dos sistemas económicos foi ignorada pela Escola Clássica, cujos
autores viam na ordem capitalista não uma fase transitória na marcha da humanidade, mas a forma absoluta e definitiva
da atividade económica e da organização social, concebendo a ordem económica como um mecanismo comandado por
leis naturais de validade universal como as leis da física. A conceção da escola clássica era a de um universalismo a-
histórico.
A escola histórica alemã:
Friedrich List- Critério da atividade dominante. A vida económica desenvolver-se-ia, historicamente, ao longo de 4 fases:
Pastorícia, Agricultura, Agricultura e indústria, Agricultura, indústria e comércio Nação normal para onde tenderiam
todas as economias de todos os povos.
Karl Bücher-Atende ao âmbito territorial dentro do qual se circunscreve a atividade económica. A economia passa por
três fases na sua evolução:
Economia doméstica (âmbito territorial muito restrito): Família, Tribo, domínio do Regime Feudal.
Economia Urbana, Território mais amplo- Atividade artesanal das cidades que entravam em relações de troca com as
populações agrícolas vizinhas.
Economia nacional- cidades maiores (desenvolvimento das relações de troca entre os vários núcleos urbanos).
Economia Mundial por Gustav Schmoller – relações económicas estabelecidas entre as várias comunidades nacionais.
Limitaram-se a descrever as fases e não explicavam as razões de mudança de um sistema para outro, isto é, não explicam
historicamente a evolução, limitam-se a dividi-la.
Relações de produção – os Capitalistas apropriam-se da mais-valia (diferença entre o salário e o valor do produto),
levando à Luta de classes, num confronto entre trabalhadores (força de trabalho), explorada pelos capitalistas (meios de
produção.
Sombart:
Este autor fez apelo a três elementos que distinguiriam os sistemas económicos: o espírito (o móbil, o objetivo
fundamental da produção), a forma (o conjunto dos elementos sociais, jurídicos e institucionais que constituem o
quadro dentro do qual se desenvolve a atividade económica) e a substância (a técnica utilizada).
Com base neste critério distinguiu os sistemas: economia fechada, economia artesana e economia capitalista.
Economia fechada: correspondente à Idade Média foi caracterizada por uma ambição muito limitada, de
satisfação das necessidades básicas do domínio feudal, isto é, o autoconsumo.
Economia artesana: corresponde ao começo da Idade Moderna, produzem-se bens para se trocar por outros
bens.
Economia capitalista: no capitalismo o móbil da produção já não é a subsistência mas sim o lucro. Temos com o
sistema capitalista um móbil de grande ambição individual, procurando as pessoas, seja qual for a sua
intervenção o maior ganho possível. Trata-se de um sistema em que os profressos técnicos são constantes, sem
paralelo ao longo dos milénios anteriores.
Considerou que as várias sociedades iriam evoluindo de acordo com o predomínio de mão-de-obra nos vários
setores de atividade.
A procura dos bens do sector primário (procura de alimentos) não vai aumentando à medida que aumenta o
rendimento da população. A mão-de-obra excedentária é atraída para sectores de procura crescente, onde é maior o
valor do contributo proporcionado. O facto de se concentrar no sector terciário não significa desenvolvimento.
3. Os tipos de organização:
A distinção dos sistemas sem ser com base em critérios históricos relaciona-se com o modo como a sociedade está
“organizada” para a resolução dos problemas básicos de qualquer economia.
Estes problemas estão maioritariamente ligados à escassez de recursos, que, face a uma procura maior, está sempre
em causa saber o que produzir, como, a favor de quem, onde e quando.
Soluções: direção totalmente centras e uma totalmente de mercado.
Direção central:
Aqui há uma autoridade que decide a todos os propósitos referidos (através de planos), como por exemplo os
Planos Quinquenais na União Soviética, onde definiam o que era produzido, onde era produzido, por quem era produzido
e como era distribuída a produção. A determinação dos bens a produzir poderá ser feita em função dos desejos das
pessoas ou de juízos de valor da autoridade central. Neste caso, essa autoridade irá sobrepôr-se à vontade dos cidadãos.
Um outro problema seria o da repartição do rendimento. Poderá pensar-se que cada um deverá ser remunerado
com total igualdade ou conforme as suas necessidades, por exemplo, um chefe de família de 5filhos ter um rendimento
superior a um cidadão solteiro. Este é o critério de repartição que poderá questionar-se tanto no plano da equidade como
no plano da eficiência do sistema.
Numa economia deste tipo é ainda mais difícil tomar decisões sobre o local e o tempo de cada produção, com o
risco de serem tomadas com critérios políticos, que não são os corretos (eficientes) do ponto de vista económico.
Economias mistas: as decisões de produção são tomadas pelo mercado e pelo Estado.
Preços – indicadores de escassez
O mercado é a oferta na procura, a preços elevados procuramos mais.
3. Elasticidade-preço da procura
• A procura varia em função do preço (no sentido inverso), é importante saber também a intensidade desta
variação.
• A elasticidade-preço da procura dá-nos o quanto as quantidades procuradas variam consoante a variação do
preço.
• Relação entre quantidade e preço:
– Procura = Preço x Quantidade
• Elasticidade – é a diferença na intensidade das variações da procura perante as variações dos preços.
• Elasticidade da procura – é a relação entre a variação do preço de um bem e a consequente variação da
quantidade procurada desse bem.
4. A elasticidade-Cruzada.
Bens sucedâneos e bens complementares.
Com a elasticidade cruzada relaciona-se a variação da quantidade procurada de um bem com a variação do preço
de outro bem.
A curva da procura só tem inclinação decrescente quando se trata de bens complementares, tendo pelo
contrário inclinação crescente quando se trata de bens sucedâneos.
Os bens complementares são bens utilizados em conjunto (pneus e automóvel), assim o aumento de preço de
um deles leva a uma redução da utilização não só desse bem como também do bem cmplementar, tendo por isso uma
curva igual à curva normal da procura.
Já se tratando de bens sucedâneos, o aumento do preço de um deles leva ao aumento da procura do outro (chá-
café = a um aumento do preço do café corresponderá um aumento do consumo de chá).
6. A elasticidade-rendimento da procura
Um outro pressuposto da procura é a invariância do rendimento das pessoas (aumento dos preços, redução da
procura- efeito de substituição e de rendimento).
A procura podia variar em função de outros fatores, como os gostos dos consumidores e com o processo tecnológico.
No caso dos bens de consumo esta mudança estará ligada a mudanças de gosto. No caso dos processos produtivos, o
empresário passará a fazer escolhas mais eficientes para o processo de produção.
Capitulo IV - A oferta
1. A lei da oferta
• A quantidade oferecida é em função do preço, aumentando quando o preço aumenta e
diminuindo quando o preço baixa.
• Em termos diagramáticos, considerando como sempre o preço no eixo vertical e a
quantidade no eixo horizontal, a curva da oferta é uma curva de inclinação crescente.
Por simplificação consideramos a curva da oferta, um traço continuo e não um conjunto de
pontos, pois não se pode saber com exatidão a oferta maior que será feita com um preço mais
elevado e menor que será feita com um preço mais baixo; ou o preço exato que terá de verificar-
se para se colocar no mercado a quantidade desejada.
2. Fundamentação para a lei da oferta- Da lei dos rendimentos decrescentes à curva do custo marginal
A oferta dos produtores está diretamente ligada às circunstâncias tecnológicas e não tanto a circunstâncias de
satisfação pessoal.
Cada ofertante quer ter a máxima vantagem em termos de lucro, no entanto este ganho depende do preço a que se
quer vender e do custo com que se consegue produzir.
A lei dos rendimentos decrescentes diz que mantendo a produção e sendo constante a técnica, o rendimento
adicional vai sendo constante a técnica, o rendimento adicional vai sendo sucessivamente menor (é decrescente).
Esta lei foi formulada para a atividade agrícola, numa altura em que não era possível aumentar as produções, devido
à impossibilidade de aumentar terreno explorado, a falta de capital e a introdução de inovações tecnológicas e de gestão.
(folha pag18)
Em qualquer caso, pode haver formas diferentes de organizar a produção, ou seja, pode haver diferentes “funções de
produção”.
Trata-se da ideia de que a mesma quantidade (isoquanta) pode resultar de um processo produtivo mais capital-
intensivo ou trabalho-intensivo.
Quando passamos de uma produção maior, para uma isoquanta, tal pode resultar também de acréscimos
alternativos de capital e de trabalho, podendo acontecer que o aumento da utilização de um dos fatores, diminua a
utilização de outro. (Quadro pág.131)
O custo marginal é apenas um dos custos a considerar, sem dúvida com o maior relevo numa conduta racional dos
empresários.
Custo fixo: é o custo que tem de ser sempre suportado, mesmo que não haja produção (rendas, pagamentos,
empréstimos).
Custo variável: custo que se altera como o nível da produção (matérias-primas, pessoal).
Custo marginal: custo da última unidade.
Custo médio: custo da divisão do custo total pelo número de unidades produzidas.
Custo de produção: custa de produção da última unidade a ser produzida.
No caso do fabrico verifica-se que, em muitos casos, os equipamentos necessários foram desenvolvidos para
elevados níveis de produção, não sendo possível redimensiona-los para níveis mais baixos.
Há situações em que a introdução da economia de escala decorre da concentração de todas as fases de processo
produtivo, em zonas próximas ou mesmo dentro da mesma unidade.
No caso das economias de escala no comércio, estas podem decorrer diretamente das condições de venda ou de
distribuição. Já no campo financeiro, a economia de escala, tem por base as melhores condições financeiras de elevado
montante.
As economias de escala podem ainda entender-se no domínio político e decorrerem da influência que a opinião
ou atuação de grandes grupos possa ter na formação de decisões políticas.
As economias de escala só são benéficas até um determinado ponto, havendo um limite para a gestão possa ser de
forma eficiente (PME’s- melhor empenhamento dos empresários, uma maior flexibilidade e ajustamento às circunstâncias
do mercado).
• Grande escala
– Custos menores que nas pequenas empresas – grandes concentrações.
– Especialização do trabalho/ linha de montagem/ forno.
– Edifício dos escritórios e funcionamento da administração, que teriam de ser multiplicadas no caso de
se ter várias fábricas de pequena dimensão a produzir o mesmo produto. Com o mesmo custo, os
mesmos edifícios e com a mesma administração tanto se
produz um milhão como cem milhões.
– Facilidade de transporte.
– Financiamento – facilidade de crédito (ações).
– Maior aproveitamento de recursos.
• Associação vertical
• Integração horizontal
Deseconomias de escala
Conforme se aumenta os fatores de produção vai-se tendo economias de escala: a produção aumenta
proporcionalmente.
A partir de um determinado ponto o aumento destes fatores não propicia um aumento proporcional na produção, é
a deseconomia de escala. Ex.: um funcionário produz 10 peças de um produto qualquer por hora. Com dois funcionários
produz-se 20 peças. A partir do terceiro produz-se 25 peças, começa a funcionar a deseconomia de escala.