Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A família passa por transformações, pois tem que se adequar às mudanças que
ocorrem na sociedade. Suas decisões são relativizadas, uma vez que se movimenta com a
família e com os direitos da filiação, que merecem sempre ampla protecção do Estado.
Depois de tantas mudanças no direito de família pode-se dizer que a família hoje não
é marcada pelo domínio de posse, mas pelos laços afectivos de amor, de ideal de felicidade,
de carinho, de desvelo e de comunhão. Pais não são somente os genitores (pai e mãe), mas
protector, amigo e companheiro.
O lugar do pai, entre seis e doze meses, não é tão destacado como acontece com a
figura materna, no entanto, o contacto corporal entre o bebé e o pai, no quotidiano, é
referência na organização psíquica da criança, devido à sua função estruturante para o
desenvolvimento do ego, DIAS (2008).
No segundo ano de vida, já existe a imagem de pai e de mãe, e a figura paterna fica
mais acentuada e tem a função de apoiar o desenvolvimento social da criança, auxiliando-a
nas dificuldades peculiares a este período e no desprendimento necessário da criança aos
costumes da situação familiar, mantidos pela mãe PEREIRA (2006).
12
práticas de gestão da mesma, na medida em que potenciam sentimentos positivos/negativos
associados à presença dos pais na escola, maximizam a informação recebida pelas famílias
relativamente ao percurso do seu educando, assim como desenvolve relações de respeito e
entreajuda entre as duas entidades.
O método escolhido para realização dessa pesquisa foi qualitativo e quantitativo por
meio da aplicação do questionário sobre o estudo de caso.
13
CAPÍTULO I: PROBLEMA
O tema família vem sendo bastante estudado, as ideias que a maioria das pessoas têm
sobre o que seja uma família variam, no decorrer do tempo, de acordo com o contexto a que
pertencem. Acredito que a organização familiar esteja directamente ligada ao grau de
aproveitamento escolar dos filhos.
A negligência foi definida por BARROS (2002) como a prática parental que remete à
ausência de supervisão e interesse dos pais em relação à vida de seu filho. Nesses casos, os
pais agem como espectadores e não participantes da educação, sendo que essa situação pode
se caracterizar por falta de atenção, descaso, omissão e até mesmo falta de amor.
Pereira (2007, p. 49) “afirma que pesquisa nos Estados Unidos revelou que a grande
maioria dos problemas sociais da América estavam relacionados à ausência da figura paterna
na vida de sujeitos com problemas com a lei. Os números revelaram ainda que esses lares
sem a presença do pai aumentam em quatro vezes o risco de a criança viver na pobreza”.
Crianças que os pais são presente, apresentam níveis mais elevados de alto controlo,
duas vezes mais riscos de mortalidade infantil. Essas crianças são mais propensas a serem
bons cidadãos. Tem sete vezes mais probabilidade de estudar na adolescência e maior
oportunidade de sofrer maus tratos e negligência. Crianças que sofrem com a falta de
envolvimento do paterno são mais propensas ao uso e abuso de álcool, drogas, e ao
abandono dos estudos, VENOSA, (2006).
O problema não está tanto na ausência física de um pai, mas na presença de um pai
disfuncional. “Não se trata apenas de crianças ou adolescentes que estejam por aí sem um
pai para terem como parâmetro. Existe, sim, um pai que está presente, mas actuar
negativamente na construção de um ser problemático, com condutas desviantes”
PERLINGIERI (2002).
14
1.2. Formulação das hipóteses
Gil (1991) define “hipótese como a tentativa de apresentar uma solução para um
problema”. Com efeito, hipótese é uma solução provisória que um projecto de estudo
apresenta de forma empírica para responder o problema que se levantou, isto é, que ainda
não foi testada. Portanto, hipótese é o que o pesquisador imagina e espera que aconteça.
H1. O envolvimento do pai pode ser um dos factores que interfere nas competências
sócio emocionais da criança;
Este tema desperta especial interesse nos dias de hoje, devido à modificação da
estrutura familiar actual, em que se observa a crescente ausência do pai. As principais teorias
do desenvolvimento se baseiam no modelo de família convencional, e, possivelmente, as
novas configurações familiares repercutem nas relações interpessoais e intrapsíquicas,
tornando este tema relevante.
O outro motivo que norteia o trabalho, é que existem poucos estudos científicos a
nível nacional que abordam sobre o tema do presente trabalho, sendo inquestionável a
importância no campo científico nacional, pois ajudará futuros pesquisadores e estudantes
que queiram saber ou produzir artigos científicos com a mesma natureza.
Para nós é uma mais valia abordar um tema pouco comum, tornando a pesquisa
desafiante contribuindo de forma significativa para o percurso académico e profissional,
15
além de ser um contributo para o saber científico nacional, para toda a sociedade e
organizações.
Para o profissional da área e para os pais em geral, é sempre pertinente o tema que
proporciona mais conhecimento para sua actividade laboral. As empresas buscam
profissionais que produzem para o rendimento das mesmas, o conhecimento é uma das
maneiras de um profissional contribuir para o crescimento da organização.
1.4. Objectivos
Por ser um tema bastante abrangente o nosso estudo sobre o envolvimento paterno
será realizado numa das Instituições escolares na Província de Luanda, Município de
Luanda, Distrito Urbano do Rangel. A escola tem 15 salas, 40 professores e 250 alunos.
16
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este ponto visa conceituar os principais termos e conceito que norteiam o trabalho. É
de suma importância elucidar os leitores acerca dos mesmos, pois, sem a compreensão
destes termos torna-se difícil a interpretação do projecto.
Família
Envolvimento Parental
17
Segundo Nielsen (1999), na maioria das vezes, os professores sentem muitas
dificuldades em orientar os pais, enquanto estes recusam aceitar que o seu filho tem NEE.
Deste modo, é essencial que os profissionais (educadores, professores) sejam sensibilizados
para os problemas dos pais de forma ajudá-los a estabelecer para os seus filhos objectivos
académicos e sociais plausíveis.
Competências
“Competência pode ser definida como um saber – agir, isto é, um saber integrar,
mobilizar e transferir um conjunto de recursos (conhecimentos, saberes, aptidões, raciocínio
em um contexto para encarar os diferentes problemas encontrados ou para realizar uma
tarefa” (BOTERF, 2003, p. 34).
A ideia de família é um tanto quanto complexa, uma vez que variável no tempo e no
espaço. O modelo familiar sempre sofreu marcada influência do poder político, económico,
religioso e social da época e localidade nas quais estava inserido (GAMA, 2007, p.15). Em
outras palavras, cada povo tem sua ideia de família, dependendo do momento histórico
vivenciado. Vejamos o breve histórico da evolução da família.
18
Acerca das teorias sobre a configuração da entidade familiar na época primitiva, duas
delas são as mais predominantes: a teoria matriarcal e a teoria patriarcal, conforme salienta
WELTER (2003; p.33):
Importa ressaltar aqui sobre a estrutura familiar a partir de Roma, já que o Direito
brasileiro tem sua origem no sistema jurídico romano. Cumpre demonstrar que no direito
romano a família era fundada na autoridade de um chefe, família patriarcal, e este era
soberano. O chefe do lar possuía o pater família, quer dizer que este representava todo o
poder, exercendo sobre os filhos o direito de vida e de morte, podendo realizar neles
qualquer ato, como vendê-los, maltratá-los e até mesmo tirar-lhes a vida, sendo assim, os
filhos eram para sempre incapazes, até mesmo os bens que adquirissem pertenciam ao pater
famílias, DIAS, (2008).
Afirma PEREIRA (2006) que o pater exercia sobre os filhos direito de vida e de
morte (ius vitae ac necis), podia impor-lhes pena corporal, vendê-los, tirar-lhes a vida. A
mulher vivia in loco filiae, totalmente subordinada à autoridade marital (in manu mariti),
nunca adquirindo autonomia, pois passava da condição de filha para a de esposa, sem
alteração na sua capacidade; não tinha direitos próprios [...]. "Podia ser repudiada por ato do
marido”.
A família tinha uma formação extensiva, verdadeira comunidade rural, que formava
uma unidade de produção integrada por parentes, que era sua força de trabalho, o que levava
ao amplo incentivo à procriação. O crescimento da família ensejava melhores condições de
sobrevivência a todos, (PEREIRA 2006, p, 42)
Com a Revolução Industrial, esse quadro familiar patriarcal não prosperou, pois
havia necessidade de aumento de mão-de-obra, principalmente nas actividades terciárias, o
que levou a mulher ingressar no mercado de trabalho, deixando o homem de ser a única
fonte de renda da família. Acabou a prevalência do carácter produtivo da família, que
migrou para as cidades e passou a conviver em espaços menores. Isso levou a aproximação
dos seus membros, sendo mais prestigiado o vínculo afectivo que envolve seus integrantes.
“O afecto de que se trata não pode ser confundido com a noção da afecção, presente
já no modelo romano. Este, no modelo patriarcal, era presumido e condicionado à existência
de uma situação juridicamente reconhecida: o casamento, que trazia consigo a afecção,
justificando a necessidade de continuidade da relação”, (LOBO, 2006, p. 33).
As uniões sem casamento foram gradativamente aceitas pela sociedade, ao passo que
novas famílias estruturaram-se independentemente das núpcias, conduzidas por um único
membro, o pai ou a mãe (família monoparental). Diante disso e das demais transformações
sociais, o modelo legal codificado tornou-se insuficiente, cada vez mais distante da
pluralidade social existente, (ibidem).
20
Deu-se, então, a passagem do modelo patriarcal a outro em que são dominantes as
relações de solidariedade e cooperação. A perda da característica de unidade de produção,
por conta da fase industrial, pôs fim ao papel económico da família. Sua rígida concepção
deu lugar à sensibilidade. A família moderna, em oposição àquela, valoriza um elemento
abstracto, que até então estava à sombra: o sentimento DIAS (2008).
“A família moderna valoriza o sentimento. Este, por sua vez, traduz a noção de
afecto, elemento propulsor da actual relação familiar. Sendo o afecto um substantivo
abstracto, pode ser trazido para o mundo concreto através da demonstração do desejo de
estar junto a outrem, constituindo, pois, o alicerce de uma família”. (PEREIRA 2006, p, 48)
Ainda há que salientar, que em nosso direito actual não apenas é reconhecido o
casamento e a união estável, como fato constitutivo de uma entidade familiar, mas também
outros modelos de família.
2.3. A Paternidade
O papel de pai pode não ser uma das tarefas mais fáceis, no entanto, muito mais
relevante do que reconhecê-la, é se conscientizar que será com base no desempenho desse
papel que surgirá ou não, ao novo ser, a oportunidade de uma vida digna, não só enquanto
filho, mas também e principalmente enquanto ser humano, CIANCI (2003).
21
seus filhos estejam compreendidas tarefas que permitam assegurar a estes, de forma plena, a
educação intelectual, física, moral, cívica e, também, religiosa, NICK, (1999).
Discorrendo em breve apanhado, nos séculos VXII e XVIII cabia à figura paterna a
manutenção das necessidades materiais e a prestação da assistência educacional, moral e
religiosa aos filhos. Nesse período os pais mantinham um contacto frequente com a família,
posto que desempenhavam seu trabalho em zonas rurais, próximo às suas residências.
Pesquisas revelavam que nos anos de 1950 e 1960, o pai possuía uma participação
muito restrita no desenvolvimento da criança. Por volta de 1960 e 1976, demonstravam que
o papel do pai era de brincar com seus filhos, incluindo ainda a “promoção do
desenvolvimento social das meninas e a formação de identidade sexual dos meninos”
(PEREIRA 2006).
Essa ajuda económica contribuiu para a transformação do papel atribuído aos pais.
Dessa forma, até a década de 1970, o homem ocupava na estrutura familiar a posição de
maior status no grupo familiar, situação que foi modificada com o crescente poder das
mulheres que passaram a exigir para si as mesmas prerrogativas reservadas aos homens,
deixando assim de assumir a totalidade da responsabilidade em relação aos filhos, (Ibidem).
22
“Os homens e mulheres passaram a ser provedores de seus lares, surgindo por
conseguinte a necessidade de ambos conciliarem os cuidados com os filhos e promoverem a
reformulação de suas funções”, MARQUES (1999, p. 25).
Surge daí uma nova concepção da paternidade, que traz como característica uma
valorização da presença do pai na vida do filho, incorporando valores distintos dos das
gerações anteriores. De acordo com esse direccionamento, cumpre destacar a importância do
afecto paternal na vida do filho.
Em síntese, importa destacar que o afecto paternal é o maior bem que um filho pode
receber de seu pai, o qual se traduz em compreensão, carinho, respeito, capaz de propiciar ao
filho o direito de conhecer, conviver, amar e ser amado, de ser cuidado, alimentado, e de
aprender no colo do pai, lições de vida, sob as quais poderá alicerçar o seu futuro.
Pelos argumentos dos autores, é possível perceber, que o afecto, assim praticado pelo
pai é capaz de contribuir para o desenvolvimento do ser humano, o respeitando em sua
dignidade. Várias podem ser as demonstrações do afecto paternal, que na maioria das vezes
podem estar representadas por pequenos gestos, mas de significativa importância.
23
Em apropriada síntese, BOEIRA, (1999, p.16) declara que a questão do afecto é
compreendida em muitas vezes através de letras anónimas que tratam do tema, assinalando
em sua transcrição o texto simploriamente denominado Nó de Afecto:
Em uma reunião de pais numa escola da periferia, a directora ressaltava o apoio que
os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o
máximo de tempo possível. Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães
daquela comunidade trabalhasse fora, deveria achar um tempinho para se dedicar e
entender as crianças. Mas a directora ficou muito surpresa quando um pai se
levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o
filho, nem de vê-lo durante a semana. Quando ele saía para trabalhar era muito
cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e
o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim
para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava
angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo
todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua
presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia
religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o
nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio
de comunicação entre eles. A directora ficou emocionada com aquela singela
história. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos
melhores alunos da escola. O fato nos faz reflectir sobre as muitas maneiras das
pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros. Aquele pai
encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho
percebia através do nó afectivo, o que o pai estava lhe dizendo. Por vezes, nos
importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a
comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na
ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas
vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas
saibam que elas sintam isso. Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas
"ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afecto, os sentimentos
sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido
do mais puro afecto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem
registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó
cheio de afecto e carinho.
Com efeito, cumpre ressaltar que o afecto paternal tem fundamental importância nas
relações familiares, posto que conforme já dito, com a nova ordem constitucional o
legislador consagrou a família como base da sociedade.
24
“A figura paterna ao desempenhar o seu papel tendo como alicerce o princípio da
afectividade no seu relacionamento paterno – filial, estará contribuindo para que se tenha
uma sociedade fortalecida” (COMEL, 2001, p. 18).
Tal conclusão advém do fato de que o homem ao nascer tem seu primeiro contacto
com a família, na qual irá desenvolver a sua vida, a sua auto estima, ocasiões em que será
imprescindível a demonstração pelos seus pais de quanto é amada e querida, (ibedem).
No iniciar da vida humana o filho descobrirá o seu valor a partir do valor que os
outros lhe atribuírem. Se o pai negar afecto àquele que representa a sua própria continuação,
tratando o como um ser insignificante, isso certamente o fará sentir-se desvalorizado e
desmotivado para a vida. DIAS (2008).
25
Cada realidade, por si só, permaneceria no mundo dos fatos, sem qualquer relevância
jurídica, mas o fenómeno conjunto provocou a transferência para o mundo do direito, que o
atraiu como categoria própria.
A relação de paternidade não depende mais da exclusiva relação biológica entre pai e
filho. Toda paternidade é necessariamente sócio-afectiva, podendo ter origem biológica ou
não-biológica; em outras palavras, a paternidade sócio-afectiva, é género do qual são
espécies a paternidade biológica e a paternidade não-biológica, DIAS (2008).
"Pai é o que cria. Genitor é o que gera. Esses conceitos estiveram reunidos,
enquanto houve primazia da função biológica da família. Afinal, qual a diferença
razoável que deva haver, para fins de atribuição de paternidade, entre o homem
doador de esperma, para inseminação heteróloga, e o homem que mantém uma
relação sexual ocasional e voluntária com uma mulher, da qual resulta concepção?
Tanto em uma como em outra situação, não houve intenção de constituir família.".
É fruto de um querer, onde o desejo de ser pai se constrói na via do querer ser filho.
Assim, a verdade sócio-afectiva, nem sempre é verdade desde logo, nem sempre se
26
apresenta desde a concepção ou do nascimento, ela se constrói e refina-se no seio da
vivência familiar (FACHIN, 1996).
“A paternidade biológica refere-se ao laço genético que liga a prole aos genitores,
aferível através da exame do Ácido Desoxirribo Nucléico (ADN), a jurídica, é decorrente do
registro civil e a sócio-afectiva, oriunda dos vínculos de afectividade entre as figuras
paterna/materna e o filho”, LOBO (2003, p. 52).
O ideal é a coincidência dessa três vertentes em uma dada situação fática em que os
fornecedores do material genético exerçam o parentesco de forma consciente, afectivamente
envolvidos no seu mister, conscientes de seus deveres de sustento, alimentação, educação,
instrução, apoio à prole (seres humanos em formação física, psicológica, mental e espiritual)
constando no respectivo registro civil como pai e mãe, respectivamente, DIAS (2008).
27
no equilíbrio dos critérios de estabelecimento da filiação e não na incontrolada
supremacia de um sobre o outro" in "Da Paternidade - Relação Biológica e
Afectiva", p. 186.
DIAS (2007), afirma que a noção de posse de estado de filho não estabelece-se com
o nascimento, mas num acto de vontade, que se sedimenta no terreno da afectividade,
colocando em xeque tanto a verdade jurídica, quanto à certeza científica no estabelecimento
da filiação.
Com relação ao trato, conforme se infere do próprio termo, este se configura através
do tratamento que é dispensado na relação paterno-filial, ou seja, dá-se por meio da
convivência. Não é de toda descabida a afirmação de que o elemento trato (tractatus)
representa o “carro chefe” dos elementos constitutivos da posse de estado de filho. Tal
assertiva encontra-se embasada no próprio conceito de filiação, sendo este único o de
natureza sócio-afectiva, desenvolvido na convivência familiar, consolidando-se, portanto, na
afectividade, FACHIN (1992)
28
O segundo significa a utilização pelo filho do patronímico pertencente ao pai, afinal
é razoável que se pretenda que o nome da família seja utilizado pelo indivíduo ou,
erroneamente como afirma alguns, pelo suposto filho. Entretanto, o elemento nome é de
somenos importância, uma vez que a paternidade poderá ser comprovada apenas com os
outros dois elementos. Coaduna-se com referida posição às lições de Pimenta, para quem “o
elemento nome encontra-se materializado sempre que exista entre as partes interessadas o
simples chamamento recíproco de pai e filho”. Corroborando com o mesmo posicionamento
está também BOEIRA (1999), ao afirmar que:
E, por fim, como terceiro elemento tem-se a fama ou a reputação. Esta nada mais é
que a notoriedade acerca da filiação. Tal notoriedade não permanece circunscrita apenas no
lar em que vivem pais e filhos, devendo transcendê-lo tanto a outros familiares quanto à
sociedade como um todo, (ibidem).
Mister enfatizar que esta clássica trilogia não se trata de algo taxativo ou, recorrendo-
nos a uma terminologia mais técnica, não se constitui em “numerus clausus”, pois, conforme
bem expõe FACHIN (1992):
"Outros fatos podem preencher o seu conteúdo quanto à falta de algum desses
elementos. É inegável, porém, que naquele tríplice elenco há o mérito de descrever
os elementos normais que de modo corrente demonstram a presença da posse de
estado".
Assente-se com clareza, porém, que esses requisitos são meramente exemplificativos
e devem ser analisados com temperança, sem excessiva rigidez, com a atenção de tentar
delinear sem formalismos o exercício fático da paternidade, que é o que importa ao melhor
interesse da criança.
A esse respeito, GOLÇALVES já apontava com boa dose de precisão que "as
pessoas agem diferentemente em relação aos filhos, uns sendo mais emotivos e sentimentais,
e outros mais fechados" (1995 p. 276). Essas diferenças não elidem a natureza da relação,
que é paternal, e por isso não se pode trabalhar com conceitos fechados ou situações pré-
29
modeladas: as vicissitudes do caso concreto ditarão a qualificação da relação fática e sua
legalização enquanto a filiação sócio-afectiva.
A psicologia e as demais áreas de conhecimento que têm no ser humano seu objecto
de estudo têm trabalhado nas últimas décadas para entender os determinantes do surgimento
do comportamento pró-social e anti-social.
30
A monitoria positiva é definida como o conjunto de práticas parentais que envolvem
atenção e conhecimento dos pais acerca do local onde o filho se encontra e das actividades
que são desenvolvidas pelo mesmo (Weber, 2004; Gomide, 2001; Gomide, 2003).
Dessa forma, essa prática educativa está ligada aos comportamentos morais
transmitidos aos filhos pelos pais, através de seus próprios comportamentos, diálogos etc.,
referentes a temas como justiça, generosidade, empatia entre outros. Pesquisas apontam para
alguns componentes essenciais para a existência do comportamento moral, sendo eles:
Todos esses componentes vão sendo desenvolvidos através das relações da criança
com o ambiente, onde os pais podem ser os melhores mediadores para favorecer a
discriminação e a aquisição de repertório moral.
31
FORMOSINHO, (2003), salienta a importância de os pais reflectirem junto à criança
sobre seus comportamentos, ensinando-a a se colocar no lugar dos outros e propiciando
situações para que ela repare seus actos no intuito de promover reflexões, desenvolver a
empatia e em consequência o comportamento moral.
32
Os pais ameaçam e quando se confrontam com comportamentos opositores e
agressivos dos filhos omitem-se, não fazendo valer as regras Na análise do comportamento é
aceito que a família, como primeiro contexto socializador da criança, estabelece a base para
os padrões comportamentais infantis (GOMIDE, 2001).
O abuso físico infantil tem a literatura mais completa em termos de factores de risco
do que qualquer outra forma de violência familiar pesquisada. A punição corporal
diferencia-se do abuso físico uma vez que a primeira se caracteriza pelo uso da força física
para corrigir ou controlar um comportamento, mas sem a intenção de machucar. (GOMIDE,
2001).
Além dessas possíveis consequências, SILVARES (2004) afirma que crianças que
sofrem abuso físico dos pais têm mais probabilidade de sofrerem problemas de saúde,
problemas de comportamentos e deficits cognitivos e sócio-emocionais.
GOMIDE (2004) salienta que tais práticas podem também gerar crianças apáticas,
medrosas, desinteressadas, já que a criança que é espancada frequentemente pelos pais não
discrimina “o certo do errado” em seu comportamento, ficando sem acção no intuito de
evitar a surra. Esse tipo de comportamento dos pais atinge o ser da criança e não o mau
comportamento.
33
WEBER (2004) comparou famílias com alto e baixo índice de comportamento moral
no INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS (IEP) (GOMIDE, 2003) e encontrou
correlação positiva entre o comportamento dos pais e dos filhos.
Pinheiro (2003), Sabbag (2003) e Salvo (2003) trabalharam com famílias com alto e
baixo índice de estilo parental no IEP (Gomide, 2003), e constataram que práticas negativas
estavam positivamente correlacionadas ao comportamento anti-social, bem como ao
estresse, ansiedade, agressividade e baixo índice de habilidades sociais, enquanto as práticas
parentais positivas estavam correlacionadas positivamente com comportamentos pró-sociais
e habilidades sociais.
34
CAPÍTULO III – METODOLOGIA
Toda pesquisa científica precisa atender um público-alvo, pois é com base nesse
conjunto de pessoas que os dados são colectados e analisados de acordo com o princípio da
pesquisa. A esse princípio da pesquisa chama-se imparcialidade. Esse público-alvo recebe o
nome de população e constitui um conjunto de pessoas que apresentam características
próprias. (Gil, 2002, p. 82).
3.2 Variáveis
35
3.3 Modelo e Pesquisa
36
Richardson (1999) define a entrevista como a técnica de pesquisa que cumpre as
funções de descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo social, e
considera que todo aspecto incluído constitui uma hipótese, devendo portanto, ser possível
de defender.
3.5.1 Procedimentos
Pergunta de partida
Justificativa/ Objectivos/Hipóteses
Fundamentação teórica
Metodologia
Estudo de Caso/Questionário
Análise das informações
37
Conclusões/ Recomendações
A perspectiva esperada é que a análise dos dados obtidos forneça bases para a melhor
elaboração do relacionamento pai-filho e definições de padrões para o sucesso deste
relacionamento.
38
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
39
Perguntas
Seu pai impõe limites Dados Mantem diálogo consigo Dados
(0) Nunca 4 (0) Nunca 2
(1) Uma vez por ano 1 (1) Uma vez por ano 3
(2) Uma vez por mês 2 (2) Uma vez por mês 1
(3) Uma vez por semana 6 (3) Uma vez por semana 2
(4) Várias Vezes por semana 2 (4) Várias Vezes por semana 8
(5) Todos os dias 5 (5) Todos os dias 4
Oferece-te ajuda quando precisas Dados Pergunta sobre os aspectos do dia-a-dia Dados
(0) Nunca 2 (0) Nunca 3
(1) Uma vez por ano 2 (1) Uma vez por ano 3
(2) Uma vez por mês 2 (2) Uma vez por mês 3
(3) Uma vez por semana 1 (3) Uma vez por semana 4
(4) Várias Vezes por semana 8 (4) Várias Vezes por semana 5
(5) Todos os dias 5 (5) Todos os dias 2
Pergunta o que aconteceu na escola Dados Faz-te elogios Dados
(0) Nunca 2 (0) Nunca 2
(1) Uma vez por ano 2 (1) Uma vez por ano 3
(2) Uma vez por mês 2 (2) Uma vez por mês 2
(3) Uma vez por semana 6 (3) Uma vez por semana 5
(4) Várias Vezes por semana 4 (4) Várias Vezes por semana 4
(5) Todos os dias 4 (5) Todos os dias 4
Dá-te carinho, abraços Dados Conta-te coisas boas Dados
(0) Nunca 3 (0) Nunca 3
(1) Uma vez por ano 3 (1) Uma vez por ano 1
(2) Uma vez por mês 1 (2) Uma vez por mês 1
(3) Uma vez por semana 3 (3) Uma vez por semana 4
(4) Várias Vezes por semana 4 (4) Várias Vezes por semana 6
(5) Todos os dias 6 (5) Todos os dias 5
Te incentiva nas tarefas escolares Dados Te acompanha no teu progresso escolar Dados
(0) Nunca 2 (0) Nunca 6
(1) Uma vez por ano 3 (1) Uma vez por ano 3
(2) Uma vez por mês 4 (2) Uma vez por mês 3
(3) Uma vez por semana 1 (3) Uma vez por semana 2
(4) Várias Vezes por semana 5 (4) Várias Vezes por semana 4
(5) Todos os dias 5 (5) Todos os dias 2
Incentiva o teu contacto com os teus familiares Dados Assiste programas televisivos consigo Dados
(0) Nunca 3 (0) Nunca 3
(1) Uma vez por ano 3 (1) Uma vez por ano 1
(2) Uma vez por mês 3 (2) Uma vez por mês 2
(3) Uma vez por semana 3 (3) Uma vez por semana 1
(4) Várias Vezes por semana 4 (4) Várias Vezes por semana 5
(5) Todos os dias 4 (5) Todos os dias 8
Passeia consigo (Shopping, casa de
Te auxilia nas lições de casa Dados Dados
família)
(0) Nunca 4 (0) Nunca 3
(1) Uma vez por ano 2 (1) Uma vez por ano 3
(2) Uma vez por mês 3 (2) Uma vez por mês 7
(3) Uma vez por semana 3 (3) Uma vez por semana 2
40
(4) Várias Vezes por semana 6 (4) Várias Vezes por semana 4
(5) Todos os dias 2 (5) Todos os dias 1
Fonte: Paidéia, 2004
Gráfico 1 – “Seu pai impõe limites”
(0) Nunca
20%
(5) Todos os dias
25% (1) Uma vez por ano
5%
(4) Várias Vezes por semana (2) Uma vez por mês
10% 10%
(3) Uma vez por semana
30%
Como resultado da pergunta da imposição de limites por parte do pai, 20% dos
entrevistados responderam que Nunca, 5% uma vez por ano; 10% uma vez por mês; 30%
uma vez por semana; 10% várias vezes por semana e 25% todos os dias.
41
Gráfico 3– Oferece-te ajuda quando precisas
(0) Nunca
10%
(1) Uma vez por ano
(5) Todos os dias 10%
25%
(2) Uma vez por mês
10%
Ajudar os filhos é um dever dos pais, mesmo quando estes não necessitam de ajuda.
Mas é de extrema importância o apoio dos pais, sejas psicológico, moral, material ou
material.
(4) Várias Vezes por semana (1) Uma vez por ano
25% 15%
42
Saber dos aspectos do dia-a-dia é importante para os pais, permite saber o que os
filhos tem feito em casa, na rua ou na escola, 15% dos entrevistados responderam que
Nunca, 15% uma vez por ano; 15% uma vez por mês; 20% uma vez por semana; 25% várias
vezes por semana e 10% todos os dias.
10%
20% (0) Nunca
10% (1) Uma vez por ano
(2) Uma vez por mês
(3) Uma vez por semana
10% (4) Várias Vezes por
semana
20% (5) Todos os dias
30%
Muitos pais tem pouca preocupação com a escola do filhos, pois o seu nível muita
das vezes é baixo e não compreende a importância da escola na vida dos filhos, 10% dos
entrevistados responderam que Nunca, 10% uma vez por ano; 10% uma vez por mês; 30%
uma vez por semana; 20% várias vezes por semana e 20% todos os dias.
Faz-te elogios
(0) Nunca
(5) Todos os dias 10%
20%
(1) Uma vez por ano
15%
(4) Várias Vezes por semana (2) Uma vez por mês
20% 10%
43
Fazer elogios a uma criança é levantar a sua auto-estima. A auto-estima é
importante para afirmação da personalidade e do carácter das crianças quando adultas. 10%
dos entrevistados responderam que Nunca, 15% uma vez por ano; 10% uma vez por mês;
25% uma vez por semana; 20% várias vezes por semana e 20% todos os dias.
O gráfico ilustra que, 15% dos entrevistados responderam que Nunca, 15% uma vez
por ano; 5% uma vez por mês; 15% uma vez por semana; 20% várias vezes por semana e
30% todos os dias.
Importa destacar que o afecto paternal é o maior bem que um filho pode receber de
seu pai, o qual se traduz em compreensão, carinho, respeito. 30% dos entrevistados
responderam que recebem carinho todos os dias, isso mostra que os pais têm percebido a
importância de mostra afecto aos filhos.
44
Segundo autores acima apresentado, conta coisas boa aos filhos, ajuda-os a serem
óptimas e positivos na vida, 15% dos entrevistados responderam que Nunca, 5% uma vez
por ano; 5% uma vez por mês; 20% uma vez por semana; 30% várias vezes por semana e
25% todos os dias.
(4) Várias Vezes por semana (2) Uma vez por mês
25% 20%
(3) Uma vez por semana
5%
Fonte: Paidéia, 2004
De acordo com Zenhas (2004), o envolvimento dos pais dos alunos nas actividades
da escola proporciona um recíproco conhecimento entre pais e professores, assim como uma
mudança na forma como se percepcionam podendo deste modo, melhorar a compreensão e
mesmo a validação das acções do outro.
45
Dos 20 alunos entrevistado, 30% dos entrevistados responderam que Nunca, 15%
uma vez por ano; 15% uma vez por mês; 10% uma vez por semana; 20% várias vezes por
semana e 10% todos os dias.
20% 15%
15%
20%
15%
15%
Como resultado da pergunta da imposição de limites por parte do pai, 15% dos
entrevistados responderam que Nunca, 15% uma vez por ano; 15% uma vez por mês; 15%
uma vez por semana; 20% várias vezes por semana e 20% todos os dias.
46
Assiste programa televisivos consigo
15%
(0) Nunca
5% (1) Uma vez por ano
40% (2) Uma vez por mês
(3) Uma vez por semana
10%
(4) Várias Vezes por
semana
(5) Todos os dias
5%
25%
(4) Várias Vezes por semana (1) Uma vez por ano
30% 10%
Questionados se o pai, 20% dos entrevistados responderam que Nunca, 10% uma vez
por ano; 15% uma vez por mês; 15% uma vez por semana; 30% várias vezes por semana e
10% todos os dias.
47
Este gráfico mostra que muitos pais andam desatento a situação escolar dos filhos. O
ideal seria que os pais auxiliassem os filhos nas tarefas de casa todos os dias, mas isto, torna-
se difícil devido as várias situações de vida dos pais.
O gráfico mostra que, 15% dos entrevistados responderam que Nunca, 15% uma vez
por ano; 35% uma vez por mês; 10% uma vez por semana; 20% várias vezes por semana e
5% todos os dias.
CONCLUSÃO
Este estudo foi destinado a Alunos e Professores de Ensino Regular, com o intuito de
analisar e compreender as perspectivas acerca do envolvimento parental e a sua repercussão
48
nas competências socio-emocional da criança. A recolha dos dados foi realizada através de
dois questionários, um dirigido aos alunos e outro a Professores de Ensino Regular.
Com este estudo também foi possível constatar que para a maioria dos professores é
importante orientar os encarregados de educação para apoiar de forma adequada o seu
educando na realização dos trabalhos de casa, porém também é referido que a escola deve
oferecer acções de formação para ajudar os pais/cuidadores no acompanhamento do seu
educando. Sabe-se que são muitos os pais/cuidadores que não conseguem auxiliar o seu
educando na realização de trabalhos escolares, uma vez que estes não têm os conhecimentos
adequados.
Com este estudo foi possível consolidar que a família e a escola são as instituições
mais marcantes e importantes no percurso de uma criança, uma vez que estas promovem a
socialização e estimulam a vida em sociedade.
Deste modo, é importante que pais e professores trabalhem em conjunto para que os
alunos tenham maior sucesso tanto a nível escolar como social, sendo assim indispensável
49
esta aproximação que deve ser considerada como um factor fulcral para o desenvolvimento
do aluno.
Por fim, observa-se que este é um estudo abrangente que poderá envolver avaliações
de outros dados, investigações acerca dos relacionamentos de outras variáveis. É importante
ressaltar que por se tratar de um estudo complexo, há limitações de alguns dados, que
poderiam extrapolar os resultados alcançados. Sugere-se que novos estudos acerca do
relacionamento entre empreendedorismo e o crédito bancário sejam ampliados, a fim de
verificar outros meandros e possibilidades de relacionamentos entre os mesmos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
50
AFONSO, M.M. Educação e classes sociais em Cabo Verde. Praia Spleen Edições. 2002.
BARROS, Fernanda Otoni de. Do direito do pai. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.
Branco, J. Teatro Educativo para o desenvolvimento das competências sociais nas crianças e
jovens. Cabo-Verde: Formação em exercício do corpo docente. 2005.
BITTAR, Carlos Alberto. Reparação civil por danos morais. 3. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais. (1999).
BOSCARO, Marcio Antonio. Direito de filiação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
Bortef, Guy Lê. Desenvolvendo as competências dos profissionais. Porto Alegre: Editora
Artmed, Editora Bookman. 2003.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. 9. ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
CACHAPUZ, Rozane da Rosa. Mediação nos conflitos & direito de família. Curitiba: Juruá,
2003.
CARBONE, Angelo. Abandono afetivo: Justiça não pode obrigar o pai a amar o filho.
Revista Consultor Jurídico, s.l., 25 dez. 2005. Disponível em:
<http://conjur.estadao.com.br/static/text/40508,1>. Acesso em 24 jul. 2007.
CEMIR, Campêlo. Pai que conheceu a filha com 15 anos quer indenização. Pailegal.net, s.l.,
2001. Disponível em: <http://www.pailegal.com.br/chicus.asp?rvtextoid=-2026183408>.
Acesso em 24 jul. 2007.
51
CEMIR, Campêlo. Pai é condenado a indenizar filho por abandono. Pailegal.net, s.l., 11 jun.
2004. Disponível em: <http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvtextoid= 901029589>. Acesso
em 23 Mai. 2016.
DELGADO, Rodrigo Mendes. O valor do dano moral: como chegar até ele: teoria e prática.
Leme, SP: J. H. Mizuno, 2003.
DIAS, Maria Luiza. Vivendo em familia : relações de afeto e conflito. São Paulo: Moderna,
1992.
DIAS, José de Aguiar. Da responsabilidade civil. 11. ed, Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
DIAS, MARIA Berenice. Manual de direito das famílias. 4.ed.,ver., atual e ampl. São Paulo:
Ed. Revistas dos Tribunais, 2007.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito de família. 22 ed. São Paulo:
Ed. Saraiva, 2007.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro : direito de família. 20 ed. São Paulo:
Saraiva, 2005
FARIA JUNIOR, Adolpho Paiva. Reparação civil do dano moral. São Paulo: Ed. Juarez de
Oliveira, 2003.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das obrigações. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2006.
52
FRAGA, Thelma. A guarda e o direito à visitação sob o prisma do afeto. Niterói, RJ:
Impetus, 2005.
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. Direito de família brasileiro. São Paulo: Ed.
Juarez de Oliveira, 2007.
GOMIDE, P.I.C. Crianças e adolescentes em frente à TV: o que e quanto assistem televisão.
Psicologia Argumento. (2002).
GOMIDE, P.I.C. Estilos Parentais e comportamento anti-social. In A. Del Prette & Z. Del
Prette (Orgs.). Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem: questões conceituais,
avaliação e intervenção (21-60). Campinas: Alínea, 2003
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. Vol. 2. 11 ed. São Paulo: Ed. Saraiva,
2006.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Dano moral. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, Grandes temas da
atualidade, 2002.
LOBO, Paulo Luiz Netto. Código civil comentado: direito de família. Relações de
parentesco. Direito patrimonial: arts. 1.591 a 1.693 . São Paulo: Atlas, 2003. v.16
MEES (2003) Plano Estratégico Para a Educação, Cabo Verde, Direcção geral de Educação
e Ensino Superior /PROMEF Praia
53
MARQUES. A. L. (1999). Competência Social, Empatia e representação Mental da Relação
de Apego em Famílias em Situação de Risco. Dissertação de Mestrado: Universidade
Fineral de Rio de Janeiro- Grande Sul- Instituto de Psicologia.
NADER, Paulo. Curso de direito civil. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
NICK, Sérgio. Danos provocados pela ausência do pai. Pailegal.net, Recife, 26 set. 1999.
Disponível em: <http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvtextoid=944186939>. Acesso em 23
jul. 2007.
NUNES, Rizzatto. O dano moral e sua interpretação jurisprudencial. São Paulo: Saraiva,
1999.
PEREIRA, Heloisa Prado. Imagem do menor e o dano moral : uma visão lusobrasileira.
Dracena: Reges, 2006.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 11. ed., rev e atual. Rio de
Janeiro: Forense, 1997-2003
PERLINGIERI, Pietro. Perfis do direito civil: introdução ao direito civil constitucional. Rio
de Janeiro: Renovar, 1999.
REPPOLD, C.T., Pacheco, J., Bardagi, M., & Hutz, C.S. Prevenção de problemas de
comportamento e desenvolvimento de competências psicossociais em crianças e
adolescentes: uma análise das práticas educativas e dos estilos parentais. In S.C. Hutz (Org.).
Situações de risco e vulnerabilidade na infância e na adolescência: aspectos teóricos e
estratégia de intervenção (pp. 7-52). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
54
SABBAG, G.M. Validação Externa do Inventário de Estilos Parentais: um estudo de caso
com duas famílias de risco. Monografia de conclusão do curso de psicologia, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, 2003.
SALVO, C.G. Validação Externa do Inventário de Estilos Parentais: estudo de caso com
famílias pró-sociais. Monografia de conclusão do curso de psicologia, não-publicada,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.
SACCHETTO, Karen Kaufmann. A importância do pai. Guia do bebê UOL, [s.I.], [200-?].
Disponível em: <http://guiadobebe.uol.com.br/bb1ano/a_importancia_do_pai.htm>. Acesso
em 5 ago. 2007.
SILVA, Américo Luís Martins da. O dano moral e a sua reparação civil. 2. ed., rev., atual. e
ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
SHINYASHIKI, Roberto T. A carícia essencial : uma psicologia do afeto. 50. ed. São Paulo:
Gente, 1991.
SOUZA, Sérgio Iglesias Nunes de. Responsabilidade civil por danos à personalidade.
Barueri, SP: Manole, 2003.
TEPEDINO, Gustavo. Temas de direito civil. 3. Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
55
TIBA, Içami. Seja Feliz Meu Filho. 19ª ed. São Paulo: Editora Gente, 1995.
VELOSO, Zeno. Direito brasileiro da filiação e paternidade. São Paulo: Malheiros, 1997.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996. v. 1
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil : direito de família. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
WEBER, L. Efeito do comportamento moral dos pais sobre o comportamento moral dos
filhos adolescentes. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2004.
WEBER, L.N.D. Laços de ternura: pesquisa e histórias de adoção. Curitiba: Santa Mônica,
1998.
WEBER, L.N.D., & Kossobudsky, L.H.M. Filhos da solidão. Curitiba: Governo do Estado
do Paraná, 1996.
WRIGHT, J.P., & Cullen, F.T. Parental efficacy and delinquent behavior: do control and
support matter?, 2001.
56