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03/09/2020 Albert Camus – Wikipédia, a enciclopédia livre

Após completar o doutoramento e estar apto a lecionar, a sua saúde impediu-o de se tornar um
professor. Uma forte crise de tuberculose abateu-se sobre ele nesta época. Camus era tuberculoso,
havia já algum tempo. Esta doença deu-lhe a real dimensão da possibilidade quotidiana de morrer, o
que foi fundamental no desenvolvimento de sua obra filosófica /literária. A tuberculose também o
impediu de continuar a praticar um desporto que amava e lhe ensinou tanto: Camus era o guarda-
redes da seleção universitária. Conta-se que era um bom "goleiro". O seu amor pelo futebol seguiu-o
durante toda a vida. Uma das coisas que mais o impressionou quando da sua visita ao Brasil em 1949
foi o amor dos brasileiros pelo futebol. Uma das primeiras coisas que Albert Camus fez ao chegar ao
Brasil foi pedir para que o levassem a ver uma partida de futebol: um pedido bastante incomum para
um palestrante.[carece de fontes?]

Visita ao Brasil
Entre os dias 5 e 7 de agosto de 1949, em visita ao Brasil, Camus foi até
Iguape conhecer a festa em louvor do Senhor Bom Jesus de Iguape,
acompanhado de Oswald de Andrade, Paul Silvestre, um adido cultural
francês, e Rudá de Andrade, filho de Oswald, além do motorista. O grupo
ficou hospedado num quarto do hospital "Feliz Lembrança", porque todos
os hotéis estavam esgotados. Dessa visita surgiu o conto -- um tanto
irónico-- intitulado La Pierre qui pousse (A Pedra que brota), em seu livro
"O Exílio e o Reino",[19] sobre um engenheiro francês d'Arrast em
Albert Camus, desenho passagem por Iguape. A santa imagem, após ser encontrada na praia do
de Petr Vorel Una, na Jureia, em 1647, foi levada à principal fonte do município, onde
deveria ser lavada para remoção da areia e do sal. No local onde está a
pedra que cresce foi construída uma pequena capela abobadada,
popularmente chamada de Gruta do Senhor. Os romeiros, acreditando nos poderes milagrosos da
pedra sobre a qual havia sido colocada a imagem para ser lavada, começaram a retirar-lhe lascas.
Após séculos tendo lascas removidas, porém, a pedra continuava com o mesmo tamanho, dando
origem à lenda da pedra que cresce.[carece de fontes?]

Teatro para os trabalhadores


Sob estas diretrizes, a sua obra (filosófica e literária) tem o absurdo como estandarte. Grosso modo,
os seus livros testemunham as angústias de seu tempo e os dilemas e conflitos já observados por
escritores que o precederam, tais como Franz Kafka e Dostoiévski. A proximidade entre Camus e
estes dois autores evidencia uma cadeia que se estende até os dias atuais, indica a fonte de um
movimento heterogéneo -- abrange arte, teatro, literatura, filosofia -, que poderemos identificar como
a estética do absurdo. Alguns ilustres filiados a este movimento, cujo foco é o absurdo, são eles
Samuel Beckett e Eugène Ionesco.

Mudou-se para a França, em 1939, pouco antes da invasão alemã. Mudou-se principalmente devido
às polémicas com as autoridades francesas na Argélia. O autor havia publicado uma série de ensaios
sobre o tratamento que os árabes recebiam por parte dos franceses na Argélia, pois os árabes não
eram considerados cidadãos franceses e portanto eram subjugados por um governo no qual nem ao
menos podiam votar. Crianças árabes morriam de fome, não tinham atendimento médico. Camus,
nessa época, também fazia parte do Partido Comunista, do qual se desvinculou pouco tempo depois.
A sua esposa e os seus filhos permaneceram na Argélia. Devido à guerra nem Camus pôde voltar à
Argélia, nem sua esposa e filhos puderam ir para a França. Ele ficou em Paris durante o começo da
ocupação nazista, trabalhando num jornal. Devido à censura e à vigilância constante dos nazistas, a
maior parte dos jornalistas franceses muda-se para a região da França de Vichy. Começa a participar
nas ações do Núcleo de Resistência à ocupação, chamado Combat, tornando-se um dos editores do
jornal com o mesmo nome.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus 3/8

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