SISTEMAS ELÉCTRICOS

DE ENERGIA I
Funcionamento das linhas aéreas
Parâmetros das linhas

Resistência linear Isto já eu

aprendi!
ρ
R = Parece-me é
S' que falta o l

mas

S’ ≤ S S’ – secção efectiva ou
equivalente
S - secção real do condutor
ρ ≠ ρ20
Porquê?
Agora que
eu sabia ...

ρθ = ρ20 (1 + α (θ − 20 ) )
α = 0, 004 /º C
A diminuição do valor da secção é influenciada por:
ÑEfeito pelicular
ÑMagnetização das almas de aço
A resistividade é influenciada pela temperatura de
funcionamento
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Funcionamento das linhas aéreas
Efeito pelicular

Já falei disto mas como era um

assunto de tratamento
complexo, pensei que não era
preciso saber!!!

Conclusão: num cilindro (condutor

unifilar) a resistência linear em c.a.
Rca é dada por
Rca=K(x)rcc
Em que K(x) é função de x calculado
por
2fµr
x=π D
ρ

A influência do efeito pelicular só é de considerar

para altas frequências ou diâmetros elevados dos
condutores. Para f=50Hz ⇒ K(x)≈ 1
Cabos mistos ⇒ aumento da resistência, resultado
das perdas magnéticas na alma de aço. Uma só
camada de fios condutores ⇒ aumento de 20 a
30%. Duas camadas ⇒ aumento nulo !!!!
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Funcionamento das linhas aéreas
A estimativa do comprimento
pode ser afectada por:
☺ Disposição helicoidal dos
fios – num condutor em
cabo a corrente
eléctrica não circula
segundo o seu eixo mas
sim segundo as hélices
☺ Diferença entre o comprimento real e em planta
(comprimento da catenária)

Condutância (perditância)
Como se calcula?
Nunca me
ensinaram!

Já sei!
Como o valor é
diminuto e não
sabemos calcular
VAMOS DESPREZAR
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Funcionamento das linhas aéreas
Indutância
O mais importante parâmetro das linhas. É o
elemento predominante na impedância.

Linha monofásica
A indutância Intensidade do
Campo Magnético
está associada
ao fluxo
magnético
Condutores
dentro e à volta D
dos condutores
Condutores rectilíneos, paralelos e
L=Lint+Lo de comprimento indefinido

IMPORTANTE:
A energia armazenada no interior dos condutores
não é desprezável, embora o volume interno seja
relativamente pequeno, as densidades de campo
apresentam valores elevados
A presença da terra afecta a geometria do campo
magnético de forma insignificante – µr da terra é
praticamente igual à do ar; condutividade eléctrica
pequena ⇒ correntes induzidas no solo e efeitos
sobre a indutância da linha desprezáveis
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Indutância interna Lint
Isto é para saber.
Válido para condutores
cilíndricos e densidade
µµ0 de corrente uniforme
Lint = H/m
4π

Já devia estar
sabido

Prova.

dx
i ´ corrente total no condutor x
i(x/R)2 ´ corrente dentro do raio x R

∫ HdA = ∑ i T. Ampere

∫
Integrando H dA à volta do círculo de raio x obtém-se:
2
x
H 2πx =   i ⇒ H = x i

R 2πR 2
Cresce linear/
com x
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dw 1 2
Energia armazenada ´ = µµ 0 H Jm -3
dv 2

Sendo 2πx dx Volume

Energia total do campo magnético no interior dos

2 condutores
R 2
1  x 
wint = 2. .µµ0 ∫  i .2πx dx
2 
Jm −1
2 0
2πR 

µµ0
wint = i2
8π
Como
1
wint = Lint i2
2
Então

µµ0
Lint = H/m
4π
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Indutância externa L0
µ0D µ0 D
L0 = ln ou L0 = ln
π R1R2
π R
PROVA: Prova?
Outra vez não!!!

Tal como no caso anterior

i
H= R
2πy y

A indução magnética devida a um

condutor i
B = µ0 H = µ0 T
2πy
Fluxo total entre os 2 condutores devido a um deles
D −R
i i D-R i D
∫R µ0 dy = µ0 ln ≈ µ0 ln [D  R ]
2πy 2π R 2π R

Devido aos 2 condutores

i D
φ 0 = µ 0 ln Wb/m (de linha )
π R
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Sabendo que Por definição de
indutância
φ0
L0 =
i
Então
µ0 D
L0 = ln H/m
π R

A indutância total da linha monofásica é:

µµ0 Dµ0
L =Lint +L0 = + ln H/m (de linha)
4π π R

µ D
L=4x 10  +ln  H/m(delinha)
−7

4 R

INDUTÂNCIA
TOTAL – Linha
monofásica
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Mais um pouco de
Matemática

µµ0 D
µ0
L= + ln
4π π R
Vamos escrever a
expressão anterior de
outra forma

µ 0  µ1 µ 1 1
L=   + ln  +  + ln  − 2ln 
2π  4 R 4 R D

⇓
L = L1+L2-2M12
µ0  µ 1
Auto-indutâncias L1 = L2   + ln 
Indutância mútua 2π  4 R
⇓ µ0 1
M12  ln
APARENTES 2π D
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Queda de Tensão por metro

i1 =i ∆v = L
di
= ( L1 + L2 − 2M12 )
di
V/m
i2 =-i dt dt
De outra
forma
1 2

 di di   di di 
∆v =  L1 − M12 + L
  2 dt − M
 dt dt  
12
dt 

i1 + i 2 = 0

 di1 di2   di2 di1 

∆v =  L1 +M12  −  L2 +M12  V/m
dt
 
dt   dt dt 
  

∆v1 ∆v2

Queda de Tensão reactiva

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Generalizando para n condutores

µ0  µi 1
Li =  + ln 
2π  4 Ri  Ri – raio do condutor i
Dik – distância entre i e k
µ0 1
Mik  ln
2π Dik ∑i k =0

dik n di j
∆vk = Lk + ∑ Mkj V/m
dt j =1 dt
j ≠k

Com tensões e correntes sinusoidais

n
∆vk = Lk jωIk + ∑ Mkj jωIj V/m
j =1
j ≠k
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Linhas trifásicas
Corrente sinusoidal
3
∆vk = Lk jωIk + ∑ Mkj jωIj V/m
j =1
j ≠k

sob forma matricial

 ∆v1   L1 M12 M13   I1 

 ∆v  = j ω M L2  
M23  I2  
 2  12
 ∆v3  M31 M32 L3  I3 

Expressões correctas se
∑Ik = 0, isto é, se as
correntes pelas terra ou
pelo neutro forem nulas
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EXEMPLO
D D Linha não transposta

µ0  1 1 µ0 1 µ 1
∆v1 = j ωI1  + ln  + j ωI2 ln + j ωI3 0 ln
2π  4 R 2π D 2π 2D
l
i1 i2 i3 como I1+I2+I3 =0
µ0  1 2D  µ0
2R ∆v1 = I1 j ω  + ln +
 2 I j ω ln2 V/m
2π  4 R  2π
da mesma forma
µ0  1 D
∆v2 = I2 j ω  + ln  V/m
2π  4 R
µ0  1 2D  µ0
∆v3 = I3 j ω  + ln +
 2 I j ω ln2 V/m
2π  4 R  2π

1 2D 
4 + ln ln2 0 
v R
∆
 1    I1 
 ∆v  = j ω µ 0  1 D  I 
 2 0 + ln 0
2π  4 R   2
 ∆v3    I 
 1 2D   3 
0 ln2 + ln
 4 R 

Simetria nas correntes não implica simetria nas quedas

de tensão; em rigor não é possível uma análise por fase
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EXEMPLO
Linha transposta
I2 I3 I1 l/3 Secção III
1 µ 1 2D  µ0 
∆v1 = I1 j ω 0  + ln +
 2I j ω ln2 +
I3 I1 I2 l/3 Secção II 3 2π  4 R  2π 
1 µ 1 D 
+ I1 j ω 0  + ln   +
3 2π  4 R 
I1 I2 I3 l/3 Secção I
1 µ0  1 2D  µ0 
+ I j ω  + ln +
 3 I j ω ln2
3  
1
2π  4 R  2π 

simplificando
µ0  1 2D  3
∆v1 = I1 j ω  + ln  V/m
2π  4 R 
de forma matricial

1 3
2D 
 + ln 0 0 
 ∆v1  4 R  I 
 ∆v  = j ω µ0  1 2D  1
3

 2  0 + ln 0  I2 
2π  4 R  I 
 ∆v3 
 1 3
2D  3 
 0 0 + ln 
 4 R 

Possibilidade real de efectuar uma análise apenas

para uma das fases
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Linha de condutores duplos (trifásica, transposta)
2R
d

1 2 3 4 5 6
a b c

D D

∆v1 = j ω  I2a
µ0
2π ( 1
4 + ln R ) +
1 Ia µ0
2 2π ln d1 +
Ib µ0 Ib µ0 Ic µ0 Ic µ0
+ 2 2π ln D +
1
2 2π ln 1
D +d + 2 2π ln 1
2D + 2 2π ln 2D1+d 
Como d<<D
∆v1 = j ω 2π0 ( 81 + 21 ln R1 + 21 ln d1 ) Ia + ln D1 Ib + ln 21D Ic 
µ

de outra forma
∆v1 = j ω 2π0 
µ
 ( 1
8 + ln 1
Rd )I a + ln D1 Ib + ln 21D Ic 

∆v2 = j ω 2π0
µ
( 1
8 + ln D
Rd )I b

∆v3 = j ω 2π0 ln 21D Ia + ln D1 Ib +

µ
 ( 1
8 + ln 1
Rd ) I 
c

Linha transposta

∆v a = j ω
µ0
2π ( 1
8 + ln
3
2D
Rd )I a
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Formulário
Condutores dispostos em triângulo equilátero

Um condutor D D
µ0  1 D
por fase L= .  + ln  Hm−1
2π  4 R
D

Dois condutores µ0  1 D 
D D L≅ . + ln  Hm
−1

2π  2 * 4 R.d 
por fase
D

Três condutores µ0  1 D 
L≅ . + ln Hm−1
por fase 
D D
2π  3 * 4 3
R.d.d 
D

n condutores n condutores
µ0  1 D 
L≅ . + ln  Hm−1
por fase D D
2π  n * 4 n
R.dn −1 
n condutores n condutores
D
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Formulário
Condutores dispostos em toalha horizontal, com
transposição cíclica dos condutores
1 2 3

Um condutor 3 1 2
L=
µ0  1
.  + ln
D. 3 2 
 Hm
−1

por fase 2π  4 R 
2 3 1

D D

1 2 3

Dois condutores
por fase 3 1 2

µ0  1 D. 3 2 
L= . + ln  Hm
−1

2π  2 * 4 R.d 
2 3 1

D D
d d d

n condutores L≅
µ0  1
. + ln
D. 3 2 
 Hm−1
por fase 2π  n * 4 n
R.dn −1 

D – distância entre fases; R – raio de cada condutor

d – distância entre condutores de uma fase;
Em todos os exemplos considerou-se que D>>d efectuando-se as
correspondentes simplificações
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Formulário

Caso Geral
Condutores em qualquer posição, com
transposição cíclica dos condutores

n condutores por fase

µ0  1 3 D .D .D 
L≅ . + ln 12 23 13  Hm−1
2π  n * 4 n
R.dn −1 