Você está na página 1de 30

Silvio Roberto Andrietta

Processos de fermentação
alcoólica
Classicos
Um inóculo para cada batelada
Utilizado na fermentação de amido de milho (USA)

Cortes
Uma parte do vinho é destilada e a outra fica como
inóculo
Com ou sem decantação na própria dorna
Utilizada em produção de aguardente artesanal
Processos de fermentação
alcoólica
Batelada alimentada
Criado para operar em processos onde existe uma
forte inibição pelo substrato
Portanto, sugere operação com concentração de
substrato constante e baixa
Não é o caso da fermentação alcoólica
Alimentação limitada para evitar consumo excessivo de
anti espumante e controle de temperatura
Maior tempo de alimentação menor velocidade de
fermentação
Rendimento – Nenhuma variação significativa
Processos de fermentação
alcoólica
Contínuos
Maior produtividade por não se ter tempo morto das
dornas
Deve ser sempre em multiplos estágios para evitar
inibição pelo produto (etanol)
Deve ter conversão bem controladas nos estágios
Requer um sistema de regeneração das células eficiente,
pois, as mesmas ficam longos períodos em anaerobiose
Sistema de limpeza das partes interna das dornas que
não estão submersas no vinho
Requer maiores cuidados na condução
Processos com leveduras floculantes
Processos Batelada
Reatores agitados para manter a levedura em
suspensão durante a conversão
Ao término da fermentação, para-se a agitação e
espera-se o fermento se separar do vinho por
decantação
Sobrenadante é enviado para a destilação
Decantado é diluído em água, tratado com ácido e
reutilizado para a próxima fermentação
Utilização limitada para unidades pequenas de
produção de álcool ou aguardente.
Processos contínuos com reator de mistura
Reatores agitados para evitar a decantação de células
no mesmo
Normalmente realizado em multiplos estágios,
seguindo os mesmos princípios dos processos
contínuos convensionais
Necessitam de unidades de regeneração de células,
com ou sem adição de ácido sulfúrico e água
Reaproveitamento do fermento após separação do
mesmo por decantação
Limitação devido ao longo período necessário para a
separação do fermento
Processo contínuos com reatores torre sem
reciclo de fermento
Vantagens
 Não necessida de unidade de separação e tratamento de
fermento
 Por formar leitos estáveis, permite a operação com alta
concentração de células no seu interior, diminuindo o tempo
de fermentação (2 horas)
 Permite atingir comportamento de reator tubular, desejável
para processos com inibição pelo produto (etanol)
 Grande facilidade operacional, podendo ser totalmente
automatizado
 Baixo custo de instalação e operacional
 Baixo consumo de insumos
Microrganismo utilizado
Característica do microrganismo
Comportamento de um reator torre
Gases Gases

Vinho Vinho
Comportamento do reator
Z(cm) Sacarose Glicose Frutose Glicerol Etanol ART
(g/L) (g/L) (g/L) (g/L) (g/L) (g/L)

Reator 1

0 172,8741 0 0 0 0 181,9727
05 79,31105 22,9889 24,5269 0,0477 19,2889 131,0012
10 29,6308 24,5270 37,6008 2,2206 37,9570 93,3182
15 22,3030 25,2960 38,3698 2,2206 37,9570 87,1428
20 15,1770 25,9889 37,6008 3,3071 47,2911 76,5656
25 12,0422 27,6445 34,5635 3,2832 54,7590 74,8841
30 7,5885 19,9540 33,4123 3,7400 58,5363 61,3542
35 4,9162 15,7242 33,0278 3,8264 58,5363 53,9271
40 3,1347 13,0325 26,4909 3,2832 56,3147 42,8232
45 2,2440 7,2646 18,8004 3,2832 56,9806 38,4272
50 2,2440 7,6491 21,1075 3,2832 60,9817 31,1189
55 2,2440 7,6491 20,3385 3,8264 61,8704 30,3498
60 2,2440 7,8027 20,7992 3,8264 65,6487 30,9641
Modelos cinéticos
n
G  P 
   máx * * 1   (28)
G 2  Pmáx , F 
K SG G  
K IG
n
 G F  P 
   máx * 1   * * 1   (29)
 F F 2  P 
K SF F  máx , F 
K IF

 G
onde 1   é o termo de diauxia para a frutose, G é a concentração de glicose e F é a
 F
concentração de frutose.

S  G   F 
   máx *  1   * 1   (30)
S 2
 G máx   Fmáx 
K MS S
K IS
on
Comportamento do reator
180

160

140

120
S Calc
100 G Calc
80 F Calc
ET Calc
60

40

20

0
0 10 20 30 40 50 60
Características do leito
Característica do leito
Leito de levedura
Sistemas estudados – Sistema 1
Sistemas estudados – Sistema 2
Sistemas estudados – Sistema 3
Sistemas estudados
Sistema 1 2 3
Prod (g/Lxh) 26,29 21,68 27,39
Rend (%) 90 90 90
GL Final 10,00 9,63 10,20
TR (h) 3,0 4,0 3,0
ART Alim 180 175 185
(g/L)
Escala Piloto – Patente Unicamp/Dedini
Planta piloto instalada na Usina da Pedra
Capacidade – 10.000 L de etanol 100% / dia
Data de inicio de operação – outubro de 2005
Objetivo
Avaliar a operacionabilidade do processo
Estudar a fluído dinâmica dos biorreatores
Avaliar a capacidade de permanência da cepa
Avaliar a resistência do processo a condições
desfavoráveis
Desempenho geral do processo
Planta Piloto - Descrição
Planta constituída de dois reatores torres ligados em
série
Um tanque de degasagem
Um decantador
Um Tanque de regeneração de fermento
Capacidade 10.000 L de etanol por dia
Teor alcoólico 8 a 10 GL.
Sem consumo de ácido e antiespumante
Resultados
Problemas operacionais com os trocadores de calor
quando a concentração de células passa de 35% nos
reatores
Devido a longos períodos em anaerobiose, a
membrana celular perde seletividade
Aumento de produção de ácidos
Observações
As células não podem ficar indefinidamente nos
reatores como ocorrido no laboratório
Necessidade de se atingir estado operacional onde
uma parte do leito é arrastado para o decantador
Necessidade de se instalar um tanque de regeneração
do leito biocatalítico (leveduras)
Regeneração da membrana celular por indução da
mesma para o ciclo respiratório
Processo contínuos com reatores torre com
reciclo de fermento
Os ensaios em escala piloto mostraram que este
sistema é o mais adequado para operar com leveduras
floculante
Permite trabalhar com alta concentração de células
no reator, sem sobrecarregar a unidade de separação
de células
Permite a regeneração do leito biocatalítico em um
tanque regenerador, tornando viável a operação do
processo por longos períodos
Alta produtividade e baixo consumo de insumos
Operação
Concentração de álcool no vinho 9 GL
Taxa de reciclo 0,3
Tempo de regeneração do leito 0,5 horas
Forma de regeneração aerobiose
Tempo de residência nos fermentadores 5 horas
Nível de conversão de ART 97%
Rendimento meio industrial 87%
Tempo de operação 5 meses
Produtividade 11 g/Lxh
Nível de desenvolvimento
Sistema totalmente operacional

O que falta devido a limitação do equipamento piloto


Definir produtividade máxima
Testar novas cepas
Testar novas matérias primas

Você também pode gostar