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Causas Da Colonização em Africa 1822 1975 PDF
Causas Da Colonização em Africa 1822 1975 PDF
°), 463-496
1. INTRODUÇÃO
aplicação dos capitais britânicos2. Mas também não era esse o caso, uma vez
que a maior parte do capital exportado pela Grã-Bretanha ao longo do
século xix tinha como destino os Estados Unidos da América, a Índia, o
Canadá e a Austrália, e não as novas colónias3.
Para Hammond (1969), o exemplo de Portugal invalida a tese de Hobson,
já que este país havia expandido o seu poder colonial em África durante o
último quartel do século xix sem que fosse um exportador de capitais. Se-
gundo aquele autor, o imperialismo português tinha um carácter essencial-
mente político: «Será em vão procurar no Portugal do século xix sinais de
motivações imperialistas que transcendam o reduzido e socialmente homo-
géneo grupo dos governantes4.» A tese segundo a qual Portugal desenvolveu
as colónias por razões não económicas é também defendida pela «historio-
grafia oficial», na designação de Valentim Alexandre (1979), onde o
colonialismo português do século xix aparece como o prolongamento das
descobertas e da expansão. Esta «vocação colonial» do país revelar-se-ia
também na especial propensão dos Portugueses para se misturarem com as
populações do Brasil, da Ásia e de África. Trata-se do celebrado «luso-
-tropicalismo», nascido na sociologia brasileira e acarinhado no regime
salazarista5. Foi neste contexto que se desenvolveu o mito segundo o qual a
«presença» portuguesa em África somava quatro séculos de existência
aquando da partilha de África pelo Tratado de Berlim de 1885. Também
Schumpeter (1976) advoga a relevância dos acontecimentos passados na ex-
plicação do imperialismo do século xix, embora sob uma formulação diferente
daquela que surge na historiografia oficial portuguesa, porquanto este autor
atribui valor negativo ao imperialismo. Segundo ele, o imperialismo «provém
das relações de produção do passado, e não do presente, e procura a expansão
pela expansão, sendo desprovido de objecto e atávico na sua natureza»6.
José Capela (1975 e 1979) dá-nos outra versão sobre o carácter não
económico da expansão do império português no século xix. Para este autor,
as duas medidas que melhor configuram a política portuguesa em África
— a da abolição do tráfico de escravos, em 1836, e da escravatura, em 1876 —
não resultaram de pressões de ordem económica, mas sim da vontade do
governo português em reproduzir medidas tomadas no estrangeiro e da pres-
são do governo inglês7. Do mesmo modo, Papagano (1980) defende que a
política colonial portuguesa foi motivada por factores de ordem política. Para
ele, as acções do governo português eram essencialmente uma emulação das
2
Hobson (1972, pp. 2-3).
3
V. Fieldhouse (1984, caps. 2 e 3) e 0'Brien e Prados (1988).
4
Hammond (1969, p. 354).
5
V. Valentim Alexandre (1979, pp. 5-7).
6
Schumpeter (1976, pp. 70 e 77).
7
464 V. José Capela (1975 e 1979) e Marques (1994).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
8
V. Giuseppe Papagano (1980); v. também Alexandre (1979, pp. 12-21).
9
Valentim Alexandre (1979, sobretudo pp. 68-70).
10
Id, (1993, pp, 57-58).
11
V. Pélissier (1994, 1997a e 1997b). 465
Pedro Lains
12
Clarence-Smith (1985, p. 81); v. também Pereira (1983, pp. 278-281). Para uma discus-
são das condições económicas em Portugal na década de 1890, v. Lains (1995).
13
466 Clarence-Smith (1985, p. 193).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
14
V. Edgar Rocha (1977 e 1982) e Pereira Leite (1990) para os anos 60; v. também
Pereira Leite (1989), João Estêvão (1991) e Adelino Gomes para o período anterior. 467
Pedro Lains
15
V., por exemplo, Sociedade de Geografia de Lisboa (1913). Sobre os debates na
Sociedade de Geografia, v. Ângela Guimarães (1984).
16
Cit. em Haight (1967, p. 164).
17
V. Smith (1970, p. 80).
18
V. Haight (1967) e Capela (1979, pp. 202-224). Para uma análise da discussão sobre
a abolição por Portugal do tráfico de escravos, v. Marques (1994) e Alexandre (1994).
I9
468 V. Smith (1970, pp. 82 e 86).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
20
V. Axelson (1967, pp. 23-24).
21
V. Caetano (1971, p. 70). Smith (1970, pp. 119-34) afirma que esta força foi enviada
em Março de 1853. A definição das fronteiras a norte de Angola terminou em Maio de 1891,
incluindo a região do Lunda nesta colónia [v. Caetano (1971, p. 102 n]]. 469
Pedro Lains
22
V. Richardson (1989, p. 10).
23
O grande peso d o comércio de escravos não era único nas colónias portuguesas [v.
Haight (1967, pp. 100-102), Inikori (1986) e Law (1995b)].
24
470 V. Capela (1979, pp. 85-86).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Exportações de Luanda
(contos)
[QUADRO N.° 3]
25
V. Lynn (1981 e 1989). 471
Pedro Lains
26
V. Bowman (1987, p . 100). As exportações d e amendoim da Guiné atingiram 1,1
milhões d e alqueires em 1878, caindo para alguns milhares e m 1897.
27
N o que diz respeito à situação na Guiné portuguesa, v. Bowman (1986) e Pélissier
(1997b).
28
V. Newitt (1995).
29
472 Id. (1995, pp. 244-252).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
30
V. Liesegang (1986) e Newitt (1995, pp. 251 e 264-266). 473
Pedro Lains
repetida uma vez mais, a Câmara dos Pares rejeitou o tratado, dando lugar
a uma nova queda de governo31.
Por esta altura os interesses comerciais dos Portugueses na baía de Lou-
renço Marques eram reduzidos e a defesa da zona terá de justificar-se por
razões políticas ou militares. Portugal, aliás, não estava sozinho quanto a este
tipo de interesses. Em 1876, o governo do Cabo defendia a expansão da
colónia para, entre outras coisas, impedir que os Boers chegassem à costa e
que Portugal se expandisse para sul a partir de Angola32.
As relações entre a Grã-Bretanha e Portugal em África não eram só de
conflito. Com uma fraca capacidade de intervenção militar, o governo por-
tuguês precisava de recorrer à diplomacia para manter e expandir o império
africano. Para isso, a aliança com a Grã-Bretanha era importante, sobretudo
quando e onde outros interesses coloniais estivessem em jogo. A Grã-
-Bretanha nem sempre estava interessada em ter controle administrativo direc-
to e a administração portuguesa podia ser uma ajuda valiosa. Relativamente
à ocupação da bacia do Congo, por exemplo, o Ministério dos Negócios
Estrangeiros de Londres opinava que «um mau inquilino era melhor do que
uma casa vazia e que era melhor permitir desde logo a entrada de Portugal
do que a ocupação pela França do território em disputa»33.
No seguimento da política de entendimento entre os dois impérios colo-
niais, em Fevereiro de 1884 foi assinado um tratado que conferia o controle
da costa de Angola até Cabinda, obrigando-se Portugal, no entanto, a manter
a área aberta ao comércio de todas as nações e a não aumentar os direitos
aduaneiros acima dos que haviam sido estabelecidos para Moçambique em
1877, os quais eram relativamente baixos. Este tratado, todavia, não viria a
ser ratificado pelo Parlamento britânico, dada a oposição manifestada pelas
demais potências europeias. Em última análise, a Conferência de Berlim de
1884-1885 foi também uma consequência dos problemas levantados pelo
Tratado Luso-Britânico de 1884.
Ao contrário do I Congresso Internacional sobre África, que teve lugar em
Bruxelas em 1878, Portugal assegurou a sua presença em Berlim34. Após
garantir às demais potências que estava comprometido com o comércio livre na
área, Portugal pôde manter o controle administrativo sobre a margem norte do
rio Congo. Mais uma vez, tratou-se de uma vitória diplomática com reduzidos
benefícios económicos. Entre outras coisas, ficou excluída a possibilidade de
arrecadar receitas alfandegárias que cobrissem os custos de administração do
31
Para a história do Tratado de Lourenço Marques, v. Axelson (1967, cap. 2).
32
V. Axelson (1967, p . 58).
33
Id. (1967, p. 58).
34
474 V. Caetano (1971, pp. 84-85).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
35
V. Teixeira (1987). 475
Pedro Lains
36
V. Frankel (1938).
37
476 V., por exemplo, Pautas vigentes [...] (1982).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Comércio colonial
(percentagem do comércio total)
[QUADRO N.° 4]
Importações Exportações
Colónias Colónias
Outras colónias Outras colónias
africanas africanas
Nota. — Dados para 1842, 1843, 1848, 1851, 1855, 1856, 1861, 1865-1914, 1920 e 1930-
-1974.
Fontes: 1842-1914: Lains (1992, p. 127); 1920: Castro (1979, p. 229); 1930-1974: Ferreira
(1994, quadros n.os 1-3, e no prelo).
[QUADRO N ° 5]
América América
Europa Ásia África Oceânia
do Norte do Sul
38
Cit. por Alexandre (1979, p . 63). Cf. u m a opinião semelhante expressa e m 1899 pelo
então ministro da Marinha e das Colónias, cit. e m Lains (1995, p. 130).
39
V. Lains (1995); v. também Cordeiro (1896, p. 400), Salazar (1916, pp. 193-199) e
Clarence-Smith (1985, pp. 86-87).
40
Para pormenores respeitantes à correcção dos dados relativos ao comércio externo, v.
478 Lains (1995, apêndice B).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
ia) (b) (c) (d) (e) (/) (g) (h) (í) (/)
Comércio total Comércio com África Reexportações coloniais
BC3
Expor- Impor- BC Expor- Impor- BC1 De Para BC2 (C)-(/)+(Í)
tações tações (a)-(b) tações tações (<Q<e) África África (g)-(h)
1855-1856 15 760 19 640 - 3 880 390 437 -47 1 145 932 212 - 3 621
1861 13 875 29 043 - 1 5 168 515 630 -115 916 1 299 - 3 8 4 - 1 5 437
1865-1869 15 164 27 967 - 1 2 802 484 727 -243 1614 1431 182 - 1 2 377
1870-1874 23 132 28 091 - 4 959 758 760 - 3 2 472 1977 494 - 4 462
1875-1879 24 513 31554 - 7 0 4 1 1047 663 384 2 468 2118 350 - 7 075
1880-1884 24 058 30 885 - 6 826 665 621 44 1982 2 134 -152 - 7 022
1885-1889 32 344 35 139 - 2 795 1009 697 312 3 288 2417 872 - 2 235
1890-1894 37 316 34 570 2 746 2712 805 1907 8 819 3 396 5 423 6 262
1895-1899 55 360 39 146 16 214 7 806 963 6 843 14995 3 879 11 117 20 488
1900-1904 53 712 54 876 - 1 164 8 187 1486 6701 17 404 3 806 13 598 5 732
1905-1909 44 808 59 388 - 1 4 580 6 906 1820 5 086 16 243 4 297 11 946 -7 720
1910-1913 64 938 73 058 - 8 120 9 659 2 393 7 267 25 490 5 804 19 686 4 299
Reex- Remessas
portações Registadas Estimadas (</)= (a)/(c)
Despesas públicas
(contos)
[QUADRO N.° 9]
Colónias
Colónias/
Em percentagem total
Total
Valor total (percenta-
Investi-
Militares Outras gem)
mento
43
O quadro n.° 11 inclui o valor do comércio para as colónias asiáticas (a Índia portu-
guesa, Macau e Timor). O valor do comércio da Índia portuguesa e de Timor é relativamente
482 pequeno, e Macau era um porto de passagem para a China.
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Exportações
Total
Cabo São Moçam- Total África
Guiné
Tomé
Angola índia Macau Timor
Verde bique
Exportações
1901-1910 . . 109 62 1422 1 116 662 144 1572 67 5 154 3 371
1911-1920. . 304 53 1239 1 188 1250 245 1643 90 6013 4 034
1921-1930 . . 357 32 615 2 029 2 603 293 1518 144 7 591 5 636
1931-1936 . . 273 24 285 2 148 1521 194 788 59 5 292 4 251
Importações
1901-1910 . . 167 173 572 1266 1707 416 1845 59 6 205 3 885
1911-1920. . 367 229 733 1 149 2 528 726 2 231 79 8 043 5 007
1921-1930 . . 387 335 351 2 229 3 930 1 121 2 740 113 11206 7 232
1931-1936 . . 233 222 165 1506 2 973 1 111 1840 59 8 109 5 098
44
Essa obrigação foi posteriormente regulamentada pelos códigos laborais de 1926 e 1928
e e m 1930 foi limitada ao trabalho em obras públicas [v. Duffy (1961, pp. 318-321)].
45
E m 1900-1910, o défice acumulado para o Governo-Geral de Angola (7100 contos)
ultrapassava o défice das cinco décadas anteriores, de 1852 a 1899 (5500 contos) [v. Macedo
484 (1910, pp. 54-61)].
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
46
V. Duffy (1961, pp. 331).
47
Não existe uma revisão equivalente à apresentada no quadro n.° 7 para as estatísticas
relativas ao comércio externo português no período após 1914. Ribeiro Salgado (1934, p. 91)
sugere que as exportações de Portugal tinham sido depreciadas em 50% e as exportações das
colónias em 30%. 485
Pedro Lains
Exportações para
Valores corrigidos
Nota. — Para corrigir o valor das exportações de Portugal aplicou-se uma taxa de 50%;
e de 30% para as exportações das colónias. Os valores das exportações dos outros países
(importações) não foram corrigidos [v. Salgado (1934) e Lains (1995, apêndice B)].
Fonte: Adaptado de Salgado (1934, quadro n.° 1).
48
V. Duffy (1961, p. 331).
49
486 V. Castro (1980, p. 168) e Clarence-Smith (1985, p. 16).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Cabo Moçam-
Guiné São Tomé Angola Total
Verde bique
Exportações para
50
Nos anos 50 a contribuição das colónias africanas para a balança de pagamentos era
também de grande importância para a Grã-Bretanha, Bélgica e França [v. Rodney (1982,
pp. 171-172)] e Havinden e Meredith (1993).
51
V. Ferreira (1990 e no prelo).
52
V. Castro (1980) e Leite (1990).
53
488 Em 1960 o diferencial de preço passou a ser desfavorável às colónias.
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Balança de pagamentos
(milhares de contos)
[QUADRO N.° 15]
l 2 3 4 5
Portugal- Colónias-
Portugal - Império Portuga]
-outros -outros
•colónias (1 + 2) (1 + 3)
países países
1 2 3 4 5
Portugal-colónias
Transferências
Balança privadas do (3/4)
Total exterior
De pagamentos Comercial
à preservação do império. Edgar Rocha (1982) defende que, nos anos 60, as
remessas dos emigrantes contribuíram para a «sobrevalorização» do escudo,
o que favorecia as importações, particularmente de bens de capital, e logo um
padrão de crescimento mais intensivo na utilização do factor capital. Toda-
via, a verdade é que durante as décadas de 50 e 60 Portugal tinha o coefi-
ciente capital-produto mais baixo entre os países da Europa do Sul, do que
resulta que a maior utilização de capital não constituía problema. Desse
modo, a posição favorável na balança de pagamentos do país decorrente das
54
490 V. Green (1969, pp. 351-352).
Causas do colonialismo português em África, 1822-1975
Estimativa dos ganhos para Portugal provenientes das colónias para 1957
(milhares de contos)
[QUADRO N.° 17]
5. CONCLUSÃO
55
V. Rocha (1982, pp. 1070-1074). Para o coeficiente capital-produto, v. Pintado (1964,
p. 29). 491
Pedro Lains
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