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Ajanela e 0 muxarabi: uma historia do olhar entre Oriente e Ocidente Hans Beting TYaduito co aemio por Ace. Sera A janela como forma simbética: ‘ransparéncias da visio A roslugio inaugural pela perpectvaremete, desde inicio, cits deviam compat coon a ars tano ls cinham que enxergar com uin dos olos vote que Sobre 0 vidoe, com o outro alo, 2 Sevore aes do video 90, p. 246) Leonardo compreende a perspectva, de modo tanto, Der se basa no antigo verbo perspzo, no sentida de “Grins ere ce Ham eng, nd a Ec uie Gosiie (ts Mince © 1 Bek 208 p26) 305 parson AE Findarnentalmes ‘pons 3 eita. Como indica Bryson (1988p 96s), provavelnnente fram thr 3 rent dferenes das ocidentis, que imipedirain que de ueito, no sentido cident deste 18 ports «paredes cores deicam aerta a pasigem r of quadrosestopeus cont fneceram desconbecidos até ise dexenvolvere o cance lo espectador também we observa no cio dos paints pinados, passives de seem dobradose rearanjads em Tngaesdiversos no espago de haitaio. Em ver de ari ms jnela © painel pintado, por asim dizer, propicia 196) 59) incita | Ad quadro presa-e asim 20 olhae como una ane mblica Mat ace precnamos diferent ene idea ito, ois nel tela no so equivalents. Una tla deloc-se dante de abar nguante jane sua respectiva ago. Os pesonagens de wim pops pasa, eno, 4 necesita de um lugar onde se encontrar bem somo de om esac diferente daqule do espectador. sono sem im Albers, o conceit de hitoris nio sgnifeasmplesmente marta: fem sua concepcto se tatava de uma exci de apresencago cénica arrive. Como obs mae nabre de ums [A pineura deve de tal modo atebatsro ipectado, como vise al pessoa vita que soffem e amam ‘que abe arte europea 2 via de sua pocalise “tetralidade’, como Dideroe vies 3formolar mais tarde (Rte 1980), F, segundo Albert, pelo menos um petsonagem deve “chamar aatengio do epectador part © que acanere” na imagem, na medida em que, “osm um gesto de so, convids 3 comemplagi” o novo las, ou seo, mvenamente, fo “sera fce ao acontecimento por mzio de um roto ameacange € ctharesselragens", Nauralmente peemanecen uma Boe30.que 6 et pectador deve “rir on chorat cont os peronagens de urn quo “Tndavia, nea Figo tab se desea ela ete oespectador apontara a necessidade de comastiguas do quad, se entre ore 0 se bia, Se- 2 imagem em perspectva conan ag 2 pinta ciava ums cena imag ini, a fim de mebilsarasaeulader mimeticas que deserves come espectadors. Amba, scans #3 te Ao ling, eobor ao o ign do mesmo modo, Fechando esta breve digress, 9 quadro pode ser consider Ao, pois, to como uma janels quanta com wma cen de ete Podemos ar aqui de uma dla represents Essa dupl represeneaco oa tagio eo olhar que vio at penpectva € precismente na metifora da janels que a perspectvs se 1 de modo marcante come forma simbdlica, Mat devemot ainda apresenar uma reflexio complementar acer da janela. De to, a perspeciva representa um olhar através da one 80 a signi que ela apresente a mesma jnela~ exceto'na molars da quad pois a anea no € outa coisa sen o logit do ola, Em ‘ourras palveas, quando se olhaatavés de uma janela, 9 miami jo hela deve desparecer, pata que se esquees sua presente para quo © ponto fondamenal da caves da janela, De modo revclador, 2s represntages de Jaelassio encontradas quae qe exchisivamente at ‘qu slo inadequadss 3 nocio do olhar pela anes, eat sew sentido mas proprio. Ex 1s murals em que nos represen as quais 0 expectdor de modo alguns se stems, por se ence de uma parese inada com sua vista punocimic, Por exempo, aa Vila Farnesiana de Roma, Baldassare Peru! nsarou wma colts srs que bee o olhat por o exterior Tenses impescio dese evar vendo bairra Roma, com apromess de ieroe (Fig. 1), Eles se faces jana lo, de pe dane do cavalra fica pra Duque de Gonzaga, que o ouca de pare ze se corpo pat as compo permance da junel ele parece as do que 30 maridor des cast imaginirs cspecilinade neve lta pela jel, ‘ever poder ves ereptesentar a mesmo de costs Fo} somente tarde que ese dexdobramento tev lagu, quande 0 omanciso len propds uma comets inversfo daidia de har pela jones ‘o motivo da janes ‘ia de conta diane dajanel. Nes figura, wm fe, cinde-te do nos, O que contemplamos & 0 verse de um fi ‘que ola através da jel, We 2 usa outea peson Se, a pari dso, {ha imager da janela, ent dscernimos, com uma evden fe arta el tornoe simbolo do sujeit cujo olhar ela na imagem, Come forma simbélica, a pespectisa concentara-e propriamente ms ieia de represent 0 sueito em seu oar. (© moxarabi como forma simbélica: permesbilidade da luz e opacidade do olhar A ideia de una jane pela qual o olha atrvesa, tl como se apeeenta no conecto de perspectivs &fandamentalmente oposa 2inerpreagio da jnela na caleara rabe-ilmica, A madanca de ponto de vs qve vamos realizar |ao que se segue pode parecer 20 tor parsicularmeateabrupta, mesmo que 2 winculemos 3 ideia de janela que conguiston uma posicf co primordia ma cultura visual da fra moderna: Na cltura orden jel eo olbar pel janela so nis © caso quando nos vlesenon rata abe, Nip &ruiiente coasatar puramente que, ness cule tr, oolhar pla como + perpect ce difvencia alguns pects war ex identifica sintomas que nos peri ‘am formalar aetea do oll, da jana e do horizon, questOes tes iquels. ques caloca pra CContudo, 2 tre de aprosenar reposts para as porguntas devers ser deixada ao euidado de especial ‘que conkesam ant cesirio arse poder dendobraroepecte> semantic das nterpetagdes silica janela estas encenagbes de dos tempos modernos, part melhor demarear © pos de paride da refleio que se segue. © olhar ocidenaldrige-ses imagens que cle alm da jel. Ese eincipo conduaa aunt mal-enendido ‘evelador quando, por volu de 1500, um pinto aleiio represencou jinels (Pig 4. Els encarnam, no Pfllndofr Altar da Staategalerie eStutgat, dois profs do Antigo Testmento que, adornados com a janelasberta, coma har emia a0 compa dg eng do qual mesmo olhars apropria, 'No mundo aim de janes gue transpaente, no © é pars 0 olay ~ pelo men n ras sim pact 4 as, por melo da entreimtero exterior. jane pra per ela & tocna spots pars caso alluz sdenteeno espe interior, mi pats so alba dor Es neaie ds luz que, vrmeio de et ngs de Bm gral sjanela grea fo imerior €o exterior, separalo que de ‘otra era privadse pli, Os monderes pemancee parearua enquanto coer sio expres de obs ‘ato, 9 que se pasta fora. A Tue penetes noe {ha janels, como que steavés de um lro dense. No i {2 janes prods nom motivo emt flex, que se dsl irae. Segond io dot taos ve tama ordenagio no ambiente com 3 lus do din «#02 Ine somente cil elo mundo po poderia eu exar dad ou justamente fla. Ma, defo, enpectiva uma convengioembasas em uma canstrurio teria metivda por objetivo e expects fice de descrver Quam ama aperpest, «sa presuporia, em contraprtd, a exstnca da forma expecta da mu form clr on smb 6 pode ier eno se ompreendecs mina mas dara or inert da deca, qu fia © repilae, A jes, com seu mio geottic, pila sin got 3 pao te em ce coro Sm sinben ( epipeio Hasan Fahy, qu defen und modernidade ix loca em anguetars, fence sma al frm sible guan- do examinees o momar (nadie) tac de umes antiga forma de janela que sdornava tnnbein ne varandas ds cate. Ela ‘caratersa por uma tela de telga de madeira (a wenden letcewoik ‘da autor jn decoragio deu origem jgnar esse ipo de jnela. Tal etcunstincia mos debt es nl motivo pleno de vivacidade er Scnea os senha BELTING, H.: KRUSE, C. Di inn de Gomes, Dat Ser niderlnsehen Nees Moschen ime, 1995, [BRUSATI,C. Are andhoTh At and Whig of Semon Hoya Chicago: The Univers of Chieago Pre 195, BRYSON, N. Vise al Ping, Te La fhe Gace. 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