Você está na página 1de 15

Descobrir a Quinta da Regaleira

Descobrir a Quinta da Regaleira


A Quinta da Regaleira é um dos mais belos monumentos da Serra de Sintra. A sua história
inicia em 1892, quando a propriedade foi adquirida pelo Dr. António Augusto Carvalho
Monteiro, mas a maior parte da sua construção actual dá-se entre 1904 e 1910, ainda durante
a monarquia.

Torre do Zigurate

Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um


local grandioso, onde vivesse rodeado de todos os símbolos que mostrassem as suas
ideologias. Como tal, é possível ver a forte predominância do estilo neomanuelino e a ligação
aos descobrimentos, sendo também possível ver elementos da arquitectura gótica, românica e
renascentista.
Foi o génio criativo do arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini, a mando de Carvalho
Monteiro, que transformou a quinta de 4 hectares num belíssimo palácio rodeado de luxuosos
jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, que escondem significados alquímicos,
evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-Cruz, tornando o espaço num local bem fora do
convencional.
Palácio

Classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 2002, actualmente é propriedade da


Câmara Municipal de Sintra, sendo a sede social da Fundação CulturSintra, que aí desenvolve
um vasto programa de conservação e recuperação patrimonial, de dinamização turística e de
aplicação de um plano de actividades culturais.

Bosque
O bosque ou Mata, ocupa a maior parte da Quinta e está disposto de uma forma bem
coerente, sendo mais ordenado e cuidado na parte mais baixa da quinta, tornando-se
progressivamente mais selvagem à medida que chegamos ao topo, reflectindo a crença no
primitivismo (crença na superioridade do estilo de vida simples das sociedades pré-
industriais), de Carvalho Monteiro.
Ao longo do percurso é possível encontrar diversas atracções únicas e bem enigmáticas que
vão aguçando a curiosidade e a vontade para saber mais sobre o local.
Banco entre o lago e a Fonte de Ibis

Álea dos Deuses


Esta bela alameda é composta por 9 estátuas de deuses greco-romanos, mostrando que a
mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro, para os jardins da Quinta.

Poço Iniciático
Este é uma galeria subterrânea, com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas
esculpidas, permitindo descer até ao fundo do poço. A escadaria é composta por 9 patamares
separados por lanços de 15 degraus, fazendo referência à Divina Comédia de Dante e que
possivelmente representam os 9 círculos do Inferno, do Paraíso ou do Purgatório.
No fundo do poço é possível ver embutida, em mármore, uma rosa dos ventos sobre uma cruz
templária, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro.
Acredita-se que o nome do poço provém do facto do mesmo ser usado em rituais de iniciação
à maçonaria. Já a simbologia do local está relacionada com a crença de que a terra é o útero
materno, de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde esta voltará.
O Poço está ligado por várias galerias e túneis a outros pontos da Quinta, nomeadamente à
Entrada dos Guardiães, ao Lago da Cascata e ao Poço Imperfeito, sendo o local mais famoso
de toda a propriedade.

Poço Iniciático
Portal dos Guardiões
Bonita estrutura cénica, ladeada por dois torreões e por um mirante central. É o local de
entrada para iniciar o percurso para o Poço Iniciático. Bem em frente encontra-se o Terraço
dos Mundos Celestes e a Torre de Zigurate.

Portal dos Guardiões

Capela da Santíssima Trindade


A sua magnífica fachada assenta no revivalismo gótico e manuelino, estando lá representados
a Santa Teresa d'Ávila e o Santo António. Já no interior, é possível encontrar, no altar-mor,
Jesus depois de ressuscitar, a coroar Maria. Do lado direito, Santa Teresa e Santo António
repetem-se, em painéis de mosaico e do lado oposto, está um vitral com a representação do
milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinha. No chão estão representados a
Esfera Armilar ou Globo Celeste e a Cruz da Ordem de Cristo, rodeados de pentagramas.

Fachada da Capela da Santíssima Trindade

Torre da Regaleira
Foi construída para dar a ilusão, a quem sobe, que se encontra no eixo do mundo.
Torre da Regaleira

Palácio
O edifício principal da Quinta, servia como residência de veraneio da família Carvalho
Monteiro, sendo marcado pela presença de uma torre octogonal e toda a decoração
exuberante esteve de vários e conceituados artistas.
Ao olharmos o edifício por fora é possível ver um bonito alpendre (ornamentado com calcário
de Coimbra, e que evoca a epopeia dos Descobrimentos), um terraço panorâmico (rematado
por 8 pináculos decorados com figuras naturalistas, num dos pináculos é possível ver
representado Luís de Camões) e ainda a torrinha (possui na ponta a esfera armilar e um
catavento com a cruz da Ordem de Cristo).

Sala da Música

Actualmente, para visitação estão abertas no piso Nobre a Sala da Caça ( sala de jantar
dominada pela magistral lareira e com a escultura de Carvalho Monteiro), a Sala dos Reis (
antiga sala de bilhar, onde estão representados 20 reis e 4 rainhas da monarquia portuguesa,
bem como os escudos das cidades do Porto, Braga, Lisboa e Coimbra) e a Sala Renascença (
antiga sala de estar cuja decoração lembra o renascimento italiano e a sua icnografia celebra
a união entre Carvalho Monteiro e a sua esposa). Apesar de bonito no seu interior, a verdade
é que o mesmo é bem mais impactante por fora.
Lareira na Sala de Jantar

Ao visitar a Quinta da Regaleira entramos num mundo imaginário cheio de simbologia, onde
nada do que parece é, onde em cada lugar há sempre algo mais do que os nossos olhos vêem.

Se pretender adquirir bilhetes para a Quinta da Regaleira basta aceder aqui ao site
GetYourGuide e encontrará uma plataforma que reúne as melhores actividades da zona.

Este blog tem parceria com o Booking. Se pretende fazer a sua reserva para ficar alojado em Sintra,
contrate o serviço aqui e estará a ajudar o nosso blog, já que o nosso trabalho é voluntário.

Veja os nossos artigos sobre Sintra


Roteiro de dois dias por Sintra
Descobrir a Quinta da Regaleira
Descobrir o Palácio Nacional de Sintra
Casa da Pendoa

Publicada por Descobrir Viajando à(s) 03:06 Sem comentários:


Enviar a mensagem por emailBlogThis!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookPartilhar no
Pinterest
Etiquetas: Monumento, Portugal, Sintra
Local: Quinta da Regaleira, R. Barbosa du Bocage 5, 2710-567 Sintra, Portugal

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020


Casa da Pendoa
Casa da Pendoa
Localizada no centro histórico de Sintra, a Casa da Pendoa é uma casa antiga, constituída por
elegantes apartamentos com vistas para a Serra de Sintra e para o Castelo dos Mouros. Todos
os apartamentos são compostos por um quarto, com uma cama super confortável, uma
cozinha ou Kitchenette totalmente equipada e uma casa de banho privativa.
Todos os hóspedes podem usufruir de acesso Wi-Fi gratuito, canais por cabo, assim como uma
cesta de boas-vindas com biscoitos, manteiga, compota, chá, café, leite e sumo e ainda
podem contar com pão fresco todos os dias. Outra facilidade que o alojamento oferece é a
possibilidade, mediante pagamento, de poder estacionar nas ruas do centro histórico, já que
lhes é dado um papel para colocar no carro que indica que "somos residentes".

Casa da Pendoa ( Fonte: Booking)


Este foi o local para nós escolhido, quando visitámos Sintra e gostámos imenso, pois possui
uma excelente localização e permitiu-nos fazer algumas das refeições no apartamento, algo
extremamente útil quando viajamos com crianças. Os únicos senãos são mesmo a chegada ao
local a primeira vez, já que fica numa ruela do centro histórico e supostamente só os
residentes podem circular e se seguirmos à risca as placas nunca lá chegamos e o facto de
para aceder aos apartamentos termos de subir vários lances de escadas relativamente
estreitas, o que com crianças não facilita muito.
Cozinha

A Casa da Pendoa está localizada a cerca de 100 metros do Palácio Nacional de Sintra, da
famosa Pastelaria "A Piriquita", do Posto de Turismo de Sintra e das paragens de autocarro. Já
a magnífica Quinta da Regaleira fica a cerca de 5 minutos a pé.

Quarto

A nossa experiência foi extremamente positiva e como tal recomendamos de olhos fechados o
local. Caso pretendam entrar em contacto com o alojamento podem fazê-lo através do email
casadapendoa@gmail.com ou através do telefone 969011322.

Se pretender adquirir bilhetes para as atracções de Sintra basta aceder aqui ao site
GetYourGuide e encontrará uma plataforma que reúne as melhores actividades da zona.

Este blog tem parceria com o Booking. Se pretende fazer a sua reserva para ficar alojado na Casa da
Pendoa, em Sintra, contrate o serviço aqui e estará a ajudar o nosso blog, já que o nosso trabalho é
voluntário.

Veja os nossos artigos sobre Sintra


Roteiro de dois dias por Sintra
Descobrir a Quinta da Regaleira
Descobrir o Palácio Nacional de Sintra
Casa da Pendoa

Publicada por Descobrir Viajando à(s) 01:17 Sem comentários:


Enviar a mensagem por emailBlogThis!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookPartilhar no
Pinterest
Etiquetas: Hotel, Onde Dormir, Portugal, Sintra
Local: R. Pendoa nº 17, 2710-610 Sintra, Portugal

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Descobrir o Palácio Nacional de Sintra


Descobrir o Palácio Nacional de Sintra
O Palácio Nacional de Sintra, localizado no centro histórico da bonita vila de Sintra, é um
mais belos palácios portugueses, mandados construir durante a Idade Média. Apresenta
características de arquitectura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica e é
dominado por duas chaminés geminadas, que o tornam num monumento único.
Este belo palácio serviu de moradia à Família Real Portuguesa, por cerca de oito séculos,
quase até ao final da Monarquia, em 1910.

Palácio Nacional de Sintra ( Fonte: Wikipédia)

Acredita-se que o Rei D. João I, por volta de 1383, tenha doado um primitivo palácio ao
Conde de Seia, e que mais tarde esse mesmo palácio voltou à posse real.

Por volta de 1489, o palácio foi reedificado, alterando parte do seu edifício e enriquecendo a
decoração interior, com a colocação de azulejos andaluzes. Posteriormente, entre 1505 e
1520, construiu-se a ala manuelina e a Sala dos Brasões. E assim, ao longo dos diferentes
reinados este belo palácio foi sofrendo algumas alterações.

A sua última habitante, do regime monárquico, foi a rainha-mãe D. Maria Pia, que utilizou o
Palácio Nacional de Sintra como residência de verão e nela serviu diversos banquetes, onde
estavam presentes estadistas importantes, como Guilherme II da Alemanha, o Presidente de
França Émile Loubet, entre outros.

Em 1910, o Palácio foi classificado como Monumento Nacional e desde 1995 integra a
classificação da UNESCO de Sintra Paisagem Cultural da Humanidade.
Pátio Central

Terreiro
Simples pátio, aberto sobre o centro histórico, que outrora foi um espaço vedado à vila.
Apenas em 1912, ficou acessível a todos, após a demolição dos vários edifícios, que
contornavam o seu perímetro.

Sala dos Cisnes


A bonita Sala dos Cisnes, que herdou o nome devido à decoração do tecto, com 27 pinturas
desses animais, invocando o casamento real entre a Infante D. Isabel de Portugal e D: Filipe
de Borgonha, sendo o espaço de maior ostentação e onde se realizavam os acontecimentos
mais importantes, nomeadamente celebrações e recepções.
Actualmente, ainda se realizam banquetes oficiais aquando de visitas de chefes de estado
estrangeiros.

Tecto da Sala dos Cisnes

Pátio Central e Gruta dos Banhos


Elegante área interior, em torno da qual D. João I organizou os seus aposentos. Local
intimista, com revestimento de azulejos e o som da água a correr, lembra a tradição
arquitectónica árabe. Adjacente está a Gruta de Banhos, com uma belíssima decoração de
azulejos azuis e brancos, representando fontes, jardins e cenas galantes e no teto, estuques
da oficina de Giovanni Grossi, apresentando a Criação do Mundo, as Quatro Estações e temas
mitológicos, tudo da segunda metade do séc. XVIII.

Gruta de Banhos

Sala das Pegas


Também designada por Câmara das Pegas, esta bonita sala, decorada com azulejos e com um
tecto de impressionar, com 136 pegas pintadas, era o local onde eram recebidos os notáveis
do reino e os embaixadores estrangeiros. Possui uma vista linda sobre a Serra e sobre o
Castelo dos Mouros, e onde segundo se consta D. Sebastião ouviu Luís de Camões ler "Os
Lusíadas".

Quarto de D. Sebastião
Denominada como a Câmara de Ouro, por D. Duarte, esta bela dependência, actualmente
decorada com azulejos em relevo com parra, do séc. XVI, serviu de câmara de dormir ao Rei
D. Sebastião. Outra bela característica deste quarto é a moldura de uma das janelas, que
apresenta azulejos com a esfera-armilar, emblema de D. Manuel I.
Quarto de D. Sebastião

Sala das Sereias


Segundo a descrição feita por D. Duarte, durante o reinado de D. João I, neste local situava-
se o guarda-roupa real, onde estavam guardados o vestuário, as jóias e os objectos pessoais.

Sala dos Brasões


Localizada na ala ocidental do Palácio, a Sala dos Brasões, erguida sobre a Sala das Colunas,
representa o expoente máximo da intervenção manuelina, no Palácio, sendo a mais
importante sala heráldica da Europa, estando representadas as armas de 72 famílias nobres
portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I. É conhecida pelo belo portal manuelino da
entrada.

Tecto com vários brasões

Quarto-prisão de D. Afonso VI
Foi nesta sala que D. Afonso VI permaneceu encarcerado e vigiado cerca de nove anos, a
mando do seu irmão, D. Pedro II. Tendo sido aqui que o mesmo morreu, em 1683. Este
aposento é um dos mais antigos do Palácio e o único com grades de ferro, na janela.

Sala Chinesa
Localizado numa das zonas mais antigas do Palácio, é conhecida pela existência de um
monumental Pagode da dinastia Qing, construído na China, no final do séc. XVIII e início de
séc.XIX.

Pagode da Dinastia Qing

Capela Palatina
Construído no reinado de D.Dinis, no início do séc. XIV, este é um espaço religioso, com
invocação do Espírito Santo, representado nos frescos que revestem as paredes. O pavimento
cerâmico e o tecto de madeira são feitos de trabalho mudéjar, sendo dos exemplares mais
antigos de Portugal.
Capela Palatina

Sala Árabe
Acredita-se que terá sido o quarto de dormir de D.João I, no início do séc.XV. Este comunica,
através de uma escada de caracol, à Sala das Sereias ( "o guarda-roupa"). A decoração actual,
do período manuelino, é composto por vários azulejos, que criam um efeito tridimensional.

Fonte Mourisca do início do séc. XVI

Cozinha
Conhecida pelas suas duas chaminés gigantes, vistas de quase toda a vila de Sintra, esta
cozinha do início do séc. XV, foi construída para servir grandes banquetes de caça. É
composta por uma série de fornalhas e dois grandes fornos, uma estufa e ainda um trem de
cozinha, em cobre acastanhado. O revestimento das paredes é feito em azulejo branco, do
final do séc. XIX, possuindo uma composição heráldica, com as armas reais de Portugal e
Sabóia.

Cozinha

O Palácio da Vila, nome pelo qual também é conhecido, é o único sobrevivente dos Paços
Reais medievais, e exibe no seu interior um acervo único de azulejaria hispano-mourisca e
colecções de arte decorativa dos séc. XVI ao séc. XVIII, tornando a sua visita bem
interessante.

Se pretender adquirir bilhetes para as atracções de Sintra basta aceder aqui ao site
GetYourGuide e encontrará uma plataforma que reúne as melhores actividades da zona.

Este blog tem parceria com o Booking. Se pretende fazer a sua reserva para ficar alojado em Sintra,
contrate o serviço aqui e estará a ajudar o nosso blog, já que o nosso trabalho é voluntário.

Veja os nossos artigos sobre Sintra


Roteiro de dois dias por Sintra
Descobrir a Quinta da Regaleira
Descobrir o Palácio Nacional de Sintra
Casa da Pendoa

Você também pode gostar