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LAUDO CARACTERIZADOR DE DEFICIENCIA

1. a identificação da pessoa com deficiência, com nome e documento de identificação,


preferencialmente o CPF;

2. a CID que determina a limitação funcional responsável pela deficiência. No caso de existir
mais de um, cita-se o principal;

3. a origem da deficiência: acidente de trabalho, congênita, adquirida, acidente não


relacionado ao trabalho, doença;

4. descrição detalhada das alterações causadas pela deficiência;

5. descrição das limitações funcionais para as atividades do cotidiano e de apoios que auxiliam
a pessoa;

6. registro do tipo de deficiência;

7. carimbo com a identificação do Profissional de saúde avaliador, com seu respectivo número
de inscrição no conselho e assinatura

8. data;

9. assinatura de ciência e autorização da PcD, autorizando a divulgação do laudo ao Ministério


do Trabalho, quando solicitado por este.

Paciente: Ellen Cristina Rhoden


CPF: 057.776.139-00
Cid: G 80.2

Paciente vem a consulta para solicitação de laudo caracterizador de


deficiência pcd. Refere história de paralisia cerebral congênita e
consequentemente sequela de paraparesia em MMII, associado a
deficiência intelectual identificada já na pequena infância para
habilidades cognitivas.
Relata ainda dificuldade de deambular, tendo que usar muitas
vezes apoios de parede e moveis para se manter em posição
ortostática. Ocasionando intermitentemente dores em joelhos, pés e
coluna constantemente.
Paciente com quadro congênito, com história de nascimento
gemelar e prematuro de 30 semanas, com nascimento natimorto de
irmão gêmeo. Ficou em uti neonatal durante 2 meses. 

Desconhece devido ter sido adotada

Beg, laco, glasgow 15, afebril


Acp: bnf rr 2t ss
Ap: mv + simétrico sem ruídos adventícios
Abdome: plano, flácido, sra, sem vmg, sem dor a palpação

Coluna vertebral com desvio lateral, sugerindo quadro de escoliose.


Joelhos com desvio lateral e dificuldade de extensão devido a
quadro de rigidez em MMII bilateralmente.
Tornozelo e pé com eversão e lateralizarão, associado a rigidez de
mmii.
Tônus muscular apresenta ausência de contração principalmente
em mid.

V. Paralisia Cerebral A paralisia cerebral pode ocasionar variadas sequelas,


desde paresias (redução da força) bem leve até paralisias espásticas em
que a pessoa quase não movimenta os membros, necessita cadeira de
rodas etc. Pode haver alteração cognitiva associada, em menor proporção,
mas que configura uma deficiência múltipla.

2. Origem da deficiência: Em caso de tratar-se de acidente de trabalho


ocorrido na empresa, anexar a CAT.
No laudo para esta finalidade, é fundamental a descrição de quais as dificuldades e
limitações que o paciente apresenta para as atividades da vida diária, como 

“alterações de marcha, perda de força ou mobilidade doméstica e urbana, dificuldades


de comunicação, dificuldades no cuidado pessoal, dificuldades de leitura, escrita e
compreensão, dificuldades nas interações sociais” 
dentre outras e as limitações no desempenho de atividades da vida diária e restrições
de participação social.

Memorar que “não são limitações para o trabalho, pois pressupõe-se que seu
posto de trabalho está adaptado e acessível, mas para as funções do dia a
dia, em comparação com uma pessoa que não tem o impedimento.”

3. Descrição da deficiência e código da doença (CID): Este campo deve


trazer o detalhamento das alterações corporais verificadas,
principalmente para deficiência física. Não basta um diagnóstico ou
termos genéricos como “sequela de poliomielite”. É necessária a descrição
detalhada da parte do corpo afetada, do grau de redução de força e de
amplitude de movimentos, quais as partes faltantes ou sem
funcionalidade em caso de amputações e deformidades (ver critérios
técnicos descritos no tópico que trata das limitações funcionais).

4. Descrição das limitações funcionais: fundamental a descrição de quais


as dificuldades que a pessoa apresenta para as atividades da vida diária,
como alterações de marcha,
perda de força ou mobilidade. Lembrar que não são necessariamente
limitações para o trabalho, mas dificuldades que ela apresenta em
comparação com alguém que não tenha as alterações corporais descritas
no item anterior. Não podem ser descrições genéricas como “carregar
peso excessivo”, “caminhar distâncias excessivas”, afinal, ninguém deve
carregar peso excessivo ou realizar qualquer excesso de esforço. Se a
pessoa não consegue carregar 5Kg, por exemplo, pode-se constatar que
realmente existe limitação.

5. Em seguida, o avaliador deverá marcar qual dos itens da legislação é a


base para o enquadramento. Observar que, em caso de deficiência
múltipla, devese assinalar, descrever e apresentar os documentos
comprobatórios de cada uma das deficiências que a compõem.

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