Em março de 2019, MARIANA AVELINO DEMÉTRIO DE LIMA, brasileira,
solteira, com CPF 067.850.653-13, matriculou-se na academia SELFIT, Unidade Bezerra de Menezes, 1811, São Gerardo, CEP 60.235-004 para o plano SelfPlus anual. No ato da assinatura do contrato foram apresentados o TERMO DE ADESÃO e um formulário sobre a condição de saúde da querelante, avaliando possível necessidade de autorização médica para a execução de atividades físicas. No momento da assinatura dos documentos, a querelante aderiu ao contrato anual e afirmou não precisar de nenhuma indicação médica para a execução dos exercícios físicos por ela praticados. Os recepcionistas explicaram que o contrato seria anual, sujeito a multa em caso de Resolução, pedindo-se o pagamento conjunto a multa do proporcional da anuidade. A querelante se comprometeu ao pagamento mensal no plano anual do valor de R$ 89,90 mais a anuidade que seria debitada em seu cartão de crédito no dia 15 de Outubro do ano de 2019 no valor de R$ 99,90. Há época de sua matrícula, existia uma promoção de inauguração que dava ao novo aluno a possibilidade de não pagar a matrícula e ganhar 1 mês de treino grátis para cada amigo que levasse para se matricular na academia, podendo ganhar até 6 meses de gratuidade, o que ocorreu com Mariana. No ato da matrícula o valor de R$ 89,90 referente à matrícula foi debitado do cartão de Mariana e posteriormente estornado, garantindo assim a gratuidade prometida. Nesse viés, foi debitado em seu cartão os meses de Abril de 2019, Maio de 2019 e Junho de 2019. Os meses de Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2019 lhes foram gratuitos, uma vez que ela levou os 6 amigos para se matricularem assim como previa a promoção. Após o período dos 6 meses, gratuitos, que a promoção lhe deu direito, as cobranças tornaram a acontecer em seu cartão conforme previa o contrato assinado. Por se tratar de um contrato anual, o término do mesmo deveria ocorrer no mês de Março de 2020, devendo a última parcela a ser debitada no cartão da Querelante ocorrer em tal mês. Diante do cenário de Pandemia que ainda existe, quando ocorreu o Decreto que exigia o fechamento das academias em meados de Março, Mariana foi notificada de que os dias pagos que ainda estivessem dentro do período contratual e nos quais a academia estivesse fechada seriam- lhe acrescentados ao fim do contrato quando a situação de funcionamento da academia tornasse a regularidade. Logo que o Governo Estadual liberou a reabertura das academias e ainda agora, Mariana não se sentiu confortável para retornar à academia e se manteve em casa. No entanto, dia 25 de Agosto de 2020, a querelante recebeu uma notificação em seu celular de que que teria sido debitado em seu cartão o valor de R$ 95,91, parcela essa já reajustada, referentes a mensalidade da academia SELFIT. Chateada com tal cobrança, Mariana foi no dia 31 de Agosto até a Unidade da SELFIT na Bezerra de Meneses saber o porquê da cobrança. Lá chegando, Mariana foi avisada que seu plano tinha sido automaticamente reativado, o que aconteceu sem que a mesma fosse notificada, e que para que ocorresse o cancelamento do vínculo deveria pagar o equivalente da anuidade aos dias utilizados e o mês posterior, nesse caso setembro 2020, contabilizando um novo valor de R$ 141,70 (mês de setembro no valor de 95,91 e o proporcional da anuída no valor de 45,79) fora a cobrança da mensalidade feita dia 25 de Agosto no valor 95,91. Com tal panorama, a falta de comunicação em meio a reativação do plano sem a anuência da Querelante e a cobrança dos valores acima mencionados fizeram com que Mariana se sentisse ludibriada. Ainda acrescenta-se que, após indagação de seu advogado, Mariana verificou uma cláusula contratual que fere seu direito Constitucional à Privacidade e que não está devidamente destacada e expressa no contrato, uma vez que é citada ao fim do documento, com letras em tamanho similar ao restante das cláusulas, sem nenhum pedido de declaração EXPRESSA e que não lhe foi devidamente esclarecida no momento de assinatura do Termo de Adesão. Esse fato configura à referida cláusula como Exorbitante.