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Esta obra explica as possibilidades de extinção do contrato e esclarece

as expressões (resolução e desfazimento) que é gênero da extinção. A autora


aborda importantes pontos que possuem relevante influência nos contratos.
Toda obra escrita pertence a uma determinada perspectiva teórica e lógica
afim de servir como diretriz, para que seja relizada sua melhor aplicação
técnica e manuseio adequado das regras e ensinamentos positivados.
O vocábulo extinção deve reservar-se para todos os casos nos quais o
contrato deixa de existir. Cabe de logo, uma distinção. Os contratos realizam-se
para a consecução de certo fim. Devem, portanto, ser executados, em todas as
cláusulas, pelas partes contratantes. Cumpridas as obrigações o contrato está
executado, seu conteúdo esgotado, seu fim alcançado. Dá-se, pois, a extinção.
Poder-se-ia dizer, em expressiva comparação, que se finda por morte natural.
A resolução cabe nos casos de inexecução. Classifica-se esta em falta
de cumprimento ou inadimplemento stricto sensu, mora, e cumprimento
defeituoso. A inexecução pode ser imputável ou inimputável ao devedor.
A inexecução pode ser culposa, ou não. Se o devedor não cumpre as
obrigações contraídas, pode o credor exigir a execução do contrato,
compelindo-o a cumpri-Ias, ou exigir que lhe pague perdas e danos, além da
resolução do contrato.
Nos contratos bilaterais a interdependência das obrigações justifica
a sua resolução quando uma das partes se torna inadimplente. Na sua
execução, cada contratante tem a faculdade de pedir a resolução, se o
outro não cumpre as obrigações contraídas. Esta faculdade resulta de
estipulação ou de presunção legal. Quando as partes acordam-na, diz-se
que estipulam o pacto comissionário expresso. Na ausência de estipulação,
tal pacto é presumido pela lei, que subentende a existência da cláusula resolutiva.
Portanto, entendem alguns que, se a inexecução é convertida em
dever de indenizar, não há propriamente resolução, porque o pagamento da
indenização é uma das formas de execução do contrato, mas, em verdade, a
condenação do devedor ao ressarcimento dos prejuízos é uma sanção que se
lhe aplica exatamente porque deixou de executar o contrato, não se podendo
dizer, a rigor, que o credor quer que seja executado por esse modo. Há, portanto,
resolução, a que se acrescenta a obrigação de indenizar, se reunidos forem seus
pressupostos.

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