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O que é?
Acting Through Song (ATS) é uma disciplina no âmbito do Teatro Musical em que se
aplicam técnicas de interpretação a canções. Corresponde portanto à interpretação de
canções em que o ator tem como objetivo passar ao público uma mensagem real e
verdadeira.
“A arte de contar a cantar.”
Imaginação – Muitas vezes, temos de formular imagens na nossa cabeça para que
possamos ter algo com que interagir enquanto cantamos. Essas imagens devem ser o
mais detalhadas possíveis, podendo, por exemplo, corresponder a memórias, situações
passadas, o mundo que nos rodeia, etc
Atenção Ilimitada – É necessário prestar atenção ilimitada a tudo o que nos rodeia
(cenário, adereços, etc) e, caso não estejamos sozinhos em cena, ao nosso parceiro. O
facto de lhe prestarmos atenção ilimitada fará com que nos libertemos da nossa
autoconsciência deixando por isso de nos focar só em nós e começando a focar-nos fora
de nós e a reagir ao que nos rodeia.
Interação –Ao prestar atenção ilimitada às ações da pessoa com quem estamos a
contracenar ao prestar atenção ilimitada às imagens que se formam na nossa
imaginação, conseguimos responder ao que vemos e reagir de forma espontânea.
“ACTING IS REACTING”
Primeiro círculo: Estamos em primeiro círculo quando olhamos para uma parte do
nosso corpo, para algo que estamos a agarrar ou para algo extremamente próximo de
nós. Quando nos lembramos de algo, estamos geralmente em primeiro círculo, uma
vez que os nossos olhos tendem a focar pontos perto de nós.
Segundo círculo: O segundo círculo refere-se a tudo o que estiver no palco. Isto incluí
outros atores, cenário, adereções ou qualquer outra coisa imaginada na área do placo,
como por exemplo, relva.
Terceiro círculo: Se estamos em terceiro círculo, estamos a olhar para algo fora da
área do palco, como o céu. A menos que seja especificado pelo texto, sempre para o
auditório e não para as pernas do palco. Ao usar o terceiro círculo, temos sempre de
ver alguma coisa na nossa imaginação. As personagens geralmente veem memórias
ou imaginam um evento futuro quando estão neste círculo.
Em qualquer canção a solo podemos estar a falar com uma destas 3 entidades:
Outra pessoa (Um indivíduo ou um grupo que pode estar na sala ou algures longe.
Podem estar vivou ou mortos ou ser ficcionais)
Outra versão de nós próprios (Podemos falar connosco próprios no espelho, ou a
considerar uma versão de nós “que gostávamos de ser”)
Deus (Um poder superior – uma personagem todo-poderoso.)
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Circunstâncias em que a personagem se encontra e circunstâncias anteriores, ou seja,
o que é que aconteceu imediatamente antes da personagem começar a cantar que a
levou a que tivesse de o fazer.
Quais são as relações que a personagem tem com as outras personagens da história
que pode afetar a forma como canta uma determinada canção.
As Perguntas de Stanislasky são também uma ferramenta muito útil. São elas:
O ator é 360º graus, podendo utilizar todo o espaço que o rodeia e as diferentes
direções que lhe são possível.
O Objetivo de uma personagem pode variar ao longo de um música.
Ao longo de um musical, o objetivo de uma personagem vai mudando ao longo das
cenas, tendo, no entanto, sempre o seu super-objetivo, aquilo que mais quer acima de
tudo (que pode mudar, mas é mais raro). Por exemplo: No Les Misérables, o super-
objetivo da Fantine, é voltar a estar com a Cosette, no entanto, na cena é que ela
vende um dos seus dentes, o seu objetivo é conseguir dinheiro para mandar para os
Thernardiér para que eles tomem conta da filha dela.
Quando existe uma dualidade numa música, utilizar dois focos diferentes com
intenções muito claras para cada um deles.
Explorar sempre as diferentes fisicalidades das pesonagens, tentando perceber onde
está o seu foco de energia e por onde lideram o corpo. Por exemplo: No The Addams
Family, o Pugsley lidera com a pélvis, enquanto a Wednesday lidera com a testa.
Não há certi nem errado, têm é de haver escolhas fortes e claras.
Só desmancha quando 3 segundos depois da música terminar.
Assim que começa o instrumental, começa o processo de pensamento de uma
personagem.
Numa canção, cada frase corresponde a uma sucessão de pensamentos. Eu penso e
depois é que falo.
Inspiramos quando pensamos nalguma coisa. Devemos inspirar as emoções que
vamos cantar.
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ANEXO:
“MUSIC EXPRESSES THAT WHICH CANNOT BE PUT INTO WORDS AND CANNOT
REMAIN SILENT”
VICTOR HUGO