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XTO
TE
COM
PRINCÍPIOS PL
O
ET
DE COMPOSIÇÃO
As características intrafigurais (forma, cor, etc) de uma parte presenciar a passagem (ainda que em alta velocidade) de uma
elementar (elemento primário de uma configuração), bem como Ferrari, terá sua atenção voltada para aquela imagem e poderá,
as relações interfigurais que existem em uma configuração, ainda que não enxergue perfeitamente o veículo (no sentido
como a relação figura/fundo, o controle sobre o foco de físico), identificá-lo e “vê-lo” com detalhes.
atenção, o balanço visual, entre outras, são definidas por Wong Outro espectador que não tenha ligações cognitivas com o
(Apud HODGSON, 1985:69) como elementos da "gramática" assunto “automóveis” provavelmente, sequer terá notado a
da organização visual. passagem do veículo.
Essa organização passa, no nível técnico ou no intuitivo pelos HODGSON (1985:69) descreve os princípios pertinentes à
princípios básicos de composição, que podem ser descritos geração controlada da forma, diretamente utilizáveis na
como "as forças compulsoriamente ativas no trabalho com disposição espacial das partes elementares visando a criação de
formas no espaço, do modo como são percebidas pelo configurações:
espectador" (HODGSON, 1985:69)
Na recepção da informação, “... induções perceptivas diferem O balanço é o modo de distribuição desses componentes para
das inferências lógicas. Inferências são operaçõe mentais que que o conjunto transmita ao espectador a sensação de
acrescentam algo aos fatos visuais dados, ao interpretá-los. estabilidade e equilíbrio, mesmo que as partes elementares que
Induções perceptivas são às vezes interpolações que se baseiam compõem a configuração não sejam isomorfas e tenham cores e
em conhecimento adquirido previamente. Característicamente, texturas diferentes.
entretanto, são conclusões tiradas espontaneamente durante a
percepção de determinada configuração do padrão.”
(ARNHEIM, 1974:5)
The Economist
TAMANHO E ESCALA
O balanço da composição é obtido quando os eixos de Uma das "Ilusões de Luckiesh" mostra dois círculos isomorfos:
equilíbrio estão localizados nos eixos centrais (vertical e um deles circundado por círculos de pequeno diâmetro e o
horizontal) da configuração. outro por círculos de maior diâmetro. Os círculos originais
A composição é simétrica quando as imagens ou suas partes aparentam ter diâmetros diferentes, sendo o primeiro maior que
estão dispersas igualmente em torno desses eixos. o segundo.
Figura 3A
Figura 2A ILUSÃO DE
COMPOSIÇÃO LUCKIESH
SIMÉTRICA
Nas famílias de tipos projetadas, as características próprias de
A composição assimétrica é obtida pelo arranjo de objetos não cada letra criam a necessidade da criação de alterações e
isomorfos de modo que os eixos de equilíbrio permaneçam nos distorções em algumas delas para que o conjunto - uma palavra -
eixos centrais. pareça homogêneo para o leitor.
AS
Figura 2B Figura 3B
COMPOSIÇÃO CORREÇÃO
ASSIMÉTRICA VISUAL EM
TIPIAS
Os arranjos simétricos tendem a ser formais, estáveis e estáticos,
além de serem facilmente 'decifrados'. Os arranjos assimétricos O tamanho do objeto interfere também na percepção que o
são mais informais e atrativos. A 'tensão visual' decorrente do observador tem de sua localização no espaço.
balanceamento de imagens diferentes cria um certo interesse no Objetos maiores aparentam estar mais próximos e objetos
observador. menores aparentam estar mais distantes do observador.
Por esse motivo as composições assimétricas tendem a ser mais Essa "insinuação visual" (visual cue) pode ser usada para simular
'interessantes' que as simétricas. distância e profundidade.
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serem sobrepostas, unidas, cruzadas ou coincididas, oferecendo
AS muitas opções para sua organização e, consequentemente,
AS
muitos efeitos visuais diferentes.
SIMILARIDADE
Figura 5B
GRUPOS SIMILARES PELA VARIAÇÃO DA FORMA DOS
COMPONENTES
Figura 4B
EFEITO DA
PROMIXIDADE NA
INDIVIDUALIDADE
DOS ELEMENTOS
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CONTRASTE A direção pode ainda ser usada para transmitir informações di-
ferentes com um mesmo objeto.
O mais primário fator de detecção de um objeto é a diferença
entre ele e seu entorno). Essa diferenciação se dá em relação à Nas sinalizações de aeroportos, por exemplo, pictogramas com
cor, à luminância, ao movimento, à aparência, ao tamanho, à o mesmo desenho iconográfico de um avião sinalizam o portão
textura, à posição, à direção e ao volume. O contraste entre o de embarque - ícone orientado para cima - e o portão de
objeto e o entorno em qualquer delas pode criar distinção e ên- desembarque - ícone orientado para baixo. Setas orientadas para
fase. cima, para baixo, esquerda ou di-reita indicam caminhos
diferentes.
O uso de fortes contrastes pode prevenir ambiguidades e tornar
o conjunto mais atraente e interessante, além de facilitar a tarefa
de identificação dos elementos que o compõem.
Figura 7B
USO DA
DIREÇÃO PARA
TRANSMITIR
INFORMAÇÃO
REPETIÇÃO
A direção é simplesmente a orientação de um ou mais partes O uso repetido de formas regulares pode aparentar harmonia,
elementares sobre o plano ou o espaço. Ela é importante porque unidade e ritmo.
pode controlar (ou interferir) no padrão de busca dos olhos per-
correndo um conjunto de elementos, conduzindo a leitura para Pode-se ainda repetir somente a cor, a direção ou a posição de
um ponto específico. elementos na composição de padrões, que se agruparão por
similaridade.
A repetição de formas em linha reta ou em ângulo constitui
uma forma particular de indicar uma direção. O direciona- A repetição de objetos pode ser feita de forma linear ou em
mento em diagonal sugere movimento ativo e dinâmico, ao pas- círculos, quadrados ou configurações geométricas compostas.
so que o vertical ou horizontal aparentam estática e passividade. Elas podem ainda variar em direção ou arranjo espacial. Podem
ser refletidas ou rotacionadas (figura 8B).
Figura 8A
REPETIÇÃO
DETERMINANDO
DIREÇÃO
Figura 7A
DETERMINAÇÃO Figura 8B
DO PADRÃO DE REPETIÇÃO
BUSCA PELA COM ROTAÇÃO
DIREÇÃO DAS
FORMAS São exemplos de repetição aplicada a peças gráficas:
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Da mesma forma que o contraste, ela está ligada à capacidade de
detecção de variações entre figura e entorno, podendo ser criada
por alterações de cor, posição, direção, aparência ("shape"), ta-
manho ou velocidade.
Figura 10
ANOMALIA CRIADA POR MUDANÇA DE POSIÇÃO E DE COR
ANOMALIA
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São exemplos de concentração aplicada a peças gráficas:
GRADAÇÃO E RADIAÇÃO
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