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25292017 3831
ARTIGO ARTICLE
o caso da saúde da população negra
Abstract This article takes the field of “health Resumo Este artigo toma o campo saúde da po-
of the black population” as an object to prob- pulação negra como objeto para problematizar
lematize some tensions and possibilities existing algumas tensões e possibilidades existentes em
around the operationalization of the concepts of torno da operacionalização dos conceitos de uni-
universality and equity in public policies and no versalidade e equidade nas políticas públicas e no
debate about the right to the city. The question debate sobre o direito à cidade. A pergunta que o
that mobilizes it is: how to articulate the search mobiliza é: como articular a busca pela universa-
for the universalization of rights with demands lização dos direitos com as demandas requeridas
mobilized by specific groups in an unequal society. por grupos específicos em uma sociedade desigual.
In order to respond, to approve the debates and Para respondê-la, o autor examina os debates e as
the resistances surrounding the institutionaliza- resistências em torno da institucionalização da
tion of the National Policy of Integral Health of Política Nacional de Saúde Integral da Popula-
the Black Population and its relation with the ção Negra e a sua relação com as prerrogativas do
prerogatives of the Unified Health System. The Sistema Único de Saúde. O resultado é a crítica
result is a critique of the universalization/target- às polarizações universalização/focalização e reco-
ing and recognition/distribution and pointing to nhecimento/distribuição e o apontamento à uma
a dialectical approach. Categories that consider a abordagem dialética dessas categorias que consi-
mediation between singularity, particularity and dere a mediação entre singularidade, particulari-
universality. dade e universalidade.
Key words Universality, Equity, Black popula- Palavras-chave Universalidade, Equidade, Saú-
tion health de da população negra
1
Departamento de Saúde,
Educação e Sociedade,
Universidade Federal de
São Paulo, Campus Baixada
Santista. R. Silva Jardim
lado par/136, Vila Mathias.
11015-020 Santos SP
Brasil.
sdeivison@hotmail.com
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Faustino DM
agências multilaterais que atuam em seu benefí- universalização, mas, ao mesmo tempo, sensível
cio – da dissolução do já frágil Welfare State. Para à existência de características específicas na po-
estes, as desigualdades sociais de toda ordem fo- pulação. O princípio da equidade, presente no
ram tomadas como realidades imutáveis que im- texto do Sistema Único de Saúde, expressa bem
pediriam a universalização dos direitos, restando, essa busca19.
portanto, atuar apenas nos pontos mais críticos Para dar conta dessa particularidade, Amélia
do sistema: Cohn distingue focalização das políticas – como
A noção de ‘focalização’ traduz o entendimento propostas pelo Banco Mundial em seu franco
de que diante do contingenciamento e da limitada confronto ao Estado como provedor de direitos
disponibilidade de recursos financeiros para aten- – da existência de Programas específicos – que
der as demandas infinitas por serviços e benefícios reconheçam as disparidades em saúde – voltados
sociais, inclusive estabelecendo a clássica relação à universalização do acesso7. Ainda assim, a des-
custo-benefício, o Estado deve priorizar e direcio- peito do grande pacto social que possibilitou a
nar a sua ação, no âmbito das políticas sociais, para emergência do Sistema Único de Saúde no final
as camadas mais desfavorecidas da população15. da década de 1980 e início dos anos noventa, os
A partir deste ponto, quando se observa de anos seguintes foram marcados por sucessivos
forma mais detida as propostas de focalização, ataques a essa perspectiva, sobretudo no que tan-
os possíveis dissensos em seu interior giram em ge ao financiamento e à organização do sistema13.
torno das definições a respeito de quais os cri- O ponto que pretendo problematizar a esta
térios para definir os grupos desfavorecidos, e altura é: em que medida a agência de grupos
portanto, sujeitos a serem priorizados nas, cada identitários em torno da defesa do direito à ci-
vez mais escassas, ações governamentais. Esse dade ou à saúde se relaciona com as polaridades
movimento, esteve, em grande medida atrelado já mencionadas? E me refiro aqui tanto à polari-
à uma orientação ideológica –neoliberal– que dade entre reconhecimento e distribuição quanto
objetivava o desmantelamento do Estado de Bem à polaridade entre universalização e focalização.
-Estar Social, estruturado nas décadas anteriores Mais do que isso, até que ponto podemos pensar
nos países capitalistas centrais e em alguns países essas tendências como polares e em que medi-
periféricos. da essa reflexão pode contribuir para a “velha” e
No outro polo, a crise das esquerdas18 – in- tão atual busca pela universalização dos direitos
fluenciadas sobremaneira pela divulgação dos sociais? Em que medida a polaridade entre reco-
crimes de Stalin e posteriormente pela queda do nhecimento e distribuição se traduzem na tensão
Muro de Berlin, mas, sobretudo, pela incapacida- entre universalidade versus focalização das po-
de destas forças responderem às alterações estru- líticas de saúde? Na impossibilidade de elaborar
turais que se propunham enfrentar – resultou em juízos mais gerais sobre o estado da arte de todo
uma guinada político-teórica que passou a iden- o setor saúde, focarei a atenção em um campo de
tificar a busca pela universalização dos direitos, investigação e intervenção nomeado como Saúde
como sinônimo – ou pelo menos, substituto – da da população negra.
busca pela emancipação social16. Como resultado,
tem-se já na virada do milênio uma polaridade Os conceitos da política: o campo saúde
em jogo no debate político, que vai da defesa da da população negra em questão
focalização à universalização das políticas sociais.
A primeira, defendida pelo próprio mercado, “A saúde da mulher negra não é uma área de
vislumbrando a substituição da lógica do direi- conhecimento ou um campo relevante nas Ciên-
to pela da mercadoria; e a segunda, amplamente cias da Saúde”. Assim inicia-se um artigo cientí-
presente entre os formuladores da Reforma Sani- fico recentemente publicado por uma das mais
tária, defendida como símbolo emancipador ou, importantes intelectuais e ativistas defensoras do
pelo menos, de justiça social. Sistema Único de Saúde, e continua:
O curioso, quando se observa o caso brasilei- “É inexpressiva a produção de conhecimen-
ro, é que o advento do Sistema Único de Saúde to cientifico nessa área e o tema não participa
no final da década de 1980 – em sua afirmação da do currículo dos diferentes cursos de gradu-
saúde como um direito universal – veio na con- ação e pós-graduação em saúde, com raríssi-
tramão desse movimento mundial de desmonte mas exceções. Trata-se de assunto vago que, na
do Estado, ao apontar exatamente para o dever maior parte dos casos, é ignorado pela maioria
do Estado em prover os direitos. O resultado foi de pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e
a estruturação de uma reforma orientada para a profissionais de saúde no Brasil20.
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individual e instaura a dimensão estrutural, cor- mação dos conflitos raciais na sociedade brasilei-
respondendo a formas organizativas, políticas, ra – acrescida pela histórica ausência de negros
práticas e normas que resultam em tratamentos ou mesmo brancos solidários à luta antirracista
e resultados desiguais. É também denominado em espaços de poder do Setor Saúde, seja na pro-
racismo sistêmico e garante a exclusão seletiva dução e validação de conhecimento científico em
dos grupos racialmente subordinados, atuando saúde, seja na gestão e funcionamento do SUS,
como alavanca importante da exclusão diferen- resultam no já denunciado quadro de Racismo
ciada de diferentes sujeitos nesses grupos”20. Esse Institucional.
problema, sustenta a autora, é alimentado tanto Entretanto, como veremos a seguir, há um
pela crença na ausência de racismo na sociedade outro elemento que deve ser analisado em sua re-
brasileira, quanto no desconhecimento de suas lação e potencialização do racismo institucional,
influências negativas sobre a saúde das pessoas. a saber: uma frequente simplificação no trato de
Neste momento, entramos no terceiro desafio categorias que relacionam igualdade, diferença,
enfrentado pela referida política: a existência de singularidade, particularidade e universalidade
posições abertamente contrárias à existência do humana, sobretudo, quando aplicadas ao campo
campo Saúde da população negra e aos “riscos” político institucional.
que ela supostamente representaria8,26-30.
Os argumentos teóricos contrários ao campo Desembolando o caminho
da saúde da população negra podem ser resumi-
dos nos seguintes tópicos: Em um estudo que investiga os dilemas re-
1. discordância quanto a validade do uso lacionados aos espaços institucionais de controle
científico e/ou político do conceito de raça social das políticas de saúde, como o Conselho
2. crítica ao que seria a importação co- Nacional de Saúde, Amélia Cohn e Yasmin Lilla
lonial da birracialidade estadunidense (branco/ Bujdoso36 questionam até que ponto estas instân-
negro) ao contexto brasileiro cias têm se configurado como espaços de articu-
3. discordância quanto às influências do lação geral de interesses diversos ou, ao contrário,
racismo na saúde e a defesa da centralidade das resumidos à disputa de interesses particulares dos
questões econômicas como determinantes das múltiplos segmentos ali representados. Assim,
condições de saúde chamam a atenção para o risco de fragmentação
4. classificação do campo saúde da po- implícito à emergência e disputa de interesses de
pulação negra como política de focalização, em sujeitos diversos no cenário político. Como ar-
suposta consonância com as forças políticas e gumentam, é válido observar em cada realidade
econômicas que atentam contra a busca pela uni- concreta:
versalização do direito à saúde. Até que ponto essas novas práticas não sig-
Não há espaço nem necessidade de discutir nificariam o enfraquecimento do sistema político,
aqui cada um desses tópicos, uma vez que eles uma vez que a emergência e a generalização dos
foram suficientemente problematizados e con- movimentos sociais e da participação nos conselhos
frontados por uma importante literatura sub- de gestão constroem identidades sociais no âmbito
sequente20,25,31-34. O que importa destacar é o restrito de demandas sociais específicas, e não no da
quanto a polêmica em torno do campo saúde da coletividade?36
população negra remete às tensões descritas na Em termos rousseaunianos, esses “particula-
primeira seção deste artigo. De um lado, a tensão rismos generalizados” de que falam as autoras,
entre reconhecimento e distribuição, traduzida significariam a substituição da “vontade geral”
na disputa pelos elementos a serem considerados – pautada pela articulação de interesses particu-
centrais como determinantes sociais de saúde, e, lares em direção ao bem-estar geral e à conserva-
do outro lado, na tensão entre universalização e ção do comum - pela “vontade em geral”, como
focalização das políticas, expressa na discussão a impossibilidade dessa articulação37. Entretanto,
sobre a necessidade ou não de uma política de nem as autoras supracitadas, nem mesmo o pró-
ação afirmativa nos marcos do Sistema Único de prio Rousseau, apresentam o problema em ter-
Saúde. mos de antagonismo entre particularidade e uni-
Essas tensões, acredito, explicam-se em parte versalidade, mas sim como desafios concretos às
pelo flagrante desconhecimento e/ou desconsi- possibilidades de articulação desses polos em um
deração do racismo como determinante social de cenário pautado pela busca da democratização
saúde20,35. A ainda hegemônica crença no mito da do acesso e universalização do direito à saúde.
democracia racial em sua incontornável subesti- O mesmo não se pode dizer das vertentes
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direção à um conceito mais abrangente de justi- está mais para a articulação entre programas es-
ça que articule os elementos emancipatórios de pecíficos regidos pela diretriz da universalidade
ambas as tendências. É nesse contexto que o so- de direitos do que pela ideia de focalização de-
ciólogo português afirma “temos o direito de ser fendida pelo mercado, indo na contramão da-
iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e quilo que prorrogava o neoliberalismo7. O que
temos o direito de ser diferentes quando a nossa o campo saúde da população negra apresenta
igualdade nos descaracteriza”. como reivindicação – em consonância com essa
Por fim, a classificação do campo saúde da noção ampliada de justiça social que articula re-
população negra como política focalizada, su- conhecimento e distribuição – é a possibilidade
postamente consonante com as prerrogativas de enfrentar as inequidades raciais em consonân-
neoliberais e em confronto à universalização, só cia com a busca pela universalização do direito
faria sentido se desconsiderássemos em primeiro à saúde.
lugar as prerrogativas implícitas ao próprio cam- O mesmo se pode pensar a respeito do direito
po. A própria Política Nacional de Saúde Integral à cidade. A tão desejada liberdade de construir e
da População Negra–PNSIPN, em sua perspecti- reconstruir a cidade e a nós mesmos como um
va de transversalidade, depende unilateralmente bem precioso5 – fato indispensável à qualidade de
do fortalecimento progressivo do Sistema Único vida das pessoas – passa também pelo reconheci-
de Saúde para se viabilizar. Como explica Luiz mento integral dos sujeitos que a compõem em
Eduardo Batista et al.34: suas mais diversas diferenças e particularidades,
Política Nacional de Saúde Integral da Pop- mas, sobretudo, pelo reconhecimento dos pro-
ulação Negra-PNSIPN40, quando articulada no cessos pelos quais essas diferenças se convertem
interior do SUS, não significa focalização nos em desigualdade, pois como argumentava o filo-
termos definidos após 1990. A especificidade da sofo húngaro George Lukacs:
PNSIPN busca complementar, aperfeiçoar e vi- A totalidade como uno, como unidade sintéti-
abilizar a política universal no âmbito da saúde ca do diverso, como um momento da totalização, é
pública, utilizando seus instrumentos de gestão e também múltipla, pois possui como uma de suas
observando as especificidades do processo saúde- faces os diferentes níveis de entendimento do real.
doença da população negra no Brasil. A totalidade congrega o singular, o particular e o
Em segundo lugar, a particularidade histó- universal (Lukacs, apud. Bernardes41).
rica de emergência do Sistema Único de Saúde
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