Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BANCO DE DADOS
INTRODUÇÃO
Neste tema, você aprenderá três conceitos-chave para a administração de dados: o Modelo de
Dados, o Banco de Dados (BD) e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
Ao longo da leitura, você compreenderá que os conceitos de Modelo de Dados e SGBD estão
contidos no conceito de BD, que, por sua vez, é mais amplo e complexo.
Além disso, também aprenderá que, enquanto o Modelo de Dados é a representação da estrutura
de BD, o SGBD é o BD associado a um conjunto de softwares utilizados para manipular esses
dados. Vamos lá?
Bom estudo!
OBJETIVO
Entender os conceitos de Modelo de Dados e BD e conhecer quais os principais
Modelos de Dados existentes
O BD surgiu para substituir a utilização de arquivos como texto para armazenamento definitivo
de dados. Segundo a definição de Kroenke (1998), por exemplo, a tecnologia de bancos de
dados foi amplamente desenvolvida para superar as limitações dos sistemas de arquivos.
Vários outros autores trazem diferentes definições do termo BD. Essas definições podem ser
visualizadas na tabela 1 a seguir.
Tabela 1 – Definições de BD
Autor Definição
Heuser (2009, p. 20) É uma Base de Dados associada à sua semântica. Uma Base de
Dados, por sua vez, é uma coleção de dados inter-relacionados.
Elmasri e Navathe É uma coleção dados relacionados. Dados são fatos conhecidos que
( 2011, p. 3) podem ser registrados e possuem significado implícito.
1
Fonte: Morais (2014).
Saiba mais:
Em inglês padrão, o termo “data” é usado para o plural, enquanto o termo “datum” é usado para
o singular, segundo Elmasri e Navathe (2002).
Explorando um pouco mais a definição de Elmasri e Navathe (2002), que pode ser considerada
bastante genérica, pode-se dizer que um BD representa algum aspecto do mundo real, que pode
ser chamado de minimundo, ou universo de discurso. As mudanças neste universo são refletidas
no BD.
Além disso, outra característica importante de BD está relacionada ao fato de que geralmente
estes se tratam de uma coleção logicamente coerente de dados com algum significado inerente.
Uma variedade aleatória de dados, por exemplo, não pode ser considerada um BD.
Finalmente, um Banco de Dados é projetado, construído e populado com dados para uma
finalidade específica. Ele possui um grupo definido de usuários e algumas aplicações
previamente concebidas nas quais estes usuários estão interessados.
Em resumo, podemos afirmar que um BD tem alguma fonte a partir da qual o dado é derivado,
algum grau de interação com eventos do mundo real e um público que está ativamente
interessado em seu conteúdo.
Agora que você já conhece a definição de BD, a seguir veremos suas principais finalidades.
Estes são apenas alguns exemplos, em diferentes contextos, da utilidade dos BDs.
Importante
É importante ressaltar que essa manipulação precisa ser especificada em uma linguagem que o
BD seja capaz de entender. Para isso, é preciso que o BD seja pensado em função do mundo
2
real e que seja representado em um formato estruturado, que permita sua manipulação. Esse
formato estruturado deve ser criado então a partir de um Modelos de Dados.
Em outras palavras. podemos dizer que o Modelo de Dados é a descrição formal da estrutura de
um banco de dados. Esta estrutura pode ser descrita de várias formas (diferentes níveis de
abstração), e para sua construção utilizamos uma linguagem de modelagem de dados.
Importante
As formas de representação mais comuns dos modelos de dados são: modelos lógicos baseados
em objetos e modelos lógicos baseados em registros.
O MER envolve a percepção do mundo real como um conjunto de objetos (entidades) e seus
relacionamentos. As entidades, por sua vez, são descritas por seus atributos, e o nível de
relacionamento entre elas é chamado de cardinalidade.
Agora, conheça os modelos lógicos baseados em registros, que são divididos em três tipos.
3
O Modelo Relacional (MR) utiliza um conjunto de tabelas que representam os dados e seu
relacionamento; uma tabela possui múltiplas colunas, e cada coluna, por sua vez, possui um
nome único.
Já o Modelo de Rede possui um conjunto de registros. A relação entre esses registros são
representadas por links (ligações). A figura, a seguir, ilustra um exemplo da representação do
modelo em rede, no qual um cliente possui várias contas-correntes no ambiente de um banco.
Saiba mais:
Até este momento, vimos o conceito de BD e que este é representado por um Modelo de Dados.
Já o Modelo funciona com uma espécie de projeto de uma casa, ou seja, assim com o modelo
não é utilizado na prática por se tratar de uma representação abstrata, o projeto da casa também
4
não é habitável e servirá apenas para que a casa seja construída com base nele. A figura 4
representa essa analogia.
Neste contexto, fica claro que é importante separar o modelo de sua implementação. Assim
como a casa pronta, o banco de dados implementado, criado com base no modelo, é o elemento
que será utilizado de fato pelo usuário final. A implementação, então, é uma representação física
do modelo, que funciona em um computador real, criado a partir de um modelo abstrato.
Para que esta implementação seja possível, é necessário um software. Esse software é o Sistema
Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
Saiba Mais:
Assim como o termo “Banco de Dados”, o termo “Sistema Gerenciador de Banco de Dados”, ou
simplesmente SGBD, também possui várias definições, como vistas a seguir.
Elmasri (2002, p. 4), por sua vez, afirma que é uma coleção de programas que permitem aos
usuários criar e manter um banco de dados.
Importante
Em outras palavras, segundo o mesmo autor, trata-se de um software, que facilita o processo de
construção, manipulação e compartilhamento de banco de dados entre diversos usuários e
aplicações, além de outras funções, como proteção do banco de dados e sua manutenção.
5
Figura 5 – A estrutura básica de um SGBD.
Agora que você conhece as principais definições e a estrutura básica de um SGBD, estudaremos
as principais funções desse sistema. Prossiga a leitura!
definição de dados;
manipulação de dados;
Em outras palavras, podemos dizer que um SGBD deve entender uma linguagem de definição
de dados. Por exemplo, para criar uma tabela Pessoa, com o CPF e o nome da Pessoa, pode-se
utilizar o seguinte comando em linguagem de alto nível:
Saiba Mais:
6
Um compilador é um programa de computador que, a partir de um código-fonte escrito em uma
linguagem compilada (alto nível), cria um programa semanticamente equivalente, porém,
escrito em linguagem de máquina, que é a linguagem que o computador entende.
Como exemplo, podemos citar um comando em linguagem de alto nível para selecionar todos
os funcionários cujo salário é maior ou igual a R$1000,00, conforme a seguir:
O SGBD deve ser capaz de monitorar requisições de usuários e rejeitar todas as tentativas de
violar as restrições de segurança e integridade definidas pelos seus projetistas.
Esta função é implementada pelo gerenciador de transações (conforme a figura 5). Ele impõe
processos de controle de recuperação e concorrência dos dados.
Metadados (ou descritores) são dados sobre os dados que servem para que o administrador do
banco obtenha informações sobre os dados que estão sendo armazenados no banco. Em outras
palavras, é considerado um banco de dados de sistema, não de usuário, e deve conter, entre
outros dados, as definições dos objetos de dados e restrições de segurança e integridade.
CONCLUSÃO
Você aprendeu que o Modelo de Dados é como a planta de uma casa, ou seja, é uma
representação abstrata que pode ser implementada fisicamente. Para essa implementação,
usamos os SGBD, um software que incorpora determinadas funções para facilitar o processo de
construção, manipulação e compartilhamento de banco de dados.
7
REFERÊNCIAS
ELMASRI, R.; NAVATE, S. Sistemas de banco de dados: fundamentos e aplicações. 6. ed. Rio de
Janeiro: Pearson, 2011.
Você aprendeu, neste tema, que o SGBD na verdade é um software. Faça uma pesquisa e
identifique quais são os principais softwares SGBDs gratuitos e pagos disponíveis no mercado.
A sua pesquisa deve conter no mínimo o nome do software, o fabricante, o custo aproximado de
aquisição (para o caso de softwares pagos), o alcance do software no mercado e qual o principal
tipo de utilização desse produto.