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Características do pós-humano em Frankenstein

1- Acho que essa característica é a mais marcante, que seria a questão da carne
(muito bem explicitada por Hayles), o “método” de Victor de compilar a criatura
com a parte de outros e até mesmo de animais. Então falaria não só da sua
construção, mas também da aparência, porque acabam sendo as duas coisas que
o fazem ser “o outro”, “o diferente”, “o não-ser”.
2- Essa aqui você comentou em um de nossos encontros e eu me apaixonei, que
seria mais voltado para o romance, não especialmente para a criatura, mas se
trata da obra perpassar vários níveis de conhecimento, porque apesar de ser um
texto literário, um romance, propriamente dito, também trata de ciência,
literatura (Milton, em especial), biologia, filosofia, sociologia (talvez), o que
também me remete à construção do romance em si, de ser uma obra concêntrica,
mas não sei se essa parte da concentricidade entra no pós-humano, é só uma
coisa que me fez pensar. E Judith fala disso: “the form of the novel is its
monstrosity […] because, like the monster, the story, the sum of the novel’s
parts exceeds the whole”.
3- Roubou meu coração essa característica, você também que disse, que seria a
criatura como representação das minorias, e Judith fala disso também “the
monster is class struggle, the product of industrialization, a representation of the
proletariat; the monster is all social struggle”.

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