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A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
1. Introdução
Como solução para suprir a crescente demanda por serviços de gerenciamento de processos,
muitas organizações estão investindo na estruturação e criação de departamentos com função
afim, segundo a ELO Group (2004), de institucionalizar a gestão dos processos e/ou dos
projetos tornando-as, de forma efetiva, parte do cotidiano das tarefas e, ainda, da cultura da
organização.
Nessa perspectiva este artigo tem como objetivo responder como as organizações estão
estruturadas para a gestão de seus processos, as principais atribuições, ferramentas e quais os
produtos de um escritório de processos. Para isso criou-se um questionário semiestruturado
que foi aplicado em 20 empresas de diferentes segmentos.
Inicialmente foi identificado se existe uma estrutura de apoio centralizada e como está
formalizada, em seguida, foi proposto um conjunto de atribuições dos escritórios de processos
para identificar quais delas tem maior importância no processo global, a partir daí analisou-se
quais ferramentas são utilizadas para o suporte da gestão de processos e como saída, foi
identificado quais os produtos estão dentro do escopo do escritório de processos.
2. Metodologia
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2 – Quanto às atribuições;
Para avaliação deste item foi feita uma análise estatística de frequência através de uma
planilha eletrônica para ter como fim o atributo de maior relevância, da mesma forma as
análises foram feitas para as ferramentas utilizadas para gestão de processos. Como forma de
investigação dos produtos obtidos em um escritório de processos buscaram-se meios para
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definir quais deles estão no escopo de processos e se estes são mensurados e proporcionam
ganhos reais de otimização de recursos.
3. Referencial Teórico
Smart et al. (2009) classificam BPM como uma filosofia de gestão que busca criar valor a
partir de um foco sustentado nos processos empresariais. É fundamentada na visão de que os
processos são os veículos através dos quais as necessidades dos clientes são satisfeitas. Para o
Processo de Melhoria Contínua Pyon, Woo e Park (2011) afirmam que o processo deve
basear-se nos dados sobre o desempenho de cada processo de negócio e devem ser
estrategicamente considerado do ponto de vista do cliente, por isso, os processos não
mensuráveis devem ser avaliados, tais como as respostas dos clientes.
Para Armistead e Machin (1997) os processos de negócios podem ser pensados como uma
série de atividades inter-relacionadas, cruzando as fronteiras funcionais, com entradas e
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saídas. De acordo com a visão de Kaj Storbacka (2011) as empresas que desejam oferecer
soluções efetivas de negócio precisam do apoio seguro de todas as funções, incluindo
desenvolvimento de produto, marketing, vendas, operações e finanças. Nesse contexto
Turetken e Demirors (2011) afirmam que as organizações usam modelos de processos para
compreender, analisar e comunicar o conhecimento organizacional, bem como um degrau na
automatização de seu processamento. Hajo (2006) salienta ainda que as empresa que adotam
sistemas de gerenciamento de processos de negócios tem como resultados recompensas
consideráveis.
Ainda falando sobre escritório de processos Lindsay (2003) faz distinção entre processo de
produção que se baseia frequentemente na hipótese de que a produção leva em conta o fluxo
de trabalho e tradicionalmente é analisada pelas atividades que estão sendo realizadas,
enquanto os escritórios são mais objetivos, pois as pessoas trabalham com intuito de atingir
um objetivo. Conceitos e orientações sobre como estruturar um centro de excelência ou
escritório de processo têm sido buscados pelas organizações (HAMMER, 1999).
Para Paim (2007) uma vez contextualizado e definido o escopo de atuação do escritório de
processos, podem-se delinear os macros objetivos que visam ser alcançados e que justificam a
implantação de uma unidade como esta proposta. Para acrescentar o conceito sobre os macro
objetivos dos escritórios de processos, também conhecido como “Center Of Excellence”
(CoE), Richardson (2006) diz que os CoE’s são encarregados por: Priorizar e implementar
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A estrutura organizacional do escritório de processos pode ser sintetizada pela Figura 2. Nela
pode se perceber que há diferentes modelos de gestão de processos, com variações entre uma
lógica prioritariamente funcional, passando por uma gestão funcional de processos
transversais e podendo chegar a uma gestão por processos (PAIM, 2007).
Descrevendo sobre qual estrutura organizacional deverá ser apoiado o escritório de processos,
Clark & Fujimoto (1991) afirma que esta seria uma estrutura matricial forte. Paim (2007)
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segundo Vela et al. (2007) é utilizado afim de facilitar a aplicação de um serviço que é
responsável pela função de controle de acesso em sistemas corporativos.
3. Discussão e Análise
Nota-se também que, como não existe um departamento responsável por gerenciar os
processos, não há uma estrutura organizacional voltada para processos, ou seja, a gestão de
processos encontra-se fragmentada em diversas áreas funcionais principalmente na área de
Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) sendo esta, em alguns casos, a responsável
por controlar os processos, já que nesses casos a mesma é responsável por formalizar estes
processos. Vale ainda ressaltar que o escritório de processo institucionaliza a Gestão de
Processos tornando a ação como parte do cotidiano e da cultura organizacional.
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Percebeu-se através dos dados tabulados que essas atribuições estão designadas dentro das
empresas em diferentes áreas, resultando em um problema que seria encontrar um responsável
por gerir a execução e controlar as etapas dos processos, bem como, realizar outras
atribuições do gerenciamento de processos.
Como principais ferramentas utilizadas pelas empresas para gerenciar seus processos a que
mais se destaca é o fluxograma de processos, por ser de fácil compreensão por todos
envolvidos, além disso, as empresas utilizam sistemas integrados de gestão acreditando que
corresponde a uma ferramenta para gerenciar processos mesmo não extraindo informações
gerenciais destes sistemas.
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Pode-se notar também que as empresas utilizam outras ferramentas como estão estratificadas
no quadro 2 abaixo:
Ferramentas e Sistemas
Intranet
Benckmarking
4. Conclusão
As empresas estudadas não apresentam uma estrutura centralizada de processos, sendo que a
gestão desses processos é feita pelas próprias áreas funcionais, áreas essas correspondente a
cada processo em particular, é possível se notar que tais empresas não possuem uma estrutura
centralizada, pois não reconhecem a importância dessa estrutura como um fator crítico para
melhoria de seus processos. Nota-se também que, quando há uma estrutura centralizada, a
área que é a principal responsável por fazer a gestão dos processos é a área de TIC e não
profissionais especialistas em processos, daí nascem duas principais dificuldades encontradas
que é fazer uso desses processos para atingir ganhos reais e alcançar melhorias para o
negócio.
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Como não existe Centro de Referência de processos, notou-se uma dispersão das atribuições
que deveriam fazer parte do escopo de um escritório de processos, sendo que dessa forma não
há uma estruturação das responsabilidades e nem um gestor direto a quem se remeter no que
tange ao Gerenciamento de Processos. Toda essa falta de gerenciamento pode acabar
acarretando conflitos internos quanto ao processo de melhoria, perda da fixação de metas,
padrões e medidas de desempenho. Fica evidenciado também que com a divisão das
atribuições como é feita nessas empresas, entramos em uma inconsistência quanto à atribuição
relacionada ao Gerenciamento dos Processos globais da organização, já que, como cada área
funcional gerencia seus próprios processos, quem seria o responsável por alinhar esses
subprocessos ao processo global?
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