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 Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a

forças ou cargas
 É necessário conhecer as características do material e
projetar o elemento estrutural a partir do qual ele é feito
 Materiais são frequentemente escolhidos para
aplicações estruturais porque eles possuem
combinações desejáveis de características mecânicas
 Carga estática aplicada uniformemente sobre
uma seção reta ou superfície de um elemento
estrutural
 Comportamento mecânico pode ser
determinado por um teste simples de tensão-
deformação
Existem 3 principais meios nos quais uma
carga pode ser aplicada, isto é:
a) Compressão
b) Tensão
c) Cisalhamento
Tensão Deformação
 Muitas cargas são de torsão em vez de
cisalhamento puro
 Um dos testes mais comuns de tensão-
deformação é realização em tração

 Pode ser usado para determinar várias


propriedades mecânicas
 O cálculo da tensão de engenharia é dada com
base na área da seção transversal original,
antes de ocorrer qualquer deformação; e não
leva em consideração essa redução de área
apresentada ;
 Torna-se necessário o cálculo da tensão
verdadeira, a qual é calculada com base
área da seção transversal instantânea
onde a deformação está ocorrendo


 Testes de tensão de compressão- deformação
podem ser conduzidos se as forças em serviço
forem deste tipo
 Similar a um teste de tração, exceto que a força
é compressiva e a amostra se contrai ao longo
da direção da tensão
 Para testes realizados usando uma força
cisalhante.
 A tensão cisalhante τ calculada de acordo com
a relação
τ = F / Ao

- F é a carga ou força imposta paralelamente às faces superior e


inferior, cada uma das quais tem uma área de Ao
 A deformação cisalhante γ definida como a
tangente do ângulo de deformação θ

 As unidades para tensão de cisalhamento e


deformação de cisalhamento são as mesmas
daquelas das suas contrapartes de tração
 O grau de deformação de uma estrutura
depende da tensão que lhe é imposta;
 A tensão e a deformação são proporcionais de
acordo com a seguinte relação

σ= E ε
E – Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
 Essa relação é a Lei de Hooke
 O processo no qual a deformação é proporcional a
tensão é chamado de deformação elástica
 O gráfico da tensão x deformação é
linear
 A deformação elástica acontece independente
do tempo;
 Uma tensão aplicada produz uma deformação
elástica instantânea, que permanece constante
durante o período de tempo em que a tensão é
mantida;
Inclinação = Módulo de elasticidade
 Para a maioria dos materiais existirá também
deformações elásticas que dependem do
tempo, ela permanecerá após a aplicação da
tensão e precisará de um tempo finito para
completa recuperação.
 No caso de alguns materiais como o concreto e
alguns polímeros a parte elástica da curva
tensão x deformação não é linear;
 Para esses comportamentos normalmente
utiliza-se o modulo tangente ou o modulo
secante.
 A deformação elástica é manifestada através de
pequenas alteração no espaçamento interatômico e no
alongamento das ligações.
 Módulo de elasticidade é a medida da resistência a
separação dos átomos adjacentes.
 Proporcional a inclinação da curva força interatômica x
separação interatômica no ponto de equilíbrio:
 A curva abaixo representa a força x separação
para materiais tanto com ligações fortes
como fracas.
 As diferenças entre os módulos de elasticidade
de diferentes tipos de materiais, como
polímeros, metais e cerâmicas, são
consequência dos diferentes tipos de ligações
atômicas.
 O modulo de elasticidade diminui com o
aumento de temperatura.
 Comportamento elástico que depende do
tempo, e é devido a processos microscópicos e
atomísticos dependentes do tempo que
acompanham a deformação;
 Para os metais, a componente elástica
normalmente é pequena, sendo
frequentemente desprezada
 Quando uma tensão de tração é imposta sobre
amostra de metal, um alongamento elástico e sua
deformação correspondente Ɛz resultam na tensão
aplicada, conforme a figura:
 Se a tensão aplicada for uniaxial (apenas na
direção z), e o material for isotrópico, então Ɛx= Ɛy.

x y
v 
z z

 Variam na faixa de 0,25 até 0,35.


 Para materiais isotrópicos, os módulos de
cisalhamento e elasticidade, estão relacionados
entre si:
E  2G(1  v)

 G vale aproximadamente 0,4E


 Muitos materiais são elasticamente
anisotrópicos; isto é, o comportamento
elástico (por exemplo, a magnitude de E)
varia com a direção cristalográfica
 Para estes materiais as propriedades elásticas
são completamente caracterizadas apenas
pela especificação de várias constantes
elásticas.
 Para a maioria dos materiais metálicos, o regime
elástico se mantém até deformações de
aproximadamente 0,005.

 À medida que o material continua a ser deformado


além desse ponto, a tensão deixa de ser
proporcional à deformação e, portanto, a lei de
Hooke não mais será obedecida
 Uma deformação permanente e não recuperável
denominada deformação plástica.
 A deformação plástica ocorre devido à
ruptura de ligações com os átomos vizinhos
originais, seguida da formação de ligações
com os novos átomos vizinhos.
 Mesmo que a tensão causadora da
deformação seja removida, os átomos não
retornarão às suas posições originais.
 Para a maioria dos materiais metálicos, a
transição do comportamento elástico para
o plástico é gradual, ocorrendo uma
curvatura no ponto de surgimento da
deformação plástica, a qual aumenta mais
rapidamente com a elevação de tensão.
 No caso de sólidos cristalinos, a deformação ocorre
segundo um processo chamado de
escorregamento (ou deslizamento), que envolve o
movimento de discordâncias.
 Em sólidos não-cristalinos, bem como em
líquidos, o processo de deformação
ocorre de acordo com um mecanismo de
escoamento viscoso.
 Tensão necessária para a deformação plástica
aumentar até um determinado valor máximo e
então diminui até a fratura do material

 Limite de escoamento é a tensão necessária para


iniciar a deformação plástica de um material
tracionado
 Ductibilidade é o grau de deformação plástica que
foi suportado até a fratura

Como alongamento percentual Como redução percentual na área

(%L) > medida de deformação (%RA) > percentual de redução


plástica na fratura. na área.
%RA = [(A o - Af )/A o] x 100
%EL = [(lf -l o) / lo] x 10

lf: Comprimento no momento da Ao: Área de seção transversal


fratura; original;
lo: Comprimento útil original; Af: Área de seção transversal no
ponto da fratura;
 É a capacidade de um material absorver
energia quando é deformado elasticamente
e, após a remoção da carga, permitir a
recuperação desta energia.
 Materiais com limite de escoamento
elevado

 Materiais com módulo de elasticidade


pequeno

 Grande utilização em molas

 Ensaio de tração uniaxial


 É a capacidade de um material absorver
energia durante o impacto e transformá-la
em deformação plástica

 Materiais com boa ductilidade


apresentarão alta tenacidade;
 Carros antigos apresentavam resistência e
dureza elevadas e tenacidade baixa, quase não
amassavam e transferiam a energia do impacto
ao motorista
 A carroceria de carros novos possui elevada
tenacidade e transformam a energia do
impacto em deformação plástica
 Carregamento dinâmico – tenacidade ao
entalhe por meio de ensaio de impacto;

 Carregamento estático – ensaio de tração


uniaxial;
 A tensão verdadeira é calculada com base na
área da seção transversal instantânea onde a
deformação está ocorrendo
 Equação da tensão verdadeira:

F – Carga
Ai - Área da seção transversal instantânea
 As tensões e deformações verdadeiras e de
engenharia estão relacionadas;

 Válidas só até o início da estricção, a partir


daí a tensão e a deformação verdadeira
devem ser calculadas a partir de medidas da
carga da área da seção transversal e do
comprimento útil real
CALLISTER, William, D. Ciência e
Engenharia de Materiais – Uma introdução.
7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

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