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a ação da Igreja
em tempos de mudança
Agenor Brighenti
32 Capítulo II
O ITINERÁRIO DO PLANEJAMENTO NA AÇÃO
DAIGREJA
32 1. Diferentes modelos de ação pastoral e modos de
planejar
33 1.1. A pastoral voluntarista
35 1.2. A pastoral coletiva
37 1.3. A pastoral Orgânica e de conjunto
39 1.4. A pastoral de comunhão e participação
41 2. Por um processo de planejamento contextualizado
41 2.1. O porquê dos diferentes modelos de Igreja
44 2.2. O porquê dos diferentes modos de planejar
45 2.3. Exigências básicas para um bom planejamento
Capítulo II
o ITINERÁRIO DO PLANEJAMENTO
NA AÇÃO DA IGREJA
PASTORAL VOLUNTARISTA
Figura 1
PASTORAL COLETIVA
..............................................
Figura 2
36
Ao contrário da pastoral voluntarista, que desenvol-
ve sua ação em âmbito local, a pastoral coletiva circuns-
creve-se ao âmbito nacional e transnacional, mais ou
menos independentemente da Igreja local, seja ela di 0-
cesana, seja paroquiaL A ação não é pensada desde a rea-
lidade local, a partir das necessidades e dos desafios do con-
texto dos integrantes dos movimentos e associações, mas
de acordo com diretrizes e normas emanadas de fora. Tal
como na pastoral voluntarista, a atuação da pastoral cole-
tiva continua predominantemente ad intra. Em última
análise, busca-se, não edificar o Reino, mas implantar a
Igreja, que se confunde nesta eclesiologia com ele. Às ve-
zes, há uma ação ad extra, mas com a finalidade de recon-
quistar o que se perdeu para o ad intra. Mais do que servir
ao mundo, a Igreja se serve dele, para fortalecer-se e vol-
tar a exercer sua hegemonia dentro da sociedade.
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PARÓQUIA
Figura 3
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Figura 4
40
micro e o macroeclesial - que se desencadeiam os pro-
cessos de planejamento, em que cada nível eclesial con-
forma uma unidade de tomada de decisão, em estreita sin-
tonia em nível descendente e ascendente (veja figura 4).
Ao valorizar as comunidades eclesiais e fazer delas,
em seus diferentes níveis, unidades de planejamento,
constrói-se um modelo de pastoral que busca reforçar
ou engendrar processos. E, quando processos são desen-
cadeados, caminha-se para a superação do personalismo,
à medida que, até pela rotatividade, os ministérios são
exercidos mais claramente como serviço à comunidade.
Além disso, ao priorizar o carisma sobre a instituição,
privilegia-se a ação em vez das estruturas e da organiza-
ção. Estas são apenas suportes à ação, de uma ação pre-
ferencialmente dirigida aos pobres, para que, no dizer
de João XXIII, lia Igreja seja de todos".