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“Eu e os outros” – Aprender a

Conviver

Programa de competências sociais e emocionais em


contexto institucional

Data de início: 06 de Março de 2013

Data do fim: 29 de Maio de 2013

Local de aplicação: Colégio de São Caetano


1) Fundamentação da intervenção

A população infanto-juvenil tem experienciado cada vez mais situações de risco

como nascimentos em famílias monoparentais, nascimentos decorrentes de gravidez na

adolescência, maus tratos familiares, abuso de substâncias na família, violência

doméstica, divórcio dos pais e pobreza extrema (Masten & Coatsworth, 1998 cit. in

Murta, 2007). Considerando a diversidade de riscos e as decorrentes perturbações

psicológicas, emocionais e comportamentais, na infância e adolescência, programas

preventivos tornam-se imperativos (Murta, 2007).

A institucionalização na infância e na adolescência está presente em muitas

famílias, não se constituindo melhor ambiente de desenvolvimento para as crianças, a

par do meio natural de vida. Deste modo, o contexto institucional pode acarretar alguns

prejuízos aos indivíduos, como a falta de planeamento pessoal de atividades e

fragilidades sociais e afetivas (Carvalho, 2002 cit in Murta, 2007). Vários estudos

apontam que para além da severidade dos acontecimentos negativos, a sua quantidade

em determinada altura de vida, é determinante para o aparecimento de perturbações,

sendo preocupante quando o número de acontecimentos de vida negativos é superior a

quatro (Simões, Matos, Tomé & Ferreira, 2008 cit in Matos et al, 2011). Assim, quando

se somam acontecimentos de vida negativos com características pessoais, familiares,

escolares e interpessoais, estamos perante uma situação plural negativa e multi-riscos

(Matos, 2005; Matos, 2009; Matos & Sampaio, 2009; Matos et al, 2010ª, 2010b; Simões

et al, 2009 cit in Matos et al, 2011), acarretando consequências. Deste modo, parece

adequado tentar colmatar as consequências que advêm dos acontecimentos de vida

negativos das crianças institucionalizadas, atuando ao nível dos recursos pessoais.

Segundo Matos e colaboradores (2011), os recursos pessoais do indivíduo


compreendem a resiliência, autorregulação, autoeficácia, estratégias de coping,

resolução de problemas e identificação e gestão de emoções.

A resiliência, segundo Frydenberg (2008 cit in Matos et al, 2011), é uma das

características favoráveis na capacidade de ajustamento psicológico, face a

adversidades. Geralmente, indivíduos resilientes possuem um conjunto de fatores

individuais – tendência para enfrentar os problemas de forma ativa, revelado

autoeficácia, autoconfiança, competências sociais e interpessoais, sentido de humor,

empatia, controlo emocional e boa capacidade de relacionamento com os pares; fatores

familiares – suporte familiar, bom relacionamento pais-filhos; fatores ambientais –

existência de apoio à criança ou jovem, por parte de pessoas de referência e

experiências escolares positivais (Schenker & Minayo, 2005; Simões et al, 2009 cit in

Matos et al, 2011). Gilligan (2000 cit in Matos et al, 2011) propõe a promoção da

resiliência através de atividades que envolvam competências pessoais e sociais, a

autoeficácia, o autoconhecimento, e a autoestima.

A autorregulação caracteriza-se pela capacidade de definição de objetivos,

manutenção da motivação para as tarefas objetivadas, concretização dos objetivos

definidos, orientação do percurso pessoal para alcançar os objetivos, avaliação da ação,

capacidade de delinear as opções possíveis para a concretização dos objetivos,

capacidade de procurar ajuda se necessário, capacidade de regulação de pensamentos,

emoções e comportamentos (Matos, 2009; Matos et al in press b cit in Matos, 2011). A

autorregulação tem um peso significativo nos jovens quando são confrontados com

difíceis tomadas de decisões face a tentações apresentadas pelos contextos sociais e

físicos envolventes.

A autoeficácia proposta por Bandura (1977 cit in Matos et al, 2011) diz respeito

à perceção do indivíduo quanto à sua capacidade de atingir determinado objetivo, a


capacidade de persistência na realização de determinada tarefa e a avaliação dos

benefícios desta para os fins em causa. Deste modo, a autoeficácia corresponde à

perceção de valor pessoal, ou seja, a crença de que se consegue enfrentar os desafios da

vida. Este conceito está relacionado com a perceção de competência – ser capaz de – e a

perceção de eficácia do indivíduo – resultar – (Bandura, 2001 cit in Matos et al, 2011).

A autoeficácia nos indivíduos é essencial, pois quando são confrontados com

dificuldades, indivíduos com baixos níveis de autoeficácia tendem a desistir com maior

facilidade (Matos, 1998; 2005; Matos et al, 2008 cit in Matos et al, 2011). Deste modo,

indivíduos com bons níveis de autoeficácia, tendem a reconhecer e a valorizar as suas

competências, apresentam mais confiança perante as situações, desenvolvendo mais

estratégias e persistência face às dificuldades (Capara et al, 2004 cit in Matos et al,

2011).

As estratégias de coping são utilizadas pelas crianças desde os primeiros anos de

vida. Quando o indivíduo é confrontado com uma situação geradora de stress, numa

primeira abordagem é realizada a sua avaliação, oscilando entre uma situação

ameaçadora ou desafiante. Posteriormente procura verificar se possui recursos

necessários para ultrapassar a situação, sendo por fim adotada a situação que parece

mais adequada (Frydenberg, 2008 cit in Matos et al 2011). Frydenberg (2008 cit in

Matos et al, 2011) refere-se às estratégias de coping de duas formas distintas: o coping

centrado nas emoções, onde inclui o pedido de ajuda, a procura de consolo e apoio,

consumo de substâncias psicoativas; e o coping centrado na resolução de problemas,

que diz respeito à procura de soluções para o problema em questão e a diminuição dos

efeitos negativos. Matos e colaboradores (2011) concluem que as estratégias de coping

são um importante fator protetor, sempre que o indivíduo esteja exposto ao risco, de

forma a minimizar os danos dessa exposição.


Relativamente à resolução de problemas, este recurso pessoal compreende a

capacidade de planeamento, o pensamento crítico, a reflexão e a visualização das várias

perspetivas, até à tomada de decisão. Esta competência pode ter um papel crucial na

avaliação dos riscos, recursos e na procura de relações mais saudáveis (Wener & Smith,

2011 cit in Matos et al, 2011).

A identificação, a expressão e gestão de emoções são importantes no

desenvolvimento emocional da criança. Quando esta competência se encontra pouco

diferenciada, as crianças tendem a ter reações desajustadas ou excessivas (Matos, 1998;

2005 cit in Matos et al, 2011). Sem esta competência, uma criança que se confronte com

emoções negativas, poderá aplicar estratégias de coping inadaptativas para a diminuição

do sofrimento ou tensão associados. Ao invés, uma criança que possui a competência de

identificação, expressão e gestão de emoções, alcança maior tolerância à frustração e

maior perceção de controlo interno (Matos et al, 2011).

2) Principais Necessidades Observadas nos Jovens:

Ao longo dos meses foi feita uma observação geral dos jovens no contexto

institucional, de modo perceber as necessidades mais relevante no sentido de promover

atividades interventivas, principalmente nos mais novos, com mais dificuldades e mais

lacunas socioemocionais. Deste modo, foi visível uma desregulação emocional em

alguns jovens, que condiciona negativamente a vida em comunidade dentro e fora da

instituição. Uma vez que a regulação emocional é um dos fios condutores da

convivência e socialização, torna-se imprescindível desenvolver uma intervenção com

estes jovens, na medida em que não conseguem controlar e até reconhecer as suas

emoções no momento. Adicionalmente, os problemas entre eles são frequentes,


abarcando os mais diversos fundamentos – infundamentados -, abrangendo um pequeno

espectro de motivos plausíveis. Logo, quando a conflituosidade se verifica é necessário

trabalhar a resolução de problemas. Esta competência é igualmente imperativa para a

vida em comunidade, dentro e fora da instituição. Aprender a resolver os problemas da

melhor maneira possível, com a comunicação mais assertiva, assim como compreender

a razão e resolução dos conflitos, é uma mais-valia para estes jovens.

Outra lacuna verificada é o baixo autoconceito. Alguns destes jovens não

confiam nas suas capacidades e o facto de tentarem realizar algo é assustador, temendo

o insucesso que sustenta as suas inseguranças. Deste modo, trabalhar a perceção que

eles têm de si próprios, a segurança e confiança em si, é um aspeto importante para a

aceitação de outros conceitos igualmente importantes. Adicionalmente a baixa

tolerância à frustração também se verifica. Assim, sempre que alguma tarefa não é bem

sucedida, a sua perceção de competência diminui, aumentando a frustração pessoal. De

acordo com estes comportamentos, as estratégias de coping utilizadas são inadequadas.

3) Objetivos gerais

Este programa compreende a aplicação em contexto institucional, dirigindo-se a

um grupo de 6 crianças entre os 10 e os 14 anos de idade.

O objetivo principal é a promoção de competências pessoais, sociais e

emocionais que oferecem ao indivíduo um desenvolvimento pessoal, nomeadamente ao

nível das capacidades pessoais e relacionais. Permite o desenvolvimento da retrospeção

pessoal e reflexão acerca do seu relacionamento com os outros e das situações

quotidianas, de forma a adquirir a alternativa mais adequada a cada situação (Matos,

1998; 2005; Matos et al in press a; b cit in Matos et al, 2011).


É, portanto, importante oferecer a estas crianças estratégias que promovam o

desenvolvimento da resiliência, o processo de tomada de decisões, e o relacionamento

interpessoal adequado. Deste modo, é crucial trabalhar os recursos pessoais do

indivíduo - resiliência, autorregulação, autoeficácia, estratégias de coping, resolução de

problemas e identificação e gestão de emoções.

4) Metodologia

O programa é constituído por 6 sessões, semanais, com a duração média de

1hora, podendo ser adaptada às circunstâncias de cada sessão.

As duas últimas sessões (sessão nº 5 e 6) serão agregadas numa só, como forma

de organização e rentabilização temporal das sessões.

5) Apresentação das sessões:

Sessão nº 1: “Vamos conhecer-nos melhor!”

Data: 10/04/2013

Objetivos específicos:

 Apresentação do programa;

 Promoção da coesão do grupo;

Duração: 1 hora.

Procedimento e Materiais:

Atividade 1 - A primeira sessão começa com a apresentação dos intervenientes,

através de um jogo. Este jogo consiste numa caixa com papéis enrolados, onde constam

questões. Deste modo, cada interveniente tem de se dirigir à caixa, retirar um papel com
uma questão, ler o conteúdo para os restantes e responder em voz alta. Cada

interveniente realiza esta atividade mais do que uma vez, de modo a responder a várias e

diferentes questões.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 15 a 20 minutos.

Materiais: uma caixa; construir e recortar as questões em papel.

Atividade 2 - A segunda atividade compreende a realização de um cartaz com

regras a ser cumpridas durante as sessões do programa. Estas regras são minimamente

induzidas e organizadas pelo profissional, tendo de ser: curtas; o mais claras possível;

formuladas na positiva; e com o máximo de 5 regras.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 15 a 20 minutos

Materiais: Cartolina e marcadores.

Atividade 2.1 - Após a realização do cartaz com regras, é apresentada uma

tabela de sistema de reforços, onde consta o nome de cada participante e a data das

sessões. Adicionalmente, é apresentado um semáforo do comportamento, onde é

explicado que a cor vermelha equivale a um comportamento muito mau, a amarela

equivale a um comportamento mau, e a verde a muito mau comportamento. Esta

explicação deve-se ao fato de serem aplicadas estas cores às crianças, durante as

sessões, de acordo com os seus comportamentos. A atribuição de cores tem prémios e

consequências: 2 cartões verdes equivalem a atribuição de um prémio; 2 cartões

amarelos equivalem a ausência de prémio; e 1 cartão vermelho equivale a uma

consequência. Os prémios atribuídos são gomas ou chocolates e a consequência

atribuída é arrumar a sala e os materiais, sozinho (caso contrário, todos arrumam).

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 5 minutos.


Materiais: Tabela em cartolina, imagem de um semáforo com explicação

comportamental à frente da respetiva cor e marcadores de cor vermelha, amarela e

verde.

Atividade 3 – De seguida os intervenientes têm de dar um nome ao grupo e tirar

uma foto de representação do grupo - reproduzir a foto do programa. Esta foto será

impressa e constará em todas as sessões, com o nome que atribuíram ao grupo, na

mesma.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 10 a 15 minutos.

Materiais: Máquina fotográfica, imprimir a foto e colocar o nome do grupo na

mesma.

Atividade 4 – É entregue a ficha de avaliação da sessão, onde os participantes

têm de responder a todas as questões avaliativas da mesma e de possíveis melhorias.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 10 minutos.

Materiais: Ficha de avaliação da sessão.

Atividade 5 – Seguidamente é entregue o pré-teste, denominada como “ficha

diagnóstica” de forma a avaliar as suas competências no início do programa.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Fica diagnóstica.

Atividade 6 – É entregue uma ficha inter-sessão, denominada “tarefa de casa nº

1”, a qual terão de realizar até à próxima sessão. Esta ficha é direcionada para a sessão

seguinte, sobre o autoconceito e consiste no recorte de uma estrela e atribuição da

mesma a um colega - previamente definido pelo profissional – após uma boa ação e/ou

comportamento com os colegas, professores ou educadores. Na estrela irá constar o

nome do colega a quem atribuíram a estrela e o comportamento/ação que tiveram para


merecer a mesma. É importante informar os participantes que na próxima sessão terão

de trazer as estrelas que lhes foram dadas.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Tarefa de casa nº 1.

Sessão nº 2: “Como nos veem!”

Data: 17/04/2013

Objetivos específicos:

 Promover o autoconceito.

Duração: 1 hora.

Procedimento e Materiais:

Atividade 1 – A segunda sessão começa com um resumo da sessão anterior,

nomeadamente as tarefas realizadas para a apresentação dos intervenientes; relembrar as

regras criadas para o grupo; o quadro comportamental; e a foto e nome do grupo. Esta

atividade é breve, pois serve apenas para sumarizar a sessão anterior. Esta sumarização

é realizada pelos participantes, um de cada vez.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 a 10 minutos.

Atividade 2 – De seguida, todos os participantes apresentam a sua tarefa de

casa. Os participantes dirigem-se ao colega a quem entregaram uma estrela e explicam o

motivo da atribuição. Esta atividade é feita individualmente, um de cada vez.

Estima-se que a atividade tenha uma duração de 10 minutos.

Materiais: as estrelas que receberam.

Atividade 3 – Após se colocar o papel de cenário na parede, os participantes

terão de desenhar um colega na parede e escrever as características do colega que

desenharam, dentro do desenho realizado. Desta forma, são atribuídos pares - A com B,
B com C, C com D, etc. Como os participantes que desenham não são desenhados pelo

mesmo parceiro, são realizados todos os desenhos primeiro. Após a realização do

desenho, escrevem o nome da pessoa desenhada. Estando todos os desenhos realizados

e identificados, cada participante dirige-se para o desenho do parceiro, começando a

escrever as características do colega em todo o desenho. Esta tarefa tem de ser

supervisiona, sob risco de escreverem características desajustadas. No final da

atribuição de características ao colega, cada participante dirige-se ao desenho com o seu

nome, lendo as atribuições do colega e refletindo sobre elas, se já tinham reparado

nessas características em si próprios, etc. Todos os participantes realizam este passo à

vez.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 30 minutos.

Materiais: Papel de cenário e canetas.

Atividade 4 – É distribuída a ficha de avaliação da sessão e pedido aos

participantes para responderem no momento.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Ficha de avaliação da sessão.

Atividade 5 – É entregue e explicada a tarefa de casa nº 2, uma ficha onde

constam três sentimentos diferentes: o Feliz, o Triste e o Zangado. Deste modo, os

participantes terão de identificar e escrever quando é que esses sentimentos lhes surgem.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Tarefa de casa nº2.

Sessão nº 3: “Vamos conhecer as nossas emoções!”

Data: 24/04/2013
Objetivos específicos:

 Identificar e reconhecer emoções em si e nos outros.

Duração: 1 hora.

Procedimento e Materiais:

Atividade 1 – A terceira sessão iniciará com um resumo da sessão anterior,

nomeadamente a atividade realizada e as suas perceções da mesma. Esta sumarização é

realizada em conjunto.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 5 minutos.

Atividade 2 – A sessão continua com a apresentação da tarefa de casa, onde explicam

as situações em que experienciaram os três sentimentos diferentes: feliz, triste e

zangado.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 10 minutos.

Materiais: Folha da tarefa de casa nº 2.

Atividade 3 – De seguida, são apresentados cartões onde é explicado o sentimento

“Zangado” através de metáforas do estado físico e psicológico do sentimento; as

situações mais frequentes para que fiquemos zangados; situações em que podemos

deixar o outro zangado; e pensamentos alternativos.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 5 minutos.

Materiais: Cartões com a história do sentimento “zangado”.

Atividade 4 – Posteriormente, são apresentados cartões onde é explicado o sentimento

“triste” através de metáforas do estado físico e psicológico do sentimento; as situações

mais frequentes em que nos sentimos tristes; situações em que podemos deixar o outro

triste; e pensamentos alternativos.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração média de 5 minutos.

Materiais: Cartões com a história do sentimento “triste”.


Atividade 5 – Neste seguimento, são mostrados aos participantes 36 sentimentos

diferentes, em cartões. Em cada apresentação, os participantes são questionados acerca

do conhecimento do sentimento e em caso afirmativo que o expliquem. A atividade é

sempre monitorizada pelo profissional que introduz explicações ao longo das

apresentações.

Estima-se que esta atividade tenha uma duração de 15minutos.

Materiais: Cartões individuais com os sentimentos. Estes cartões têm de ter uma

imagem representativa do sentimento e legenda.

Atividade 6 – Posteriormente os cartões são colocados ao contrário em cima de uma

mesa ou semelhante, onde terão de retirar um cartão, informar os colegas qual o

sentimento que lhe saiu e dizer uma situação exemplo em que o sentimento, em questão

pode aparecer. Esta atividade é repetida, pelo menos duas vezes, de acordo com a

adesão e tempo gasto em cada história.

Materiais: Cartões individuais com os sentimentos. Estes cartões têm de ter uma

imagem representativa do sentimento e legenda.

Atividade 7 – É apresentada a “cruzada dos sentimentos” que consiste em palavras

cruzadas com sentimentos. A “cruzada dos sentimentos” tem, adicionalmente ao quadro

de resposta, a imagem dos sentimentos (iguais às apresentadas anteriormente) e uma

situação-exemplo em que o sentimento pode aparecer. Os participantes respondem

consoante a sua vez, uma vez que todos têm de participar. Esta atividade é conduzida

pelo profissional.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 10 minutos.

Materiais: Cruzada dos sentimentos. Quadro de respostas em cartolina.

Atividade 8 – É apresentado um cubo aos participantes onde constam outras imagens

que representam sentimentos comuns – Contente, com medo, arrependido, nervoso,


chateado, triste. Inicialmente o cubo é passado pelos participantes de forma a

reconhecerem o objeto. Após esta tarefa de reconhecimento, é iniciado um jogo em

equipas de dois. Após a formação das equipas os participantes dirigem-se para locais

diferentes. De seguida terão de lançar o cubo dos sentimentos entre equipa, sob

vigilância do profissional, sem que a outra equipa veja o resultado. De seguida, a equipa

em jogo, tem de reproduzir para a outra, o sentimento que lhe saiu. Esta reprodução

compreende uma situação-exemplo encenada pela equipa. Por cada resposta correta da

equipa a adivinhar, ganha 1 ponto. O cubo é lançado pelo menos 3 vezes por equipa.

Caso os sentimentos sejam repetidos, a equipa terá de reproduzir com uma situação-

exemplo diferente.

Em cada reprodução e consequente adivinha de sentimentos, é monitorizado o

tempo que têm para dar a resposta e as tentativas (apenas duas).

As regras do jogo são explicadas antes deste se iniciar.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 20 minutos.

Materiais: Cubo dos sentimentos.

Atividade 9 – É distribuída a ficha de avaliação da sessão e pedido aos participantes

para responderem no momento.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Ficha de avaliação da sessão.

Atividade 10 – É entregue e explicada a tarefa de casa nº 3.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: tarefa de casa nº 3.


Sessão nº 4: “Como é a nossa comunicação?”

Data: 08/05/2013

Objetivos específicos:

 Reconhecer 3 tipos de comunicação: Assertiva, Passiva e Agressiva;

 Promover a comunicação assertiva.

Duração: 1 hora.

Procedimento e Materiais:

Atividade 1 – A quarta sessão começa com um resumo da sessão anterior,

nomeadamente as tarefas realizadas para o reconhecimento de emoções.

Estima-se que esta atividade tenha a duração média de 5 minutos.

Atividade 2 – de seguida todos os participantes apresentam as tarefas de casa e

refletimos sobre as respostas de cada um.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 10 minutos.

Materiais: Folha da tarefa de casa nº 3.

Atividade 3 – São apresentados cartões sobre todos os tipos de comunicação que

existem e as suas características. Os cartões vão passando por todos os intervenientes do

grupo. Nestes cartões consta a comunicação Assertiva, Passiva e Agressiva.

Estima-se que esta atividade tenha a duração média de 10/15 minutos.

Materiais: Cartões dos tipos de comunicação (passiva, assertiva e agressiva) com

as características de cada um.

Atividade 4 – De seguida são apresentados cartões explicativos e ilustrativos da

comunicação assertiva. Estes cartões têm vários passos importantes para a comunicação
passiva, nomeadamente: saber cumprimentar, dar e receber elogios, saber fazer pedidos,

e saber ouvir e dizer “não”. Com a apresentação dos cartões, os intervenientes leem e

dão exemplos do quotidiano para casa fase da comunicação assertiva.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 15 minutos.

Materiais: Cartões com explicação de saber cumprimentar, dar e receber elogios,

saber fazer pedidos, e saber ouvir e dizer não. Todos os cartões individuais.

Atividade 5 – Posteriormente à apresentação dos cartões, os indivíduos realização um

ficha com situações quotidianas e várias opções de resposta. É pedido que escolham a

opção que melhor traduz a comunicação assertiva.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 10 minutos.

Materiais: Ficha com situações familiares e várias opções de resposta. Apenas

uma opção correta – comunicação assertiva.

Atividade 6 - É distribuída a ficha de avaliação da sessão e pedido aos participantes

para responderem no momento.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Ficha de avaliação da sessão.

Atividade 10 – É entregue e explicada a tarefa de casa nº 4.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: tarefa de casa nº 4.

Sessão nº 5 e 6: “Como resolvemos os problemas?”

Data: 22/05/2013

Objetivos específicos:
 Promover a adequada resolução de problemas;

 Avaliação do programa.

Duração: 1 hora.

Procedimento e Materiais:

Atividade 1 – A quinta sessão começa com um resumo da sessão anterior,

nomeadamente os tipos de comunicação que existem.

Estima-se que esta atividade tenha a duração média de 5 minutos.

Atividade 2 – De seguida todos os participantes apresentam as tarefas de casa e

refletimos sobre as respostas de cada um.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 10 minutos.

Materiais: Folha da tarefa de casa nº 4.

Atividade 3 – As atividades iniciam-se com uma introdução aos problemas onde, no

final, é apresentado o semáforo dos problemas. De seguida são explicados os passos a

seguir, segundo o semáforo, quando temos um problema: 1º paramos para nos

acalmarmos; 2º pensamos sobre o que podemos fazer; 3º escolhemos a melhor atitude e

agimos para resolver o problema.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 10 minutos.

Materiais: texto de introdução, semáforo “parar, pensar, agir”.

Atividade 4 – De seguida é fornecida uma folha com os passos de resolução de

problemas, e uma explicação detalhada de cada passo. A folha é distribuída por todos os

participantes. Posteriormente cada um lê um passo da Resolução de Problemas. No final

de ler os passos, é criado um problema real e são realizados todos os passos até à sua

resolução, de acordo com a folha distribuída – esta tarefa é realizada em conjunto, entre

todos os participantes.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 20 minutos.


Materiais: Folha com os passos de resolução de problemas.

Atividade 5 – É distribuída a ficha de avaliação da sessão e pedido aos participantes

para responderem no momento.

Estima-se que a atividade tenha a duração média de 5 minutos.

Materiais: Folha de avaliação da sessão.

Atividade 6 - É distribuído o pós-teste, para os participantes responderem no momento.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Pós-teste.

Atividade 10 – É distribuída a ficha de avaliação do programa.

Estima-se que esta atividade tenha a duração de 5 minutos.

Materiais: Ficha de avaliação do programa.

Atividade 11 – Por fim, é oferecido a cada participante uma lembrança do programa – 1

foto do grupo com dedicatória e um lápis.

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