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Programa eleitoral

Força Coerente! Força Diferente!


GAIA mais justa, mais coesa

COESÃO TERRITORIAL, SOCIAL E CULTURAL

A garantia de melhores condições de vida para a população de Gaia é inseparável de


políticas municipais que tenham em conta a diversidade do Concelho e as suas
potencialidades, da luta pela igualdade de todos no acesso a bens e serviços públicos, no
direito à mobilidade, a uma habitação condigna, a um emprego digno, ao Ensino e ao
Conhecimento, no acesso pronto e eficiente à Saúde, no usufruto dos bens culturais, no
direito a uma infância, juventude e velhice felizes.

Conhecendo a realidade do Concelho (dificuldades e problemas, mas também


potencialidades) e tendo uma política coerente capaz de transformar o actual estado em que
este se encontra, a CDU candidata-se a estas eleições assumindo o compromisso de
trabalhar com honestidade, competência e empenho para que Vila Nova de Gaia seja um
Concelho com mais coesão social, territorial e cultural, um Concelho mais humanizado.

A CDU representa a alternativa à política dominante, é a força coerente, com um projecto


próprio, comprometida com os interesses dos trabalhadores, das populações e do Município.

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ÍNDICE

CAPÍTULO 1 – COESÃO TERRITORIAL .......................................................................................................... 03


1. Reposição das Freguesias
2. Mobilidade e Infraestruturas
3. Urbanismo e Reabilitação Urbana
4. Ambiente e Eficiência energética
5. Segurança pública e Protecção Civil

CAPÍTULO 2 – COESÃO SOCIAL .......................................................................................................................10


1. Educação
2. Acção Social
3. Habitação
4. Saúde
5. Desenvolvimento Económico
6. Infância e Juventude
7. Envelhecimento Activo e com Direitos

CAPÍTULO 3 – COESÃO CULTURAL ............................................................................................................... 18


1. Cultura
2. Património
3. Desporto
4. Associativismo

CAPÍTULO 4 – GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPADA E TRANSPARENTE ............................23

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 25

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CAPÍTULO 1

COESÃO TERRITORIAL
Lutar pela reposição das Freguesias extintas, trabalhar para uma rede articulada de transportes
públicos e colectivos e de outros instrumentos que garantam o direito à mobilidade dos Gaienses,
promover a reabilitação urbana e valorização do espaço público, preservar o meio ambiente e
ecossistemas, e implementar medidas de eficiência energética e de segurança pública, são pilares
de uma política de coesão territorial que considere Gaia como um todo.

1. REPOSIÇÃO DAS FREGUESIAS

A CDU sempre contestou de forma activa a extinção das Freguesias imposta por PSD e CDS (e que,
em Vila Nova de Gaia, contou com o apoio do PS) no atropelo da vontade das populações e de
muitos órgãos autárquicos.
Sempre rejeitámos uma perspetiva de reorganização territorial baseada em critérios pouco claros e
pouco transparentes – para não dizer, em muitos casos, cegos – que ignoraram totalmente a
realidade concreta de cada território.
A extinção de Freguesias não serviu os interesses da população de Gaia, antes contribuiu para o
empobrecimento do Poder Local e da participação democrática: perdeu-se proximidade com a
redução de eleitos de Freguesia; dificultou-se a capacidade de intervenção na resolução de
problemas; perderam-se identidades e reduziu-se a capacidade de reivindicação das populações já
que, enquanto representantes destas, os eleitos de Freguesia devem dar voz às mesmas, levando-
as a outros níveis de poder.
Contrariamente ao propagandeado, a extinção de Freguesias não significou reforço da coesão
territorial, mas sim o aumento das assimetrias já existentes e a redução de serviços públicos e de
proximidade.
A reorganização administrativa do território deve ser devidamente ponderada, atentas as
necessidades das populações e as características de cada território e nunca contra a opinião das
populações e os seus interesses.

• A CDU continuará a lutar junto das entidades e instituições competentes para que sejam repostas,
de acordo com a vontade das populações e dos órgãos autárquicos, as Freguesias extintas
em Gaia, bem como sejam reabertos os serviços públicos e de proximidade, entretanto
encerrados.

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2. MOBILIDADE E INFRAESTRUTURAS

Vila Nova de Gaia é um Concelho marcado por grandes dificuldades no acesso a transportes
colectivos públicos, tendo uma rede manifestamente insuficiente para responder às necessidades
tanto no que se refere à sua cobertura como aos horários e preços.

São praticamente inexistentes as ligações inter-freguesias, bem como os transportes dentro das
Freguesias, não permitindo aos Gaienses que se desloquem em transportes colectivos desde as suas
zonas de residência para locais com serviços públicos de proximidade (como Centros de Saúde,
postos dos CTT, Juntas de Freguesia, …).

A realidade quotidiana mostra bem que as políticas seguidas ao longo de vários anos reduziram o
direito à mobilidade, com evidentes prejuízos para a qualidade de vida dos gaienses, especialmente
nas Freguesias mais afastadas do centro.

A garantia do direito à mobilidade passa por uma rede articulada de transportes que responda às
necessidades da população, por infraestruturas adequadas, e pela diversificação da oferta de meios
de deslocação, construindo uma rede em que aqueles sejam complementares entre si e sirvam as
necessidades sentidas.

A CDU está comprometida com esse objectivo, tendo propostas concretas para tal.

MOBILIDADE
• Elaboração de um estudo sobre as reais necessidades de transportes do Concelho, articulando
a oferta existente (da CP, da Metro do Porto, da STCP e das operadoras privadas) quanto à sua
cobertura, horários e preços praticados;
• Identificadas as insuficiências e ausências de resposta, elaborar/implementar uma rede
articulada de transportes que, cobrindo todo o Concelho, supra as necessidades tanto ao nível da
ligação de Gaia a concelhos limítrofes como no que se refere a ligações inter-freguesias e a carreiras
intra-freguesias, nomeadamente nas de maior dimensão;
• Criação de um Portal da Mobilidade que reúna e disponibilize toda a informação relativa aos
diferentes transportes públicos e colectivos que servem o Concelho, designadamente percursos,
horários e preços;
• Criação de Interfaces Modais que, acolhendo as carreiras do Concelho, permitam
descongestionar o trânsito de Santo Ovídio e da Avenida da República;

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• Criação de Estacionamento Público junto às principais estações do Metro, para incentivar o
uso deste meio de transporte;
• Estudo e implementação de uma linha de transporte fluvial que faça a ligação das Freguesias a
jusante da Barragem de Crestuma/Lever até ao Porto, passando por Avintes, Oliveira do Douro e
Gondomar;
• Repensar o Teleférico como meio de mobilidade da população do Concelho e não apenas como
atracção turística;
• Intervenção junto das entidades competentes, nomeadamente da Administração Central, para a
concretização do alargamento da rede de Metro do Porto, designadamente com a construção da
Linha Rosa ligando o Campo Alegre (Porto) às Devesas (V. N. Gaia), o prolongamento da linha
Amarela e a planificação e concretização da circular do Metro;
• Criação do Provedor do Utente, desenvolvendo um espaço no qual possam ser recebidas
queixas, reclamações, pedidos de informação dos utentes, bem como serem dadas respostas e
informações às questões colocadas;
• Intervir junto das entidades e instituições competentes, nomeadamente junto da Administração
Central, para o alargamento do Andante/Passe Social Intermodal no seu âmbito geográfico,
abrangendo mais populações e garantindo a sua validade intermodal, consagrando a sua utilização
em todas as carreiras de todos os operadores de transportes que servem o Concelho, assim
confirmando o Andante/Passe Social Intermodal como título de transporte de acesso universal ao
serviço público de transportes;
• Intervir para garantir o desconto de 50% a todos os cidadãos com idade superior aos 65 anos,
em todos os transportes colectivos que servem o Concelho de Gaia.

INFRAESTRUTURAS
• Planificar e construir/finalizar eixos viários estruturantes, muitos já existentes e previstos no
PDM como, por exemplo, a VL3 (da Avenida da República até à orla costeira da Madalena), a VL11
(Canelas-Perosinho) ou a VL5 (Arcozelo-S. Félix da Marinha);
• Reabilitação e manutenção regular da rede viária planificando a recuperação/manutenção do
piso de forma a evitar a degradação acentuada que se tem verificado;
• Intervir para pôr fim aos troços portajados das ex-SCUT, designadamente o pórtico da A29,
em Gulpilhares;
• Elaborar um Plano Concelhio de Segurança Rodoviária e de circulação de pessoas com
mobilidade reduzida, identificando-se prioridades de investimento designadamente no que respeita
a passeios, passadeiras e sinalização, planificando e calendarizando essa mesma intervenção;

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• Requalificação de caminhos pedonais no Concelho, minimizando-se os impactos de vias de
rápida velocidade de tráfego (como a A1, A29, A20, A44, A41, A32) na circulação pedonal, por forma
a garantir a mobilidade e a segurança dos peões;
• Alargamento da rede de Ciclovias planificando a sua existência não só na orla costeira, mas em
outros locais do Concelho, promovendo diferentes formas de mobilidade e deslocação e dinamizando
este meio de transporte além apenas do lazer e desporto;
• Completar as redes de abastecimento de água e de saneamento, fazendo um levantamento
rigoroso das carências existentes e calendarizando as medidas para a sua correcção.

3. URBANISMO E REABILITAÇÃO URBANA

Vila Nova de Gaia precisa de políticas mais direccionadas para os seus moradores e para os seus
interesses e aspirações, intervindo para garantir melhor qualidade de vida aos Gaienses, o que
passa, inevitavelmente, pela reabilitação urbana do Concelho e pela valorização dos diferentes
espaços públicos, tornando-os de utilidade e agradáveis para o seu usufruto.

É neste sentido que vão as propostas da CDU.


• Valorização do Centro Histórico, planificando e calendarizando a reabilitação do seu edificado,
trabalhando para o seu repovoamento, dando prioridade aos antigos moradores da zona, bem como
apoiando a criação e o desenvolvimento de estruturas e infraestruturas que contribuam para a sua
dinamização, preservando a sua identidade e a património, e envolvendo a comunidade local neste
projecto;
• Valorização da Escarpa da Serra do Pilar, planificando uma intervenção de requalificação
urbanística e ambiental, integrada num Plano de Pormenor, que dê prioridade aos seus moradores e
que assegure a existência de parques contínuos de desporto e lazer;
• Promover e concluir a efectiva reabilitação e requalificação de parques municipais (como o
Parque da Ponte D. Maria Pia, o Parque Quinta do Conde das Devesas/Parque das Camélias, o
Parque da Lavandeira – designadamente com o seu alargamento e a abertura de uma entrada em
Mafamude);
• Criação de medidas de apoio à requalificação de parques habitacionais que permita promover
e apoiar a constituição de Associações de Moradores, Cooperativas, Condomínios,
especialmente em edifícios que tenham sido propriedade do Estado, bem como apoiar estas
Associações na identificação de concursos a fundos (comunitários e outros) e demais formas de
acesso a créditos para a reabilitação dos edifícios;

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• Efectuar um levantamento e registo, em colaboração com as Juntas de Freguesia e entidades
competentes, de imóveis desocupados, identificando-se a sua tipologia, o seu grau de
habitabilidade e/ou estado de degradação;
• Lutar para que sejam criadas condições que permitam às Autarquias a compra de imobiliário
devoluto, a preços não especulativos, para que o mesmo possa ser, posteriormente, arrendado a
preços acessíveis;
• Planificação e implementação de uma rede de instalações sanitárias públicas, balneários
públicos e tanques públicos com reabilitação dos equipamentos existentes ou construção de
novos;
• Promover a publicação do cadastro dos edifícios e terrenos que sejam propriedade do
município, das Freguesias e do Estado existentes em Vila Nova de Gaia, disponibilizando os
mesmos através da GaiUrb para consulta pública;
• Promover o cadastro dos Baldios e dinamizar a sua gestão, envolvendo as populações.

4. AMBIENTE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A promoção e a elevação da qualidade de vida dos Gaienses passa também por opções que
garantam a democratização do acesso à Natureza e do seu usufruto, preservando o meio ambiente
e os recursos naturais existentes, bem como tomando medidas de eficiência energética que
contribuam para consumos mais adequados.

AMBIENTE
• Criação de uma Estratégia Municipal a 15 anos para a requalificação da estrutura ecológica
do Concelho (Ribeiras Atlânticas, Ribeiras das Encostas do Douro, rios, zonas florestais e outros
espaços verdes) através do levantamento do estado de cada uma destas zonas, planificando-se a
necessária intervenção com vista à preservação ambiental, ao combate às espécies invasivas, mas
também ao saudável usufruto destes espaços pela população;
• Arborização e requalificação paisagística dos espaços públicos, devendo ser tidas em conta
as especificidades dos locais onde se inserem (habitacionais, de lazer, industriais, comerciais,…) e
cultivo de árvores de fruto nestes mesmos espaços;
• Promover a criação de Parques contínuos de Lazer e Desporto, públicos, integrados na
estrutura ecológica do Concelho, com aparelhos de manutenção e diversão para todos;
• Criação de mais Hortas Urbanas;
• Promover a criação do Parque da Serra de Negrelos/Canelas;

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• Intervir para a rápida selagem do Aterro de Sermonde, prevenindo a existência de prejuízos
ambientais e para a saúde pública, e avaliar o cumprimento dos compromissos assumidos com a
população aquando da sua instalação;
• Intervir para a remoção de coberturas em fibrocimento/amianto com prioridade para os
edifícios públicos, sempre que este represente perigo para a saúde, fazendo um levantamento da
actual situação do Concelho e calendarizando a intervenção;
• Elaboração de um plano contínuo de intervenção nas orlas costeiras marítima e fluvial que
tenha em conta, entre outras medidas, a necessidade de preservação das dunas;
• Defender a água pública e combater qualquer projecto de privatização desta.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
• Promover um estudo de mobilidade e utilização da via pública de modo a melhorar a
segurança, reduzir o desperdício e os custos;
• Promover a eficiência da utilização da energia nos espaços públicos e municipais, bem como
junto das populações;
• Substituição progressiva da iluminação pública e dos semáforos por luzes de menor consumo.

5. SEGURANÇA PÚBLICA E PROTECÇÃO CIVIL

A existência de condições de segurança e de protecção civil para a população do Concelho passa


pela necessidade do policiamento de proximidade, por mais meios humanos, materiais, melhores
condições de trabalho, pelo respeito pelos direitos dos profissionais que trabalham nas Forças de
Segurança, bem como por exigir melhores condições para que as Corporações de Bombeiros
possam cumprir a sua missão, e ainda por respostas que sirvam as necessidades da população.

Sendo da responsabilidade da Administração Central a esmagadora maioria destas questões, tal não
impede que o Executivo Municipal intervenha nesta matéria.

Neste sentido, a CDU compromete-se a ser uma voz activa junto das entidades e autoridades
competentes e ter uma acção interventiva, para o cumprimento dos objectivos que apresenta.
• A abertura de novas instalações da PSP em Vilar de Andorinho;
• A existência de instalações condignas nos postos da GNR, designadamente em Arcozelo e
Canelas;
• O reforço dos meios humanos e materiais das forças de segurança existentes no concelho;

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• Efectuar o ponto de situação dos planos de evacuação e segurança nos edifícios públicos e
municipais, e intervir para a minimização dos riscos e vulnerabilidades;
• Elaborar um plano integrado de simulacros regulares e formação aos funcionários de edifícios
públicos e municipais e outros com serviços públicos, sobre como agir e intervir em casos de
calamidade/risco/emergência;
• O aprofundamento da política de apoio às Associações de Bombeiros do Concelho,
obedecendo a critérios pré-definidos justos, transparentes e do conhecimento público;
• A dinamização efectiva do Conselho Municipal de Segurança.

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CAPÍTULO 2

COESÃO SOCIAL
A garantia da coesão social é inseparável de um desenvolvimento económico equilibrado no território
e da igualdade e democratização no acesso a um conjunto de direitos fundamentais, muitos deles
constitucionalmente consagrados. O direito à educação, à saúde, à protecção social, à habitação, a
serviços públicos de qualidade, a melhores condições de vida não está desligado de opções políticas
que privilegiem a promoção destes direitos e a sua garantia a todos os gaienses, independentemente
da sua origem, características, condições económicas e sociais, com vista à eliminação das
desigualdades existentes.

O caminho passa por propostas que permitam o desenvolvimento individual e colectivo dos Gaienses,
o desenvolvimento equilibrado do Concelho e uma voz activa que exija à Administração Central o
cumprimento das suas funções, nomeadamente no que respeita a direitos constitucionais e às
funções sociais do Estado.

A municipalização de serviços públicos que cabe ao Estado assegurar não é o melhor caminho, tanto
pela sua universalidade como pelos recursos financeiros necessários, como pelas desigualdades e
bloqueios que potenciam.

1. EDUCAÇÃO
A CDU assume a defesa da Escola Pública gratuita, de qualidade e para todos, instrumento
indispensável e insubstituível para a promoção de um ensino de qualidade e para a superação das
desigualdades económicas e sociais.

A acção directa naquelas que são responsabilidades municipais e a intervenção, junto da


Administração Central, para que esta cumpra, as suas funções é um compromisso que a CDU
assume, com o objectivo de assegurar aos gaienses o direito constitucional à Educação.
• Elaboração e implementação de um Plano de Reabilitação da rede escolar do concelho com
o objectivo de reabilitar e garantir a manutenção dos equipamentos escolares, intervindo, também,
junto do Ministério da Educação para o cumprimento das suas responsabilidades;
• Elaboração da Carta Educativa do Concelho de acordo com as reais necessidades, envolvendo
nesta elaboração a comunidade e os agentes educativos;

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• Intervir para o cumprimento do alargamento da cobertura da rede do Pré-Escolar a todas as
crianças a partir dos três anos;
• Reavaliar a implementação dos Mega-Agrupamentos;
• Articular, em conjunto com as entidades competentes, a comunidade escolar e empresas públicas
e privadas de transportes, a implementação de uma rede de transporte escolar que garanta às
crianças e jovens do Concelho condições adequadas para as suas deslocações casa-escola-casa;
• Avaliar, com regularidade, a qualidade das refeições nas cantinas escolares, intervindo em
conformidade;
• Trabalhar para a cooperação entre as escolas do concelho e o Movimento Associativo
Popular visando o desenvolvimento de actividades de Cultura, Recreio, Desporto, Lazer e (outra)
ocupação de tempos livres das crianças e jovens;
• Apoiar as escolas na criação e manutenção de unidades e espaços de apoio às crianças e
jovens com necessidades educativas especiais;
• Definir, em conjunto com as escolas e a comunidade educativa, respostas de integração das
crianças e jovens em contexto escolar;
• Intervir para a existência de equipas multidisciplinares de apoio aos estudantes e às famílias
que respondam, em todas as escolas do concelho, às necessidades identificadas no âmbito da Acção
Social Escolar;
• Lutar pela reintrodução de uma política de valorização do Desporto Escolar, com tempos
próprios e professores com horário atribuído para esse fim;
• Intervir junta da Administração Central para uma efectiva valorização da Educação Física,
instrumento fundamental para o desenvolvimento das crianças e dos jovens, valorizando estes
profissionais e intervindo para garantir os equipamentos adequados à sua prática nas escolas do
Concelho;
• Intervir activamente, junto do Ministério da Educação, no sentido de reduzir o número de alunos
por turma, reforçar os meios humanos, materiais e pedagógicos nas escolas, garantir a
estabilidade e vínculos laborais com direitos a professores, funcionários, técnicos, psicólogos e
outros profissionais das escolas.

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2. ACÇÃO SOCIAL
A intervenção no âmbito da Acção Social não visa ser uma resposta de caridade ou assistencialista,
mas sim de apoio às famílias em situações de especial vulnerabilidade e/ou fragilidade social e
económica.

Sem prejuízo da necessária e imprescindível luta pelo trabalho com direitos, pela valorização dos
salários e das reformas, por uma mais justa distribuição da riqueza, e não desresponsabilizando o
Estado das suas funções de protecção e apoio social, importa encontrar soluções imediatas para os
grupos sociais mais vulneráveis e que se encontram em situações de pobreza e emergência social.

Simultaneamente, importa intervir junto das pessoas com deficiência no sentido de fazer cumprir, na
vida de todos os dias, um conjunto de direitos já previstos na Lei.

As propostas e os compromissos da CDU guiam-se por esses princípios.


• Em articulação com a Segurança Social e entidades e instituições locais com intervenção no
Concelho, elaborar um Programa de Apoio e Intervenção Social Local, assente numa Rede Social
de apoio integrada que proceda ao levantamento, intervenção e acompanhamento de famílias em
situações sociais de vulnerabilidade e fragilidade, prevendo a existência de equipas multidisciplinares
que trabalhem na construção de soluções para os problemas sociais identificados;
• Aprofundar as respostas às situações de emergência social em conjunto com entidades e
instituições locais e a Administração Central, exigindo desta última a assumpção das suas
responsabilidades nesta matéria;
• Garantir a presença permanente de Técnicos de Apoio Social nos Gabinetes de Apoio existentes
nas Urbanizações Municipais;
• Criar o Gabinete Municipal de Apoio à Deficiência, para um acompanhamento mais eficaz dos
problemas das pessoas com deficiência, no Concelho;
• Intervir no sentido de eliminar os obstáculos e as barreiras arquitectónicas existentes,
melhorando a mobilidade e acessibilidade das pessoas com deficiência e/ou com mobilidade
reduzida, com prioridade para a via pública, edifícios e espaços públicos e transportes públicos;
• Proceder ao levantamento dos edifícios e espaços, com prioridade para os municipais e
públicos, que necessitam de intervenção, planificando as necessárias adaptações para que estes
sejam acessíveis a pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida;
• Proceder ao levantamento das respostas sociais existentes no Concelho para pessoas com
deficiência, ao nível da Formação Profissional, desenvolvimento de actividades e ocupação de
tempos livres, designadamente após o Ensino Obrigatório, elaborando um plano posterior que
responda às carências identificadas, nomeadamente ao nível dos transportes adaptados disponíveis;

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• Envolver, de forma activa, as pessoas com deficiência e as suas organizações
representativas na construção de políticas municipais que respondam às suas necessidades;
• Garantir as quotas de emprego para as pessoas com deficiência na Administração Local e
intervir para a existência de respostas de emprego protegido no âmbito do sector privado;
• Intervir e agir no sentido da reabertura do Gabinete de Apoio à Vítima em Vila d’Este (Vilar de
Andorinho), bem como fazer o levantamento de necessidades de respostas semelhantes noutros
locais do Concelho;
• Proceder ao levantamento, em conjunto com as entidades competentes e instituições do
Concelho, da situação no âmbito da Toxicodependência, avaliando as respostas existentes,
nomeadamente no que respeita a Centros de Apoio a Toxicodependentes, para posterior
intervenção no sentido do seu reforço, caso seja necessário;
• Avaliar e ajustar o Tarifário Social da Água de acordo com a realidade e as necessidades dos
agregados familiares.

3. HABITAÇÃO

O direito à Habitação é um direito constitucional e, nesta matéria, as autarquias têm uma intervenção
directa, nomeadamente no que se refere à garantia da habitação social para as famílias em situação
de mais fragilidade.

Sem prejuízo na necessária e importante acção do Município, há responsabilidades constitucionais


do Estado que não podem ser ignoradas e sobre as quais deve ser exigido o seu cumprimento.

É esse o compromisso que a CDU assume.


• Alargamento da oferta de habitação municipal, de forma a responder aos pedidos existentes,
bem como a recuperação e/ou manutenção das urbanizações existentes, com vista a garantir
dignidade às famílias que aí habitem;
• Implementar uma estratégia, em cooperação com investimentos imobiliários privados e com as
devidas compensações, que promova o aumento da habitação a custos controlados, contrariando
a política habitacional de “ghettos”;
• Exigir da Administração Central o cumprimento das suas obrigações constitucionais nesta
matéria, designadamente no que se refere a investimento na promoção pública da habitação e a
existência de programas de construção/reabilitação para habitação a preços acessíveis, em
cooperação com a Autarquia.

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4. SAÚDE

O cumprimento do direito constitucional a cuidados de saúde adequados passa pela exigência de


uma rede de cuidados do SNS (tanto primários como hospitalares, continuados e paliativos) que
responda às necessidades da população e que esteja dotada dos meios humanos, materiais e
técnicos necessários à prestação com qualidade dos cuidados de saúde.

É responsabilidade da Administração Central um Serviço Nacional de Saúde universal que garanta a


igualdade nos cuidados de saúde a todos os cidadãos, e é neste sentido que a CDU intervirá com
força e voz activa, para que os Gaienses tenham acesso efectivo à protecção da saúde.
• Intervir junto da Administração Central para a dotação adequada de valências e dos meios
humanos (médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico e outros
profissionais de saúde) meios materiais e técnicos nos equipamentos de saúde do Concelho,
tanto nos cuidados de saúde primários como nos cuidados hospitalares;
• Intervir no sentido de ser efectivamente implementada uma rede pública de Cuidados
Continuados e Cuidados Paliativos, que sirva as necessidades do Concelho;
• Intervir para a efectiva construção e conclusão dos tão prometidos Centros de Saúde da
Madalena e de Vilar de Andorinho, respectivamente, bem como avaliar as condições físicas dos
restantes equipamentos de cuidados de saúde primários, intervindo em conformidade;
• Lutar pelo alargamento das respostas no âmbito dos Serviços de Atendimento a Situações
Urgentes (SASU), nomeadamente pela sua descentralização;
• Intervir no sentido de garantir a integração do Centro de Reabilitação do Norte na gestão do
Serviço Nacional de Saúde.

5. DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

O desenvolvimento económico deve ter como objectivo a melhoria da qualidade de vida dos
Gaienses, a contribuição para a riqueza nacional e para o desenvolvimento da produção nacional,
bem como a satisfação das necessidades da população e o direito a um emprego estável e com
direitos, e a salários dignos.
Importa, por isso, trabalhar para garantir investimento público e privado que dinamize a produção no
Concelho, bem como trabalhar para a revitalização e valorização do comércio tradicional e de
proximidade e ainda dos mercados municipais e feiras existentes, respeitando as suas características
e direccionamento de actividade.

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A criação de emprego, como factor fundamental para o desenvolvimento do Concelho, mas também
para garantir melhores condições de vida aos trabalhadores Gaienses, tem que ser concretizada,
garantindo-se os direitos laborais e sociais dos trabalhadores.

É neste sentido que vão as propostas da CDU.


• Criação do Gabinete Municipal do Investimento, vocacionado para o relacionamento com
agentes económicos e a criação de empresas, que trabalhe no sentido do desenvolvimento
económico do Concelho, privilegiando o sector produtivo e promovendo postos de trabalho com
direitos;
• Intervir no sentido do desenvolvimento equilibrado do Turismo, potenciando as características
do Concelho e promovendo as suas especificidades, designadamente através de roteiros turísticos
que valorizem Gaia e o seu Património;
• Dinamizar a actividade cultural, designadamente na sua conexão turística, e privilegiando a
cooperação com o Porto e outros municípios vizinhos;
• Intervir, junto das entidades competentes, para garantir as necessárias condições para a
actividade piscatória dos portos de pesca da Afurada e da Aguda;
• Promover, em articulação com o IEFP e os pescadores e suas Associações, formação sobre as
artes e os ofícios relativas à actividade piscatória, contribuindo para dar continuidade geracional
a esta actividade económica, bem como formação de outras artes e ofícios tradicionais do Concelho
(tanoaria, azulejaria, cerâmica, carpintaria naval de embarcações tradicionais, …);
• Apoio ao comércio tradicional e de proximidade, elaborando, ouvidos os comerciantes locais,
um projecto de revitalização da actividade comercial;
• Intervir para apoiar a produção agrícola local, no sentido de dar prioridade ao consumo dos
nossos produtos nas cantinas escolares e outras cantinas de edifícios/equipamentos públicos;
• Criação de uma rede de Mercados Municipais/Lotas valorizando e dinamizando os existentes
através da sua reabilitação e da promoção do comércio característico destes espaços, bem como
criando novos Mercados Municipais no Concelho, que permitam o escoamento da produção local e
nacional.

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6. INFÂNCIA E JUVENTUDE

As políticas para a Infância e a Juventude que garantam o desenvolvimento harmonioso e a formação


integral das crianças e dos jovens são, necessariamente, políticas transversais que passam pela
garantia do direito à Educação e ao Conhecimento, à Formação, à Cultura, ao Desporto, ao Lazer, à
Saúde, ao Emprego com direitos, à Protecção Social, à Habitação, entre outros.

A necessidade destas políticas transversais não colide com propostas específicas que possam ser
direccionadas para as características e as necessidades sentidas pelas crianças e os jovens do
Concelho.
• Promover o alargamento da rede existente de berçários e creches, trabalhando para a
construção de uma resposta pública que garanta, efectivamente, a sua adequação às necessidades
existentes;
• Criação de parques infantis e manutenção/melhoria dos existentes, garantindo que estes
espaços podem ser usados por todas as crianças, nomeadamente através de equipamentos
adaptados a crianças com deficiência;
• Dinamização da Casa da Juventude, envolvendo os jovens e as Associações Juvenis do
Concelho;
• Criação de espaços públicos para convívio e prática desportiva informal dos jovens do
Concelho;
• Apoio à dinamização do Associativismo Juvenil;
• Elaboração de programas direccionados para a Juventude, em conjunto com as Associações
Juvenis do Concelho;
• Dinamização de actividades e acções culturais, que tenham regularidade e que sejam
especificamente direccionadas a crianças e jovens.

7. ENVELHECIMENTO ACTIVO E COM DIREITOS

Garantir dignidade na vida dos idosos do Concelho é inseparável da defesa do envelhecimento com
direitos, envelhecimento que seja acompanhado de pensões dignas, de acesso a serviços públicos,
de respostas adequadas às necessidades no âmbito da saúde, de políticas de combate ao isolamento
e que passam, além de todas estas referências, pela garantia do direito à mobilidade e da
participação activa na vida cultural, política e social.

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O aumento da esperança média de vida é uma conquista civilizacional e deve corresponder a
melhores condições de vida, bem como deve ter em conta as necessárias respostas sociais e o
acompanhamento próximo de que muitos idosos necessitam.

É neste sentido que a CDU se propõe a intervir no Concelho, não se demitindo de exigir do Estado o
cumprimento das suas responsabilidades.
• Intervir para a construção de uma rede pública de Lares e Centros de Dia e Convívio,
garantindo uma resposta digna e de qualidade às necessidades dos idosos em todas as Freguesias;
• Intervir para a criação de uma rede de Apoio Domiciliário à Terceira Idade que cubra a
totalidade do Concelho;
• Fazer um levantamento de situações de idosos em risco e/ou em situação de isolamento,
criando um registo dessas mesmas situações para planificação de uma intervenção social que
garanta o acompanhamento destes idosos;
• Promover, em articulação com o Movimento Associativo Popular do Concelho e outras
instituições, actividades de lazer, aprendizagem, convívio, cultura e desporto;
• Promover, em conjunto com o comércio local, a entrega de compras ao domicílio aos idosos
que mais necessitem.

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CAPÍTULO 3

COESÃO CULTURAL
A coesão cultural do Concelho passa pelo acesso de todos os Gaienses à criação e à fruição cultural.
A sua garantia é inseparável do envolvimento das forças vivas do concelho, designadamente
Associações e Colectividades, na construção de uma política cultural para o Concelho e da criação
de condições para que sejam eliminadas as barreiras que persistem no acesso à criação e à fruição
cultural.

A valorização do Património, da História e das gentes do Concelho, a garantia do acesso de todos


ao Desporto e da participação activa dos agentes culturais e desportivos do Concelho e do Movimento
Associativo Popular são pilares fundamentais de uma coesão cultural que considere e tenha em conta
as diferentes expressões existentes em todo o território de Gaia.

1. CULTURA

Sendo o acesso de todos à criação e fruição cultural um direito constitucional, cabe também à
Autarquia a promoção de condições para que todos os Gaienses possam criar e usufruir de diferentes
formas de expressão cultural – Música, Teatro, Cinema, Dança, Artes Plásticas, Literatura,
Artesanato, entre outras.

Neste sentido, a existência de um programa cultural que conjugue e responda às diferentes


realidades do Concelho tem que ter no Movimento Associativo Popular um dos seus motores e
actores.

As propostas da CDU pretendem envolver as Associações e Colectividades do Concelho, sem


prejuízo de colaboração com outros agentes culturais que permitam construir um programa cultural
diversificado, abrangente e de maior acessibilidade a todos.
• Promover, em articulação com o Movimento Associativo Popular e outros agentes culturais, a
animação dos espaços públicos (Artes Plásticas, Cinema, Teatro, Música, Dança,
Leitura/Literatura, Desporto, …);
• Apoiar a expansão da Bienal das Artes de Gaia, de forma a que se alargue a outras vertentes
artísticas e tenha uma expansão nacional e internacional;
• Promover a criação de um Festival do Douro, em conjunto com o Município do Porto;

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• Valorizar os espaços públicos através de um projecto de "Arte na Rua" que inclua levar à
exposição pública, em pinturas, esculturas, cerâmica ou painel de azulejos, as obras dos criadores
Gaienses;
• Promover um Festival de Artes, especialmente direccionado para os jovens artistas do
Concelho;
• Promover a realização de "Ateliês ao Vivo", com a participação de artistas plásticos, criadores
de artesanato e outros, nas principais artérias/zonas do concelho;
• Dinamizar recriações de momentos e acontecimentos históricos com relevância para o/do
Concelho;
• Dinamizar a actividade da Biblioteca Municipal e respectivos Pólos, alargar a rede de
Bibliotecas Locais e dinamizar Bibliotecas itinerantes;
• Reforçar as verbas para a Cultura, tomando como referência o valor de 1% do orçamento
municipal;
• Criar um Gabinete de Apoio à Criação e ao Associativismo;
• Criação de espaços culturais descentralizados que respondam às necessidades das
Associações e Colectividades e sejam também pólos dinamizadores de actividades culturais com
apoio à criação artística e outras iniciativas ligadas à Cultura.

2. PATRIMÓNIO

A valorização do Património cultural e arquitectónico do Concelho, Património que é expressão da


História e da identidade de Vila Nova de Gaia, passa pela sua divulgação, mas também por um plano
consistente e permanente de manutenção e/ou recuperação.

Importa, por isso, tomar medidas que garantam que os Gaienses conhecem o seu Património e que
os visitantes do Concelho o possam conhecer, agindo e intervindo junto das entidades competentes
e da Administração Central para a preservação deste mesmo Património.
• Promoção de Roteiros Culturais do Património, que identifiquem locais, monumentos e outros
edifícios de património, bem como a História do Concelho e o seu Património imaterial;
• Valorização do património arquitectónico, identificando-o e elaborando documentos que
detalhem a sua história e importância para o Concelho (por exemplo, Ponte Maria Pia), promovendo
a sua classificação quando necessário;

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• Intervir para a recuperação de património (como o Atelier de Soares dos Reis, Teatro Almeida
e Sousa, Mosteiro de Grijó, Mosteiro de Pedroso, …), continuando a defender a criação do Museu
da Cerâmica;
• Promover acções que retratem, valorizem e deem a conhecer os usos, artes e ofícios que fazem
parte do património social e cultural do Concelho (tanoaria, cerâmica, azulejaria, carpintaria naval
de embarcações tradicionais, …), em colaboração com escolas, Movimento Associativo Popular e
historiadores e investigadores;
• Intervir, junto das entidades competentes, para a defesa, classificação e valorização da
Cerâmica das Devesas;

3. DESPORTO
O Desporto é um bem cultural a que todos devem ter acesso.
Gaia é reconhecida pelo mérito desportivo, em inúmeras modalidades.

A prática desportiva, desde que devidamente orientada, constitui um factor decisivo para a melhoria
da qualidade de vida, é indispensável à educação integral da juventude e à promoção da saúde de
todos: das crianças, dos jovens, dos trabalhadores, dos idosos, das pessoas com deficiência,
contribuindo também para a sua integração social, além do papel que tem na afirmação internacional
do País através do desporto de alto rendimento.

O direito à cultura física e ao desporto é um direito constitucional. Cabe ao Estado, em conjunto com
as escolas, Associações e Colectividades desportivas “promover, estimular, orientar e apoiar a
prática e a difusão da cultura física e do desporto”.

As Associações culturais, recreativas e desportivas populares promovem e desenvolvem as mais


variadas actividades, com dezenas de milhar de participantes de todas as idades, sendo que, muitas
vezes, assumem responsabilidades que são da Administração Central.

O Desporto é reconhecido como uma das componentes fundamentais para o desenvolvimento e


importa, por isso, garantir que toda a população tem acesso à prática desportiva.

Para tal, é preciso intervir junto da Administração Central para o cumprimento das suas
responsabilidades e articular medidas nesse sentido com o Movimento Associativo Popular do
Concelho, tanto no que respeita a equipamentos desportivos como na dinamização das actividades
desportivas.

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As propostas da CDU vão nesse sentido.
• Elaboração de um plano municipal de cooperação/participação efectiva das Associações, com
divulgação pública anual ou plurianual, de acordo com a caracterização e público-alvo de cada uma
das colectividades e associações;
• Criação de espaços polidesportivos para usufruto público;
• Dinamizar e alargar a abrangência dos Jogos Juvenis de Gaia, reafirmando o carácter de
participação de massas – de carácter lúdico, de saudável convívio entre todos os participantes;
• Promover um plano de construção e manutenção dos espaços desportivos em toda a área
do Município, obedecendo a uma estratégia prévia de práticas desportivas multidisciplinares em
zonas sem cobertura, e potenciando as condições de terreno que permitem a prática de algumas
disciplinas (como, por exemplo, actividades em zonas de rio e mar);
• Criação de um Conselho Consultivo para o Desporto que envolva Clubes, Associações e
Colectividades do Concelho;

4. ASSOCIATIVISMO

O Movimento Associativo Popular constitui um importante espaço de intervenção na vida local, com
um papel determinante na dinamização e democratização da actividade cultural, recreativa e
desportiva e um espaço de democracia participativa das populações.

As Associações e Colectividades do Concelho debatem-se com problemas que não estão desligados
de opções políticas nacionais e locais tomadas ao longo de vários anos e que se traduziram numa
asfixia das Associações e Colectividades, a qual conduziu à limitação da sua acção dinamizadora.

Importa, por isso, intervir para que o Movimento Associativo Popular do Concelho seja um agente
activo e interventivo na vida social, cultural, recreativa e desportiva de Vila Nova de Gaia.
• Promover um Encontro Anual das Colectividades de Gaia para a reflexão sobre a situação do
Movimento Associativo Popular e para a colocação e debate de problemas, apresentação e debate
de soluções;
• Promover a formação de um Conselho Consultivo das Colectividades, envolvendo o
Movimento Associativo Popular do Concelho na elaboração de programas culturais, desportivos, de
recreio e lazer;

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• Fazer um levantamento da situação do Movimento Associativo Popular no Concelho e elaborar
um Plano de Apoio às Colectividades e Associações que responda às necessidades identificadas;
• Promover a articulação e dinamização de actividades culturais, desportivas e de recreio entre
as escolas, equipamentos sociais da Infância, Juventude e Terceira Idade, com as Colectividades e
Associações do Movimento Associativo Popular do Concelho.

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CAPÍTULO 4

GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPADA


E TRANSPARENTE

O Poder Local Democrático, conquista de Abril, sinónimo de progresso e parte integrante do regime
democrático, tem sido, ao longo de décadas, alvo de ataques para reduzir o seu papel e a sua
dimensão plural, representativa e participada.

O ataque à autonomia das Autarquias, o empobrecimento democrático imposto ao seu


funcionamento e organização, a retirada de condições financeiras, organizacionais e humanas ao
exercício das suas atribuições e competências deixaram consequências que exigem correcção.
A valorização do Poder Local Democrático é inseparável da garantia das condições necessárias às
Autarquias para o cumprimento das suas funções e competências.

Muito se tem falado em descentralizar; mas descentralizar não pode significar a desresponsabilização
do Estado central, não pode corresponder à transferência - de encargos e de descontentamento das
populações - do Governo para as Autarquias; não pode colocar em causa a universalidade das
funções sociais do Estado e dos direitos constitucionais, nem introduzir mais desigualdades e mais
assimetrias entre os territórios.

A necessária descentralização tem que ser baseada numa delimitação clara de competências entre
os vários níveis da Administração, sendo inseparável da recuperação da autonomia administrativa e
financeira das Autarquias Locais e da reposição das condições para assumirem as competências que
já hoje detêm.

A descentralização é inseparável da criação das Regiões Administrativas e exige a reposição das


Freguesias extintas.

A descentralização exige a comprovada demonstração de que ela corresponde a melhores condições


para responder a direitos e interesses das populações, preservando o direito de acesso em condições
e igualdade a funções sociais do Estado e contribuindo para a coesão territorial.
A CDU sempre pautou e pautará a sua intervenção pela defesa do Poder Local Democrático e da
sua valorização, defendendo uma gestão municipal democrática, participada e transparente,
envolvendo e consultando as forças vivas do Concelho na definição de políticas municipais e exigindo
da Administração Central o cumprimento das suas responsabilidades.

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Da sua actividade e intervenção desenvolvidas a CDU prestará as devidas contas.
• Promover a realização de Assembleias Municipais descentralizadas;
• Promover o efectivo funcionamento dos Conselhos Municipais existentes;
• Intervir no sentido de garantir os direitos laborais e sociais dos trabalhadores da Autarquia,
combatendo activamente a precariedade, eliminando qualquer vínculo precário (CEI’s, CEI’s+,
falsos recibos verdes dos trabalhadores das CAF’s e AEC’s, …), procedendo à integração e
vinculação dos trabalhadores que respondem às necessidades permanentes da Autarquia;
• Intervir para dotar as Oficinas da Câmara com mais meios humanos e técnicos, garantindo
assim resposta, por parte dos trabalhadores municipais, a serviços muitas vezes contratualizados
externamente;
• Reavaliar o regulamento da Polícia Municipal, designadamente com vista a uma mais justa
avaliação dos seus agentes e ao cumprimento dos seus direitos laborais e sociais;
• Desenvolver uma política de comunicação municipal informativa, isenta e plural;
• Intervir junto da Administração Central para a reabertura de serviços públicos e de
proximidade encerrados nos últimos anos (Finanças, Segurança Social, balcões da CGD e dos
CTT,…) bem como exigir o reforço de meios humanos e materiais dos existentes;
• Avaliar o conjunto de impostos municipais existentes, no sentido da sua adequação à
realidade actual, designadamente no que se refere ao IMI, Derrama e outros impostos, taxas e
preços;
• Rever de acordo com as necessidades, os contratos de concessão de serviços públicos a
entidades privadas (como, por exemplo, as cantinas escolares e transportes) bem como reavaliar
as despesas com a contratualização de serviços externos que, com vantagem económica,
podem ser feitos com meios municipais, e a utilização de ajustes directos, no sentido de garantir uma
eficiente e rigorosa utilização dos dinheiros públicos.

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CONCLUSÃO
A CDU candidata-se aos órgãos municipais do Concelho com confiança, apresentando um projecto
próprio, um projecto distintivo, assente nos valores de Abril que sempre defendemos, direcionado
para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e da população de Vila Nova de Gaia e
para o desenvolvimento equilibrado de todo o Concelho.

A CDU é a força coerente que marca a diferença no Concelho. Disponível para todas as
responsabilidades que a população de Vila Nova de Gaia lhe pretenda atribuir, a presença da CDU
no Executivo Municipal faz a diferença – o que, aliás, é demonstrado pelo trabalho desenvolvido pelos
vereadores da CDU, sempre que estiveram no Executivo Municipal.

Trabalho, Honestidade e Competência são marcas distintivas dos eleitos da CDU, que pautam o seu
mandato pela entrega à causa pública e pela defesa dos interesses dos trabalhadores e da população
do concelho.

A população de Vila Nova de Gaia sabe que pode contar com a CDU e sabe com o que pode contar
da CDU.

O trabalho realizado, a dedicação e disponibilidade sempre demonstrada pelos eleitos da CDU para
servir as populações, o seu projecto distintivo, a garantia da defesa e reforço do Poder Local, fazem
da CDU uma força indispensável e necessária à melhoria da qualidade de vida da população.

O voto que seguramente será utilizado para dar expressão e força a uma intervenção com vista à
solução dos problemas e à promoção do desenvolvimento e progresso locais, é o voto na CDU.

O voto que conta para quem espera novos avanços, novas conquistas de rendimentos, de direitos e
condições de vida é o voto na CDU.

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