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NOME: BRUNA CAMARÃO VIEIRA MARTINS

EDUARDO DINIZ LIBANEO


NÁGILA MARIA LABELLA TELLES
TÉCIO ARAÚJO DOS SANTOS
DISCIPLINA: PSICODIAGNÓSTICO 5º TERMO NOTURNO
PROFª: GABRIELA CAMPOS
AULA 13 CAPÍTULO 15: PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO
Apesar da prática do Psicodiagnóstico Interventivo ter sido organizada na
década de 1990, é provável achar referências a ela já em 1935, quando Morgan e
Murray discutiram o uso do Teste de Apercepção Temática (TAT) na psicoterapia,
contexto que foi recobrado por Bellak em 1974. Em seguida, Friedenthal (1976) sugeriu
a aplicação do Teste de Relações Objetais (TRO), auxiliada por perguntas, assinalações
e interpretações.
Ainda há pouco tempo, sobressaem-se os trabalhos de Finn (1994), que se
outorgou à “Therapeutic Assessment” usando o Inventário Multifásico Minnesota de
Personalidade - Forma 2 (MMPI-2) e, no Brasil, os de Ancona-Lopez e cols, (1995),
num ponto de vista fenomenológico- existencial. Desse modo pode existir diversos
modos de executar o Psicodiagnóstico Interventivo, fundamentadas em diferenciados
referenciais teóricos e/ou empregando vários tipos de instrumentos ou de concordância
exemplificadora.
O Psicodiagnóstico Interventivo apresentado neste capítulo é aquele
compreendido no enquadramento do referencial psicanalítico de percepção da
personalidade, equiparado pelas técnicas projetivas e entrevista clínica. Ele principiou a
ser mais bem apresentado no início do ano 2000 (Barbieri, 2002), e a começar daí,
atuais incentivos não pararam (Tardivo, 2006; A.M.Trinca, 2003; Vaisberg,2004).
Segundo Trinca (1984), é proveniente do Psicodiagnóstico Compreensivo, que
abarca as práticas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais como domínio em
influência mútua, desenvolvendo uma teia que pode derivar em sofrimento e
inadequação. Essa trama certificaria de uma significação idiossincrático para o
conhecimento do indivíduo e para o seu sintoma.
O Psicodiagnóstico Interventivo de referencial psicanalítica não se constitui em
definições de movimentos a serem constantemente seguidos, porém de eixos resistentes
que comparte com o Psicodiagnóstico Compreensivo:
 Objetivo de elucidar o significado latente e as origens das perturbações;
 Ênfase na dinâmica emocional inconsciente do paciente e de sua família;
 Consideração de conjunto para o material clínico;
 Busca de compreensão globalizada do paciente;
 Seleção de aspectos centrais e nodais para a compreensão dos focos de angústia,
das fantasias e mecanismos de defesa;
 Predomínio do julgamento clínico, implicando no uso dos recursos mentais do
psicólogo para avaliar a importância e o significado dos dados;
 Subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico: ao invés de existir
um procedimento uniforme, a estruturação do psicodiagnóstico depende do tipo
de pensamento clínico utilizado pelo profissional;
 Prevalência de métodos e técnicas de exames fundamentados na associação livre
como entrevista clínica, observação, testes psicológicos utilizados como formas
de entrevistas, cujo resultados são avaliados por meio da livre inspeção.
A utilização desses eixos consente conseguir a abrangência do indivíduo em sua
individualidade, o que é eficaz para fazer intervenções. Assim sendo, é escasso o lugar
para explanações vindas dos estudos de padronização de testes psicológicos. A prática
de devolutivas não tem somente a finalidade de comunicar o paciente, como ocorre no
trabalho tradicional, contudo sem dúvida de proporcionar a ele um conhecimento
transformador por meio do vínculo com o psicólogo, que estabeleça em marcha os seus
processos de desenvolvimento.
AULA 13- CAPÍTULO 19 - CUIDADOS NO ESTABELECIMENTO DO
DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Segundo Hutz et al (2016), é preciso ter uma certa cautela no estabelecimento do
diagnóstico psicológico na infância e adolescência. Os autores explanam que os estudos
sobre o progresso infantil e os processos psicopatológicos no período infantil são ainda
recentes, os contextos incluídos aos comportamentos na infância eram classificados tão-
somente de ordem moral e não de ordem médica.
Esses autores também apontam que, apenas no século XIX, a psicopatologia infantil
conseguiu o seu reconhecimento, alcançando seu ápice no século XX, com o
crescimento da psicanálise infantil, as teorias de Piaget e Vygotsky e a testagem da
inteligência. Os autores tramam seus conceitos em relação as precauções específicas que
se precisam ter na afirmação do diagnóstico psicológico de crianças e adolescentes, para
que sejam cumpridas as intervenções precoces apropriadas.
Nesse sentido, para que o intuito principal do psicodiagnóstico o de permitir um
norte terapêutico seja alcançado, todos os enfoques avaliativos envolvidos necessitam
ser levados em consideração. Exemplos dessas aparências são os elementos relativos ao
desenvolvimento, os elementos sociais e familiares e os elementos relacionados à
sintomatologia (HUTZ et al, 2016).
Neste mesmo sentido foi apresentado dois vídeos durante o período de aula titulados
“Os perigos dos maus-tratos infantis”, “Adolescência x Aborrescência”.
O vídeo nos trouxe uma explanação sobre o abuso das crianças, ou seja, a violência
sob todas as formas, todo essa violência e abuso, pode causar graves prejuízos no
desenvolvimento da criança, com repercussão de longo prazo.
É importante entender suas ramificações não só como pais, mas também como
sociedade, para preveni-lo, eliminá-lo, detectá-lo em todas suas formas. No vídeo em
que assistimos retrata exatamente os maus-tratos infantil, já que a criança nos primeiros
cinco anos da vida pode ser intimamente danosa, de forma que a criança pequena se
sinta vulnerável, e também ao fato de que seus primeiros anos de vida está caracterizada
pelo seu desenvolvimento neurológico e psicológico é mais rápido do que os anos
subsequentes.
Maus tratos infantis é um amplo fator de risco para a saúde mental de crianças e
nesta aula foi exatamente sobre como esses maus tratos é capaz de impactá-las por
diversos mecanismos neurais e psicológicos, como citado acima.
Adolescência X Aborrescência
A adolescência é o período em que jovem tem como fundamental tarefa desligar-se
dos pais e da autoridade. Ele quer permanecer do círculo vivido em sua infância.
Necessita ligar-se a um novo para viver como eles vivem. Possuir novas companhias.
Ser independente. É a partir dessa desconstrução que se faz a entrada do universo
infantil para o que o conduzirá a tornar-se adulto. É mesmo uma nova vida a se
começar.
Para entender a adolescência
No que diz respeito ao que nomeamos hoje de adolescência, somos capazes de
indicar três pontos eficazes para a psicanálise trabalhar.
A saída da infância;
A diferença entre os sexos;
A entrada na vida adulta.
A importância da ajuda do psicólogo
Em se tratando da ajuda do psicólogo, temos de escutar o que os adolescentes
anseiam falar, auxiliando-os assim a encarar o impossível dessa distinta transição em
suas vidas.
O cuidado com as impressões iniciais
O autor ressalta que é relevante antes de questionar os elementos que pode
laborar parte de um diagnóstico psicológico, que é necessário explanar determinadas
ideias de base abrangente de avaliação diagnóstica de crianças e adolescentes.
Sabe-se que desde os primeiros textos de Freud a demanda diagnóstica é
aparentada por uma ambiguidade que ressalta-se por um lado, pela função da formação
antecipado de um diagnóstico para definir o tratamento e, por outro lado, pela convicção
de que a importância do diagnóstico só é evidenciada ao longo do tratamento DOR
(1987-1991). As primeiras entrevistas são elaboradas como uma afinidade inicial que
gera uma indicação diagnóstica que se comprovará ou se mudará no decorrer do
tratamento. Segundo Freud (1974), desde os principais textos de sua obra, ele expõe-se
ao fato de que o conflito latente jamais será claro no começo de um acompanhamento, o
que seria capaz de fazer o profissional cair em erro diagnóstico se não considerar esse
fato.
As causas dessa espécie vivem nos resultados das defesas, bem como da
simulação consciente. Sendo assim, o diagnóstico não será capaz de ser edificado
apenas de fatos reais, uma vez que eles procedem de histórias contadas, assim sendo
subjetivas, que estabelecem os passos iniciais da elaboração do diagnóstico. Todavia, no
caso do diagnóstico de crianças pode apresentar um grande problema: a estrutura do
aparelho psíquico e das defesas está em desenvolvimento, não sendo plausível ser de
igual valor ao sintoma da doença. Essa realidade valida ainda mais a prática de
avaliações diagnósticas iniciais, em que procura descobrir as configurações do campo a
respeito do qual o profissional é chamado a intervir (Lowenkron & Frankenthal, 2001).
No tocante a psicopatologia, precisamos ter que definir, em primeiro lugar o que
é qualificado “normal”, já que têm diversos conceitos de normalidade, e eles podem
mudar de acordo com os aspectos teóricos clínico, sendo eles:
 A normalidade como saúde, qualificada pela ausência da psicopatologia;
 A normalidade como utopia, que considera a normalidade a partir de um
bom funcionamento do indivíduo;
 A normalidade como média, que concebe os comportamentos como
fenômeno dispostos de acordo com uma curva normal (curva de Gauss)
(curva de densidade);
 A normalidade como processo, em que diversos sistemas e processos
interatuam constituindo modificações ao longo do tempo, as quais são
importantes para o atendimento do que é normal.
Seria relevante destacar aqui neste memorial que a Organização Mundial da
Saúde propõe a classificação de transtornos mentais e de comportamento da
CID-10, para que se possa entender que de fato a normalidade é entendida como
um estado de bem-estar físico, mental e social.
Em se tratando de infância e adolescência, o significado de normalidade é ainda
mais complexo. Em geral, os problemas são apresentados pelos pais, a partir de
sua intrínseca percepção ou de uma solicitação da escola, em alguns casos, a
criança ou o adolescente em questão pode não entender ou não concordar que
algo não esteja bem, essas dificuldades pode acabar por resultar na busca por
atendimento que estão relacionados a quatro áreas principais:
 Sintomas emocionais;
 Problemas comportamentais;
 Atrasos no desenvolvimento;
 Dificuldades no relacionamento.
REFERÊNCIA
HUTZ; C. S. Psicodiagnóstico-V: Psicodiagnóstico Interventivo. Artmed Editora Ltda
2016
HUTZ; C. S. Psicodiagnóstico-V: Cuidados no estabelecimento do diagnóstico
psicológico na infância e adolescência. Artmed Editora Ltda 2016

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