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2012
i
ii
Tadeu Filippelli
VICE-GOVERNADOR
EQUIPE TÉCNICA
iv
EQUIPE TÉCNICA
v
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
REENDEDOR 2
4 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO
CO AMBIENTAL 9
5 PROGNÓSTICO AMBIENTAL
AMBIENTA 39
6 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
IMPACTO E MEDIDAS MITIGADORAS 60
MATRIZ DE IMPACTOS 62
6.2 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE PLANEJAMENTO 84
LICENCIAMENTO E COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 84
REGULARIZAÇÃO DAS TERRAS 84
MEDIDAS PREVENTIVAS DE IMPACTOS OU OTIMIZADORAS DOS BENEFÍCIOS ESPERADOS 84
6.3 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE INSTALAÇÃO 84
ASPECTOS CLIMÁTICOS 85
ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS 85
INTERFERÊNCIAS COM RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS 87
IMPACTOS POTENCIAIS RELATIVOS ÀS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 88
IMPACTOS SOBRE A FLORA E FAUNA 88
6.4 MEDIDAS PREVENTIVAS DOS IMPACTOS OU OTIMIZADORASDOS BENEFÍCIOS ESPERADOS 89
6.5 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE OPERAÇÃO 90
IMPACTOS SOBRE O MEIO SOCIOCULTURAL 90
DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA REGIONAL E DO MERCADO DE TRABALHO 91
ALTERAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO 91
EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO 91
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 92
6.6 MEDIDAS PREVENTIVAS DOS IMPACTOS OU OTIMIZADORASDOS BENEFÍCIOS ESPERADOS 92
6.7 IMPACTOS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 92
CORREDORES ECOLÓGICOS 94
OBJETIVO 102
ATIVIDADES 103
7.8 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL 104
JUSTIFICATIVA 104
OBJETIVOS 104
ATIVIDADES 104
7.9 PROJETO DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL 105
JUSTIFICATIVA 105
ATIVIDADES 105
7.10 PROJETO DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA 105
OBJETIVO 105
ATIVIDADES 106
7.11 PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA
ASSISTÊNC À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 107
JUSTIFICATIVA 107
OBJETIVOS 107
ATIVIDADES 107
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FICA 115
viii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à
regularização fundiária de área denominada Setor Habitacional Ponte de Terra
(SHPT), situado na Região Administrativa do Gama – RA II.
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Nome: Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap)
CNPJ: nº 00.359.877/0001-73
o
Figura 2 - Zoneamento do Setor Habitacional Ponte de Terra, conforme PDOT/2009 e ADIN n 2009.00.2.017.552-9.
6
Figura 4 – Localização do Setor Habitacional Ponte de Terra em relação às Unidades de Conservação e Áreas de Preservação de Mananciais.
8
Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo qualificado como um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio do qual a Administração
Pública controla e fiscaliza as ações dos administrados.
A Área de Influência Indireta (AII), para o meio físico, foi definida como a área da bacia
hidrográfica, onde se encontra o Setor. Neste trabalho, serão utilizadas como AII, as
sub-bacias hidrográficas dos córregos Ponte de Terra e Olho D´Água.
Para o diagnóstico ambiental do meio biótico, considerou-se a AID como a área da
poligonal do Setor Habitacional Ponte de Terra, incluindo a cabeceira do córrego
Ponte de Terra. Para a AII foram consideradas as sub-bacias hidrográficas dos
córregos Ponte de Terra e Olho D´Água, potenciais corredores ecológicos bem como,
as Áreas de Proteção de Mananciais Ponte de Terra, Olho D´Àgua, a área do Cindacta
I e as áreas de realização do inventário florístico, uma vez que o estudo contemplou
fragmentos de Cerrado localizados em outras bacias hidrográficas, cuja caracterização
se mostrou relevante para o cálculo da compensação florestal.
Para o meio antrópico, a AID corresponde à área do empreendimento e toda a Região
Administrativa do Gama. A AII contempla a Regiões Administrativas do Recanto das
Emas (RA-XV) e Riacho Fundo II (RA-XXI), por serem áreas limítrofes ao
empreendimento e possuírem relação mais próxima de fluxo e vivência dos moradores
da região
Geologia
No âmbito da Unidade Hidrográfica do Alagado/Ponte Alta, ocorrem rochas do Grupo
Paranoá, xistos do Grupo Araxá, e coberturas detrítico-lateríticas do Terciário
Quaternário.
Unidade MNPpq3
A Unidade Q3 é composta por rocha rica em quartzo com grânulos finos a médios,
brancos a rosados, bem selecionados. Esta unidade é responsável pela manutenção
do relevo elevado, marcando as bordas das chapadas no DF. Esse fato é justificado
devido ao alto grau de silicificação, o que dificulta o intemperismo e alterações pelos
agentes externos. Ressalta-se que esta unidade ocorre somente no emissário do
lançamento de drenagem pluvial.
Unidade MNPpr4
A Unidade R4, denominada de metarritmito argiloso, é rocha predominantemente
argilosa; apresenta intercalações delgadas e regulares de rocha rica em quartzo. As
camadas individuais são de poucos centímetros, porém localmente podem aparecer
camadas de até 50 cm de quartzitos e de 30 a40 cm de pacotes argilosos.
Relevo
O relevo na região do Setor Habitacional Ponte de Terra é suave com declividade
variando entre 0% a 5%, típica do Domínio de Chapada (ANEXO – MAPAS –
VOLUME V - MAPA 09 – Mapa Geomorfológico – Área de Influência Indireta, II e
MAPA 10 – Mapa Geomorfológico – Área de Influência Direta)
Solos
Na área de estudo, ocorrem Latossolos, variedades Vermelho (Figura 6), Vermelho-
amarelo (Figura 7) e Solos Hidromórficos Indiscriminados, atualmente denominados
Gleissolos (Figura 8) (MAPA 14 – Mapa Pedológico – Área de influência Direta).
Os Gleissolos são solos saturados em água e mal drenados, pouco profundos, muito
argilosos. São solos de consistência plástica e pegajosa. Normalmente, são solos de
estrutura maciça bem coerente. No que se refere a seus aspectos geotécnicos, estes
solos apresentam suscetibilidade à erosão média a baixa.
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Hidrografia
O SHPT está inserido na Região Hidrográfica do Paraná. Esta Região Hidrográfica é
responsável pela maior área drenada do Distrito Federal e ocupa, aproximadamente,
uma área de 3.658 km². É constituída pelas Bacias Hidrográficas do rio São
Bartolomeu, do Lago Paranoá, do rio Descoberto, do rio Corumbá e do rio São
Marcos. Por ter a maior área de drenagem, cerca de 64% de toda porção territorial do
Distrito Federal, a Região Hidrográfica do Paraná é de suma importância para a
região, pois nela estão localizadas todas as grandes áreas urbanas e todas as
captações de água para o abastecimento público.
Os Índices de Qualidade da Água – IQA obtidos tanto para a estação Alagado como
para a estação Ponte Alta indicam qualidade de água de RUIM a MÉDIA para
abastecimento público.
Águas Subterrâneas
A área em estudo, por interferir diretamente com Áreas de Proteção de Manancial,
apresenta como fator importante para sua ocupação a preservação das águas
subterrâneas.
Para o caso do Distrito Federal, o cruzamento das informações contidas nos mapas
geológico, geomorfológico, pedológico e de riscos de contaminação das águas
subterrâneas possibilita a classificação da área em estudo, como área de recarga, que
devem ser preservadas. As principais áreas foram identificadas, em caráter preliminar,
17
Figura 13 - Ocorrência de espécies do grupo Pteridófita na Mata de Galeria do córrego Ponte de Terra.
Figura 14 - Presença de cipós e trepadeiras em trecho da Mata de Galeria do córrego Ponte de Terra.
Compensação Florística
O cálculo para quantidade de mudas para a realização da compensação florística de
acordo com o que preconiza o Decreto n° 14.783/1993 , foi baseado no inventário
florístico realizado no entorno da área de estudo. Segundo os cálculos realizados será
necessário o plantio de 3.114.619,00 (três milhões cento e quatorze mil seiscentos e
dezenove) mudas de espécies nativas.
Fauna
Durante as amostragens de campo, foram registradas na área de influência direta
(AID): 23 espécies de anfíbios e 27 de répteis, totalizando 50 espécies da
herpetofauna, sendo a maioria registrada como de provável ocorrência. Para a
avifauna, registrou-se um total de 80 espécies, o que corresponde a aproximadamente
28% do total de 281 espécies esperadas para toda a região de estudo, distribuídas em
38 famílias.
O habitat de Mata de Galeria foi o que apresentou a maior riqueza de espécies, para
todos os grupos (116 espécies), com 25 espécies de mamíferos (78%), 48 espécies de
22
aves (60%) e 37espécies da répteis (74%), seguido pelo Campo Sujo com 14 espécies
da mamíferos (44%), 32 espécies da aves (40%) e 26 espécies da répteis (52%) e
pela área urbanizada com 9 espécies da mamíferos (28%), 21espécies da aves (26%)
e 11 espécies da répteis (22%).
Unidades de Conservação
Figura 17 – Localização das Unidades de Conservação ( raio de influência do Setor Habitacionais Ponte de Terra – Resolução nº 428/2010)..
24
A Região Administrativa do Gama (RA II) foi criada pela Lei nº 4.545,
4.545 de 10 de
dezembro de 1964. A área urbana do Gama foi planejada em formato hexagonal, e
está dividida em seis setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria.
Internamente, as quadras possuem formato triangular com um número médio de 96 a
100 lotes e um setor comercial.
A área rural é formada pelo Núcleo Rural Monjolo, Colônia Agrícola Ponte Alta e
Córrego Crispim, Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo e Ponte Alta Norte e Alagado.
(DISTRITO FEDERAL, 2004, 2011a). Parte da área rural do Gama está seguindo a
tendência de parcelamento de fazendas e chácaras em condomínios horizontais com
características de habitações urbanas dando nova configuração às cidades.
60,467 66,654
Feminino
Masculino
Figura 18 - População do Gama de acordo com o gênero, 2011 (Fonte: Pesquisa Distrital por Amostra de
Domicílios (PDAD):Gama, 2011. Codeplan, Distrito Federal).
A renda per capita da população ocupada do Gama foi estimada em R$1.109,00, que
seria atualmente equivalente a dois salários mínimos. A renda domiciliar estimada foi
de R$3.549,00, que seria atualmente equivalente a seis e meio salários mínimos.
Equipamentos Públicos
Em 2007, como parte do projeto de expansão da Universidade de Brasília, o Gama
recebeu uma unidade do campus universitário com enfoque em tecnologia oferecendo
cursos de graduação e pós-graduação.
Em 2008, existiam 42 unidades escolares públicas em zona urbana nas quais estão
distribuídas 706 salas de aula. A zona rural apresentava seis unidades escolares
públicas, com um total de 37 salas de aulas.
Além das unidades regulares de ensino, o Gama conta com uma Biblioteca Pública e
um Centro Interescolar de Línguas. O Gama apresenta um hospital com 510 leitos
operacionais, além de três postos de saúde, sendo um em zona urbana e dois em
zona rural; sete centros de saúde; 51 clínicas básicas; e 63 clínicas especializadas.
Foram realizadas, em 2009, um total de 623.125 consultas, cerca de 2.161 cirurgias
eletivas e 2.245 cirurgias emergenciais.
No que tange à segurança pública, há duas Delegacias de Polícia (14ª DP e 20ª DP),
um Posto da Polícia Civil, um Posto de Identificação, 14 Postos da Polícia Militar e
uma Penitenciária Feminina. Esta se localiza no Setor Leste do Gama e é destinada à
1
http://www.der.df.gov.br/sites/200/232/00000821.pdf, acesso em 19 de julho de 2011.
2
http://www.horarios.dftrans.df.gov.br/resultado.php, acesso em 19 de julho de 2011.
26
Os moradores mais antigos na área relatam que os 786,52 ha situados na Zona Rural
do Gama, denominada de Ponte Alta Norte, era uma grande fazenda, cujo dono dividiu
e repassou aos seus herdeiros. Estes, por sua vez, sem intenção de utilizar
produtivamente a terra, dividiram-na em glebas ainda menores, na grande parte, entre
8 ha a 2 ha (um módulo rural) e venderam a terceiros. Os documentos que
“comprovam” a passagem destes bens para os novos compradores são títulos de
propriedade registrados em cartórios de dois municípios goianos: Abadiânia e
Luziânia.
Por sua vez, os proprietários das terras de 8 ha a 2 ha, em alguns casos maiores que
isso, parcelaram em lotes de 800 m², portanto, mudando a característica rural do local
para urbana. Os primeiros parcelamentos surgiram entre 1995 e 1996 e, até hoje, as
ofertas de venda estão disponíveis em anúncios de jornais, imobiliárias, cartazes,
faixas. Foram e são vendidos com o nome de “condomínios”, com as garantias
comuns a esse tipo de propriedade: segurança, tranquilidade, proximidade ao Gama
etc.
Em meio a este novo padrão de ocupação, situado na Zona Rural Ponte Alta Norte,
restam alguns poucos módulos rurais, ou propriedades de 2 ha, utilizados para festas
ou para o lazer de famílias que vivem em outras cidades do Distrito Federal ou mesmo
no Gama.
O SHPT está definido pelo PDOT 2009 como uma Zona Urbana de Uso Controlado II.
No interior de sua poligonal e fazendo limites com ela há duas áreas que o PDOT
define como “Vácuos Normativos”. Outra faixa vizinha é uma Zona Urbana de
Expansão e Consolidação e todo o resto constitui Zona Rural de Uso Controlado. Há
uma faixa de Área de Proteção Permanente diretamente relacionada a uma parte do
setor, justamente a cabeceira de um rio, com ocupações muitos próximas.
A poligonal da área está situada dentro da APA do Planalto Central e ainda possui
duas Áreas de Proteção de Manancial (APM): a APM Ponte de Terrae a APM Córrego
Olho D’Água. Apesar de essas APMs comporem a poligonal, o local está definido
como Zona Urbana de Uso Controlado II, o que indica suscetibilidade ambiental a ser
observada neste processo de regularização, que por sua vez conduz à necessidade
de observância quanto a densidades e localizações de serviços equipamentos e
possíveis áreas de risco.
A coleta de esgoto, em 98% dos casos, é feita por meio de fossas. Alguns declararam
utilizar fossas ecológicas.
Durante as visitas locais, não foi constatado nenhum equipamento público de saúde
na área No quesito segurança pública, não há rondas e existe carência no
atendimento à comunidade.
O acesso à telefonia (móvel, fixa e internet)foi considerado fácil por 50,3% dos
entrevistados, enquanto 28,3% o apontam como difícil.
Aspectos Arqueológicos
Durante os trabalhos de campo não foram identificados vestígios arqueológicos,
apenas foram registrados alguns pontos potenciais, fato este que requer a realização
de um trabalho sistemático de intervenções em toda a área, recomendando-se a
realização de um levantamento arqueológico sistemático, com vistorias superficiais e
intervenções em subsuperfície, com o objetivo de identificar, resguardar, preservar e
resgatar o patrimônio cultural e arqueológico porventura presente na área de estudo
do SHPT.
ASPECTOS URBANÍSTICOS
O Setor Habitacional Ponte de Terra, identificado também como Núcleo Rural Ponte
Alta de Cima, localiza-se na Região Administrativa do Gama (RA-II) à cerca de cinco
quilômetros de distância da área urbana da cidade. Possui área de 786,52 hectares e
os principais acessos se dão através das rodovias que contornam o setor, a leste a
DF-001, a sul DF-480 e norte a DF-475 e VC- 341.
Atualmente predomina o uso residencial, o qual foi estimulado por diversos fatores tais
como, proximidade com a cidade do Gama, relevo pouco acidentado e facilidade de
acesso pelas rodovias acima citadas que circundam a área.
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Sistema Viário
A classificação viária básica estrutura-se em quatro classes de via: vias expressas,
arteriais, coletoras e locais (Figura 19).
A rodovia DF-480 principal via de ligação entre a área, a cidade do Gama e o Plano
Piloto. A DF- 001 liga a área com a cidade de Riacho Fundo II e também com a DF-
480 e à cidade do Gama, a BR-060 e as cidades do Recanto das Emas, Samambaia e
Santa Maria e, a DF-475 situada a norte da área que oferece mais uma alternativa de
acesso à DF-001 e à VC- 341.
O acesso a essas rodovias favorece a distribuição dos fluxos do setor, muito embora a
maioria desses acessos se dê de forma direta, devido à inexistência de vias marginais
que hierarquizem o sistema. Apenas os acessos da DF-480 são feitos através de uma
via marginal, ainda sem pavimentação.
A maioria dos quarteirões tem largura de cerca de 380.000 m2, com ruas longas, com
comprimento médio de mais de 1000 metros, de fraca integração e conexão entre as
partes, o que acarreta em dificuldade de circulação, principalmente para os pedestres.
30
O traçado viário apresenta estrutura regular com a maioria das vias distribuídas no
sentido paralelo e perpendicular às rodovias limítrofes favorecido pela baixa
declividade do terreno. Destaca-se como eixo diagonal na malha existente a chamada
Avenida Buritis, que tem como continuidade uma servidão de redes de alta tensão que
atravessam a poligonal do empreendimento. Outra via que se destaca como eixo de
integração da malha urbana é a chamada Avenida São Francisco, que atravessa o
parcelamento no sentido sudeste-nordeste, ligando a DF-480 à DF-475.
Afora as duas vias acima citadas, o sistema viário não apresenta nenhuma
característica que defina uma hierarquia entre vias principais e secundárias que se
destacam apenas pela presença de pavimentação.
Quanto às vias locais que dão acesso as áreas ainda não parceladas e aos pequenos
condomínios em sua grande maioria não possuem saídas3 e nem espaço de manobra
(cul de sac) o que inviabiliza a entrada de caminhões e dificulta a prestação de
serviços tais como coleta de lixo.
Quanto às vias de caráter local, que servem os condomínios e as vias internas destes
apresentam largura que varia de 15 metros de largura nas situações de melhor padrão
até vias com cerca de 6 metros de largura nas piores situações, aonde a caixa de
rolamento chega a ter menos de 4,50 metros e as calçadas cerca de 70 cm (Figura
20).
3
A média de comprimentos dessas ruas sem saída é de 750 metros.
4 Os pontos das rodovias onde se localizam as paradas de ônibus não apresentam baia.
31
O Setor Habitacional Ponte de Terra criado em parte de um desses núcleos rurais está
em processo de parcelamento e ocupação para fins urbanos.
5
Dimensão mínima de lotes de parcelamentos rurais.
32
O uso urbano apresenta-se disperso pela área e é constituída em sua maioria por
pequenos condomínios horizontais residenciais unifamiliares concentrados
principalmente ao longo da Avenida São Francisco e da Av. JK. Quase todos estes
condomínios possuem o mesmo traçado: uma rua central com apenas um acesso e os
lotes com tamanho médio de 800,00 m2, distribuídos nas laterais.
A densidade média atual na área de estudo é de cerca de 5,7 habitantes por hectare,
o que ainda pode ser considerada como uma ocupação de caráter rural.
Considerando-se apenas a área dos condomínios já ocupados, a densidade média
sobe para até 45 habitantes por hectare (Figura 22).
33
A maioria dos lotes situados ao longo das rodovias DF-001 e DF-475 são de uso
comercial de grandes equipamentos, como posto de gasolina e armazenagem e
distribuição de alimentos, além de outros, estimulados pela facilidade de acesso às
demais regiões administrativas e à BR-060, que liga o Distrito Federal ao estado de
Goiás e demais estados. Esta tendência de uso também é observada na margem de
outras rodovias do DF e estimulada em diversas áreas urbanizadas como em Riacho
Fundo II, Samambaia e outras áreas. Outros usos encontrados na área são alguns
clubes e casas de festas.
A Caesb, por meio da Carta nº. 258/2011 – DE, em resposta à Carta nº 125/2011 –
Geo Lógica, informou que para uma futura implantação de sistema de esgotamento
sanitário convencional, constituído de redes públicas, interceptores, estações
elevatórias e linhas de recalque, deverão ser interligados ao Sistema de Tratamento
de Esgotos Sanitário do Gama.
Ainda de acordo com o Relatório Técnico, não existe projeto, recursos assegurados e
nem previsão de implantação em curto prazo para o sistema de esgotamento sanitário
que atenderá o Setor objeto da consulta.
A compactação do solo nas vias sem asfalto diminui sua permeabilidade, favorecendo
o escoamento superficial da água de chuva para os cursos d’água nas proximidades.
A Novacap informou que não existem redes de águas pluviais implantadas e/ou
projetadas na área denominada Ponte de Terra. Quanto à viabilidade de atendimento
da demanda a ser gerada, indica a necessidade de elaboração de projeto específico
para o parcelamento em questão, que obedecerá às limitações/diretrizes a serem
definidas neste estudo ambiental.
A parcela que pertence ao SHPT dispõe de caçambas coletoras que ficam nas
extremidades das vias, facilitando a coleta pelo caminhão de limpeza urbana (Figura
25).
37
Energia Elétrica
A CEB informou ter disponibilidade para atender a demanda em questão. Contudo,
serão necessárias obras de expansão da rede de 15 Kv, obras previstas no Plano de
Desenvolvimento da Distribuição (PDD/2011) e parcialmente em execução e que a
implantação de infraestrutura de redes de distribuição de energia elétrica para
atendimento a novos empreendimentos será definida oportunamente, por meio de
estudo especifico.
Nas vias não pavimentadas, alguns postes não possuem lâmpadas para iluminação
pública, o que prejudica a visibilidade noturna e a segurança para a população local.
5 PROGNÓSTICO AMBIENTAL
As intervenções para regularização do SHPT destinam-se a implantar um projeto
urbanístico na área, contemplando: sistema viário, pavimentação, projetos de
saneamento ambiental, equipamentos comunitários, áreas verdes e de lazer, ciclovias
e a proporcionar a interligação dos espaços, para melhoria do bem-estar, da qualidade
de vida e das condições ambientais.
Numa primeira abordagem, como estratégia visando colher as opiniões dos moradores
do SHPT sobre o processo de regularização, nas Oficinas de Mobilização
Participativa, foi feita uma exposição técnica inicial, na qual foram apresentados à
comunidade conceitos e princípios acerca do processo de cenarização. Foram
expostos os aspectos legais e ambientais sobre a área e procurou-se fomentar o
questionamento de alguns itens para que a população pudesse refletir e debater dois
cenários básicos:
Pelo porte das obras, as consequências ambientais e sociais deste cenário seriam
levadas ao extremo, quais sejam:
Além disso, o PDOT 2009 definiu grande parte do SHPT como ARINE, que
obrigatoriamente deverá ser submetida a intervenções públicas, destinadas a legalizar
áreas urbanas ocupadas irregularmente para fins de habitação, desde que atendidas a
legislação e as condicionantes ambientes, implicando melhorias no ambiente urbano,
no meio ambiente, no resgate da cidadania e da qualidade de vida da população.
Não existem justificativas técnicas ou legais para a escolha deste cenário. Trata-se,
portanto, de uma hipótese inviável a ser descartada.
Portanto, nesta área, onde já se conta com alguma infraestrutura urbana, como
sistema viário, rede de energia e iluminação pública, deve-se otimizar e priorizar a
ocupação urbana,desde que atendida a legislação e os condicionantes ambientais, ao
invés de criar novos parcelamentos para os quais seria necessário implantar o sistema
viário e demais equipamentos públicos.
Não existem justificativas técnicas ou legais para a escolha deste cenário. Trata-se,
portanto, de uma hipótese inviável a ser descartada.
42
Essas preocupações são pertinentes, uma vez que, neste Cenário, os fatores que hoje
atuam no sistema continuariam a induzir a expansão do parcelamento do solo urbano,
em que toda a comunidade seria penalizada pela deterioração da qualidade de vida e
ambiental.
Os córregos Ponte de Terra e Olho D’Água têm suas Matas de Galeria degradadas
por desmatamentos, queimadas ou retirada de espécies vegetais. Essas áreas,
tratadas como passivo ambiental, estão contempladas nos programas de recuperação
e reconstituição da vegetação primitiva das margens dos corpos hídricos. Na hipótese
de se suspenderem as intervenções e os programas ambientais na área de estudo,
perde o meio ambiente a oportunidade de ter mitigados os impactos que lhe foram
imputados.
O PDOT/2009 proíbe ainda o parcelamento do solo urbano e rural nas APMs, exceção
feita aos parcelamentos com projetos já registrados em cartório, aqueles incluídos na
Estratégia de Regularização Fundiária da referida Lei Complementar e aqueles em
que haja necessidade de adequação em parcelamentos regulares já existentes”.
Os encontros entre as vias não são dotados de raio de giro mínimo (6 metros) o que
ocasiona desconforto e insegurança no tráfego de veículos e pedestres o que é
minimizado pela falta de pavimentação que obriga os motoristas a reduzirem a
velocidade o que tem contribuído para evitar os riscos de acidente.
Outro fator que agravaria os problemas sociais gerados para remoção é o fato de que
não são previstas áreas de realocação nem ajuda às famílias, por se tratar de ARINE
e não Área de Regularização de Interesse Específico, onde estes benefícios são
previstos.
45
O Setor situa-se à margem das rodovias DF-001, DF-480 e DF-475 que, de acordo
com o Decreto nº 27.365, de 01 de novembro de 2006, artigo 5º, possuem
respectivamente 130 m, 130 m e 50 m de faixa de domínio, recomendando a previsão
de marginais de contenção de tráfego nos projetos de loteamentos urbanos ou rurais
em áreas lindeiras às rodovias do SRDF.
Outro aspecto relevante, do ponto de vista urbanístico, diz respeito aos parâmetros
estabelecidos pelo Plano Diretor Local da RA do Gama – Lei Complementar n.º
728/2006, especialmente no que se refere à taxa de permeabilidade do solo, em
função da dimensão do lote.
Esta alternativa encontra respaldo no art. 131, parágrafo único do PDOT, que prevê
para o caso de ocupação de APMs:
Tal diferenciação encontra amparo no art. 39, parágrafo único do PDOT/2009, que
prevê: “a densidade demográfica definida para cada porção territorial poderá variar
dentro de uma mesma porção, desde que seja preservado como média o valor de
referência estipulado neste artigo e que sejam observados os condicionantes
ambientais”.
Foi com base neste Cenário 3, considerado como o Cenário de Referência, que se
elaborou a proposta do Plano de Uso e Ocupação, apresentada a seguir nos seus
diversos aspectos.
A participação comunitária foi de extrema valia, uma vez que houve o enriquecimento
do estudo com a troca de informações acerca da área, o que possibilitou a reflexão
dos problemas, o esclarecimento de alguns dados e a construção conjunta de
soluções. O detalhamento sobre a participação da comunidade nas oficinas está
exposto no Relatório de Atividades do Plano de Participação Comunitária, no qual se
registram, tanto os procedimentos, quanto os resultados obtidos de cada etapa de
trabalho.
Assim, o PUO desenvolvido teve como objetivo qualificar o espaço urbano e amenizar
os impactos ambientais e sociais da ocupação irregular, tendo como referência as
premissas mencionadas acima e a partir do conhecimento da situação existente no
parcelamento e das demandas da população local. Deve-se mencionar que o Plano de
Uso e Ocupação do Solo está em conformidade com o Plano Diretor de Ordenamento
Territorial, Lei Complementar nº 803, de 2009 - PDOT-2009, que enfatiza a destinação
da área prioritariamente para oferta habitacional, com manutenção das características
de uso existentes e introdução de usos complementares a esse.
• Art.71
• [...]
• “III – regularizar o uso e a ocupação do solo dos
assentamentos informais inseridos nessa zona,
considerando-se a questão urbanística, ambiental, de
salubridade ambiental, edilícia e fundiária.”
Além de situar a gleba em ZUUC II, o PDOT/2009 também define parte da área da
gleba como Zona de Contenção Urbana, porém considerando a Ação Direta de
Inconstitucionalidade para esse trecho, o presente estudo tratou toda a área do SHPT
com os mesmos parâmetros, ou seja, com os parâmetros de ZUUC II, baseado no
Projeto de Lei de atualização do PDOT, em análise na Câmara Legislativa.
Ainda, segundo o PDOT/2009 (Anexo II, Tabela 2), para o Setor Habitacional Ponte de
Terra, está prevista baixa densidade populacional com exigência de reserva de 10%
48
Considerando que o sistema viário é o elemento urbano estrutural que deve manter
relação direta com uso e a ocupação do solo, tanto o existente quanto aos usos
propostos, houve a necessidade de adequá-lo com a criação de eixos prioritários de
circulação e de transporte coletivo, hierarquia e redimensionamento das vias, como
forma a facilitar os deslocamentos e permitir maior fluidez do tráfego local.
Desta forma, a proposta indica a divisão do sistema viário local em quatro categorias
de vias: marginais, principais, secundárias ou coletoras e locais.
49
Quanto às vias marginais, foi criada um via que circunda toda a área do SHPT, com o
intuito de organizar e minimizar a retenção do tráfego junto aos acessos às rodovias e
diminuir o risco de acidentes, com a implantação de um sistema de trânsito mais lento,
paralelo às rodovias.
O sistema de vias principais é formado por uma rede de vias todas com duas pistas de
7 metros cada, que permitem o acesso à centralidade e às áreas de comércio e
prestação de serviços, inclusive por meio de transporte coletivo, sem a necessidade
de trânsito pelas porções internas do Setor. A Avenida Buritis, uma via já existente,
mas que foi redimensionada, secciona diagonalmente a área, (ao longo da linha de
transmissão de energia elétrica que dá acesso à DF-001). Uma outra via também já
existente, a Avenida JK, perpendicular à DF-001, faz a ligação do trânsito desta
rodovia até o centro proposto, além de mais três avenidas internas que definem o
centro e compõem o sistema viário principal.
As vias secundárias ou coletoras configuram vias por onde deve circular um número
considerável de veículos e pessoas, visto que são responsáveis por distribuir o tráfego
das vias principais pelas demais áreas e permitir o acesso às vias locais. Por fim, a
rede de vias locais é responsáveel pelo acesso direto aos lotes.
Para solucionar o problema de retorno das ruas sem saída, foram adotados dois tipos
de cul-de-sac, de acordo com a configuração local encontrada. Quando ao final da rua
não existiam edificações próximas foi adotado o cul-de-sac voltado para os dois
sentidos, de forma a minimizar o impacto da implantação do dispositivo nos lotes e
dividir a perda de área entre eles. No caso de existir edificação próxima ao sistema
viário existente ou projetado, impossibilitando a utilização deste modelo, foi adotada a
tipologia de cul-de-sac voltada apenas para um dos sentidos. O último caso consiste
na adoção da mesma tipologia de retorno já implantada, ou seja, onde já se
encontravam implantados estes mecanismos, eles apenas foram redimensionados,
quando necessário, para atingir as medidas mínimas. Porém, a maior parte das ruas
sem saída foi conectada, porque em grande parte dos casos associados aos
problemas de retorno existiam problemas de drenagem.
No que diz respeito aos padrões de calçadas, de maneira geral, optou-se, sempre que
possível, pelos padrões normativos segundo a função da via. Porém, nos casos mais
críticos, adotaram-se calçadas com o mínimo de 1,80 metros na lateral onde passa o
posteamento, de acordo com a norma - NTD – 6.01, da Companhia Energética de
Brasília – CEB, que prevê uma distância mínima de 1,70 metros entre os postes e as
construções e um mínimo de 1,00 metros na outra lateral.
Na proposta (Figura 26), o uso continuará sendo o residencial unifamiliar, com lotes de
aproximadamente 800 a 1.000 m2 em sua maioria. O uso residencial é
complementado por usos de abrangência local, de bairro e regional. A introdução de
outras atividades compatíveis com as existentes atende às necessidades dos
moradores e proporciona diversificação de usos e a dinamização do espaço urbano.
No que diz respeito à dinamização dos usos já existentes, observa-se que foi proposto
o uso misto para alguns lotes residenciais situados ao longo de vias com tráfego mais
intenso ou em frente a lotes destinados a praças e parques. A solução pode ser vista
de maneira positiva, já que havia grande carência de comércio local no setor.
Adotaram-se duas tipologias de uso misto: uma é reservada para a ocupação
unifamiliar e a outra para residência coletiva, com térreo e mais dois pavimentos - tipo
sobrado.
Quanto aos Equipamentos – EU/ EC e Espaços Livres de Uso público – ELUP, foram
distribuídos por toda a gleba, com alguns pontos de concentração.
Outro aspecto relevante é o aumento das taxas de permeabilidade nas áreas das
APMs contidas dentro do setor. Neste sentido uma grande parte dos Espaços Livres
de Uso público – ELUP, principalmente parques, estão localizados dentro da poligonal
das APMs com o objetivo de aumentar a infiltração de água nessas áreas.
Propõe-se também uma faixa de uso comercial de porte (atacadista) nas áreas
voltadas para as rodovias onde já se verifica esta tendência de uso e ocupação.
Atividades Permitidas
As atividades permitidas e aplicadas ao Setor Habitacional Ponte de Terra estão em
conformidade com a Tabela de Usos e Atividades do Distrito Federal, constantes do
Decreto n.º 19.071, de 06 de março de 1998, e no PDOT- 2009, o qual prevê para os
novos parcelamentos urbanos outras categorias de usos que não estavam previstas
nos documentos citados anteriormente.
Na lista a seguir estão definidos os Usos e Atividades adotados para este projeto:
ELUP
TIPO DE QUANTIDADE QUANTIDADE/HAB RAIO DE ÁREA LOCALIZAÇÃO
EQUIPAMENTO PROPOSTA ABRANGÊNCIA MÍNIMA INDICADA
Encontro de x x x Raio de x
vias 10 m
Praças 53 x x 0,5% x
área
total
Parque de 1 1/20.000. 2.400 m 20.000 x
bairro m2
Parque de 17 1/10.000. 600 m 6.000 Escolas e
Vizinhança m2 áreas
residenciais
TOTAL 71
LAZER
TIPO DE QUANTIDADE QUANTIDADE/HAB RAIO DE ÁREA LOCALIZAÇÃO
EQUIPAMENTO PROPOSTA ABRANGÊNCIA MÍNIMA INDICADA
Centro de
Atividade 2.500
3 1/20.000 x x
Culturais/ m²
Esportivas
SEGURANÇA
TIPO DE QUANTIDADE QUANTIDADE/HAB RAIO DE ÁREA LOCALIZAÇÃO
EQUIPAMENTO PROPOSTA ABRANGÊNCIA MÍNIMA INDICADA
Posto Policial 1 1/20.000 2.000 m 900 m2 x
Posto de 10 x x x x
Segurança
Comunitário
SAÚDE
TIPO DE QUANTIDADE QUANTIDADE/HAB RAIO DE ÁREA LOCALIZAÇÃO
EQUIPAMENTO PROPOSTA ABRANGÊNCIA MÍNIMA INDICADA
Posto de Saúde 3 1/3.000. 8.000 m 360 m² x
Centro de 1 1/30.000 5.000 m 2.400 x
Saúde m2
EDUCAÇÃO
TIPO DE QUANTIDADE QUANTIDADE/HAB RAIO DE ÁREA MÍNIMA LOCALIZAÇÃO
EQUIPAMENTO PROPOSTA ABRANGÊNCIA INDICADA
2
Ensino Infantil 15 x 300 m 3.000 m x
2
Ensino 6 9 1.500 m 8.000 m x
Fundamental
2
Ensino Médio 2 x 3.000 m 11.000 m x
TOTAL 41
Destacam-se os números de lotes destinados às áreas verdes, contabilizando no total,
setenta e um lotes entre praças, parques de vizinhança e o parque de bairro. A
inserção de inúmeros parques nas diversas áreas do Setor deve ser visto como uma
iniciativa positiva para melhoria da qualidade de vida do local. Grande quantidade de
parques de vizinhança justifica-se como forma de garantir mais áreas permeáveis,
onde poderão ser localizadas trincheiras para infiltração, o que irá contribuir para
minimizar os impactos provocados pela ocupação urbana da área.
56
A proposta destinou grande parte dessas áreas ainda não ocupadas para receber os
equipamentos públicos (EU/ EC) e os espaços livres de uso público (ELUP). Outros
usos propostos, como o comércio, o uso misto 2 (comércio+residencial coletivo), o
residencial coletivo e os equipamentos privados de uso público (EPR), também foram
localizados nessas áreas. O uso residencial unifamiliar e o uso misto 1 são propostos
em diversas áreas, principalmente compondo quarteirões onde já havia este tipo uso.
2
Obs.: Os lotes destinados à produção agrícola poderão ter área superior a 2.500 m , com coeficiente de
aproveitamento básico de 0,3. Fonte: PDOT 2009 – Anexo VI – 01 – Áreas inseridas em Setores
Habitacionais, p.130.
Densidade
A densidade populacional prevista pelo PDOT/2009 para o Setor Habitacional Ponte
de Terra é do tipo baixa - entre 15 e 50 habitantes/hectare. Considerando-se a área do
setor que é de 786,52 hectares e, um valor de 50 habitantes por hectare, o total
máximo previsto é de 39.326 habitantes.
Esta diversidade de densidades proposta pelo Plano de Uso e Ocupação é viável visto
que a ocupação da área do Setor Habitacional Ponte de Terra não se encontra ainda
totalmente consolidada.
A faixa 2 abrange também parte das áreas com condicionantes ambientais restritivos
das APM Ponte de Terra e APM Olho D’Água, mas foi demarcada nos limites das
poligonais dessas áreas onde se observa que as restrições ambientais não são tão
críticas. Para esta faixa, prevê-se a densidade intermediária de cerca de 27,00 hab/ha,
mantendo-se os lotes consolidados e parcelando as novas áreas com lotes com
dimensões entre 800 e 1.000 m2 e taxa de permeabilidade que também favorece a
maior infiltração de água no solo.
Figura 27 – Faixas de Densidades de Ocupação. Faixa 1 – Muito Baixa Faixa 2 – Baixa e, Faixa 3 – Média.
Média
60
6 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
IMPACTO E MEDIDAS MITIGADORAS
Este item do relatório traz uma análise dos principais impactos ambientais previstos no
processo de regularização fundiária (ambiental,, urbanística e jurídica) e no pleno
funcionamento do SHPT,, na hipótese de ser adotado o Cenário 4, considerado
con como
mais vantajoso, do ponto de vista urbanístico e ambiental.
Quadro-Síntese- elaborado com o objetivo de identificar para cada uma das ações do
empreendimento a sequência dos impactos envolvidos, suas características e as
respectivas medidas capazes de prevenir, minimizar ou compensar os o impactos
gerados.
Natureza
Positivo: impacto cujos efeitos se traduzem em benefício para melhoria da qualidade
ambiental de um fator ou parâmetro considerado.
Efeito
Direto: impacto resultante da ação do empreendimento sobre um determinado
parâmetro ambiental, também chamado
chamado de impacto de primeira ordem.
Indireto: impacto que resulta das alterações de um impacto de primeira ordem sobre
um ou mais parâmetros ambientais, também chamado de impacto de segunda ou
terceira ordem.
Amplitude
Local: impacto cujos efeitos se fazem sentir apenas nas imediações ou no próprio
sítio onde se dá a ação.
Regional: impacto
pacto cujos efeitos se fazem sentir além das imediações
imediações do sítio onde se
dá a ação.
Duração e Periodicidade
61
Intensidade
Fraco: impacto que resulta em alteração pouco significativa para um determinado fator
ou parâmetro ambiental, podendo ser considerados desprezíveis seus efeitos sobre a
qualidade do ambiente.
Fatores
Ambientais
Segurança
Fases
Matriz de Impactos
Conservação
Nível de Ruídos
Qualidade do Ar
Atividades
Taxa Demográfica
Saúde e Bem-estar
estar
Mercado Imobiliário
Comércio e Serviços
Mercado de Trabalho
Estrutura e Qualidade
Educação, Cultura e Lazer
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
RIMA
■
■
■
■
■
Audiência Pública
Ambiental
■
■
■
■
■
■
■
■
v v v v
Licenciamento Ambiental
v v v v
■ ■ ■ ■ ■
Concepção dos Projetos
■
■
■
■
■
■
■
■
■
v
Urbanísticos, de Infraestrutura e
Fundiária
Saneamento Básico
Regularização
■
■
v
v
■
■
■
v
v
v
Instalação de Canteiros de Obras
Movimentação de Terra,
■
Equipamentos e Maquinário
v
v
v
v
Depósitos de Bota-Fora
■
■
■
Obra
Ambiental
Compensação Ambiental e
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
Implantação dos Projetos Urbanísticos, de Infraestrutura
Uso Habitacional
■
■
■
■
■
v
v
v
Comércio e Serviços
v* v*
■
v
v
v
v
Públicas
■
■
■
■
■
Serviços de Saúde
■
■
■
■
■
■
Iluminação Pública
Operação
Utilização da Rede de
■
■
■
■
Abastecimento de Água
Destinação dos Efluentes da Rede
■
■
■
■
de Esgoto Sanitário
Escoamento e Infiltração da
■
■
■
■
■
v*
Drenagem Pluvial
62
v*
Resíduos Sólidos
Meio Biótico
Recursos
Fauna Vegetação
Hídricos
Fatores
Ambientais
Fases
Estabilidade
Biodiversidade
Biodiversidade
Permeabilidade
Atividades
Composição Florística
Corredores Ecológicos
Composição Faunística
Drenagem
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
RIMA
■
■
Audiência Pública
Ambiental
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
Licenciamento Ambiental
Urbanísticos, de Infraestrutura e
Fundiária
Saneamento Básico
Regularização
Movimentação de Terra,
Equipamentos e Maquinário
Depósitos de Bota-Fora
Obra
Ambiental
Compensação Ambiental e
■
■
■
■
■
■
■
■
■
■
Implantação dos Projetos Urbanísticos, de Infraestrutura
Comércio e Serviços
v* v*
v* v*
v* v*
*
*
*
*
v
Públicas
Serviços de Saúde
Educação, Cultura e Lazer
Iluminação Pública
Operação
Utilização da Rede de
*
Abastecimento de Água
Destinação dos Efluentes da Rede
*
de Esgoto Sanitário
Escoamento e Infiltração da
v*
v*
Drenagem Pluvial
63
Resíduos Sólidos
64
Quadros-Síntese
FASE DE PLANEJAMENTO
CARACTERÍSTICAS MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS E RESPONSÁVEIS PELAS
ATI VID ADES IMPACTOS
DOS IMPACTOS COMPENSATÓRIAS MEDIDAS
•Buscar
Buscar soluções compartilhadas para os conflitos de
interesses entre a comunidade
com local, governo,
empresários e a sociedade civil organizada.
• Participação da comunidade local no planejamento,
através de reuniões e exposições dos projetos, P-D
D-L-P-I-C •Avaliar
Avaliar a adequação das intervenções às novas leis e
atendendo às suas demandas e necessidades. normas em vigor, com relação aos processos TERRACAP
construtivos, ao uso e ocupação do espaço e ao
SEDHAB
1 – Plano de mobilização participativa • Oportunidades de reflexão sobre os problemas sociais, equacionamento das questões ambientais.
ambientais e econômicos que afetam a área, sobre os CAESB
conflitos de uso e ocupação dos solos, e sobre o •Garantir
antir a participação popular em todas as fases do NOVACAP
processo de regularização, que resultarão na busca de P-D
D-L- P-I-C empreendimento, através de reuniões e consultas
alternativas para sua solução. públicas que permitam às partes interessadas formar
opinião sobre as intervenções propostas ou em
andamento e apresentar soluções e alternativas para as
questões
ões mais relevantes.
• Os termos de referência,
referência induzem a um razoável
consenso sobre as ações que devem ser priorizadas • Articulação entre os órgãos da Administração Pública,
P-D
D-L-T-R-M empresários e lideranças locais para definir prioridades
para solução dos problemas relacionados com os
empreendimentos em processo de licenciamento. nas intervenções destinadas a prevenir, mitigar ou
compensar os impactos causados pelo empreendimento.
• As exigências do órgão ambiental expressas no Termo TERRACAP
TERRACA
de Referência para elaboração do EIA/RIMA
EIA/ permitem • Buscar o entendimento do real alcance e dimensão do
2 – Licenciamento e compensação IBRAM
que a organização do espaço atenda: processo de licenciamento, regularização e urbanização,
ambiental DEMAIS ÓRGÃOS DO
- Às especificações técnicas emanadas dos diferentes atendendo-se
se aos princípios da razoabilidade e da
racionalidade. GDF
órgãos normativos e licenciadores; P-D
D-L-P-I-M
- À legislação e normas em vigor para o equacionamento
das questões ambientais; • Prestação de informações e esclarecimentos aos órgãos
ambientais, visando facilitar ações de fiscalização e
- Às demandas e expectativas dos diversos segmentos
sociais envolvidos, principalmente a comunidade local. controle ambiental.
65
FASE DE PLANEJAMENTO
CARACTERÍSTICAS DOS MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS E RESPONSÁVEIS PELAS
ATI VID ADES IMPACTOS
IMPACTOS COMPENSATÓRIAS MEDIDAS
• O licenciamento ambiental, utilizado como processo de
melhoria da qualidade ambiental e disciplinamento do • Consulta aos órgãos ambientais e aos técnicos das
uso e ocupação do solo, possibilita também ampliar o P-D--L-P-I-M
diferentes áreas para a busca de consenso e de
conhecimento sobre as potencialidades e os passivos
soluções técnicas e economicamente viáveis.
ambientais da área de estudo.
• O processo pode criar falsas expectativas de que o • De acordo com o Decreto n° 6848/2009, a
licenciamento ambiental é a oportunidade única e compensação pelos impactos causados ao meio
2 – Licenciamento e compensação
exclusiva para solução de todos os problemas que N-D-L
L- T-R-M ambiente deverá ser no máximo 0,5%
0 do valor do
ambiental
ocorrem na área, gerando conflitos entre os diversos empreendimento.
segmentos envolvidos.
• Para fixação do valor da compensação o órgão
• Possibilidade de haver uma supervalorização da licenciador deverá adotar a metodologia expressa no
compensação a ser paga, onerando indevidamente a Decreto 6848/2009.
N-D--L- P-R-C
implementação dos projetos e desestimulando
investidores.
FASE DE PLANEJAMENTO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
SOCIOECONOMIA
FASE DE IMPLANTAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
• A disposição irregular de lixo durante • Fiscalização para impedir a instalação de depósitos irregulares de TERRACAP
as obras poderá expor os lixo, destinando áreas previamente selecionadas para tal uso.
trabalhadores e a população a sérios SLU
riscos de saúde, além do grave N-D-L-T-R-M • Execução de um Programa de Gestão de Resíduos Sólidos
IBRAM
problema de poluição ao meio associado a um Programa de Educação Ambiental e Comunicação
ambiente e atração indesejável de Social (Vide Programa de Gestão dos Resíduos Sólidos e ADMINISTRAÇÃO DO
animais, vetores de doenças. Programa de Comunicação e Educação Ambiental). GAMA
71
FASE DE IMPLANTAÇÃO
TERRACAP
• Remover os depósitos de lixo e entulho; gerenciar e destinar
SLU
adequadamente os resíduos gerados na obra (Ver Programa de
• Presença de depósitos de lixo e Gestão dos Resíduos Sólidos). ADMINSTRAÇÃO DO
entulho na área, prejudicando o N-D-L-T-R-M
andamento e os prazos das obras. • Transferir para áreas pré-selecionadas
selecionadas e licenciadas pelos GAMA
órgãos ambientais competentes os resíduos da construção civil IBRAM
inaproveitáveis.
EMPREITEIRAS
TERRACAP
• Geração de resíduos sólidos nos
• Desenvolver tecnologias para reciclagem de resíduos da SLU
canteiros de obras, nas escavações e N-D-L-I-P-I-M construção civil inertes, após processo seletivo para separá-lo
separá de
na pavimentação das vias de acesso, ADMINSTRAÇÃO DO
outros materiais de origens diversas.
7 – Implantação de projetos com potencial de contaminação. GAMA
Urbanismo
MICROCLIMA
Saneamento Ambiental
• Sistema de • Aumento da temperatura, alteração da • Plantio de mudas nativas do Cerrado a título de Compensação
abastecimento de composição natural do ar (poluição) e Florestal.
água; da umidade, alteração no balanço • Utilização de caminhões-pipa
pipa para irrigação das áreas de
hídrico etc.,, devido à supressão da terraplenagem que possam produzir poeira. TERRACAP
• Sistema de N-D-R-T-R-M
esgotamento sanitário; vegetação, à impermeabilização do • Cobertura com lonas dos caminhões que transitam com material EMPREITEIRAS
• Redes de drenagem terreno com as construções e à terroso.
pluvial; emissão de poluentes (poeira, fuligem, • Lavagem dos pneus de todas as viaturas que saírem das áreas
fumaça etc.). de terraplenagem.
Infraestrutura
• Redes de energia NÍVEIS DE RUÍDO E POEIRA
elétrica;
• Sistema de telefonia; • Manutenção preventiva e periódica dos equipamentos e
• Sistema viário; • Aumento dos níveis de ruído, maquinários. TERRACAP
vibrações e poeira pelas obras de N-D-L-T-R-F • Deverão ser disponibilizados protetores auriculares aos ÓRGÃOS
ÓRGÃO DO GDF
• Depósitos de bota-fora.
fora.
infraestrutura, terraplenagem e funcionários da obra.
construção. • Promoção de irrigação sistemática das vias de serviço, de forma EMPREITEIRAS
a minimizar a produção de poeira.
RECURSOS HÍDRICOS,
• Poluição/contaminação dos córregos
Ponte de Terra e Olho D’água com • Prever os lançamentos de drenagem pluvial com a instalação
instalaç de
óleos, graxas, detergentes, e trincheiras de infiltração e reservatórios de detenção, o que irá TERRACAP
combustíveis oriundos de maquinários N-D-R-T-R-C minimizar as vazões de cheias e reduzir o aporte de resíduos NOVACAP
e caminhões e pela disposição sólidos e particulados para os córregos Ponte de Terra e Olho
irregular de resíduos da construção D’água, mantendo assim o seu comportamento hídrico e a sua EMPREITEIRAS
civil provenientes dos canteiros de qualidade.
obras.
72
FASE DE IMPLANTAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
TRÁFEGO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
FASE DE OPERAÇÃO
FASE DE OPERAÇÃO
FASEDE OPERAÇÃO
ENERGIA ELÉTRICA
• Ampliações e reforços na rede energética de acordo com o
• Provável sobrecarga na demanda da plano de expansão da CEB
região quando da consolidação do
N-D-R-I-T-R-C • Monitoramento e fiscalização da a rede de energia elétrica,
10 – Operação da SHPT, com riscos de perda e CEB
visando à manutenção e racionalização do uso de energia.
Infraestrutura Urbana deterioração de equipamentos, e
riscos de incêndio, choques e morte • Promover campanhas de sensibilização da população na área
Urbanismo provocados por curtos-circuitos. de influência sobre os riscos de ligações elétricas
sobrecarregadas.
Saneamento Ambiental
• Sistema de NÍVEIS DE RUÍDO E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
abastecimento de
água; • Controle das atividades geradoras de ruídos, estabelecendo
horários para funcionamento e níveis de ruídos permitidos por
• Sistema de
lei.
esgotamento sanitário;
• Deverão ser realizadas rotinas sistemáticas de fiscalização dos
• Redes de drenagem EMPREENDEDOR
níveis de ruído para verificar o atendimento das Resoluções
pluvial;
Conama, das Normas da ABNT e da Lei nº 4.092, de 30 de IBRAM
Infraestrutura janeiro de 2008.
• Redes de energia • Aumento no nível de ruído local em • Deverão ser observados os valores considerados aceitáveis
elétrica; função do tráfego de veículos pesados N-D-R-T-R-F pela NBR n.º 10.151 da ABNT, ou seja,
seja níveis até 60 decibéis à
• Sistema de telefonia; e do maquinário. noite e 70 decibéis durante o dia.
• Sistema viário; • Plantio de mudas nativas e exóticas do Cerrado no perímetro do
empreendimento, para a construção de barreiras na rota de
propagação do som, de forma a mitigar os impactos sobre os EMPREENDEDOR
níveis de ruídos.
EMPREITEIRAS
• Modernização dos equipamentos e racionalização dos
processos operacionais da indústria, com disponibilização de
protetores auriculares para funcionários.
79
FASEDE OPERAÇÃO
RECURSOS HÍDRICOS
• Favorecer a infiltração a fim de diminuir o fluxo superficial em
direção aos córregos locais, mantendo assim o fluxo e a
qualidade das águas. EMPREENDEDOR
• Fiscalização e monitoramento das redes de esgotamento NOVACAP
• Poluição/contaminação dos córregos sanitário e águas pluviais para se evitar a disposição ilícita de
Ponte de Terra e Olho D’água e dos águas servidas no solo ou na rede de drenagem pluvial.
aquíferos subterrâneos pela N-D-R-T-R-C • Controle rigoroso dos efluentes ou resíduos de oficinas, postos
10 – Operação da
disposição irregular dos efluentes de gasolina e indústrias locais, monitorando-se
monitorando fontes potenciais
Infraestrutura Urbana
domésticos e industriais e de resíduos de poluição, como áreas de lavagem e de troca de óleo de
Urbanismo sólidos. veículos, dentre outras. EMPREENDEDOR
Saneamento Ambiental • Implantação de rotinas para monitoramento e manutenção CAESB
• Sistema de preventiva das redes de esgoto.
abastecimento de • Deverá ser evitado o emprego de fossas sépticas, valas ou
água; sumidouros.
• Sistema de TRÁFEGO
esgotamento sanitário;
• Redes de drenagem • Intensificação do tráfego de veículos • Instalação e manutenção de equipamentos e dispositivos de
pluvial; no local e adjacências, provocando segurança: sinalização, faixas, passarelas, telas defensivas
congestionamentos e deterioração das metálicas, leitos de frenagem de emergência etc.
Infraestrutura
• Redes de energia
vias públicas, agravados por N-D-R-P-R-C • Utilização de placas educativas
ativas e fiscalização com bafômetro
dificuldades de acesso e sinalização associadas a campanhas de educação para o trânsito.
elétrica; inadequada.
• Sistema de telefonia; • Organizar adequadamente o espaço, evitando conflitos entre as
áreas urbanas, as atividades de comércio, serviços e o tráfego
• Sistema viário;
local. DER
• Implantar redutores de velocidade em áreas de risco como
passagem de pedestres ou escolares.
• Riscos de acidentes pela • Implantar passarelas, rampas de acesso ao cadeirante para
movimentação de veículos destinados melhor acessibilidade.
N-D-R-P-R-C
ao fornecimento de matéria prima e ao • Implantar ciclovias.
escoamento da produção. • Criação de um sistema de gerenciamento de rodovias,
utilizando engenharia de tráfego, fiscalização
fiscalizaçã e manutenção das
estruturas, visando potencializar os benefícios do
empreendimento.
80
FASEDE OPERAÇÃO
10 – Operação da
Infraestrutura Urbana
Urbanismo
Saneamento Ambiental
• Sistema de • Desenvolvimento de programas de educação ambiental para o
abastecimento de trânsito com previsão de campanhas para a convivência
água; harmônica de motoristas com outros veículos e pedestres.
• Sistema de • Intensificação da fiscalização, além de campanhas educativas,
esgotamento sanitário; visando diminuir os acidentes por embriaguez, imperícia ou
• Redes de drenagem manutenção inadequada de veículos.
pluvial; • Limpeza de vegetação na faixa de domínio, evitando incêndios
e a cobertura de placas de sinalização.
Infraestrutura
• Redes de energia
elétrica;
• Sistema de telefonia;
• Sistema viário.
TERRACAP
SLU
• Fiscalizar e controlar a qualidade ambiental com relação ao
armazenamento e transporte de lixo, emissão de odores e IBRAM
poluição visual.
ADMINISTRAÇÃO
• Possibilidade de contaminação do solo DOGAMA
e da água, e aumento nas taxas de N-D-L-T-R-M
doenças, pela coleta e disposição TERRACAP
inadequada dos resíduos sólidos.
• Execução de um Programa de Gestão de Resíduos Sólidos SLU
associado a um Programa de Educação Ambiental e
IBRAM
Comunicação Social (vide capítulos de Programas de Controle
11 – Coleta, transporte, Ambiental). ADMINISTRAÇÃO DO
tratamento e disposição GAMA
final dos resíduos sólidos
• Coleta e destinação do material de • Elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de
construção civil gerados nas obras e P-D-L-P-I-M Resíduos Sólidos para o SHPT.
na implantação da infraestrutura. • Manejo dos resíduos, no âmbito interno dos estabelecimentos,
• Coleta e destinação dos resíduos deve obedecer a critérios técnicos que conduzam à
sólidos gerados.por atividades urbanas P-D-L-P-I-M minimização do risco à saúde pública e à qualidade
qualidad do meio EMPRESÁRIOS
. ambiente. ADMINSTRAÇÃO DO
• Estimular a destinação final adequada dos resíduos sólidos GAMA
• Diminuição da contaminação do solo e urbanos de forma compatível com a saúde pública e
da água proveniente de despejos de P-D-L-P-I-M conservação do meio ambiente
resíduos em locais inadequados. • Implementar programas de educação ambiental, em especial os
relativos a padrões sustentáveis de consumo.
co
81
FASEDE OPERAÇÃO
FASEDE OPERAÇÃO
FASEDE OPERAÇÃO
No entanto, a elevação dos preços dos lotes nas áreas mais propícias à urbanização
expulsa as classes de baixa renda para a periferia, em um processo perverso de
exclusão social, que representa
representa um dos poucos aspectos negativos da regularização
das terras.
Aspectos Climáticos
Durante a fase de construção, a movimentação de máquinas e os movimentos de terra
provocarão ruídos e vibrações, elevando a concentração de particulados no ar, fato
que se tornará mais relevante durante a estação
estação seca. Entretanto, este impacto tende
a ser localizado, restrito à própria área onde o Empreendimento se insere e
desaparecerá quando se encerrarem as obras. Nesta fase, em épocas secas, deverão
ser previstos caminhões-pipa
pipa para irrigação das áreas que
que possam produzir poeira.
Aspectos Geológico-Geotécnicos
Geotécnicos
Em termos geotécnicos, os aspectos de maior relevância para a implantação de
infraestrutura e construção das edificações dizem respeito à erodibilidade dos solos, à
sua capacidade de carga, aos efeitos da colapsividade, à profundidade do lençol
freático, à permeabilidade do solo, à declividade e extensão das rampas.
Os efeitos mais significativos das modificações a serem induzidas ao meio físico com
a implantação destas obras dizem respeito:
Contaminação do aquífero
ro poroso e eventualmente das águas subterrâneas profundas
pela disposição inadequada de lixo ou outras substâncias poluentes;
Iniciar a implantação do empreendimento com a limpeza e abertura das vias das cotas
inferiores para as mais elevadas, reduzindo assim os comprimentos das rampas por
onde se dará o escoamento superficial.
Priorizar a implantação
plantação do sistema de drenagem de águas pluviais com canalização
subterrânea, pavimentação e dispositivos para sua coleta e adução controlada,
incluindo as estruturas de dissipação da sua energia nos pontos escolhidos para
lançamento nas drenagens naturais.
natura
Para
ra carregamentos menores devido à implantação de residências de um pavimento,
pode-se
se escavar trincheiras de até 1m ao longo da linha dos baldrames, compactar ao
fundo após saturá-lo lo de água e, a seguir, preencher as trincheiras com o solo
compactado na umidade
idade adequada.
Para as edificações com até dois pavimentos, empregar alicerce ou sapata corrida na
fundação, para minimizar os recalques diferenciais.
Este impacto poderá ser atenuado também com a incorporação, nos projetos das
edificações, de sistemas para a recarga
recarga artificial (caixas de recarga), visando à
infiltração induzida das águas pluviais para os aquíferos, e sempre que possível, em
volumes equivalentes aos que serão diminuídos pela impermeabilização do terreno.
A biodiversidade
versidade da área depende não só da preservação dessas áreas naturais,
como também permitir a comunicação entre elas. ApesarApesar da cabeceira do córrego
Ponte de Terra estar praticamente
pratic isolada, pode-se ainda considerar o local como
parte fundamental de um potencial corredor ecológico, ligando a bacia do Rio Ponte
Alta (bacia do córrego Ponte de Terra
Te e bacia do córrego Olho D Água)
Água com a bacia
dos ribeirões Saia Velha e do Gama (APA(APA Gama e Cabeça de Veado), através da
região constituída pelas respectivas Matas de Galeria e Campo Sujo adjacente, e pelo
Campo Sujo da área do Cindacta I, que se liga à região da Área Alfa da Marinha do
Brasil, podendo atuar como um importante local de dispersão de fauna e,
e portanto de
fluxo gênico, principalmente em relação aos animais voadores (aves e morcegos).
- Realizar
izar todas as medidas de saneamento básico (esgoto e águas pluviais) para
evitar a contaminação do lençol freático, assim como dos cursos hídricos da bacia do
córrego Ponte de Terra (Proteção
(Proteç de Manancial Ponte de Terra).
90
6.5 AÇÕES
ÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE OPERAÇÃO
Os impactos negativos relacionados com a fase de operação da infraestrutura
infraestrutur
implantada, diferentemente dos impactos da fase de construção, têm caráter
permanente. Para esta fase são previstas ações de fiscalização, monitoramento e
manutenção das redes de saneamento básico, com o objetivo de prevenir ou mitigar a
contaminação do solo, do ar ou dos recursos hídricos por acidentes, falhas
operacionais ou irregularidades no sistema.
Além desses efeitos positivos, outros benefícios deverão surgir pela dinamização da
economia regional, atração de novos investimentos e de novos empreendimentos para
a região e que terão reflexos sobre o mercado de trabalho e imobiliário, como a
atração de mão de obra, aquisição de lotes e moradias, sobre arrecadação tributária,
geração de empregos e renda, dentre outros.
outros. Enfim, haverá uma melhoria da
91
Nesse processo, alguns impactos se destacam, tais como: sobrecarga nos serviços
sociais básicos (saúde, educação e saneamento), os prováveis conflitos
conflitos socioculturais
e o aumento de incidência de novas doenças.
Expectativas da População
A presença e a movimentação dos agentes empreendedores, a circulação dos
equipamentos e dos materiais de obras e o afluxo de população em função dos novos
empregos criados, são alguns dos elementos, presentes no processo de implantação
de grandes projetos. As obras causam
causam uma alteração do cotidiano, sendo um
elemento novo na rotina das pessoas que residem, trabalham, estudam ou possuem
outras relações especialmente nos locais mais diretamente afetados.
92
Disposição
isposição de Resíduos Sólidos
Os órgãos públicos do GDF, em estreita articulação com a Administração Regional,
deverão intensificar a fiscalização para impedir novos depósitos irregulares de lixo.
A redução
dução ou perda da biodiversidade no Cerrado é a principal consequência da
fragmentação das matas e a eliminação de habitats.
93
competentes (Vigilância
lância Sanitária, Saúde Pública, Polícia Florestal, Ibama
I e
Ibram).
Corredores Ecológicos
Os corredores ecológicos não são unidades políticas ou administrativas, mas extensas
áreas geográficas onde se destacam ações coordenadas destinadas a proteger a
biodiversidade.
iversidade. Tais ações envolvem fortalecimento, expansão e a conexão de áreas
protegidas. O corredor ecológico é uma forma de recuperar e religar os fragmentos,
fragmentos na
tentativa de evitar ou diminuir o isolamento,
isolamento aumentando as probabilidades de
sobrevivência de uma determinada espécie.
Pequenos
equenos fragmentos isolados próximos podem servir de vias de acesso para o
trânsito de espécies, funcionando como trampolins ecológicos. Enquanto os
fragmentos maiores são importantes para a manutenção da biodiversidade e de
processos
rocessos ecológicos em larga escala, os pequenos remanescentes cumprem funções
extremamente relevantes ao longo das paisagens, funcionando como elementos de
ligação entre grandes áreas, promovendo um refúgio para espécies que requerem
ambientes particulares.
Dentre os possíveis ambientes que podem fazer parte de um mosaico para criação do
corredor ecológico, estão a Fazenda Sucupira, área protegida pela Embrapa, as
a Áreas
de Proteção de Manancial da Caesb,
Caesb a Reserva da Aeronáutica, as Matas Ciliares dos
córregos Ponte de Terra,, Olho D’Água e Serra, além de outras mata em linhas de
drenagem adjacentes.
Programa de Articulação
Articulaç e Fortalecimento Institucional.
Objetivos
Atividades
Este Programa tem como abrangência todas as ações relativas às obras para
implantação de projetos urbanísticos, de infraestrutura e saneamento básico do SHPT,
tendo como escopo:
96
Objetivos
Atividades
Separar e classificar os resíduos de acordo com a Resolução Conama nº 307/2002.
Objetivos
Atividades
Na prática, a implantação do Programa de Educação Ambiental visa criar condições
para a participação dos diferentes atores sociais no processo de gestão ambiental e
no entendimento de seus papéis como agentes e cidadãos para a melhoria da
qualidade de vida individual e coletiva.
Objetivos
• Criar mecanismos de articulação entre as diferentes instâncias governamentais
e o setor privado, visando buscar soluções integradas e eficientes para
problemas socioambientais e para melhoria da qualidade de vida.
• Garantir o cumprimento das normas e leis em vigor,
vigor, o controle da qualidade
ambiental, o disciplinamento do comércio e de outros serviços locais, evitando
ações espontâneas e desordenadas, que possam gerar conflitos entre as
diversas necessidades de empresários, trabalhadores e usuários.
• Consolidar parcerias
parce público-privadas,
privadas, propiciando o fortalecimento
institucional, o suporte à modernização e à competitividade empresarial.
Atividades
Articulação com as instituições governamentais envolvidas com obras e serviços na
área do SHPT, em suas respectivas áreas
área de competência.
Objetivo
Atividades
Elaborar projetos de paisagismo que, por associações de plantas harmoniosamente
inseridas em um contexto de cores e formas, criem um ambiente onde as condições
extremas de temperatura
peratura e umidade tendam a ser minimizadas.
Objetivos
Atividades
Objetivo
Implementar projetos em áreas definidas pelo órgão ambiental, após consultaà
Administração Regional do Gama.
Gama
103
Atividades
Objetivos
Propiciar o acompanhamento das intervenções capazes de gerar degradações
significativass ao meio ambiente e que demandem ação regulamentadora,
principalmente com relação à qualidade das águas.
Atividades
1. Reavaliar os dados de projetos durante a fase de construção, visando um
melhor dimensionamento de bueiros, sarjetas, meios-fios,
meios fios, aterros,
at taludes e
canais de drenagem.
2. Realizar inspeções nas redes de abastecimento de água, de drenagem e
de esgotamento sanitário, com emissão de relatórios, certificando a
qualidade dos projetos e obras realizadas.
3. Propor medidas corretivas para as falhas
falhas detectadas nos sistemas de
drenagem, abastecimento de água e esgotamento sanitário.
105
Atividades
Identificar áreas frágeis, degradadas ou de equilíbrio morfodinâmico instável e
processos com grande potencial impactante, como por exemplo, a disposição de lixo,
para se tornarem foco de maior atenção e intensidade de monitoramento.
Proceder a reabilitação
abilitação ambiental das áreas de apoio às obras, das caixas de
empréstimo, de bota-fora
fora e vias preferenciais de serviço e de acesso, através de
projetos paisagísticos específicos para cada caso.
Sinalizar a área com placas educativas, de alerta nas proximidades das obras.
Medidas de controle de velocidade
velocidade e de proteção aos pedestres, acompanhadas de
campanhas de educação ambiental, deverão ser adotadas para prevenir acidentes e
preservar a qualidade de vida e ambiental.
Objetivo
Realizar campanhas sistemáticas para coletas e análise de dados, visando o
acompanhamento da evolução da qualidade e da quantidade das águas dos do córregos
Ponte Alta e Olho D’Água,, para que se possa, ao longo do tempo, aferir os impactos
do empreendimento.
Atividades
Objetivos
Propiciar a implementação de um conjunto de ações de apoio ao sistema de saúde em
parceria com a iniciativa
a privada para fazer face ao aumento da demanda da
população por atendimento.
Atividades
Os Projetos de Assistência à Saúde concebidos
concebidos sob dois enfoques, a saúde do
trabalhador e a saúde coletiva, deverão ser conduzidos em parceria com instituições
públicas e privadas e as empreiteiras das obras. Do ponto de vista operacional, as
seguintes ações são propostas para o controle nosológico.
nosológic
Essas
as medidas são operacionalizas através da realização de exames pré- pré
admissionais e exames periódicos, atendimento ambulatorial de emergência e
atendimento médico primário. O empreendedor deverá manter transporte adequado
para os casos de urgência médica ou acidentes no trabalho e manter o canteiro de
obras em boas condições de segurança.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo é motivado pela Estratégia de Regularização Fundiária constante
da proposta de revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT, Lei
Complementar n.º 803/2009, elaborada para adequar o Plano Diretor Diretor do Distrito
Federal às Diretrizes Gerais da Política Urbana estabelecidas pela Lei n.º 10.257, de
10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, que regulamentou os artigos 182 e 183 da
Constituição Federal de 1988. Objetiva promover a atuação pactuada do Poder
Público com os diferentes segmentos sociais sobre os destinos da população que
ocupa áreas impróprias para moradia.
O Setor Habitacional Ponte de Terra possui 786,52 ha,, formado pela Área de
Regularização de Interesse Específico (ARINE) Ponte de Terra. O Setor Habitacional
Ponte de Terra encontra-sese parte em terras desapropriadas
desapropriadas pertencentes à Terracap
(Registro R.1/2.126 do 5º Oficio de Registro de Imóveis do Distrito Federal),
Federal) parte em
terras desapropriadas em comum entre a Terracap e outros (Registro R.1.550 do 5º
Oficio de Registro de Imóveis do Distrito Federal) e parte em terra desapropriada
pertencente à Companhia Urbanizadora
Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) (Cartório
3 no de ordem 11.085).
do 1º Ofício Luziânia – GO, às fl. 144, do livro 3-k, 11.085)
Para a avaliação da fauna, foram realizadas sete expedições de campo para coleta de
dados primários, que se concentraram nos principais habitats da área antropizadada
antropi
do SHPT e nas APMs Ponte de Terra e Olho D’Água.
A rodovia DF-480
480 é a principal via expressa de ligação entre a cidade do Gama e o
Plano Piloto. A DF- 001 liga a área com as DF-480
DF a BR- 060 e as cidades do Gama,
Riacho Fundo II, Recanto das Emas e Samambaia e Santa Maria.Maria O acesso
aces ao Setor
se dá através das rodovias, uma situação que favorece a distribuição dos fluxos do
setor, muito embora a maioria desses acessos se dê de forma direta, ou seja, de vias
expressas, diretamente às vias coletoras, devido à inexistência de vias marginais
marg que
hierarquizem o sistema.
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GEO LÓGICA, 2012. EIA. Setor Habitacional Ponte de Terra. TERRACAP/DF.
BRASÍLIA 2012.