Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Postcosecha
ISSN: 1665-0204
rebasa@hmo.megared.net.mx
Asociación Iberoamericana de Tecnología
Postcosecha, S.C.
México
Assunção Alves, Marta; Mendonça de Souza, Andréa Carla; Gamarra-Rojas, Guillermo; Barbosa
Guerra, Nonete
Fruto de palma [Opuntia fícus-indica (L) Miller, Cactaceae]: morfologia, compocicão química, fisiologia,
índices de colheita e fisiologia pós-colheita
Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 9, núm. 1, 2008, pp. 16-25
Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.
Hermosillo, México
RESUMO
A Opuntia fícus-indica (L) Miller é um fruto cultivado na América tropical e subtropical e nos países mediterrâneos,
ainda pouco conhecido e utilizado, no Brasil, como alimento humano. Na Europa e Estados Unidos é bastante
consumido. Apesar de sua valorização no mercado internacional e natural aptidão para se desenvolver em climas
xerófilos, o cultivo da O. fícus-indica (L) Miller para produção de frutos é ainda incipiente no Brasil, face ao
desconhecimento de sua potencialidade como frutícola. Para preencher a lacuna foi realizada esta revisão sobre as
características morfológicas, composição química, fisiologia, índices de colheita e fisiologia pós-colheita das
espécies cultivadas no Brasil. Trata-se de fruto não climatérico, com baixa atividade metabólica, cujo ciclo de
desenvolvimento ocorre entre 70 e 100 dias após a floração; sua porção comestível, 45% do total, apresenta
características organolépticas suaves e agradáveis e valor nutricional similar ao da maioria dos frutos, sendo
também considerado uma boa fonte de Ca, P, Mg e K; os danos físicos, por causa do manejo pós-colheita, são
apontados como principal causa da deterioração, principalmente os decorrentes da remoção dos gloquídeos. Na
dependência da variedade, apresenta excepcional tolerância a baixas temperaturas. É, portanto, viável o cultivo
desses frutos exóticos, no país, para consumo no mercado interno e para exportação. Contudo, há necessidade de
implementar pesquisas com as variedades mais cultivadas no país, para aprofun os conhecimentos e possibilitar
que seu consumo se torne habitual para a população.
ABSTRACT
Opuntia fícus-indica (L) Miller is a fruit cultivated in tropical and subtropical America and in the Mediterranean, but
little known in Brazil as human food resource. It is largely consumed in Europe and in the United States. Despite
its high international value and natural ability to grow in xenophile environments, O. fícus-indica (L) Miller
cultivation for fruit production is still rudimentary in Brazil due to the lack of knowledge of its potentials. To fill this
gap, this paper revisited its morphological characters, chemical composition, physiology, harvest rates and post-
harvest physiology of the Brazilian cultivated species. It is a non climacteric fruit with low metabolic activity, which
development cycle takes place between 70 and 100 days after bloom; the edible portion corresponds to 45% of
the fruit, with smooth and pleasant organoleptic characteristics and nutritional value similar to most fruits, being
also considered a good Ca, P, Mg and K supply; physical damage due to post-harvest mishandling are the main
cause of deterioration, especially those resulting of the removal of the prickles. Depending on the variety, it shows
exceptional tolerance to low temperatures. Thus, it is feasibly cultivated in Brazil, both for domestic consumption
and export. However, improved researches with the most widely cultivated varieties in the country are necessary
to enhance knowledge and make it available to ordinary consumption.
1 1 2 2 1 2 1 2 2 1
COMPONENTE Medina Cerezal Coelho Manica Sáenz FA Sepúlveda Franco Sawa Bicalho
et al. (2002) (2000) O & Sáenz (1995) ya et
et al. & Duarte &
(2004) 200 (1990) al.
(2007) et al. Penteado
1 1983
(2005) (1981;
1982)
Lipídios (%) 0,50 0,23 0,09 – 0,7 0,7 0,10 0,12 0,96
Bleinroth, E. W. 1988. Determinação do ponto tuna during storage. In: Annual Texas
de colheita das frutas. Tecnologia de pós – Prickly Pear Conference, 3, 1992, Texas.
colheita de frutas tropicais. Campinas. Pp. Proceedings... Texas, McAllen. pp.9-21.
1-32. Franco, G. 1995. Tabela de composição de
Bicalho, U. O.; Penteado, M. V. C. 1982. alimentos. Atheneu, São Paulo. pp.307.
Estudo do fruto e do artículo da Opuntia Franco, S. C.; Veloz, C. S. 1985. Conservación
ficus-indica (L) Miller cultivada em Valinhos- en refrigeración de dos variedades de
SP: II-Características bioquímicas. Revista tunas. Horticultura Mexicana. 1:6-13.
de Farmácia e Bioquímica da Universidade García, J. C. 2000. Fisiología y tecnología
de São Paulo. 18: 68-74. postcosecha del fruto de tuna y del nopal
_____.Estudo do fruto e do artículo da Opuntia verdura. Chapingo. pp.47.
ficus-indica (L) Miller cultivada em Valinhos- García, J. C. 2003. Fisiología y tecnología
SP: I-Características bromatológicas. poscosecha de la tuna y el napolito. In:
Revista de Farmácia e Bioquímica da García, J. C.; Valdez, C.A.F. (Eds). Nopalitos
Universidade de São Paulo. 17:93-101. y tunas: producción, comercialización,
Cantillano, R. F. F. 1991. Armazenamento poscosecha e industrialización. Chapingo.
refrigerado de frutas e hortaliças: pp.117-152.
importância da transpiração. Horti Sul. 1: García, J. C.; Rodríguez, J. A.; Cruz, E. B.
23-31. 1997. Response of six cultivars of tuna
Cantwell, M. 2001. Manejo pós-colheita de fruits to cold storage. Journal of the
frutas e verduras de palma forrageira. In: Professional Association for Cactus
Barbera, G.; Inglese, P.; Pimienta-Barrios, Development.
E. Agroecologia, cultivo e usos da palma Garcia, J. C; Silva, J. L. H. 2005. Cambios en la
forrageira. FAO/ Sebrae. pp.123–139. calidad postcosecha de variedades de tuna
Cantwell, M. 1995. Postharvest management of con y sin semilla. Revista Fitotecnia
fruits and vegetables stems. In: BARBERA, Mexicana. 28:9-16.
G.; INGLESE, P. Y PIMIENTA-BARRIOS, E. Garcia, J. C.; Valdez, C. A. F. 2003. Nopalitos y
(Eds). Agroe-cology, cultivation and uses of tunas: producción, comercialización,
cactus pear. FAO. p.120-143. (Plant poscosecha e industrialización. Chapingo.
Production and Protection Paper, 132). pp.225.
Cereza, P.; Duarte, G. 2005. Utilización de Garcia, J. C.; Valdez, C. A. F. 2000.Tendencias
cáscaras en la elaboración de productos actuales y futuras en el procesamiento del
concentrados de tuna (Opuntia ficus-índica nopal y la tuna. Chapingo. pp. 59.
(L.) Miller). Journal of the Professional Glass, V. 2005. Figo-da-índia: sabor entre
Association for Cactus Development. 7: 61- espinhos. São Paulo. Seção Reportagens.
83. Disponível em:
Coelho, R. R. P.; Ferreira-Neto, C. J.; <http://globorural.globo.com/edic/185/rep_
Figueirêdo, R. M. F.; Queiroz, A. J. M. 2004. figoa.htm >. Acesso em: 25 abril 2005.
Características físicas e físico-químicas do Guerra, N. B.; Alves, M. A.; Tavares, M. O. de
fruto da palma cultivados na região do C.; Dutra, P. R. S. 2006. Frutas tropicais.
Curimataú paraibano. In: Congresso In: Guerra, N. B.; Faro, Z. P. De; Pires, E.
Brasileiro De Ciência E Tecnologia De Mª De F.; Salgado, S. M.(Eds.). Manual
Alimentos, 19, 2004, Recife. Anais para processamento de frutas. Editora
eletrônicos. Recife. CD-ROM. Universitária, Recife. pp.106.
Esquivel, P. 2004. Los frutos de las cactáceas y Inglese, P.; Basile, F.; Schirra, M.. 2002.
su potencial como matéria prima. Cactus pear fruit production. In: Nobel, P.
Agronomia Mesoamericana. 15:215-219. (ed.) Cacti: biology and uses. University of
FAO. 2001. Agroecologia, cultivo e usos da California Press, Berkeley. pp.163-183.
palma forrageira. João Pessoa. pp. 216. Kader, A. A. 2005. Cactus (Prickly) pear:
Félix, A.R.; Salas, M.I.G.; Valdez, H.S.; recommendations for maintaining
Gramont, M. I.S. 1992. Efects of postharvest quality. California: Postharvest
postharvest treatments on the quality of