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técnicas, nos seus processos de manutenção, são de importância vital, e são os fatores que
distinguem empresas com excelência nos Estados Unidos, Europa e principalmente Japão. Fato
bastante conhecido nestes países, nas últimas décadas, e só recente no Brasil a manutenção
industrial constitui-se num permanente desafio tecnológico e, principalmente gerencial. Por mais
surpreendente que possa parecer é mais fácil e mais rápido preparar um técnico ou uma equipe
especializada em um processo tecnológico, do que dotar-se uma organização de manutenção com
recursos gerenciais mais adequados, para que as ações, nas atividades de manutenção, possam ser
mais eficazes e mais eficientes. Mas é factível e mesmo mandatório fazê-lo.
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CAPÍTULO 3 - REF. TEÓRICO: ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO – TESE - Luis Cordeiro 1995
Todo processo sempre tem algum caráter probabilístico associado, traduzido por um teor de
incerteza quanto à previsão de resultados. O universo da manutenção não poderia escapar a esta
regra. Assim sendo, diversos conceitos, corriqueiros e essenciais da manutenção revelam sua
essência probabilística a partir da própria definição. A descrição desses conceitos operacionais,
relacionados com as atividades de manutenção, é apresentada, a partir de estados descritos pela
cadeia de Markov simplificada, na figura 3.20, a seguir:
PBB PFF
PBF = 1- PBB
BOM FALHA
( PB ) PFB = 1- PFF (PF = 1- PB )
Nesta cadeia de Markov estão representados dois estados, um em operação (Estado Bom - B)
e outro em manutenção corretiva (Estado em Falha - F), com indicação das seguintes
probabilidades associadas aos eventos :
PB = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM OPERAÇÃO” - BOM
PF = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM CORRETIVA” - FALHA
PBB = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM OPERAÇÃO” - BOM, e permanecer,
no mesmo, durante um determinado intervalo de tempo.
PBF = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM OPERAÇÃO” - BOM, e mudar para
o estado “ EM CORRETIVA” - FALHA durante um determinado intervalo de tempo.
PFF = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM CORRETIVA” - FALHA e
permanecer, no mesmo, durante um determinado intervalo de tempo.
PFB = Probabilidade do sistema se encontrar no estado “ EM CORRETIVA” - FALHA e mudar
para o estado “ EM OPERAÇÃO” - BOM durante um determinado intervalo de tempo
f(t)
A 1-A = R(∆t)
∆t tempo (TBF/TTF)
F(t)
1 -------------------------------------------------------
R(∆t)
A -------------------
∆t tempo (TBF/TTF)
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f(t)
A= M(∆t)
∆t tempo (TTR)
F(t)
1 -------------------------------------------------------
M(∆t ) -------------------
∆t tempo (TTR)
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represente o estado do sistema e se, X(t) = 1 representar o sistema em operação (B) no instante t, e
se X(t) = 0, o sistema não disponível (F),implica, pela definição que A(t) = P (X(t)=1). Conclui-se,
naturalmente, que a disponibilidade é função da confiabilidade (PBB) e mantenabilidade (PFB),
sendo, para o caso particular da cadeia de Markov simplificada anterior, dada por A = MTBF/
(MTBF + MTTR). Portanto no seu conceito define-se claramente a disponibilidade e evidencia-se
esta como o elo de ligação entre a manutenção e a operação mostrando uma relação íntima e o
objetivo comum entre estas duas funções. De uma maneira geral as avaliações de disponibilidade
são de duas espécies:
a)Avaliação de Segurança: Relativa aos sistemas de produção, onde as falhas permanecem ocultas
e só se revelam quando o sistema for testado (prevenção) ou acionado (solicitações).
b)Avaliação de Produção: Onde as falhas são reveladas em tempo real e resultam numa alteração
da condição operacional.
Mantenab.
(MTTR)
80% Disp.
90% Disp.
95% Disp
A
Confiabilidade-1 ( λ = 1/MTBF)
Convém salientar que com a competitividade mundial e conseqüente busca pela qualidade
total, hoje existentes, já se pode observar uma elevação da confiabilidade (melhoria da qualidade
intrínseca) e equipamentos mais fáceis de manter, sem sensível elevação dos gastos, seja no
investimento, seja na infra-estrutura de manutenção, principalmente no que concerne a industria
eletrônica.
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OBS.: Poderia-se estabelecer um novo estado, na cadeia de Markov anterior, que representaria o
sistema em operação (disponível), porém com degradação da qualidade de serviço.
V) EFICÁCIA: É definida como a obtenção dos resultados, é fazer aquilo que deve ser feito (o
que), é fazer as coisas certas, alcançando-se assim os objetivos desejados. È medida pela relação
resultados obtidos/resultados desejados.
VI) EFICIÊNCIA: É fazer da melhor maneira possível, é fazer certas as coisas, significa fazer
bem feito (como). È fazer com a maior relação resultados/insumos.
VII) CUSTO: É função de pessoal, energia, reserva técnica, equipamentos de suporte e ferramental,
apoio logístico e estrutura de gerenciamento e planejamento, bem como do investimento inicial do
sistema, correspondendo assim ao LCC (do inglês, Life Cycle Cost), ou seja o custo do ciclo de vida
útil do equipamento/sistema.
IX) MANUTENÇÃO:
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“Conjunto de ações destinadas a manter ou recolocar um item no estado no qual pode executar sua
função requerida”.
Observa-se que estas definições “esquecem” o aspecto econômico, preocupando-se somente com
atividades executivas. Existe uma lacuna “preenchida” pelo documento de introdução na AFNOR
(X 60-000),que comenta “boa manutenção é assegurar essas operações a um custo global
otimizado”. Verifica-se, em geral, como já foi comentado, a cultura de que a manutenção é
simplesmente uma atividade executiva. Estas definições mostram uma visão preocupada somente
com a função manutenção, não dando-se ênfase a primazia pelo sistema e/ou processo. Uma
definição de Manutenção mais completa deveria ser:
X) ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
• As tarefas diversas são atividades em que a manutenção exerce ações, em sua maioria, de pré-
operacional, como: treinamento, acompanhamento de implantação de novos equipamentos e
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A figura 3.26 (KELLY, 1980, com algumas alterações) ilustra um modelo geral de um
sistema de produção simplificado.
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PRIORIZAÇÃ O
FABRICA PRODUZINDO
FALHAS
(TTF'S)
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a) Especificação não conforme: Falta de visão sistêmica, bem como uma especificação sem
participação dos órgãos responsáveis pelo setor produtivo (Pós operacional - Manutenção e
Operação) podem trazer, em conseqüência, falhas que deveriam ser eliminadas utilizando o
conhecimento desses órgãos (aprendizado com o sistema), além de problemas de compatibilização
com outros sistemas dependentes.
b) Projeto inadequado: Falta de robustez e mal dimensionamento das peças, locais de difícil
acesso e/ou circulação, componentes ou partes difíceis de serem trocadas, induzindo à trocas
errôneas, sistema de segurança em local inadequado, peças não padronizadas que causam esforços
ou sobrecargas inadequadas reduzindo-se o rendimento e vida útil do equipamento, introduzindo
falhas adicionais ao sistema e/ou equipamento.
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certa previsibilidade, para as quais devem ser estruturadas a organização e administração dos
recursos humanos e materiais de suporte e atendimento.
Portanto deve ficar claro que a mantenabilidade começa desde a concepção do equipamento,
na sua especificação, bem como tecnologia do produto, pois a ergonomia define as facilidades de
manutenção do equipamento (interface homem X máquina); a função para o qual o mesmo foi
concebido; sua confiabilidade, assim como os procedimentos de manutenção corretiva e sua
filosofia de ação a posteriori. Por exemplo: se na concepção definiu-se que o equipamento é
descartável (irreparável) então a ação de manutenção corretiva será de substituição; por outro lado
se os módulos forem reparáveis será necessário preparar o apoio logístico para função reparo, pois
se necessitará da mesma após ação de manutenção corretiva, etc. Ver-se por exemplo o caso de
aviação, onde a vantagem de se investir em uma alta confiabilidade, bem como as ações
preventivas, é de fundamental importância para que as manutenções corretivas (mantenabilidade)
fiquem, obviamente, em pequenos reparos que não interferem na sua disponibilidade operacional.
Também o projeto do sistema implantado define a topologia do sistema que vai influenciar
diretamente nas ações envolvidas. Ver-se então a natureza mutidimensional da mantenabilidade.
Deve-se utilizar as informações nas ações de mantenabilidade como um sistema adequado de
aprendizagem, que consiste em reunir e divulgar estas informações sobre problemas detectados,
principalmente os mais significativos para se chegar a um nível ótimo de manutenção de um sistema
em funcionamento. Como também deve-se dar retorno aos fabricantes para que estes possam buscar
melhorias na confiabilidade em seus novos produtos (Controle Inicial), pois só desta forma poderia-
se conseguir resultados satisfatórios numa abordagem terotecnológica.
Como já descrito anteriormente, as unidades produtivas, quanto às condições operacionais,
podem se situar nos seguintes estados (KELLY, 1980):
DISPONÍVEIS INDISPONÍVEIS
EM CORRETIVA (REPARO)
EM PRODUÇÃO/
SERVIÇO EM ESPERA
EM MANUT. PROGRAMADA
Tabela 3.5 - Condições operacionais.
Uma vez que o grau de confiabilidade é um compromisso de custos nos estágios pré-
operacionais, deve-se esperar um certo nível de falhas e, portanto de indisponibilidade, devendo-se
organizar uma estrutura e gerenciamento adequado para atender a esta demanda. Na prática o nível
de falhas é muito maior que o esperado (ou aceitável). Essas falhas adicionais, conforme já
comentado, são devidas às deficiências no projeto, instalação, testes, filosofias de manutenção
programadas inadequadas, má operação e até falhas humanas e métodos, causando retrabalhos. A
organização da manutenção deve portanto estabelecer o nível, a composição e a distribuição dos
recursos, a estrutura administrativa e os sistemas de planejamento do trabalho, todos necessários
para conduzir as cargas de trabalho preventivo e corretivo de forma mais eficiente possível, ou seja,
além da capacidade de se projetar um sistema, para um nível pré estabelecido de confiabilidade, é
também necessário e desejável estimar o tempo e os recursos de atendimento as manutenções
corretivas (Mantenabilidade). O controle dos trabalhos é uma função da organização da
manutenção, cujo objetivo consiste em harmonizar os recursos humanos, capacitados e adequados a
execução da manutenção, os sobressalentes, o apoio logístico, métodos atualizados, etc. Nesta
função se constitui de uma fundamental importância a capacidade de detectar, analisar e resolver
problemas, diagnosticando as causas e resolvendo definitivamente os problemas. As atividades de
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a) ESTUDO DE MÉTODOS.
2-Organizacional: Esta com uma influência significativa da técnica, que consiste nos
procedimentos e métodos da administração dos processos vendo toda interação homem, máquina,
material, método e meio ambiente, aperfeiçoando a organização integrada e o planejamento.
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c) TREINAMENTO
Para a execução de qualquer atividade, por mais simples que seja, é necessário treinamento.
Falar que a manutenção necessita de treinamento, seja especializado (conhecimento) ou
principalmente de melhoria de habilidades para que se possa ter um melhor desempenho, é um
fato, mas afirmar que todos os indivíduos envolvidos em manutenção estão exercendo o seu papel
de forma adequada é outro. Uma frase que nunca esqueço, sempre colocado pelo orientador desta é
“Nada mais prático do que uma boa teoria”. “Nada substitui o conhecimento”, já dizia o sábio do
século XX, W.E. DEMING(1990), com uma ênfase bem peculiar à sua maneira de ser, como
também acrescentava : “O Tempo e Dinheiro investido em treinamento, retreinamento e formação
serão ineficazes a menos que os fatores (atitudes) que inibem o trabalho bem feito sejam
removidos”.
ENTRADA SAÍDA
1 2 3 4 5 6
A B C D E F
PONTO DE TESTE
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Neste tipo de treinamento é utilizado técnicas com representações gráficas tais como:
diagrama em blocos, fluxogramas, algoritmos, diagrama funcional, tabela de decisões, etc. Deve ser
enfatizado, nas especificações técnicas, que tanto condições ergonômicas de realização de testes e
substituição de componentes integrantes do equipamento, como documentação de diagnósticos de
falha devem ser preparadas como parte integrante do estágio de treinamento, e não servir como
parte a ser elaborada a posteriori, e sem treinamento específico, somente na experiência do
executor. Com esta exigência tenta-se minimizar tempos de localização e eliminação de defeitos
com a finalidade de melhorar a eficiência do atendimento às manutenções corretivas.
Deve ser usada de forma mais econômica centralizando-se e concentrando-se ações nas
atividades mais importantes e mais urgentes, formando-se uma base para execução de outras
atividades, mas deve-se buscar, em caso de necessidades, uma integração e formação de equipes
mistas para a formação de uma força tarefa, racionalizando-se recursos humanos para a obtenção de
uma melhor eficiência.
Vê-se que a organização da manutenção passa necessariamente por uma estratégia de
planejamento, onde o plano de manutenção tem como objetivo estabelecer uma rotina adequada,
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fornecendo diretrizes para a manutenção corretiva (Ver figuras 3.29 e 3.30). Deve-se deixar bem
claro que as ações executadas antes da ocorrências de falhas são ações programadas, enquanto as
efetuadas após são consideradas corretivas. Este trabalho dedica-se exclusivamente às segundas
ações, não obstante considere relevante o planejamento da manutenção (BARROS, 1993), que se
refere ao plano de manutenção programada, chamando à atenção que, para o estabelecimento
adequado de ações corretivas é essencial a formulação de diretrizes que orientem a tomada de
decisão após a ocorrência de uma falha (modelo de decisão prescritivo), além de se estabelecer um
modelo de avaliação adequado para a tomada de decisão no que se refere a ações gerenciais para
melhoria da capacidade de execução dessas manutenções.
VALOR
Qualidade de Serviço
Esforço da Manutenção
tempo (t)
VALOR
Qualidade de Serviço
Esforço da Manutenção
tempo (t)
i) SUPRIMENTO
j) FERRAMENTAS/INSTRUMENTAIS
l) OFICINAS DE REPARO
Devem ter localizações otimizadas, instalações ergonômicas com espaço suficiente e bem
dimensionadas para a demanda prevista, com registros e controle de estoques de componentes e
sobressalentes cuidadosamente examinados e facilmente acessados em caso de necessidades.
Manter disponibilidade de materiais e peças sobressalentes, novas e recuperadas, em quantidade
suficiente para reduzir o risco de estoque. Deve-se ter uma equipe de alto gabarito técnico, inclusive
para dar apoio emergente e adicional às equipes de execução de manutenções em instalações; bem
como, quando necessário, buscar estratégias de descentralização para reduzir o tempo de reparo e
melhorar a eficiência.
Deve-se estabelecer uma central de atendimento para usuários/clientes dos serviços e/ou
produtos para que as solicitações destes sejam tratadas, filtradas, priorizadas e enviadas para serem
executadas, com o objetivo de organizar as atividades a serem executadas pela manutenção no
atendimento às reformas e perdas do serviço devido à degradações ou falhas.
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n) PLANEJAMENTO
Deve ser estabelecido para compatibilizar as execuções das manutenções programadas, com
as disponibilizações das equipes de manutenção e as necessidades dos usuários nos sistemas
/equipamentos onde serão executadas estas manutenções. Em particular verificar nesses serviços as
previsões a respeito da disponibilidade dos equipamentos e sistemas, estabelecendo as condições
para garantir os limites negociados previamente. Como também estabelecer as atividades de
engenharia de manutenção para avaliação da eficiência nas execuções das atividades de
manutenção. Faz parte, do planejamento, verificar concorrências das atividades programadas com as
corretivas aleatórias e tarefas diversas, separando o que e quando deve ser feito, analisar as tarefas
para determinar os melhores métodos, indicar compras de material, ferramentas e instrumental,
análise e apropriação dos tempos e movimentos, e definir atribuições e responsabilidade sobre as
atividades de manutenção.
o) SISTEMA DE INFORMAÇÕES
Para tornar mais eficiente os serviços prestados pela manutenção deve-se fazer
periodicamente auditorias de qualidade, onde o intuito é construtivo, tentando-se encontrar e
eliminar causas de problemas detectados, jamais com o intuito de punir funcionários que as vezes
cometem erros porque seus administradores, que os punem, foram os verdadeiros culpados (causas).
A auditoria se faz necessária para o atingimento do nível de eficiência desejada e deve ser feita por
pessoas que entendam do processo mas que não participam diretamente ou executam atividades
dentro dele. Na manutenção deve-se fazer auditorias nas seguintes áreas/atividades: organização,
planejamento, sistema de informações, principalmente no que se refere a consistência de dados,
carga de trabalho das equipes, produtividade, custos, instalações e remanejamentos de
equipamentos, materiais e sobressalentes, etc.
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r) PROJETOS/EXPANSÃO
Do ponto de vista da manutenção, a expansão deve ter como objetivo projetar e comprar
equipamentos e sistemas confiáveis, dentro de níveis especificados, bem como, que estes possam
ser mantidos no menor tempo (facilidade/ergonomia - alta mantenabilidade), ao menor custo, e com
a mínima despesa de recursos de suporte, sem afetar adversamente as características de desempenho
e segurança. Surge, então, a necessidade de integração da exploração (manutenção e operação) e
expansão, principalmente no que se refere à especificação técnica, integralizando toda experiência
profissional das equipes de operação e manutenção em futuras aquisições, para que erros não sejam
repetidos e, desta forma, se introduzir melhorias no processo aquisitivo. Pois somente com este
procedimento o projeto ficará em conformidade com às especificações operacionais.
s) CUSTOS
CUSTO TOTAL
CUSTO DIRETO
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CUSTO INDIRETO
Q0 QUANTIDADE DE RECURSOS
1- identificar as áreas de alto custo nos setores produtivos, sob forma de administração por exceção.
2- acompanhar a tendência e medir os resultados da administração da manutenção
3- Fornecer informações para apoio à decisão.
4- facilitar o planejamento de custos (programa de orçamento).
Deve-se também separar o custo fixo Cf, e o custo variável Cv, nas atividades de manutenção.
O custo fixo Cf (MARTINS, 1990) é função dos gastos permanentes (salários e encargos) com
pessoal, transportes (manutenção e seguro), energia, apoio logístico e outros em que são “fixos” e
não dependem do volume das ações de manutenção. O custo variável é função do volume de ações
de manutenção como gastos de viagem, combustível, horas extra, treinamentos e reciclagens, entre
outros. Estes custos podem ser rateados nas diversas atividades de manutenção como: corretivas,
programadas, tarefas diversas e reparo.
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